H2O: Vida de Sereia escrita por Sak
Notas iniciais do capítulo
Olá, boa tarde a todos, espero que gostem do capítulo!!! ❤️❤️❤️
Domingo à tarde…
Fazia mais de uma semana que Sakura e Sasuke estavam se ignorando. Então foi uma surpresa eles se encontrarem logo em uma exposição de arte, em outra cidade ainda por cima.
— Sakura? – ele perguntou confuso ao reconhecer a garota de cabelos cor de rosa. – O que você tá fazendo aqui?
— O que você tá fazendo aqui? – ela perguntou surpresa.
— Perguntei primeiro – ele sorriu, provocando.
— Quantos anos vocês têm? Dez? – ela retrucou.
— Tô ajudando meu pai – Sasuke suspirou. – Ele é um dos palestrantes – explicou.
— Ah, bem que eu achei que tinha visto o nome dele na programação – ela ergueu o panfleto que tinha em mãos.
— Ele me implorou para eu vir e dar uma de filho atencioso – revirou os olhos. – Isso é um porre.
— Você tá indo bem – ela elogiou.
Sasuke usava um terno e parecia o filho perfeito que um pai ia querer. Sakura jamais iria admitir, mas ele ficava muito bem naquele terno.
— E você? Não sabia que gostava de arte – ele comentou.
— Tem muitas coisas que não sabe sobre mim – ela sorriu. Não conseguiu evitar.
Sasuke sorriu de volta e suspirou.
— Eu tenho que ir – Sasuke a avisou antes de ir em direção ao pai que o chamava. – Vejo você depois?
. . .
A exposição estava linda, é claro, mas Sakura estava com fome. A garota de cabelos rosa parou ao lado de um aquário quando sentiu seu estômago roncar mais uma vez e os peixes se afastaram dela. Se agachou e se aproximou do vidro.
— Não tô tão desesperada – resmungou para eles.
— Falando com peixes? – Sasuke disse atrás dela.
Sakura se levantou de supetão. Não tinha visto ele se aproximar.
— Eu…
— Não te vi lá dentro Sasuke – o pai do garoto apareceu ao lado dele. – Perdeu a chance de aprender alguma coisa – e lançou um olhar esnobe para a garota de cabelos cor de rosa. – Faça alguma coisa que preste, vá até minha suíte e pegue uma pasta que está em cima da mesa de cabeceira.
— Eu tô conversando – Sasuke tentou argumentar.
— Quero essa pasta quando eu voltar – disse o homem antes de se afastar.
— Nossa! – Sakura soltou sem se conter.
— É – Sasuke também soltou. – Ele é tão estressado – revirou os olhos.
— Por que ele mesmo não pode ir lá buscar essa pasta? – ela perguntou confusa.
— Porque ele é importante e eu… não – Sasuke sorriu depreciativo.
— Sinto muito. Bom, eu preciso comer, a gente se vê? – ela se despediu.
— Ei! – Sasuke a chamou. Não queria se afastar dela, fazia uma semana que não conversavam e sentia falta dela, Sakura era alguém com quem ele sempre tinha se sentido bem. – Eu sei onde tem comida. Lá na suíte, pode pedir o que quiser.
— Não, obrigada – não achava uma boa ideia ficar perto de Sasuke.
— A geladeira tá cheia – aquilo chamou a atenção de Sakura.
— Seu pai não vai perceber? – questionou.
— Problema dele – Sasuke deu de ombros. – É bom provocar ele às vezes – sorriu convidativo.
Sakura não conseguiu dizer não.
Sabia que aquele flerte entre eles era perigoso, mas não conseguia resistir.
. . .
— O hotel oferece um quarto pro meu pai sempre que ele tem um seminário – Sasuke explicou enquanto Sakura se deliciava com os quitutes.
Sasuke não tinha mentido quando disse que a geladeira estava cheia. Os armários também estavam recheados. Tinha cada comida chique ali. Queijos, pães, bolos, sucos…
— É impressionante o que fazem por ele.
— Imagino – Sakura respondeu de boca cheia enquanto ia até as portas de vidro que davam até a varanda. – Nossa, a vista aqui é linda – elogiou.
Aquele hotel era um dos mais altos da cidade e ficava bem perto da praia, do outro lado…
— Dá para ver as montanhas daqui – Sakura comentou com um sorriso. – Já tinha visto?
— É, legal – disse Sasuke sem olhar de fato
— Você tá olhando? – Sakura percebeu a falta de atenção dele.
Então se virou de costas para ele. Sasuke resolveu arriscar e se aproximou dela, mas o barulho da tranca da porta fez os dois se virarem.
— Essa não – soltou Sasuke tentando abrir a porta, mas sem sucesso. – Tá trancada – informou a Sakura. – Ótimo, isso é perfeito – reclamou chutando a porta. – A gente tá preso.
— Foi você quem me chamou aqui em cima – disse Sakura cruzando os braços.
— Eu não planejei isso! – respondeu Sasuke repetindo o gesto dela.
Sakura somente virou o rosto.
— Será que dá pra gente fingir que não se odeia só por uns minutos? – implorou Sasuke.
— Eu não odeio você – Sakura suspirou.
— Não é o que parece – Sasuke retrucou soltando a gravata e soltando alguns botões da camisa que usava por baixo do blazer do terno. Parecia não funcionar, Sasuke começou a se hiperventilar.
— Tá tudo bem? – Sakura perguntou preocupada percebendo a agitação dele.
— Tá – Sasuke soltou.
— Você não vai se transformar em um vampiro, vai? – ela fez uma piadinha tentando aliviar o clima entre eles.
Mas Sasuke não respondeu, estava sentindo falta de ar.
— Por um acaso você tem medo de altura? – ela percebeu se agachando ao lado dele. – Tá tudo bem, todo mundo tem medo de alguma coisa.
— Ah é? E do que você tem medo? – ele retrucou.
Sakura o fez se agachar ao lado dela e pegou as duas mãos deles entre as suas, as erguendo.
— Me imita – ela pediu gentilmente e fez uma série de respirações que tinha aprendido em primeiros socorros há algum tempo. – Melhor? – ela perguntou quando percebeu que ele se acalmou.
— Sim – ele disse surpreso e olhando admirado para ela. – Como você…
— Eu já tive crises de pânico – ela confessou a ele. – Antes… – parou de falar sem querer continuar.
— Não precisa falar se não quiser – ele murmurou.
Sakura acenou concordando.
— Só… é difícil – foi tudo o que ela disse para ele.
— Eu entendo. Bom, as coisas mudaram depois que a minha mãe se foi – ele desabafou – e eu acho que o meu pai não gosta muito de mim.
— Ah, é por isso que você é tão chato – ela o provocou.
— Cala a boca – ele respondeu com um sorriso.
— Sabe, você não precisa ser assim o tempo todo – ela o aconselhou.
— Eu tô fazendo terapia – ele confidenciou, mesmo com medo de que ela caçoasse dele.
— Isso não é ótimo? – ela sorriu. – Eu vou numa psicóloga às vezes – confidenciou a ele também.
Sasuke queria muito beijá-la naquele momento, mas pingos de água começaram a cair.
— Parece que vai chover – ele murmurou olhando para o céu.
Sentiu o corpo de Sakura tensionar ao lado do seu antes de ela se levantar e correr para longe do parapeito para se proteger da água caindo do céu.
— Quer meu paletó? – ele tirou o blazer ao se aproximar dela e o entregou.
— Obrigada – ela aceitou. – Eu não quero me molhar.
Sasuke a ajudou a se cobrir e percebeu que os rostos dos dois estavam bem próximos um do outro. Ele ia beijá-la, mas a porta foi destrancada o interrompendo.
— Qual é o seu problema Sasuke? Faz mais de duas horas que eu tô esperando pela pasta – o pai dele brigou.
— A gente ficou trancado – Sasuke tentou se explicar.
— É verdade – Sakura tentou defender Sasuke.
— Eu não tô falando com você – ele respondeu com grosseria para Sakura. – Se vai perder tempo com uma garota, que ao menos seja uma com futuro, ou uma das que estavam na exposição, pelo menos – disse o pai de Sasuke.
— O nome dela é Sakura! – disse Sasuke ficando irritado pelo comportamento do pai. – E ela era uma das garotas na exposição. Só que mais esperta e bem mais educada – cutucou o pai.
Sakura sorriu.
— Queria te dizer que foi um prazer te conhecer – disse ao pai de Sasuke. – Mas seria uma mentira.
Sakura pegou sua mochila nas mãos e saiu do quarto, indo em direção ao elevador.
— Sakura, espera! – Sasuke chegou a tempo de impedir a porta do elevador se fechar. – Ainda tá com o meu paletó – ele sorriu para ela.
Sakura colocou a mochila no chão e tirou paletó entregando a Sasuke.
— Aqui – estendeu para ele.
Sasuke pegou a peça e colocou uma mão no rosto de Sakura, se aproximando dela e vendo se ela iria o afastar, coisa que ela não fez, então Sasuke a beijou e Sakura aceitou de muito bom grado.
. . .
— Estamos alegrinhos hoje? – Gaara se aproximou dela.
Tinha visto os cabelos cor de rosa ao longe e esperou a garota se aproximar para ir em direção a ela.
— É domingo – Sakura deu de ombros, tentando disfarçar o sorriso no rosto.
— Fiz um bobó de camarão, aceita? – ele ofereceu.
— Eu vou aceitar, mas só porque tô com preguiça de cozinhar – ela o acompanhou até o trailer dele.
Gaara morava na mesma área de trailers que ela, mas morava em um trailer bem maior que o dela e muito mais bem localizado, perto da orla da praia, com ligação direta para o canal, era uns cinco minutos de distância até o trailer em que Sakura morava.
Gaara era aspirante a cozinheiro e sempre convidada Sakura para comer com ele e testar os pratos que ele fazia.
No começo Sakura se recusou, mas aceitou quando ele fez frango xadrez. Gaara cozinhava muito bem e agora Sakura sempre aceitava quando ele a convidava para comer.
— E aí, o que fez hoje? – ele perguntou quando estavam sentados na mesa dele.
Sakura não tinha espaço para ter uma mesa tão grande quanto a dele.
— Fui numa exposição de arte – ela respondeu com a boca cheia. – E você?
— O que eu te disse sobre falar com a boca cheia? – ele reclamou apontando um garfo para ela.
Sakura só deu de ombros.
— Fui visitar meus pais e meus irmãos – ele respondeu.
— E como eles estão? – ela perguntou depois de terminar de engolir.
— Bem – Gaara acenou.
Ele não perguntou sobre os pais dela, sabia a situação que ela vivia e que ela se zangava quando ele insistia no assunto.
— Hipoteticamente falando – começou Gaara, mudando de assunto. – Se eu convidasse a Ino para sair, acha que ela aceitaria?
— Não – respondeu Sakura dando outra bocada.
— Não, né? – Gaara suspirou.
— Você tá caidinho por ela, hein – ela o provocou.
— Para de falar com a boca cheia – ele reclamou mais uma vez. – É mais fácil você e o Sasuke namorarem do que eu e a Ino – ele suspirou.
— O que? – Sakura perguntou chocada com a insinuação dele.
— Não pense que eu não vejo o jeito que você olha pra ele – respondeu Gaara a provocando de volta. – E o jeito que ele olha pra você – apontou surpreso.
— O Sasuke e eu… Não vai acontecer! – Sakura declarou. – Não pode acontecer.
— Por que não? – ele perguntou confuso com o tom de voz dela.
— Você sabe da minha situação.
— Um conselho: não tenha medo de viver.
— Que conselho o que, Gaara? Você é só três anos mais velho do que eu! – ela apontou para ele. – Além disso, se quer mesmo sair com a Ino, você vai ter que insistir por um tempo, você sabe como ela é teimosa. Eu recomendo fazer ciúmes nela – o aconselhou.
— Eu prefiro ser sincero – ele respondeu.
Sakura sentiu que era uma indireta para ela, mas o ignorou e continuou a comer.
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Por enquanto é isso, beijinhos e até o próximo ❤️❤️❤️