I Hate You, I Love You escrita por BadCherry


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Oie, amores. Aqui estou eu postando uma one-shot do desafio do instagram feita pela maravilhosa @Schiin e a @Maritchola(Perfis no Spirit).

Tentei fazer nos temas escolhidos : Inimigos que se amam ?“ não acho que ficou parecido ao tema, mas tentei ?“ , com o tema Amor Proibido e o tema Bad Boy que se apaixona pela Nerd. Sinceramente ficou misturado, mas até que gostei muito kkkkkkkkk

Demorei dias tentando escrever porque ultimamente não estou com tanta vontade de escrever :')

Então desejo uma boa leitura e me desculpem qualquer erro.



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I HATE YOU, I LOVE YOU

Me encontre na sala 12, no intervalo.

U.S

Reli por diversas diversas a "mensagem" naquele pedaço de papel em minhas mãos, enquanto me questionava pela situação em que fui me meter.

Eu não sei o que anda acontecendo comigo, mas a pergunta que passou na minha cabeça agora é… Eu não deveria odiá-lo?

Nós não deveríamos agir como inimigos?

Não era proibido estar sozinha com ele?

O que aconteceu para eu estar nesse lugar?

O que eu estava fazendo da minha vida? A resposta era, não sei.

Mas ali estava eu, quebrando regras pela primeira vez em toda minha vida. Sendo que, era simplesmente errado fazer o que eu estava fazendo neste exato momento.

Eu, Sakura Haruno, de apenas 18 anos e conhecida como a garota mais inteligente de todo o colégio. Ou seja, a Nerd que ninguém jamais ficaria e também enfrentaria. Estava cada vez mais confusa. A cada dia que passava, mais difícil de se concentrar em seus estudos ficavam. E ela amaldiçoava certo alguém por isso.

Sim, isso era patético! Eu sei bem disso.

E tem como evitar? Não, infelizmente.

Bem, era algo inexplicável de dizer. Só que, era bom demais para ser verdade tudo que vivenciei durante toda essa semana.

Hoje era o segundo dia de primavera, por sorte hoje o dia estava ensolarado e não muito caloroso. Mas nada me impediu de estar dentro da sala de aula, esperando o cara que eu mais detestava no mundo e mesmo não admitindo em voz alta, ele era lindo. Ele era também o mais cobiçado de todo o colégio.

Ah, sim. A sala 12, era justamente no segundo andar do colégio, o qual era a sala do próprio demônio que conseguia me tirar a paciência e também era a razão dos meus pensamentos samentos nada decentes, digo, pensamentos maldosos.

Maldosos, no sentido de fazer algo para tirá-lo de sua zona de conforto do mesmo jeito que ele fazia comigo.

O porquê de eu odiá-lo tanto? Simples, o fato de ter os cabelos curtos era por culpa daquele cara que até hoje me atormenta. Aos 12 anos de idade, eu costumava brincar com as minhas amigas e quando me vi distraída, Sasuke surgiu atrás de mim, colocando diversos clichês nos meus cabelos. E desde então, jamais consegui deixá-los crescer novamente.

E então, passei a considerar o meu maior inimigo. Pois, sempre amei ter cabelos compridos e com receio de ter cabelos estragados novamente, passei a cortá-los no tamanho channel. Entretanto, comecei a fazer a mesma coisa que ele fazia comigo. O provocava de volta, deixando-o cada vez mais irritado. Só que, o meu jeito de provocá-lo, não era somente com palavras.

Eu gostava de vê-lo se segurando para não surtar com o que eu fazia com ele. Mas obviamente ele não deixava barato e seguia sendo assim por anos.

Todos diziam que nós éramos inimigos declarados e os nossos amigos viviam falando que deveríamos dar uma trégua, já que eu e ele tínhamos amigos em comum. Porém, era difícil imaginar-me dando bem com ele. Aquele cara simplesmente conseguia tirar-me a paz, ele até me perseguia quando estava dentro da biblioteca onde eu costumava esconder-me para poder ler os meus livros de romance e ação, mas ainda tinha coisas que ele fazia, que me deixava confusa. Principalmente depois daquela situação que eu queria muito esquecer, mas era em vão.

Contudo, não quero ficar pensando nisso. Passei dias tentando organizar meus pensamentos, depois do que aconteceu. Mas infelizmente, o motivo desses malditos pensamentos estava atrasado.

Eu odiava atrasos.

Ouvi alguém bater na porta, me tirando dos meus pensamentos.

— Entre. — disse, olhando diretamente para a porta. Ela se abriu, revelando a pessoa que eu mais detestava.

— Olha só, achei que não viria, cereja. — A voz rouca dele me fez suspirar e revirar os olhos. Como sempre, ele adorava ser debochado.

Mas… tudo agora era diferente, eu sentia que depois de tudo que aconteceu na semana passada. Algo mudou em mim.

Agora, só de ouvir sua voz, sinto meu coração acelerar.

Como isso pôde acontecer?

— É claro que eu tenho que estar, se eu não aparecer você vai me atormentar por isso. — respondi, vendo-o sorrir de canto se aproximar de mim, o que me fez entrar em alerta. Mas para minha felicidade – infelicidade – ele de repente parou, pelo menos um centímetro de distância.

O garoto sorriu de canto e mesmo estando um pouco longe, eu já sentia seu perfume amadeirado.

Aquele era Sasuke Uchiha, o filho mais novo do diretor. O cara de apenas 19 anos era o maior delinquente que você poderia conhecer nesse mundo. Nomeado bad boy pelas suas fãs malucas que faltava se jogar para cima do coitado. Se bem que, para mim, tinha momentos que nem era um coitado.

Ele sempre com aquela sua pose de malvado, mas era um cretino que me tirava do sério. Sasuke sempre andava com suas costumeiras vestes escuras. Seus cabelos eram normalmente arrepiados e em sua pele branca, diversas tatuagens que só de tentar contar, cansava. Juro que já tentei contar uma por uma, mas nunca consegui. Ah! Ele também tinha piercing na língua, pois Sasuke era um exibido que vivia mostrando a língua para mim o tempo todo. Então eu sabia disso. Na verdade, todos sabiam.

Ele era o cara que eu mais detestava e que eu descobri ser completamente apaixonada há uma semana após ele me beijar na frente de todos no colégio quando estávamos discutindo como sempre fazíamos. Mas por uma razão, ele estava irritado e, no fim, acabou agindo por impulso.

Eu não deveria estar sentindo isso, pois eu sabia que era errado me sentir dessa maneira. Mas quem eu queria enganar? Sasuke conseguia despertar diversas coisas desconhecidas dentro de mim. Contudo, eu não sabia como agir perto dele. Fiquei dias tentando ignorá-lo, mas obviamente ele era uma sombra na minha vida e fazia questão de aparecer na minha frente.

Sasuke tinha me dado esse apelido de cereja, mas quando ele me chamava, eu tinha que confessar que em sua voz soava… Sensual.

Logo em seguida, a voz rouca dele se fez presente na sala, causando-me arrepios. Eu estava tão distraída que nem me lembrava mais do motivo de estar ali.

— Você tacou um sapato em mim hoje. — ele me acusou. — Mas não é por causa disso que chamei você aqui. — Completou, me fazendo fechar os olhos e respirar fundo para não soltar um palavrão.

Por que eu tinha que me apaixonar justamente por esse idiota?

— Na verdade, a culpa é sua. — corrigi. — Se não ficasse me cutucando, nada disso teria acontecido. — falei o óbvio, pois foi de fato o que aconteceu.

— Certo, eu te perdoo — disse com um tom provocativo.

Suspirei, vendo seu olhar me analisar por completo. Sentia que Sasuke estava estranho, era a primeira vez que ele me olhava tão intensamente.

Pigarreei, desviando meus olhos e observando pela janela os alunos do colégio andarem e outros sentados na pracinha apreciando a brisa fresca do vento e da sombra que as árvores de cerejeiras faziam.

— De qualquer forma, me diga o motivo de ter me mandado aquele bilhete. — mudei de assunto, voltando meu olhar para fitar os olhos negros.

Sasuke então pareceu nervoso com alguma coisa, pois mordeu o lábio inferior e desviou seus olhos para olhar a lousa que tinha diversas escritas feitas por alguns alunos sem noção.

— Eu queria entender uma coisa — respondeu.

Naquele momento fiquei confusa, o que ele queria entender?

— O que quer dizer com "entender uma coisa"? — perguntei, fingindo não ter interesse.

— Por que você vive querendo me irritar? — Questionei. Queria saber o motivo de Sasuke sempre estar me tirando do sério sempre que a gente se esbarrava, não importava o lugar e o momento.

Eu entendi que ele me odiava. Afinal, Sasuke sempre me via como uma irritante.

— Você deveria saber o porquê de eu sempre querer te irritar o tempo todo — ele disse se aproximando cada vez mais de mim.

— Não, sinceramente eu não sei.

Sasuke bufou.

— Ah, qual é, cereja! Todos já perceberam, só você que se finge de cega.

— O-O que está querendo dizer com isso? — gaguejei, arrancando um sorriso do cara que eu mais detestava.

— Vai se fazer de burra também? — seu tom era de ironia.

Para ser sincera, eu estava um pouco confusa. Tentava assimilar suas palavras.

— Não se aproxime de mim — pedi, sentindo meu coração acelerar cada vez mais. Sinto minha respiração ficar cada vez mais pesada.

Por mais que eu quisesse quebrar a regra de nunca me envolver com o filho do diretor, sentia que se eu o fizesse provavelmente eu estaria em problemas mais do que já estava. Sinceramente, os dias para mim não estavam sendo nada bons.

Mas como sempre, ele me ignorou e por fim me vi encurralada na entre ele e a janela. Sasuke me cercou com ambos os braços fortes.

— E se eu não quiser? — me perguntou, novamente me provocando. — Vai fazer o que, hum?

Engoli em seco.

Não aguentei aquela situação, então com ambas mãos o empurrei com força o fazendo cambalear para trás, deixando-o novamente bem longe de mim.

— Para a sua sorte, hoje não chutarei seu amigo ai — falei, me sentindo cada vez mais nervosa.

Sasuke deu uma risada debochada.

— Eu não duvido disso.

— Estou sério, Uchiha. — disse, observando-o revirar os olhos.

— Sei disso. Não é atoa que já passei quase uma semana inteira sem andar direito há dois anos atrás.

Abri a boca chocada.

Bem, digamos que há dois anos atrás Sasuke levou um chute nas parte íntimas quando tentou se aproximar de mim após aparecer no meu primeiro encontro com Gaara, que é um dos amigos de Sasuke. No entanto, o cretino quase me beijou na frente do ruivo dizendo que eu estava saindo com ele. Daí já podem imaginar o que aconteceu. Só que isso não me ajudou na questão de fazer Sasuke afastar, ao contrário do que pensam, ele passou a me atormentar o tempo inteiro.

Repito : O tempo inteiro.

Por fim, sorri satisfeita com a lembrança. A cara dele se contorcendo de dor foi engraçada, porém, fiquei só um pouco de dó. Ninguém sabia que no off, eu era uma faixa preta no Karatê. Bem, apenas Ino Yamanaka sabia disso. Afinal, ela é a minha melhor amiga desde a infância, a conheci justamente na escola de artes marciais que tem aqui em Konoha. Faço aulas de Karatê desde meus 6 anos de idade.

O meu era um ótimo professor, mas infelizmente chegou a falecer quando eu tinha 14 anos de idade. Já minha mãe, ela era dona de uma floricultura. E dou graças a Deus que tenho ela em minha vida. Eu não tinha irmãos, mas para mim além de ser minha melhor amiga era como uma irmã mais nova.

— Por que você está sorrindo? — a voz de Sasuke me fez despertar dos meus devaneios.

— Nada não.

O Uchiha estreitou os olhos, desconfiado. E desta vez forcei o sorriso.

— Vou fingir que acredito.

Suspirei, cruzando meus braços. Decidi então acabar com aquela situação agoniante. Eu era uma pessoa muito ansiosa e não queria ficar enrolando horas para finalmente saber o que ele queria comigo. Pois eu e Sasuke nunca ficamos sozinhos, sempre estávamos acompanhados de nossos amigos.

E para piorar, sentia que algo não estava cheirando nada bem. Ele com certeza queria me fazer algo, deve estar pregando alguma peça contra mim para se vingar de todas loucuras que já aprontei com ele.

— Será que poderia parar de enrolação e ir direto ao ponto? — perguntei, já impaciente. — Diz logo o porquê de me chamar até aqui.

Sasuke não respondeu nada, apenas continuou me encarando com aquele ls olhos negros penetrantes dele. De repente aquela sala se tornou pequena demais para nós dois. Eu sentia meu corpo arrepiar com aquele olhar dele. Não era a primeira vez que ele me encarava daquela maneira, já o conhecia demais para não saber que ele me fitava como se fosse algum Gavião prestes a atacar sua presa.

Só de pensar nisso, minhas pernas ficaram bambas. Sentia minha respiração pesar, e só piorou quando seus olhos passaram a me analisar de cima a baixo. Engoli em seco, louca para saber o que aquele idiota estava pensando.

— Me diga logo, por favor. — supliquei, vendo-o mordiscar o lábio inferior. Eu não consegui desviar o meu olhar daquele simples gesto, porque acabei pensando no que não devia novamente e isso estava só piorando.

— Por que você me odeia? — Pisquei os olhos, tentando entender o que ele dizia.

A pergunta dele me pegou completamente desprevenida, Sasuke conseguia me surpreender com esse seu jeito de sempre ser um cada direto, apesar que eu até gostava de pessoas assim. Eu odiava enrolação e ele também.

Bem, eu sabia o porquê. Porém, era algo bobo e obviamente ele riria da minha cara e me acharia mesquinha e idiota, mas claro que não tiraria a razão dele, pois eu impliquei com ele por algo que já aconteceu há muitos anos atrás sendo que éramos apenas uma criança. No entanto, eu finalmente entendi o que ele queria e o porquê daquele bilhete.

Sasuke não aguentava mais ficar nessas brigas, pois todos esses anos nunca dei uma trégua para nós sermos amigos de verdade. Confesso que agora eu me sentia idiota, pois os nossos amigos sempre diziam que ele queria muito me ter ao seu lado sendo que eu negava que isso jamais aconteceria. Afinal, se envolver com o filho do direito era problema na certa.

O próprio homem, cujo seu nome era Fugaku Uchiha, que deixou claro que jamais aceitaria que ele se relacionasse comigo. Digamos que o diretor era um homem reservado, o que me o quanto Sasuke puxou a própria personalidade do pai, mas só mudava em alguns aspectos. Fugaku era um homem legal, ainda mais comigo, porque como era considerada uma ótima aluna, digamos que ele me considera uma de suas alunas nota 10 preferidas. E como Sasuke era o garoto problema, obviamente não aceitaria que me envolvesse com o garoto. Porém, não pude evitar.

Por mais que seja errado estar quebrando a promessa que fiz com o diretor, eu sentia que tinha algo por trás de tudo isso. Tinha esperança que seria algo bom, pois se for algo ruim, provavelmente tiraria minhas noites de sono e tudo só pioraria entre eu e Sasuke.

Todos sabiam que nós dois estávamos quebrando as regras, a primeira de todas era se aproximar um do outro. E era o que acontecia quando nós nos provocamos.

E aqui estávamos nós, de frente para o outro. Então, decidi que sim, que iria fazer o que meu coração mandava e isso era a decisão de dizer o que sinto e o porquê de implicar com ele a todo momento. Eu iria dizer o que estava guardado dentro de mim há anos e queria entender mais esses sentimentos.

Inspirei fundo, olhando bem nos seus olhos e disse.

— Eu não te odeio — a expressão de Sasuke me pareceu um tanto surpreso, ele não conseguiu responder e então tomei coragem para continuar. — Comecei implicar com você porque colocou chiclete no meu cabelo anos atrás. — expliquei, vendo-o franze o cenho.

— Isso já faz muitos anos, Sakura. — ele disse, me fazendo suspirar.

— É, eu sei.

— É claro que sabe — falou irônico. — Nós já somos adultos. Não há motivo para continuarmos dessa maneira.

— Eu sou uma idiota — baixei a cabeça, olhando para o meus pés.

— Você não idiota, só é uma pessoa muito rancorosa — aquelas palavras me fez voltar para ele, vendo um sorriso ladino se formar em seus lábios.

Soltei uma risada.

— Acho que sim — concordei, pois dias atrás eu tinha raiva de Sasuke por tudo que ele me fazia, sendo que era algo bobo feito por apenas uma criança. Era incrível de como nunca consegui esquecer toda aquela situação, que me deixou meses angustiada. Percebi que não precisava mais esconder o que sentia, ele já demonstrou o suficiente que me queria em sua vida. Por fim, resolvi prosseguir : — Por sua causa, eu nunca mais deixei o cabelo crescer, com medo de que você cortasse ou algo do tipo — revelei, fazendo Sasuke me olhar incrédulo.

Mas no instante em que sua expressão ficou séria, senti que estraguei o clima bom.

— Sakura — ele me chamou, senti um calafrio percorrer pelo meu corpo.

Puta merda! Pela primeira vez na vida ele me chama pelo nome. É, eu realmente estraguei tudo.

— Você acha que eu seria capaz de fazer uma coisa dessa? — indagou, me olhando incrédulo. Podia ver mágoa em seus olhos, mas não tive como evitar.

Bom, confesso que sim, eu imaginava o quanto ele seria capaz até de me jogar em um rio cheio de sapos. Mas agora, depois de tudo, parei para pensar sobre diversas coisas. Era eu que fazia coisas piores na vida de Sasuke. Ele jamais fez algo para me machucar, apenas me provocava com palavras e eu... Eu agia como uma doida que pixava, quebrava os vidros do carro que ele tanto gostava.

Naquele momento, percebi o quanto eu fui cruel com Sasuke e me vi querendo sumir por tudo que fiz há. Para falar a verdade, eu nem sei se mereço qualquer coisa vinda dele. Afinal, mesmo que eu fingisse não perceber. Sasuke cuidava de mim.

Quantas vezes ele me levou para casa quando eu bebia demais nos rolês com amigos?

Quantas vezes ele foi embora para casa com vários hematomas no corpo quando me defendia de caras que me assediavam nos lugares?

Quantas vezes ele pulou dentro do meu quarto pela janela quando eu ficava doente?

Quantas vezes ele levava para o hospital ou para enfermaria do colégio me carregando no colo quando eu me machucava ou quando passava mal?

Quantas vezes peguei ele no flagra ao deixar remédios para cólica menstrual dentro da minha bolsa ou no meu armário?

Quantas vezes peguei ele no flagra abrindo meu armário e colando milhares de doces?

E aquelas vezes que eu o flagrava colocando salgados e comida em cima da minha mesa?

Sasuke esse tempo me protegia.

Cuidava de mim...

Eu sabia que era ele, por mais que ele agia como se nada tivesse acontecido. Eu via tudo o que fazia, mas mesmo assim, eu ficava quieta e apreciava tudo em segredo e agradecia em silêncio.

Mesmo negando, eu fiquei feliz por tudo que ele fazia e pelos gestos.

Se bem que… Eu nunca fiz nada parecido com ele. Eu sempre o largava para os outros, quando ele na verdade sempre esteve ali para mim. Mesmo que eu o afastasse, ele ainda persistia em ficar. Aturava meus dias ruins e me ouvia desabafar sobre a vida ruim e sobre como meus pais insistem em querer mandar nas minhas escolhas.

Senti as lágrimas escorrerem pelas bochechas.

— Me desculpa. — pedi, mesmo que eu não merecesse. Eu me sentia culpada por não enxergar a verdade.

Todos esses anos, Sasuke me amou e eu odiei por um motivo besta. As pessoas nos viam como inimigos porque eu era a responsável por tudo que causava.

Sasuke então piscou os olhos e viu sua expressão mudar. Aquela era expressão de preocupação que ele sempre mostrou quando algo acontecia comigo.

— Sakura... O que?

Então desabafei, deslizando minhas costas pela parede e sentado de joelhos no chão frio. A minha vontade agora era de sumir dali. E agora, não conseguia nem olhar mais para seu rosto.

— Você sempre fez tudo por mim — disse, entre soluços. — E eu só te causei mal por causa de um chiclete no cabelo. Eu sei que não mereço seu perdão, ou qualquer coisa. Mas não entendo o porquê de você querer tanto me proteger e cuidar de mim. — sussurrei, apertando os olhos.

De repente, senti duas mãos em cada lado do meu rosto, me fazendo olhar. Sasuke estava agachado, agora seu rosto tinha um sorriso de canto e sua expressão era daqueles que eu jamais vi em toda minha vida.

Sasuke me olhava com...Carinho.

— Você é uma boba, sabia? — Eu ia abrir a boca para responder, mas o mesmo aproximou seu rosto do meu.

Sim, eu sabia do quanto estava sendo boba. Mas depois de tudo, não sabia se eu realmente merecia todo esse carinho e toda essa atenção que ele tem para comigo.

— Eu sei, mas, não posso evitar. Percebi que exagerei demais nas coisas.

— Você não precisa se desculpar — disse, tirando suas mãos do meu rosto e senti falta de suas mãos quentes me tocando.

Porém, pude vê-lo aproximar nossos rostos e sentir o hálito quente dele se misturar com o meu. Naquele momento me senti completamente ansiosa pelo que estava prestes a acontecer.

O Uchiha me analisava, e poderia jurar que ele parecia estar gostando de me ver nervosa com a situação.

— Tem uma coisa que preciso confessar – sua voz saiu mais rouca, fazendo a eletricidade percorrer pelo meu corpo.

Imaginei sua voz sendo sussurrada em meu ouvido, enquanto fazíamos coisas impróprias na minha cama.

Droga! Eu estava pensando coisa errada justamente agora.

— O que você precisa confessar? — perguntei em um sussurro.

Não tinha como mais escapar. Porém, ele ficou em silêncio por alguns segundos, o que me incomodou de certa forma. E por um momento pensei que ele tinha desistido do que ia falar. Antes que eu dissesse algo, Sasuke foi mais e finalmente se pronunciou.

— Eu sempre quis te beijar — confessou ele com sorriso malicioso.

Aquela confissão, me fez perceber que Sasuke já me tinha em suas mãos há muito tempo e eu demorei muito para admitir isso.

O problema era que nunca consegui lidar com meus sentimentos, mesmo sabendo o quanto ele mexia comigo. E ele parecia saber mais sobre mim do que eu mesma.

E quanto à segunda regra? Bem… era não se apaixonar, no caso eu que quebrei essa segunda regra. Parece que Sasuke também quebrou essa regra.

— Eu… — Queria dizer que eu também queria, mas ele conseguiu me tirar as palavras.

Também queria lhe dizer que não via a hora de beijá-lo novamente e do quanto fiquei pensando doida para sentir suas mãos em cada parte do meu corpo.

Era nítido que ele estava se segurando para não me agarrar ali, mas entendi que tinha algum receio. No entanto, Sasuke me interrompeu, me fitando com intensidade.

Seus olhos negros brilhavam, eu conseguia ver isso agora.

— Não pense em fugir novamente, Sakura, porque eu não suporto mais te ver tentando me afastar — ele murmurou rouco com a boca quase tocando a minha. — Estou aqui para acabar com toda essa merda!

Mordi o lábio inferior, ansiosa pelo que viria a seguir. Meus olhos estavam quase se fechando. Ele estava me torturando. Eu sabia disso. Enquanto isso, seus olhos negros não deixava de acompanhar meus movimentos.

— Sasuke... — Minha voz saiu baixa e rouca, querendo tanto que ele acabasse com a mínima distância e me beijasse, do jeito que ele me beijou dias atrás.

— Eu sempre quis você — segredou ele. — Mas só vou te beijar, se me pedir — novamente, me provocou.

Aquilo me fez abrir totalmente os olhos e franzir o cenho, contando até 10 para mandar Sasuke para aquele lugar. O seu rosto mantinha um sorriso sacana, ele realmente estava me tirando do sério.

Soltei um suspirou derrotada, novamente desviando meu olhar. Senti minhas bochechas corarem.

— Mas que merda, Sasuke! Será que poderia parar com essa enrolação toda?

Ouviu uma risada rouca e baixa. Senti novamente suas mãos em cada lado do meu rosto me fazendo mirá-lo novamente.

— Você realmente fica muito linda quando está irritada.

O elogio só piorou minha situação, me senti ainda mais envergonhada. Era surreal vê-lo elogiar alguém, ainda mais quando esse alguém era eu.

— E o que está esperando? — perguntei, já impaciente.

Novamente, o moreno sorriu e desta vez, seu sorriso era mais largo que mostrava a metade dos seus dentes brancos e bem alinhados. Céus, aquele sorriso era lindo e descobri que Sasuke Uchiha tinha pequenas covinhas.

De fato, Sasuke sempre foi reservado. Mas foi aí que percebi que, quando ele estava comigo, ele sorria com mais frequência.

— E eu sempre quis te socar — retruquei arrancando uma risada do moreno que me tirava a paciência.

— Todos sabem que isso é mentira — respondeu convencido.

— Você deveria calar a boca — ralhei com irritação.

Sasuke então se afastou por completo e soltou uma gargalhada, com os olhos fechados e caiu para trás sentando no chão. Observei confusa, mas ainda sim, me senti feliz naquele momento.

O som de sua risada fez o coração se aquecer.

Tudo bem, ele era um idiota que gostava de me provocar o tempo todo. Mas confesso que eu jamais conseguiria viver sem ele na minha vida e sem ouvir sua voz me tirando do sério o tempo todo. Estar ali com Sasuke de fato era a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Quando pensei em reclamar, ele parou de rir e me fitou. Agora ele tinha um sorriso aberto e se aproximou novamente.

Quando menos esperei, Sasuke selou nossos lábios em beijo sôfrego, como se o mundo fosse acabar hoje. Não demorou muito para ele explorar minha boca com sua língua e transformar o beijo, em algo mais urgentemente e prazeroso. Eu podia até sentir o metal de seu piercing quando minha língua se entrelaça com a dele. Confesso que gostei muito, era de fato muito excitante. Sasuke grunhiu contra minha boca quando o mordisquei o seu lábio inferior e o puxei entre os dentes, ele não exitou em fazer o mesmo.

Eu mal percebi que seus dedos já se encontravam enroscados em meus fios de cabelos, puxando-os levemente. Aquela posição estava ficando desconfortável e Sasuke pareceu entender, já que ele parou o beijo e se levantou. Ele estendeu uma de sua mão para me ajudar levantar, aceitei de bom grado. Contudo Sasuke me puxou levemente e quando dei por mim, já me encontrava agarrada a ele enquanto o mesmo voltava a beijar. Eu podia sentir suas mãos explorando cada canto do meu corpo, o que fazia sentir uma enorme eletricidade percorrer pelo meu corpo.

E não parou por aí, eu também aproveitei para colocar minhas mãos por debaixo da camisa branca que ele usava por baixo da jaqueta de couro e arranquei um grunhido de excitação quando passei minhas unhas por toda sua pele definida.

Sasuke e eu estávamos fervendo igual o inferno, eu não queria parar. Queria que ele me possuísse ali mesmo, porque com seus toques eu nem lembrava onde estava. Pude senti-lo me abraçar pela cintura fortemente, como se quisesse me prender a ele, com medo de que eu pudesse fugir dali a qualquer instante. Só que o que ele não sabia, era que fugir dali estava fora de cogitação.

Queria poder ficar ali para sempre, pois soube que me sentia protegida em seus braços. Os braços fortes, eram o meu refúgio.

Mas nem tudo era como queríamos, o ar nos faltou e tivemos que nos separar para poder respirar. Nós estávamos ofegantes, sem quebrar o contato visual. Pela primeira vez em toda minha vida eu nunca me senti tão bem quando beijava alguém na minha vida, mas tinha plena consciência que aquele era o efeito que apenas ele causava em mim.

Sasuke esboçou um mínimo sorriso, me fazendo retribuir sorrindo abertamente. Sentia meu corpo queimar e eu podia jurar que ele conseguia ouvir os batimentos do meu coração. Sasuke não se encontrava diferente de mim, podia ouvir nossos corações bater em sincronia.

Eu desejava que aquele momento durasse para sempre e com certeza a imagem de Sasuke me olhando com intensidade e os lábios avermelhados devido ao beijo ficaria gravado em minha memória, assim como esse momento.

— Você não tem ideia do quanto esperei para tê-la nos meus braços. — segredou ele, me dando um beijo rápido.

— Eu também. — aproveitei para inspirar o seu perfume em seu pescoço, dei um sorriso após senti-lo arrepiar. Gostei de saber que ele era venerável quando se trata de mim, pude perceber somente hoje.

Sasuke sorriu e acariciou o meu rosto. Fechei os olhos apreciando aquele carinho gostoso.

— Eu confesso que fazia questão de te irritar para chamar a sua atenção. — ele riu. — Você me deu um trabalho daqueles, sabia? Nunca pensei que me apaixonaria por uma garota tão difícil assim.

A confissão do moreno me fez rir, pois eu realmente não dava nenhuma chance para nós e muito menos dei chance de querer ser amiga dele. Nossos amigos faziam de tudo para nos darmos bem, mas simplesmente era em vão, pois acabava comigo e Sasuke em uma briga horrível.

— Foi mal, mas não estava afim de ter mais clichês colados nos meus cabelos. — brinquei, mas surpreendente Sasuke ficou em silêncio, o que me apavorou um pouco.

— Desculpa, eu estava só brincando — soltei um riso de nervoso, sentindo que talvez eu tenha estragado o momento com essa brincadeira, deixando ele chateado.

No entanto, senti seus braços me apertarem e sua voz soar perto o suficiente para me fazer perder completamente a razão e sentir minhas pernas amolecerem.

— Você aceita namorar comigo?

Céus, o que foi que eu ouvi?

A pergunta me surpreendeu, me deixando sem chão e então abri os olhos, tentando raciocinar um pouco o que ele estava dizendo. Eu jurava que estava prestes a morrer naquele momento, não esperava que ele fosse me pedir em namoro logo de cara. Ele pareceu perceber a minha situação e sua expressão mudou para preocupação.

— Sakura? — ele chamou, me tirando do devaneio.

Então, abri um sorriso, sentindo as borboletas em meu estômago de tanta felicidade. Não pensei duas e me aproximei dele quase encostando nos lábios, mas sem relar, ficando pouquíssimos metros. Observei ele suspirar, que acreditei ser de alívio e o mesmo semicerrar os olhos, aquilo me fez rir por dentro. Sasuke também ansiava em me beijar, assim como eu ansiava por ele.

O sentimento de ser retribuída, era a melhor coisa do mundo. Aquele momento estava sendo único. Não era nada romântico, mas para mim, era de fato especial porque esse é o jeito de Sasuke Uchiha de ser. Eu não mudaria nada.

Céus, eu mal podia acreditar no que estava acontecendo. Aquele dia estava acontecendo milagres ou até mesmo o impossível. Afinal, o impossível que eu pensava era ouvir Sasuke me pedindo em namoro. Mas pelo jeito, eu estava enganada. Ele me surpreendia cada vez mais. E não vou negar do quanto amei e resolvi dar a resposta que o meu coração mandava.

— Eu não seria louca de recusar. — sussurrei, vendo um sorriso mínimo se formar em seus lábios.

E eu não pensei duas vezes e o puxei pela gola de sua jaqueta, fazendo-o se curvar novamente, para então finalmente tomar-lhe os lábios em beijo mais urgente que o outro.

Porque agora, as coisas eram diferentes.

Eu não tinha mais como negar e nem me segurar. De agora em diante, meu inimigo seria o amor da minha.

E lá no fundo, eu sei que sempre o amei.

Tinha certeza que Sasuke também.

Por mais que todos achem que nos envolver seria errado, para nós dois era a coisa mais certa a se fazer.

.

.

.

— Inclusive, não fui eu que coloquei chiclete no seu cabelo. — Minutos depois Sasuke se pronunciou, me fazendo separar de seu abraço.

— Como assim não foi você? — franzi o cenho, confusa. — Você nem negou quando eu disse que você tinha colocado chiclete no meu cabelo. — completei.

Sasuke deu de ambos.

— Provavelmente iria me acusar, me chamando de mentiroso. — falou, como se fosse algo mais óbvio do mundo. E de fato, era o óbvio.

— Então me fale quem foi, por favor. — supliquei, observando seus lábios formarem um sorriso maldoso.

— Tem certeza que quer saber? — pelo tom de sua voz, indicava que ele estava se divertindo e não parecia estar preocupado com o que aconteceria e nem com a pessoa que iria dedurar.

Bufei impaciente cruzando os braços.

— Anda logo! — disse, doida para soltar xingamentos. — Pare de enrolar!

Sasuke soltou um riso.

— Antes, já vou esclarecer uma coisa.

Revirou os olhos, me segurando para não voar em seu pescoço.

— O que é?

— Eu só estava tentando tirar o chiclete do seu cabelo. — justificou-se.

Mordi o lábio inferior. Pelo jeito fiquei odiando Sasuke por anos e jamais pensei na possibilidade de que ele estaria ali para me ajudar e com certeza estou me sentindo mal.

— E quem colocou o chiclete? — perguntei sentindo-me ansiosa.

Ele colocou as mãos nos bolsos e suspirou, para finalmente revelar o que eu tanto queria saber:

— Ino Yamanaka.

Abri a boca, sem acreditar no nome citado.

PUTA. QUE. PARIU.

Tinha que ser justamente a minha melhor amiga de infância?

 


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Notas finais do capítulo

Mereço algum biscoito? Ou pedradas? Kkkkkkkkkkk
Obrigada por lerem ❤

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