A páscoa de Sakura escrita por UravityStar


Capítulo 1
A carta da páscoa


Notas iniciais do capítulo

Feliz Páscoa estrelinhas e boa leitura!



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Sakura se encontrava na Tokyo Tower observando o horizonte. As estrelas do céu noturno em contraste com as luzes da cidade de Tomoeda era uma visão única.

A Card Captor desperta do transe ao ouvir o som de um sino, ao mesmo tempo em que a brisa do vento de inverno arrepiava os seus braços. Novamente ela ouve o estalar do sino e procura de onde vinha tal som.

— Mestre, você acha que ela está pronta? — Pergunta uma voz misteriosa.

— Ela tem que estar. Os poderes dessa carta estão fora do meu controle. Se a Sakura ou o Shaoran não conseguirem, então será tarde demais…

 

Sakura acorda com a voz de Kero:

— Sakura! Até que enfim acordou, você não parava de resmungar. Que cara é essa? — O guardião Kerberos pergunta ao inclinar a cabeça para o lado.

— Kero? — Pergunta a Kinomoto enquanto esfregava os olhos sonolentos. — Acho que tive uma visão…

A castanha conta sobre o sonho recente e Kero fala pensativo:

— Deveríamos consultar o Eriol, a última vez que você teve uma visão, acabou sendo testada pelo Yue.

— Você acredita que será outro teste? Mas, por que ele faria de novo?

— Não tenho certeza. Desde a última captura, os seus poderes tem aumentado drasticamente. — Comenta o guardião das cartas Clow.

— Bem, vamos ter que pensar nisso outra hora. Hoje tenho que ajudar a turma com as preparações da gincana de caça aos ovos.

— Verdade, imagina quantos doces estão me esperando para serem devorados!

Sakura arqueia as sobrancelhas e diz:

— Kero. Você não pode ser visto pelos alunos, sabe disso. Mas prometo que vou guardar alguns doces para você.

— Posso ir junto? Ficarei dentro da mochila esperando os doces.

— Tudo bem, mas nada de aprontar!

— Você me conhece, Sakura. Enquanto os doces não estiverem prontos, vou tirar um cochilo.

Touya surge na porta do quarto da castanha e imediatamente o Kero se imobiliza. O garoto olha para o urso desconfiado e volta o olhar para a sua irmã.

— Monstrenga. É a terceira vez que te chamo.

— Touya! Não me chame de monstrenga! — Irritada com o seu irmão, Sakura infla as bochechas.

— Tanto faz, o Yukito vai nos acompanhar a caminho da escola, então não se atrase.

Ele volta para a cozinha e Sakura suspira de forma sonhadora.

— Ai, ai, ai, Yukito! — A Card Captor sorri. — Vou guardar alguns doces para ele também.

Sakura toma o café da manhã e acompanha seu irmão até a entrada, onde se depara com o Yukito sentado em sua bicicleta.

— Bom dia Sakura!

— Bom dia Yukito! A sua turma também vai participar do evento de páscoa?

— Claro, nós vamos fazer uma peça de teatro original onde o Touya será o protagonista e eu serei o vilão.

— Que legal!

 

Chegando no colégio, Sakura se despede de Yukito e segue para a sua sala onde vê o Eriol, o Yamazaki e o Li conversando:

— Bom dia, meninos!

— Sakura, bom dia! — Yamazaki a cumprimenta. — Chegou a tempo de ouvir uma história que aconteceu a muitos anos atrás.

— Adoro histórias, sobre o que é? — Curiosa, ela pergunta.

— Sobre a páscoa. Você sabia que o coelho da páscoa foi criado a partir de um experimento científico onde os cientistas tentaram criar uma nova espécie de coelho?

— Verdade? — Shaoran pergunta.

— Sim. — Responde o Eriol entrando na brincadeira de Yamazaki. — Quando o coelho começou a falar através de um antídoto que eles deram, os cientistas ficaram bem chocados e então descobriram que o coelho podia criar chocolates mágicos.

— Foi aí que os humanos pediram para o coelho trazer doces para as crianças uma vez ao ano. — Completa o Yamazaki.

— Incrível! — Shaoran e Sakura falam ao mesmo tempo.

Chiharu observando a cena, se aproxima de Yamazaki e puxando a sua orelha, diz:

— Não cansa de inventar histórias?

— Que?! Era mentira? — Sakura fala surpresa e Eriol ri com a inocência dos dois.

 

O sinal do início da aula toca e os alunos seguem para a cozinha, onde começam a fazer os doces. Sakura estava concentrada na massa do chocolate quando nota a sua amiga Tomoyo segurando uma câmera.

— T-Tomoyo, que susto! — Sakura fala com uma gota na cabeça.

— Esse é um dia especial, Sakura. Precisamos registrar.

O tempo passou e os alunos deixam os doces esfriando até a hora da caça aos ovos.

Enquanto isso, dentro da mochila de Sakura:

— Ah! Que demora da Sakura! Acho que ela não vai se importar se eu der uma espiadinha nos doces.

Kero abre a mochila e voa seguindo o cheiro dos doces.

Entrando na cozinha, Kero olha para os ovos de chocolate que estavam em cima das mesas resfriando e se aproxima.

— Hum! Parecem deliciosos, sei que a Sakura disse que ia separar alguns para mim, mas não terá problemas se eu pegar apenas um.

Dito isso, Kero experimenta o doce e logo parte para outro.

 

Tomoyo acompanhava sua amiga de volta a cozinha:

— Agora que os doces esfriaram, nós vamos levar para a turma ajudar a embalar os pacotes. — Diz a morena.

— Tomoyo, me ajuda a carregar as ban… Kero! — Grita a Card Captor ao ver o guardião empanturrado com os doces. — Não acredito que você comeu tudo!

— E agora? — Pergunta Tomoyo. — Falta uma hora para a caça iniciar, será que dá tempo de fazer mais doces?

— Só sei que o Kero ficará uma semana sem comer doce! — Sakura afirma ao guardião.

— Sakura, não faz isso! Eu te ajudo a fazer os doces!

— É bom que me ajude, se não… — Sakura é interrompida com a porta sendo aberta bruscamente por Shaoran.

— Volta aqui!

Os três observam um ser em forma de coelho pular pela cozinha e ao encostar nos objetos, estes se transformam em doces gigantes e em pequenos coelhos que causam uma bagunça na cozinha.

— Shaoran?

— É uma carta perdida, precisamos detê-la antes que a escola vire uma casa de doces!

— Carta? O meu sonho! Kero, a previsão era sobre essa carta.

— Perfeito! Sabia que trazer uma roupa inspirado na páscoa seria útil! — Tomoyo comenta. — Hora da Card Captor entrar em ação!

O coelho pula a janela da cozinha e ambos se entreolham.

 

Sakura encarava o vestido que sua amiga Tomoyo trouxera. Este era azul claro com babados volumosos nas mangas e na saia. Para completar o conjunto, uma touca azul escuro com orelhas de coelho ficava sobre a cabeça.

— Como iremos encontrar a carta? A essa altura já deve estar bem longe do colégio. — Fala Kero enquanto ambos seguiam para fora do local.

— Tenho uma ideia de onde ela possa estar. — Afirma a Card Captor. — Vamos para a Tokyo Tower!

Segurando a chave mágica, Sakura o transforma no báculo estrela:

— Chave que guarda o poder da minha estrela! Mostre seus verdadeiros poderes sobre nós, e ofereça à essa valente Sakura que aceitou esta missão! Liberte-se! Alada!

Sobrevoando a cidade, a Card Captor nota ao longe a carta transformando tudo o que ela tocava.

Ao se aproximar da carta, Sakura ativa o poder do vento:

— Vento, transforme-se em correntes da justiça!

O vento começa a rodear o coelho, porém, este se divide em vários outros coelhos.

— Não funcionou…

 

Enquanto corria, Shaoran pega o seu tabuleiro nas mãos e o ativa para procurar a carta:

— As quatro direções dos poderes sagrados. Deuses dos relâmpagos e das tempestades elétricas. Mostrem-me com seu raio de luz o ser que está se escondendo nessa região. Mostrem-me o espírito da carta!

Um rastro de luz o guia até alcançar as meninas e pegando a sua espada, atinge a carta com a magia de relâmpago cujo se desfaz em uma cascata de chocolate.

Observando a carta transformar outros objetos, Sakura arregala os olhos com a ideia que surge e voa até o topo da Torre de Tokyo.

— Doce, transforme essa torre em um cupcake gigante!

Sentindo o cheiro do cupcake, o coelho pula em direção ao doce e Sakura utiliza a carta do sono, fazendo com que o coelho dormisse.

Erguendo o báculo estrela, Sakura diz:

— Volte a forma humilde que merece, Carta Clow!

Após capturar a carta, Sakura gira o báculo e usa o poder da estrela para transforma-la em uma carta Sakura:

— Carta criada pelo Mago Clow, abandone sua velha forma e transforme-se para servir ao seu novo dono, em nome de Sakura. Liberte-se!! Páscoa!

 

Na casa de Eriol:

— Parece que a Sakura venceu, por um momento achei que eles não iam conseguir.

Spinel observa o seu dono e fala:

— Ainda não entendo por que você disse que a carta estava descontrolada.

— A carta da páscoa não foi criada por minha vida passada e sim pela reencarnação de Sakura, só que ela não se lembra. O mago Clow teve que transformar a carta para que esta sobrevivesse e agora que voltou para a dona, a carta está sob controle. Você sabe o que acontece se uma carta fica dormindo por tempo demais. Por pouco ela não deixa de existir.

Voltando para o colégio, Shaoran nota que perderam muito tempo para capturar a carta da páscoa e a qualquer momento os alunos entrariam pela porta.

— Como vamos explicar que os chocolates sumiram?

— Não precisamos, a carta da páscoa é a solução.

Sakura pega a carta e diz:

— Páscoa, crie ovos de chocolate para restaurar o que foi perdido!

 

Depois que os alunos terminam de embalar os pacotes e de levarem os doces para a barraca onde iriam distribuir para as pessoas, Sakura vê o Eriol se aproximar dela e fazer sinal para que a castanha o seguisse até uma árvore cujo estava afastada das barracas.

— Eriol, queria conversar sobre mais cedo.

— Imaginei que você pudesse vir em busca de respostas. — O mago fala. — Sakura, você não reconhece a carta?

— Ela me é familiar, por que a pergunta?

— Não estava te testando como nas outras vezes. A carta da páscoa tem ficado sob os meus cuidados desde que nos vimos a eras atrás. Acredita em vidas passadas? Sakura, você que criou a carta, mas perdeu o controle sobre ela um certo dia e veio pedir ajuda para a minha reencarnação.

— O mago Clow?

Eriol assente e diz:

— Sim, mas sem os meus poderes para congelar a carta no tempo, a páscoa estava com dias contados. Considere isso como um presente.

— Entendo. Eriol, obrigada por cuidar da Páscoa durante todo esse tempo. — Sakura sorri.

— Eu que agradeço, Sakura. — Eriol dá um beijo em sua mão, o que faz com que a castanha ganhe um tom rubro em suas bochechas.

Shaoran e Tomoyo se aproximam dos dois e o Li estreita os olhos para Eriol, cujo ajeita seus óculos e um pequeno sorriso se forma nos lábios.

— Aqui estão vocês. — Diz Tomoyo. — A peça de teatro do Touya vai começar.

— Quase me esqueço da peça! Sobrou alguns ovos de chocolate para levarmos para o Yukito?

— Guardei alguns para você. — Tomoyo responde.

— Obrigada, Tomoyo! Você salvou meu dia!

— De nada, Sakura!

Eriol observa os seus amigos seguirem para a sala de teatro e fala pensativo:

— Sakura, o Li tem sorte de ter alguém como você sendo amiga. Fico me perguntando quando ele vai se declarar? Está na cara que ele gosta de você, mas… ele não é o único. Que vença o melhor no amor.

— Então você também gosta da Sakura. — Spinel, que estava escondido numa árvore, diz ao descer no chão. — Quem diria.

— Sim, mas é como diz o ditado: A esperança é a última que morre. Acredito que um dia, eu e a Sakura ficaremos juntos, nem que seja em outra vida. Até lá estarei ao seu lado como amigo para a apoiar sempre que ela precisar.

Fim


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado dessa nova história! Até a próxima!



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