Amê Souer escrita por Crixscully


Capítulo 3
Capítulo 1 - Sonhos X Realidade


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo!

Para quem não sabe Amê Souer significa alma gêmea.
Porque eu estou dizendo isso? Bom, guardem isso na memória pois será um futuro spoiler...



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Depois de Wishmaker:

Luka se sentia em uma corda bamba.

De um lado estava o que mais presava – a verdade. E, de outro, o que era certo.

Ele devia contar a Ladybug que sabia a sua identidade – que devia ser secreta – e, com isso, contar que sabia quem era Cat Noir.

Mas o melhor a se fazer era ficar calado e não pôr mais paranoia na cabeça da garota, já que ele próprio viu como ela não estava bem ultimamente. Estava sobrecarregada, nervosa e ansiosa. E ele tinha certeza de que ela não estava dormindo direito, isso ficava nítido nas marcas profundas que eram as suas olheiras.

E ele não queria colocar mais isso encima dos muitos problemas que ela devia ter, além, é claro, de salvar a cidade; tentar frequentar a escola entre uma luta e outra; inventar mil desculpas aos seus professores, amigos e aos pais sobre os seus sumiços.

Ela estava por um fio, e foi justamente por isso que eles haviam terminado.

Luka ainda gostava dela? Óbvio, era cedo demais para supera-la. E ele sentia que, para ela, também era cedo demais, tanto que no começo ela tentava se manter o mais afastada possível dele.

Desde o início Luka sabia que terminaria assim, cada um para um lado. Ela gostava dele, mas nunca o amou verdadeiramente. Sempre foi o Agreste.

SEMPRE. 

E para Luka estava tudo bem, o importante era ter a companhia dela e ficar com ela pelo tempo que durasse.

Ela era o amor da vida dele? Longe disso. Ele era novo demais para viver algo dessa grandiosidade.

Apesar de que, quando olhava para Mari e Adrien, lado a lado, ele conseguia ver – ver não, sentir. Ele sentia que os dois eram sim almas gêmeas.

Mas não qualquer alma gêmea, eram almas gêmeas românticas, destinadas a ficarem juntas.

Era difícil e ele odiava ter que admitir isso para si mesmo, mas essa era a verdade.

E, a maior surpresa de todas, foi constatar que ambos se gostavam sem saber. Adrien amava uma parte de Marinette que ela não se deixava mostrar. Já Mari amava a parte mais frágil e complicada de Adrien, justamente a parte que ele mais odiava em si mesmo, mas que era a mais delicada e necessitada de carinho.

Luka ainda estava tentando processar a informação da descoberta das identidades quando acabou colidindo com alguém.

Mãos voaram até seu peito, um nariz colidiu contra seu ombro. Suas mãos foram parar nos braços dessa pessoa, tentando estabiliza-la.

Ao olhar para baixo, notou cabelos num tom claro de rosa, quase como algodão-doce. Olhos azuis o espreitaram pôr de baixo de um capacete.

Alix Kubdel.

Ele havia colidido com uma das amigas de sua irmã. Estava tão desnorteado que nem havia percebido que andava pela área utilizada para a prática de esportes como patins e skate.

— Onde você tá com a cabeça, garoto? – a ruiva ralhou. – Eu podia ter te machucado, sabia?

Luka prendeu o riso. Ela não batia nem no ombro dele, como poderia machuca-lo?

— Perdão, Alix. Eu não estava prestando muito atenção ao mundo a minha volta – ele disse, olhando em torno e notando várias pessoas patinando ao redor dos dois.

— O que houve? – a Kubdel perguntou curiosa e preocupada devido à expressão do garoto. – Você parece que viu a morte. Não me diga que viu o Howk Moth em pessoa?

Luka suspirou.

— De certa forma eu vi... – ele murmurou.

— Vem e me conta o que aconteceu – ela disse, o puxando pelo braço para saírem dali em segurança.

Ainda encima das rodas, Alix o levou até uma sorveteria. Para ela, tudo poderia ser resolvido com um sorvete e uma boa e sincera conversa.

Por sorte, Luka também pensava igual.

— Dá última vez que sai para tomar sorvete, Marinette me deixou plantado com uma casquinha derretida na mão – Luka disse, encarando o seu sorvete.

— Então é melhor aproveitar o seu sorvete antes que ele derreta também – Alix retrucou, já colocando uma grande quantidade do seu na boca.

Luka sorriu ao vê-la devorar a taça como se fosse uma formiguinha estocando suprimentos para o inverno.

— Eu descobri o segredo da Marinette – ele acaba soltando.

Precisava – não, NECESSITAVA – desabafar isso com alguém.

— Que ela ama o Adrien? – Alix revirou os olhos. – Até o prefeito de Nova York sabe disso, Roqueirinho.

— Não é isso – Luka murmurou, mexendo a sua colher e desmanchando as bolas do sorvete.

As sobrancelhas de Alix subiram, numa pergunta silenciosa.

— Eu não posso te dizer! – Luka disse ao notar a curiosidade da ruiva.

Alix bufou em desdém e voltou a sua atenção para o seu sorvete. A única coisa que ela gostava mais do que os seus patins e doces era uma boa fofoca – mas, pelo visto, Luka não acreditava na crença de que a fofoca edificada a vida das pessoas.

— É complicado, sabe? – Luka tentou explicar, mas sem poder falar muito – Eu descobri algo e esse algo tem haver com outra pessoa. E, se essa pessoa soubesse disso que eu sei, talvez as coisas fossem diferentes. Entende?

— Nem uma palavra – Alix franziu o rosto, trocando a sua taça vazia pela taça semiderretida e intocada de Luka.

O rapaz apenas observou a cena, impressionado com o modo com que ela, rapidamente, trocou as taças, quase como uma ninja.

— Você acabou de roubar o meu sorvete? – ele perguntou, franzindo o rosto e contendo um sorriso.

— Estava derretendo – ela diz, atacando o item roubado. – E você tem trauma com sorvetes derretidos.

— Eu não tenho trauma nenhum! – Luka resmungou, se sentindo ofendido.

— Ok, ok, deixa eu ver se entendi – Alix diz, pensativa, e apontando a colher para ele: – Você descobriu algo sobre a Marinette. Algo muito, mas muito secreto. E isso envolve outra pessoa. O Adrien talvez...?

— Não posso dizer. É confidencial. – Luka disse, com seriedade.

Mas Alix percebeu que havia acertado no chute.

— E, se o Adrien soubesse talvez eles ficassem juntos? – Alix terminou a sua linha de raciocínio. – Mas você não quer vê-los juntos, por isso não quer contar.

— Não é isso! – Luka retruca, se defendendo. – Eu só não acho que seja EU quem deva contar.

— Porque não? Vai causar uma catástrofe se ele descobrir sobre “isto”? – Alix pergunta, revirando os olhos. – Não me diga que o segredo é tão cabeludo que os dois serão akumatizados e destruiriam o mundo numa luta sangrenta?

— Talvez – Luka suspirou.

— Ah, faça-me o favor – Alix perdeu a paciência. – Como eu posso te ajudar se não sei do que se trata? Se me disser o que é, eu posso dar um de meus sábios e mágicos conselhos.

Luka sorri diante de tamanho deboche disfarçado de egocentrismo.

— Eu não posso...

— ... me dizer – ela completa, revirando os olhos. – Eu sei. Mas acho que você só está fazendo esse escândalo todo para nada.

— Escândalo? – Luka repete, ultrajado.

Ele não estava fazendo drama nenhum, apenas não sabia o que fazer e não queria magoar ninguém.

— Qual seria o segredo escuso de Marinette, afinal? – Alix prossegue. – Ela é a Ladybug por acaso?

Alix riu, mas ao notar a palidez que a pele de Luka adquiriu, sua risada cessa e ela grita:

— NÃO É POSSÍVEL!


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Notas finais do capítulo

Sim, Alix, é possível!
Eai, o que será que a ruiva vai aprontar, hein?

E vamos de cronograma:
Vai ser um cap por semana, vamos tentar postar todo o domingo no mesmo horário - Às 4 da tarde

Au Revoir!



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