Tudo estava bem... escrita por Wizard Apprentice


Capítulo 15
Capítulo 15 - 2o ano


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas aqui está mais um capítulo!
Espero que gostem!



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Ginny passou o restante das férias escrevendo no diário, e quando descobriu que ele respondia, ingênua como era, passou a acreditar que fizera um amigo, chamado Tom Riddle.

Riddle era esperto. Sabia que a menina estava iniciando seus estudos em Hogwarts, e sabia que ela era apaixonada pelo amigo de seu irmão, mas não sabia que ele era Harry. Sabia que ela se sentia feia, fraca e desajeitada, e que queria provar que era tão boa quanto seus irmãos mais velhos.

A garota também começou a abrir seu coração. Contou que estava apaixonada, mas que o garoto sequer parecia saber que ela existia. Que ele era corajoso e poderoso e ela só uma bobona sem graça. Queria que ele a amasse, e só tivesse olhos para ela, claro, tudo isso em palavras tão intensas como seus 11 anos de idade permitiriam ser.

Harry não desconfiava de nada. Seja porque o diário era algo pessoal, que Ginny jamais ficaria exibindo por ai, seja porque ela o evitava a todo custo, e eles quase não se viam.

Na Kings Cross, estação de trem, prestes a embarcarem, Ron e Harry tiveram a desagradável experiência de colidir com uma parede de tijolos sólida. As malas caíram dos carrinhos, e Hedwiges, a coruja de Harry ficou histérica. Toda a estação parou para observar os dois garotos atrapalhados que perturbavam a paz de todos. 

"Dobby". Sussurrou Harry, coçando a perna machucada com a queda. Como pudera se esquecer?

"Mas que diabos, Harry?!"

"Ron, rápido!!! Precisamos avisar Dumbledore, vamos enviar a Hedwiges!". Fez uma pequena pausa, enquanto todos continuavam a olhar para eles. Recolheram as coisas, e se deslocaram rapidamente para outro canto da estação. 

Harry rabiscou um bilhete para o diretor, enquanto Ron resmungava, sem saber o que fazer. O bilhete dizia: "Perdemos o trem. Explico para o sr. quando chegarmos. Preciso deixar Ron decidir o que fazer, como da última vez. Peço perdão antecipadamente pela pela confusão que vamos causar".

Depois se virou para Hedwiges e sussurrou baixinho, abrindo sua gaiola.

"Desculpa, Hedwiges. Espero que não tenha te machucado. Vou te pedir para levar essa mensagem para Dumbledore, o mais rápido possível, combinado?". Amarrou o bilhete em sua perna, ela saiu voando da estação.

Ron parecia horrorizado. 

"Harry, se não conseguimos passar, o papai e a mamãe não vão conseguir voltar!!!"

"Precisamos dar um jeito de alcançar o trem..."

"Harry...  O CARRO!".

Harry não se lembrava muito bem de porque aceitara fazer algo tão idiota no passado, e muito menos porque aceitou repetir o feito. 

No final das contas, não era um segredo para para ele, e muito menos para Dumbledore, que ele era um Grifinório nato, com 12 ou 42 anos, não importando o quão maduro fosse, sempre se meteria em confusão.

O vôo foi tranquilo, exceto pelos constantes problemas com o botão de invisibilidade, que parecia falhar especialmente quando os garotos sobrevoavam áreas povoadas da Grã Bretanha, e exceto pela colisão do carro com uma árvore extremamente violenta, já nos terrenos de Hogwarts. 

Harry saiu ileso, apesar de tudo, e Ron também. O que não teve a mesma sorte foi a varinha do ruivo, que se partiu em dois, ficando pendurada apenas pelo núcleo interno, e emitindo uma luz bem fraca, como quem diz "não tenho mais forças".

A bronca dos professores veio, e veio forte. Dumbledore estava aborrecido e era nítido o tom decepcionado na sua voz, quando pediu aos garotos que voltassem aos dormitórios, e se preparassem para futuras detenções. 

Ao entrarem no dormitório, os colegas aplaudiram a entrada triunfal dos garotos para o novo ano letivo. Harry achou graça a princípio, mas tinha uma vaga memória de que as coisas não continuariam tão divertidas assim no dia seguinte, e para completar, Hermione estava muito brava.

No dia seguinte, Ron recebeu um berrador bem agressivo de Molly, em frente a escola inteira. Harry se sentiu culpado, porque poderia ter evitado tudo aquilo, e não o fez. Para completar, a mesa dos sonserinos explodiu em risadas, envergonhando ainda mais o amigo. 

Antes de começar a aula de Herbologia, naquela bela manhã, o professor Gilderoy chamou Harry no canto da estufa, para uma conversa que Harry não se lembrava de ter tido, mas que com certeza fora inconveniente da primeira vez também.

"Harry, Harry, Harry... Eu sei porque você fez o que fez ontem. Ainda arrastou o pobre amigo junto."

"Aposto que não sabe não, professor."

"Claramente você provou um pouquinho da fama na Floreios e Borrões, quando posou para o jornal comigo, e agora quer um pouco mais" Gilderoy sorriu. " Ah... A fama. Mas tudo tem seu tempo, Harry. Mas eu entendo, um dia quem sabe você será tão famoso quanto eu..."

Harry estava perplexo. Como alguém podia falar tanta merda?

"Tem razão, professor. Me sinto consumido pelo desejo de ser famoso, tanto quanto o senhor. Jamais chegarei aos seus pés, mas pretendo fazer o que for necessário para isto".

Gilderoy se aprumou, todo pomposo e lisonjeado. Era tão arrogante que jamais perceberia o sarcasmo de cada palavra dita pelo garoto, e nem admitiria que Harry era pelo menos 10 vezes mais famoso do que ele.

O professor se ofereceu para orientar o garoto em sua jornada, Harry agradeceu e voltou para a aula, indignado. 

O pior é que o professor era muito inteligente, e Harry sabia disso, apesar de também saber que ele era um impostor.

Para completar, no final da tarde Harry descobriu que o novo aluninho da Grifinória, Colin Creevey era seu fã número 1. Ok número 2, a número 1 era a Ginny, e sempre seria. O menininho tirou várias fotos de Harry, com um flash ofuscante, e pediu para Harry autografá-las. 

"Pessoal! O Potter está distribuindo autógrafos!" Gritou Malfoy, se divertindo com o desconforto do garoto. 

Era só o que faltava. 

Harry se levantou da mureta em que estava sentado, e falou bem alto para todos ouvirem:

"DRACO ESTÁ ERRADO. ESTOU VENDENDO AUTÓGRAFOS. SE QUEREM MINHA FOTO, ASSINADA, VÃO TER QUE PAGAR, SEM EXCEÇÕES. O COLIN AQUI VAI ME PAGAR 5 GALEÕES, não é mesmo?" Deu uma piscadinha pro menino, confuso, e voltou a se sentar.

Pelo preço, pareceu que mais ninguém tinha interesse na foto. 

Lockhart claramente ouviu tudo e se aproximou cheio de satisfação, para falar mais bobagens. 

Harry fez questão de parecer um desmiolado apaixonado pelas câmeras, e se divertia com a incapacidade do professor de entender o cinismo em tudo o que dizia.

 

No dia seguinte, enquanto estava tendo aula de história da magia, percebeu uma movimentação atípica no lindo lago que banhava o terreno de Hogwarts. Esperou a aula terminar e foi com os amigos, Ron w Neville, para os jardins do castelo.

Ali, foi surpreendido por uma menina de pele muito clara e cabelos bem loiros, que saia calmamente das margens do lago, após nadar. Harry se aproximou dela, enquanto os amigos ficaram um pouco pra trás.

"Você deve ser Luna Lovegood". Perguntou Harry. Ele sabia que ela era.

"E você deve ser Harry Potter". 

"Tem algumas criaturas perigosas no lago, Luna. Você deveria ter cuidado".

"No final das contas, somos muito mais perigosos para elas do que o contrário ". Sorriu a menina. "As águas do lago nos ajudam a ter inspirações e sonhos bonitos. Papai diz que os Sereianos são muito dóceis também. Nunca vi um, mas adoraria".

Harry não se lembrava de nada que proibisse nadar no lago, mas também nunca tinha visto nenhum doido fazendo isso.

"É verdade isso dos sonhos, Luna? Porque ultimamente eu só tenho sonhado com coisas horríveis".

"Experimenta, depois me conta se funcionou. Vou voltar pro castelo, estou ficando com frio". 

A voz dela sempre era baixa e calma. Sua maneira sempre aérea de agir era confortável. 

"Luna, espero que possamos ser amigos. Me avise se precisar de qualquer coisa, ou se qualquer idiota te encher o saco por aqui".

"Amiga do Harry Potter". Disse com ar sonhador, e se foi.

Harry acompanhou, a distância, os passos da amiga, até que ela entrasse no castelo. Ron e Neville conversavam tranquilos.

"Harry, quem era?". Perguntou Neville.

"Luna Lovegood. É uma amiga minha, primeiro anista. Gosto muito dela, sejam legais, por favor, porque ela é muito doce... Não ri não, Neville, ela é corajosa como uma Grifinória também".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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