O que definia a noite de Bruce e Sepina era o estardalhaço ao redor deles a adrenalina pulsando em cada célula do corpo, enquajto continuavam a perseguição ao alvo. Um traficante que com certeza era só uma pequena parte de um esquema maior, que era a única pista que eles tinham até o momento. As noites dos dois se definiam nisso desde que ela tinha voltado a Gotham, o motivo, além de uma coisa ou outra, era a falta que sentia do desconhecido mascarado que, ela tinha que admitir, tinha balançado seu coração até demais. Aquele olhar vulnerável e suplicante a perturbava, a preocupava de um jeito que ela não conseguia deixar de se afeiçoar pelo sujeito. Sabendo da volta dela, Bruce a procurou, pedindo ajuda em mais um caso e mais outro a seguir, de maneira que gradativamente, se tornaram parceiros. Com o tempo, veio a confiança e Brice revelou sua verdadeira identidade a ela. Muita coisa passou a fazer sentido para Selina a partir de então.

Com um pouco mais de tempo, o relacionamento deles evoluiu até que Alfred os chamasse de namorados divertidamente provocativo. Mesmo ofendidos e irritados, perceberam que a situação era fato. Assim, sendo parceiros em mais de um sentido, continuaram sua perseguição, até serem impedidos por alguns tiros certeiros. A armadura pesada protegeu Bruce de algo mais fatal, mas a dor era excruciante demais. Coube a Selina levá-lo de volta à caverna. Ela criou o hábito de ajudar Alfred com os curativos, e naquela noite, não foi exceção.

—Quase te pegaram de jeito - ela comentou sobre a ferida, passando os dedos levemente sobre ela - mas acho que não vai ficar marca.

—Foi só uma pancada - Bruce murmurou, mas mal humorado com a dor do que com ela e Alfred.

—Uma pancada que te tirou do jogo - Selina respondeu- se concentre em descansar, é uma ordem.

Ele só revirou os olhos levemente em resposta. Ela balançou a cabeça.

"O prefeito casal", pensou Alfred.

Selina não conseguiu achar Bruce um tolo por mais tempo porque sentiu uma tontura, sentiu as pernas perderem o equilíbrio e pendeu um pouco para o lado. Bruce se inclinou para a frente, preocupado com ela, gemendo com a dor.

—Está bem, srta. Kyle? Deveria descansar- Alfred apontou, com mais rapidez.

—Obrigada, mas estou bem - ela negou qualquer mal estar.

—Alfred tem razão, isso não foi nada típico de você, sossegue um pouco - Bruce recomendou, de forma mais gentil.

—Olha só quem fala - Selina se sentiu ofendida - o sr. teimosia me mandando descansar.

—Sem querer interromper o que lá seja isso, mas recomendo descanso e não mais discussões para os dois - o mordomo se manifestou, tentando acabar com as discussôes.

Os dois vigilantes acabaram dando um sorriso discreto de concordância e deitaram ao lado um do outro, finalmente descansando.