The Poison escrita por Any Sciuto


Capítulo 1
The Eight Hours.




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Thomas acordou sentindo que aquele dia não terminaria de um jeito bom. Ele se levantou da cama, louco para encontrar uma camiseta que o deixasse bem na fita.

Na noite anterior, ele recebeu uma chamada de um chefe de Oahu, que precisava de ajuda e então marcou para logo cedo no restaurante do homem. Ele estava com muita vontade de ir até o lugar alguma noite, talvez levar Juliet para comer o famoso Baiacu, que era perfeitamente preparado, de modo que o veneno era totalmente eliminado.

Enquanto isso, em outra parte da cidade, Osi Shima esperava em seu carro com seus capangas a espera. Seu filho havia sido sequestrado e ele soube que Thomas era o melhor em resolver casos.

Ele obrigou o chefe de um restaurante a ligar para Thomas e encomendou um veneno poderoso que traria mais do que motivação a Thomas.

— Quando esse homem chegar você vai servir a refeição para ele. – Osi ameaçou o cozinheiro. – Dê a ele um suco, cerveja, qualquer coisa que faça esse veneno ser tomado. Jogue no maldito peixe.

— Sim, senhor. – O cozinheiro não teve outra opção. – Farei o que me pediu.

Juliet tomou uma xicara de café enquanto olhava para Thomas pegando a chave de um carro. Ela apenas o olhou, certa de que a ligação urgente da noite anterior tinha a ver com aquela corrida toda.

— Traga o carro inteiro. – Ela disse quando ele passou uma primeira vez. – E lembre-se que temos treino para a competição.

— Terão que começar sem mim. – Thomas sorriu para ela, saindo pela porta.

Olhando para Thomas indo em direção ao portão, Juliet se escorou no batente da porta, sentindo um mal pressentimento. Ligações tarde da noite nunca terminavam em boa coisa.

Thomas estacionou o carro ao lado de uma loja de artigos para festas, uma vez que era a única vaga disponível sem precisar pagar. Ele colocou o alarme na Ferrari e caminhou com seu telefone na mão, ouvindo uma música latina.

Rick olhou para TC enquanto ambos estavam dirigindo com Jim para a mansão de Juliet. Ele não pensava na morte de Nuzo há algum tempo. Sempre doía essa lembrança em particular.

— Uma moeda pelos seus pensamentos, Orville. – TC tentou falar com o amigo. – O que está na cabeça? Seu bebê?

— Na verdade, dessa vez não. – Ele suspirou. – É Nuzo. Você acredita em avisos sobrenaturais?

— Não muito, mas mesmo assim, eles são bem-vindos. – TC disse. – Você sonhou com Nuzo te alertando?

— Ele disse para proteger Thomas. – Rick disse sem rodeios. – Eu não sei, mas há dias tenho esse sonho em que a gente encontra Thomas deitado no chão, ele não consegue respirar direito e acaba no hospital entre a vida e a morte.

— E temos motivos para isso. – TC viu Jim concentrado na conversa. – Hannah, Ivan.... Aqueles malucos do ano passado que sequestraram a Juliet e depois ele.

— Já não sei se Thomas deveria continuar fazendo esse tipo de coisa. – Jim disse francamente. – Pelo o que vocês dizem, ele se mete em confusões cada vez piores.

— Você quer saber sobre o tempo como convidados do talibã? – TC disse, quase como se estivesse se lembrando.

— Não, eu prefiro manter uma sanidade idiota sobre isso. – Ele voltou para trás.

— Acho que é bom. – Rick suspirou e voltou a ficar concentrado em suas coisas.

Entrando no restaurante, Thomas percebeu que provavelmente era o primeiro cliente daquele dia no restaurante.

— Bom dia, eu sou Thomas Magnum. – Ele mostrou suas credenciais. – Investigador particular. Eu tenho um cliente aqui.

— Oh, sim. – O chefe do restaurante olhou para Thomas. – Você é o investigador particular que me contaram.

— Culpado, eu acho. – Thomas deu um sorriso fofo como sempre. – Eu presumo que você seja o dono desse lugar.

— Sim, e eu presumo que esteja com fome. – O homem decidiu colocar o plano em ação de uma vez por todas – Quer algo para beber? Água, cerveja?

— Talvez suco. – Thomas sorriu. – Estava mesmo querendo vir aqui algum dia.

Indo para a cozinha, o homem pegou a garrafa que estava escondida e tirou a tampa, derramando dentro do copo de Magnum quase a metade do veneno.

Pegando uma seringa, ele injetou o restante do veneno diretamente na comida. Era tudo o que ele deveria fazer muito antes de chamar Osi e continuar com sua vida.

Juliet, TC, Rick, Kumu e Jim estavam no jardim treinando para a competição de alguns dias depois. Eles tinham a grande corda e Jim, um carrinho cheio de comida.

— Como sempre, Thomas não chegou a tempo. – Juliet sorriu enquanto o pessoal se dividia do melhor jeito para competir.

Thomas mordeu o seu peixe e tomou um grande gole de seu refresco. Ele sorriu quando terminou de comer, saciado pelo café da manhã diferenciado.

— Estou muito agradecido por isso. – Ele terminou o suco e colocou o copo na mesa. – Mas que tal falar sobre negócios? Disse que precisava da minha ajuda. O que aconteceu?

— Na verdade, eu não sou seu cliente. – O homem apenas olhou para Thomas, recolhendo os pratos e o copo e indo para a cozinha, deixando Thomas sem saber o que diabos estava acontecendo.

De repente, a porta do restaurante se abriu e uma horda de caras, todos parecendo uma grande convenção de tatuagem e cabelos curtos entraram, vestindo roupas pretas parecidas.

Osi Shima entrou no restaurante acompanhado de seus capangas usuais. A mulher era na verdade agente da HPD em uma missão disfarçada há quase dois anos, mas naquele momento, Thomas mal conseguiu se controlar.

— Sabe quem eu sou? – Osi olhou para Thomas.

— Osi Shima. – Thomas estava tentando pensar direito no que diabos estava acontecendo.

Juliet, TC, Kumu, Rick e Jim estavam reunidos em um dos decks da casa principal, conversando sobre Thomas e seu incrível senso de perder eventos.

Olhando para o celular no momento em que tocou, ela sorriu vendo o nome de Thomas.

— Thomas, suas orelhas estão queimando? – Ela esperou uma resposta mordaz, mas foi recepcionada por conversas.

No restaurante, Thomas ouviu com espanto que ele havia sido envenenado. Parecia que seu poder de confusão estava mais uma vez em progresso.

— Você tem oito horas até esse veneno te matar, senhor Magnum. – Osi repetiu para Thomas, sem saber que os amigos de Thomas e a mulher que ele amava ouviam a conversa.

— Thomas foi envenenado? – Kumu se apavorou. – Por quem?

Sinceramente, senhor Shima, acha que tentar me matar vai me forçar a achar seu filho perdido? – Thomas tentou pensar em uma solução. – Mê de o antidoto e vou achar seu filho. Eu sempre o faço.

— Não mesmo, senhor Magnum. – Osi se levantou. – Espero ter respostas suas em breve.

Se levantando, Shima retirou com seus capangas, deixando Thomas do lado do restaurante.

Enquanto isso, Juliet saiu correndo assim que o telefone foi desconectado. Ela correu para o banheiro e vomitou. A simples sensação de perda que ela começou a sentir a fazia ter problemas para respirar.

Mas por enquanto, ela estava disposta a colocar todos os seus sentimentos de lado para ajudar Thomas a viver mais um dia e quem sabe uma vida ao seu lado.


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