I Came Back To You escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Voltei com a Fic.
Boa leitura!!!
Algumas semanas depois...
P.O.V Do Freddie
Assinei toda a papelada do divórcio.
Suspirei aliviado, finalmente me tornei um homem livre.
Livre de um casamento marcado por mentiras e traições. Carly faria o mesmo, ela acabou concordando e claro, foi mais um grande alívio para mim.
Separação de bens, foi o nosso combinado, deixei ela ficar com a casa, não só pela Belinda, e sim por ela também, Carly amava aquela casa.
E eu não faria questão mesmo.
Graças a Deus o processo do nosso divórcio não foi tão longo, nossos advogados trabalharam com muita dedicação, e estavam sendo bem recompensados.
Teremos a guarda compartilhada, eu não abriria a mão de continuar sendo presente na vida de nossa filha... Belinda sempre continuará sendo tudo para mim assim como o Alex, não me importo se ela carrega o sangue de outro homem.
Eu amei e irei continuar amando essa criança que não têm culpa de nada.
Por ela ainda ser um bebê, irá passar somente os finais de semana comigo, quando estiver maiorzinha, passará 3 dias comigo e 4 dias com a Shay.
Talvez quando chegar na adolescência, ela queira passar 15 dias comigo e 15 dias com a mãe, assim terá duas casas, Sam jamais iria se importar.
Os dias estavam voando, logo o sábado chegou e eu fui buscar a minha pequenina.
Estacionei a minha BMW, a nova cadeirinha já estava colocada no carro.
Assim que cheguei até à varanda e toquei a campainha parando em frente à porta, esperei cerca de 6 minutos para ser atendido após tocar a campainha 3 vezes.
Carly atendeu um tanto cabisbaixa, evitando contato visual e parecia tensa.
— Ela já está pronta, vou pegá-la no quarto, só um minuto. - Me deu as costas e foi até o quarto da bebê.
Fiquei aguardando parado na soleira da porta, nem tive tempo de abrir a boca e cumprimentá-la, logo minha ex-esposa retornou com a Belinda toda arrumada usando um conjuntinho amarelo e com duas presilhas coloridas enfeitando seus cabelos curtos.
— Oi, amor. Vem com o papai. - Abri os braços.
Ela esboçou um sorriso, mostrando os quatro dentinhos e veio para o meu colo, beijei suas bochechas rosadas e inalei o cheirinho delicioso da fragrância de sua colônia infantil, ela também exalava a talco.
E por um breve momento, Carly me olhou e eu percebi algo estranho.
— O que é isso no seu rosto? - Notei o hematoma um pouco abaixo do olho direito.
— Não é nada... - Disse rápida e toda nervosa.
Percebi que tremia.
— Me fala quem fez isso e vamos até a delegacia, vá se arrumar. - Tentei manter a calma.
Apesar de tudo, ela não merecia ser agredida.
Não era um hematoma qualquer.
— Não é da sua conta, agora vá e me ligue se algo acontecer com ela... - Se afastou.
Entrei na casa.
— Carly, olha para mim. - Pedi.
Envergonhada, balançou a cabeça se negando.
— Já pegou a menina, agora vai embora. Estou bem, é sério. - Que merda.
— Vou ligar para o Spencer agora mesmo! - Avisei sério.
Se ela não queria me deixar ajudá-la, o irmão ajudaria de um jeito ou de outro...
— Eu já disse que não é da sua conta, deixe o meu irmão fora disso! Que saco! Porra, Freddie! É problema meu, não se meta! - Disse brava e com a voz elevada.
O que acabou assustando a bebê que choramingou no meu colo.
— Tô indo, mas isso não vai ficar assim... Mesmo que não acredite, eu me importo com você. - Vi seus olhos marejarem.
Apanhei a bolsa que ela me entregou com as coisas da Bel e fui embora.
Carly apanhou de algum filho da puta.
Sua boca estava um pouco inchada com o lábior inferior ferido, e também tinha um hematoma na bochecha direita.
O rosto ficando inchado.
[...]
P.O.V Da Sam
— Vou vê-la amanhã, não se preocupe. - Fiquei chocada e preocupada quando Freddie chegou em casa contando o que havia acontecido com a Carly.
Não importava quanto mal ela havia feito para mim... Para nós. Mulher nenhuma merecia sofrer violência alguma, seja ela qual fosse.
Era um caso sério, grave.
— Ela não vai aceitar a sua ajuda, Sam. - Ele colocou a filha sobre a nossa cama.
Iria trocar a fralda dela, notei que ainda estava nervoso e não era para menos.
Claro que ele se importava e sempre se importaria com a Shay.
— Deixa que eu a troco. - Peguei a bolsa infantil com estampa de patinhos.
Forrei a cama para poder trocar a bebê sem que sujasse a colcha limpa.
— Eu não me imagino levantando a mão para uma mulher, um homem que faz isso é muito covarde e filho da puta, o rosto dela estava inchado e com aqueles hematomas horríveis. - Fechou os olhos balançando a cabeça.
Senti meu coração se apertar e um calafrio percorrer o meu corpo.
Carly pelo visto foi se meter com o pior tipo de homem.
— Por quê não liga para o Spencer? Podemos conversar com ele e...
— Ela deixou claro que não quer ninguém se envolvendo nisso, disse que é problema dela e sei que ela está com medo, só precisamos descobrir quem é o sujeito e depois pensaremos em algo... - Falou.
Apenas assenti concordando.
Troquei a Belinda e a peguei no colo.
— Está com fome, anjinho? - Perguntei e beijei sua cabeça.
Alex estava na sala colorindo suas revistinhas.
— Por quê ela tem que ficar no colo? Coloca ela no chão, mamãe. - Meu pequeno estava com ciúmes da bebezinha.
Belinda tinha um ano e poucos meses, já andava, porém, estava acanhada e um pouco manhosa, não queria descer, estava estranhando a nossa casa...
Tudo era novo para ela.
— Você quer brincar com ela enquanto eu preparo vitamina para vocês? - Me abaixei tentando colocar Belinda sentadinha no carpete.
— Não! - Meu filho puxou as revistinhas de colorir e o estojo de lápis de cor, e sentou longe da irmã.
Estava com ciúmes mesmo.
— Filho, seja bonzinho com a sua irmã, ela é só um bebê. Você queria conhecê-la, né? - Tentei fazer ele se aproximar da pequenina.
— Ela não é sua filha, a mãe dela é outra... - Fez bico, emburrado.
Freddie estava no banheiro, suspirei.
— Mas vocês dois tem o mesmo pai e seu pai vai ficar triste se te ouvir falando isso, sabia? A Bel é sua irmãzinha. - Tentei explicar.
Alex me ignorou e o Caramelo apareceu correndo carregando um chinelo, e não era qualquer chinelo, era o meu chinelo favorito.
— Ei, seu danado, me devolva isso! - Deixei a Belinda no chão e fui atrás dele.
O filhote correu e sacudiu o meu chinelo, estava preso entre seus dentinhos afiados.
— Não pega, é meu! - Ouvi Alex elevar a voz e o choro da bebê ecoou pela sala de estar.
Acho que ele bateu nas mãos dela.
O Caramelo sumiu de vista.
Belinda abriu o berreiro, sacudindo os bracinhos e eu corri para pegá-la.
— Vá para o seu quarto agora, você está de castigo, Alexander! - Lhe repreendi com um olhar e ousei o meu tom de mãe brava.
Freddie e eu achamos que ele ficaria feliz com a irmãzinha em casa. Que tudo seria tranquilo, no entanto, não foi o que aconteceu.
Tempo e paciência... Era o que precisávamos.
Só mais um problema em nossa lista. Nós iríamos resolver.
— Olha o que achei, amor, está todo mordido e babado... - Freddie apareceu mostrando o meu chinelo azul com listras brancas. - O que aconteceu? - Notou o meu semblante e olhou para a bebê que ainda chorava.
— O Alex está com ciúmes e implicando com ela, mas eu já resolvi, ele está de castigo. - Respondi.
— Sabe que ele é muito pequeno e não entende bem as coisas...
— Ele está de castigo e vai permanecer até eu decidir retirar! - Deixei bem claro.
— Como quiser. - Disse mesmo contrariado e respirou fundo.
— Pode jogar fora. - Me referi ao chinelo na sua mão. - Vou fazer uma vitamina. - Fui para a cozinha levando a bebê.
Eu iria cuidar bem daquela criança, mesmo que Carly não gostasse do meu filho, eu iria ser uma boa madrasta para a filha dela.
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E aí? O que acharam?
Carly está com sérios problemas... Estava demorando para ela acabar se dando mal, né? Mesmo assim, ninguém merece passar por isso...
Alex não aceitou bem a irmãzinha em casa.
Achavam que tudo ia ser fácil?
Até o próximo. Quem ainda estiver acompanhando, comentem para eu saber. Bjs