Naquela tardinha, em seu apartamento, Armando deu a Betty a notícia de que continuaria como presidente e que havia contratado Nicolás como gerente financeiro.
—Você terá o melhor ao seu lado! Nicolas é um gênio! Grata por seguir meu conselho.
—Eu sei que ele é capaz, mas ainda preferia que fosse você que estivesse ao meu lado.
—Já conversamos sobre isso!
—Eu sei, mas... eu te amo!
—E eu também! -beijo.
—Eu entendo e sei que você tem razão, mas... -Beijo. Quando você tem que ir?
—Amanhã, porque terei que procurar um lugar para morar e organizar as coisas. De modo que já possa iniciar na segunda-feira.
—A pouco! Mas não pense que você vai se livrar de mim, sempre, sempre, senhorita irei te visitar!
—E quem disse que eu quero me livrar de você?
Armando a tome nos braços para se amarem com muita paixão.

—Tenho que me arrumar!
—Como assim¿ Está perfeita, assim nua entre os lençóis, tudo que quero!
—É que as meninas querem que passe alguns momentos com elas também.
—O quê, como¿
Armando não gostou de saber que Betty ia passar a última noite em Bogotá com suas amigas, pois esperava que eles ficassem em casa fazendo amor.
—Entenda que não as verei por muito tempo, então preciso me despedir delas.
—Está bem. Eu sei que você é muito amada pelas meninas. Mas irei te buscar!
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Algumas horas depois no Santuário.
—Este lugar é ótimo. Obrigada, Betty!
—Nós merecemos.
—E você vai mesmo para Cartagena?
—Lugar divino cheio de triplepapios divinos!
—Vou só para trabalhar!
—E Seu Armando?
—Vamos continuar como estamos!
—Como?
—Assim, só que à distância.
—Ah, Betty, não sei! Vai ser de novo presidente com as modelos que o cercam…
—Se eu fosse você ficaria ou exigiria que fosse contigo!
—Não posso, meninas! Se Seu Armando deixar a empresa, Seu Daniel vai querer ser presidente!
—Ai, isso não!
—Se ele quiser me trair, vai fazer isso comigo aqui ou não. Dona Marcela não pegava no pé dele, o seguia para tudo quanto é lado? E não adiantou.
—Sim, mas de longe é mais fácil...

Nisso, um homem se aproxima da mesa delas e convida Betty a dançar.
—Quer dançar?
—Não, obrigada.
—Vamos lá! Sei que está querendo!

—Estou conversando com minhas amigas!
—Ah, mas terá tempo para isso, mamacita!
—Você não vê que ela não quer?
—SEU ARMANDO!!
—Eu não te chamei na conversa! 0 o homem responde.
—Eu sou o namorado dela! Cai fora!
—Uma mamacita dessas, não a deixaria sozinha nem um minuto, se fosse o namorado!

Armando olha para ele com cara de assassino.
—O que você está fazendo aqui, Seu Armando?
—Eu vim para ficar com você. -Beijo.
—Mas eu disse que ia sair com minhas amigas.
—Sim e com estes urubus por aí! Bem, se você não quer que eu fique...
—Não, você pode ficar! -Betty segura seu braço para que se senta.
—De verdade?
—Sim, meu triplepapito ciumento. -Beijo
Se você não se importa.
—Será um prazer, Seu Armando.
Assim, Armando fica a noite toda com Betty, enquanto as meninas, agora lindas, dançam com outros triplepapitos. Armando não deixa Betty pagar nada e paga a conta.

Ao chegarem em casa, entre beijos e abraços, os dois fazem amor como se fosse a última vez, como se suas vidas estivessem nisso.
No dia seguinte, depois de ir ao juiz para obter a certidão que encerrou o embargo da Terramoda na Ecomoda. Armando leva Betty para se despedir da mãe, aproveitando a saída de Seu Hermes.
—Mas minha filha, você tem certeza que é isso que você quer fazer?
—É o que tenho que fazer, mãe!
—Mas Armandito, não a deixe ir!
—Já tentei de tudo, Dona Julia! Até propus ir com ela.
—Seu Armando precisa ficar na empresa e eu tenho que tentar outras coisas, mãe.
A proposta é boa. E se nosso amor for para ser, será para sempre!
Do lado de fora, Seu Hermes ouve vozes. Ele sabe que Betty está lá dentro e se despede de sua mãe.
—Viajar? Ela vai longe? Sua única filha? Vá, Hermes, vá falar com ela! -falou consigo mesmo.

Chora, emocionado. Ele sabe que seria uma oportunidade para vê-la, mas sua teimosia e orgulho
não permitem. Então, se esconde quando percebe que eles estão deixando a casa.
—EU te ligo sempre, mãe. E quando estiver bem instalada, venha me visitar!
—Ah minha filha. Você sabe que eu não viajo.
—Vou levá-la, Betty.
Quando a viu entrar no carro de Armando, Hermes foi tomar algumas bebidas e só voltou para casa mais tarde.
—Nossa filha se foi! Vai trabalhar em Cartagena.
—De novo naquele lugar?
—Ela tem uma oferta de trabalho muito boa lá, Hermes.
—Se ela acha que é melhor para ela! - diz ele com um encolher de ombros, colocando o rosto no
Jornal.
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Armando leva Betty ao aeroporto, onde eles se despedem com lágrimas nos olhos.
—Eu te amo, Betty. Eu sempre a irei vê-la, minha vida. lhe serei fiel!
— Eu te amo, Seu Armando. -beijo.
Entrando no avião, Betty sente uma pontada no coração, como se algo houvesse quebrado. Olhe para a foto dele em sua carteira.
—Acabei de me despedir de você e já sinto falta de estar em seus braços. Eu poderia pedir para você vir
comigo, mas seria muito egoísta você deixar a Ecomoda, empresa de seus pais por mim! Agora tudo que posso fazer é orar por
tendo aprendido com seus erros e prove que pode administrar muito bem, meu amor. E que me ame tanto para cumprir sua promessa!
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Em casa, Armando se joga no sofá e Nikka vem lambê-lo.
—Não adianta olhar em volta. Betty se foi, Nikka! Sou mais uma vez presidente da Ecomoda, como sonhei toda a minha vida. Eles vão me dar outra chance e eu não estou feliz com isso. Eu a queria meu lado, mas ninguém teve a decência de pedir que ele continuasse como presidente ou
vice-presidente, apenas eu. Malditos sejam todos! Se pedissem, ela estaria disposta a ficar! -beija a foto. -Eu também não poderia pedir para você ficar por mim. É uma grande oportunidade que a espera. Seria egoísmo e machismo da minha parte se o fizesse. Você vai ter que se acostumar a
dormir sozinho, Armandito! Mas não vai ficar assim, sempre a verei, não a deixarei livre para o francês e os outros, não senhora!

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