O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 6
Capítulo -Que presente!




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Algumas horas depois, no Bairro de Palermo:

Armando não sabe o que está fazendo, mas, está agora na porta da casa dos Pinzóns, entrando ao lado de Don Hermes.

—DON ARMANDO!! –todo quartel das feias e mais Freddy e Wilson estão lá. Na vitrola, o tango de don Hermes. Dona Júlia servindo passabocas. Logo, seu Hermes mostrando o mosaico de Betty e contando a história do velho tio Lázaro. Nicolás chega fazendo serenata “Novia Mia” ao som dos mariachis. Don Armando morrendo de ciúmes, bebendo whisky. 

Depois de muito pedir, Beatriz consegue convencer que seus colegas a irem embora, ficando apenas don Hermes, Júlia, Betty e Armando.

Quando dona Júlia leva Hermes para que se deite, Armando diz:

—Melhor que eu vá agora. A festa estava ótima!

—Não tanto assim. Agora será melhor!

—Melhor eu ir, Betty!  Já é tarde. Venha e me acompanhe até a porta, picarona!

—Eu pensava que íamos sair.

—Sair? Está tarde e não tem nada aberto.

 

A cara triste da moça é tão visível que quebra o coração dele.

—Está bem. Vamos por aí e ver o que está aberto.

—De verdade?    –o sorriso metálico dela refletia sua alegria. Está  tão alegre que o beija docilmente nos lábios, surpreendendo-o.

Beatriz avisa à sua mãe que seu chefe vai levá-la para jantar fora.

—Mas está tarde, filha. Se seu pai acorda...

—Preciso ir, mãe, me ajuda.    “Preciso ficar um pouco com don Armando. Ele veio até aqui e vai ficar triste, se não ficarmos juntos!”   -pensou

—Está bem. Porque é seu aniversário. Fiquei feliz que até seu chefe tenha vindo.

—Sim.  Por isso tenho que ir jantar com ele.

 

Depois de saírem da casa dos pais, Betty, no carro, já passada de tragos,  começa a beijá-lo.

—Está muito animada, hein, picarona?

—Ai, don Armando!

Betty não sabe explicar, mas aquele homem a deixa louca, fugia do seu controle, com ele seria capaz de fazer coisas que não seria capaz de fazer, sem raciocinar.

Armando, por outro lado, está em pânico. Por conta do plano experimentou seus beijos e havia se acostumado a eles e até gostado.  Mas agora, Beatriz estava louca de desejo e queria dar um passo em sua relação.  Fazer amor.  Mas Armando não queria nada disso. Ou queria e não podia admitir?

 

—Mas Betty, tem que se acalmar sim? Não podemos fazer isto aqui no carro!

—Ojojojojo desculpe, Don Armando!

—Eu entendo!   Entendo que você tenha esses... essas coisas. Mas temos que manter os pés no chão.

—Eu sei. Me desculpe, don Armando.

 

Armando lembra-se do dia anterior quando ao deixar Betty em casa,  ela o beijou de forma sensual e entusiasmada sentou em seu colo e sentindo-a úmida, excitou-se.  Por pouco não faz uma besteira e a leva a algum lugar para fazer amor.

“Esta mulher tem que se controlar. Que estou falando?     Ela não vai se controlar! Sou eu que estou incentivando isto nela”.   -pensou

—Betty!  Tenho que te falar uma coisa.  

Betty encosta no seu ombro.

—Diga, don Armando.

—É que... que...  

Armando sente uma ternura tão grande que não consegue dizer nada.

—Estamos chegando a uma danceteria que está aberta.

 

Ao chegar, pedem bebidas, mas não quer dançar, logo, Betty acha que ele quer ficar nos beijos, mas ele está paranoico e não consegue, pois sabia que Marcela não estava em seu apartamento, nem no dele, logo, devia estava procurando-o em todos os cantos.

—BEATRIZ PINZÓN É SUA AMANTE?  -imagina Marcela pegando-os no flagra.

 

Não sabe porquê, embora sempre soube que agia errado com Marcela, seguia fazendo, mas desta vez sentia-se realmente culpado de algo que não sabia o quê.

—O que foi, don Armando?

—Betty, não sei se é paranoia, mas Marcela não está em casa. Pode estar me seguindo. Melhor irmos a outro lugar, algo mais discreto e não tão público.

—Diz algum lugar onde possamos estar sozinhos?   -e o olha com seu tique como se fosse devorá-lo. Aquilo lhe dava um frio na espinha.  Mas tinha que fazer. Voltaram ao carro, onde Betty, que havia bebido bastante, não quria perder a oportunidade de estar com ele. Afinal, não sabia quando iria acordar deste sonho, pois não era normal que um homem como don Armando que poderia ter a mulher que quisesse, quisesse estar com ela. Precisava beijá-lo, acariciá-lo, senti-lo. Aproveitar aquele momento o máximo que pudesse. Mesmo assim não deixou de se surpreender quando percebeu onde a havia levado: a um prédio luxuoso, desses que mais parecia estes hotéis de luxo.

—Mas o que é aqui?

—Um hotel! Não pensava em algo assim? Ai, desculpa, Betty. Não quis ofendê-la!

—É que não pensava que o senhor também...  Lógico que quero, don Armando!

 

Betty não podia acreditar que ele tinha a trazido aquele lugar. Nunca havia estado em um hotel, ainda mais de luxo.

Armando queria retroceder, ainda mais porque Betty grudou-se nele como chiclete e continuou até enquanto fazia o check-in. Sentiu um arepio.

“Esta mulher está louca! Armando sai daqui!”

 

Ao chegar no quarto, Betty o abraçou e beijou-o apaixonadamente.

—Vou ao banheiro.

 

—Mário! Mário não posso! Sim, estamos no quarto de hotel, ela está no banheiro! Tenho  que sair daqui! Não posso seguir com isso! Não posso!

—Vai ter que encarar! Não pode levá-la para um quarto e dizer que não vai fazer amor com ela! Ela é feia, mas tem sentimentos.

—Eu sei que tem sentimentos! Por isso, não posso fazer isto com ela.

—Homem! Homem! Não seja covarde! Beba mais embelezadores e faça o que é preciso.

—Você não entende! Não é por ser feia, é que   que... não posso!

—Coragem, homem!

  Armando já havia tomado mais tragos do que estava acostumado, mas nada era suficiente para apagar sua consciência. Mas não havia como fugir agora. Então apagou outro castiçal.

—A primeira vez tem que ser especial. Mulher é assim, ela não merece que você faça isso. Mas cara, ele não está sempre vendendo com a Aura Maria? Você pode garantir que ela não... -inveja- Não! - Ela te ama, você pode sentir isso. Está bem! Eu pego o que eu quero. Vou ficar aqui e deixar você me beijar, deixe-me fazer o que você me der e desta vez no final do dia. Eu vou fazer o que você quiser e seguir é o meu instinto masculino.

—______

  No banheiro também não estava sendo fácil para Beatriz.

— Ele me levou para um hotel. Don Armando é tão divino, vou a um hotel e não é para dormir! Eu quero fazer amor. Lá!! Mas Betty, e aí? Você não tem experiência com isso! Você não saberá como agradá-lo como as mulheres que você namora. E agora, Beatriz, como você vai sair dessa? Relaxa, Betty! -Comida profunda -Beije-o, abrace-o e diga: Com amor, Don Armando. No! Não me atrevo! Não vou! Se eu tirar todas as minhas roupas para ver como estou? Então eu o beijo, então não tenho tempo para pensar.

— Senhor Armando! Eu disse a ele nua.

— Beatriz! você é você é...

—Gostou?Gostou do que vê?

— Muito, Beatriz! Eu não sabia que era bronzeado... bronzeado...

—Oj oj oj Don Armando, olha, ele está animado. Você me quer?

Sim, Beatriz! Esperando por isso, vadia!

Armando pega para si, beija e Beatriz responde.

—Faça amor comigo!

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