Tentando ao máximo retribuir o imenso amor que sentes por mim, quebro as barreiras que eu mesma criei em minha bolha.

A bolha que me manteve segura e protegida, 

Se é que poderia dizer que era segura e protegida,

Quando na verdade me permitia a não sentir os sentimentos alheios,

A não sentir nada,

A não desejar,

A não querer,

A não amar.

Me permitia me refugiar dentro de mim mesma,

Me escondendo do que nem ao menos aconteceu.

E de uma hora pra outra,

Hora que eu não sei de cor quando aconteceu,

Me vi fora da minha própria bolha,

Sentindo tudo aquilo que nunca almejei como seria sentir,

De uma hora pra outra,

Eu sabia o que era sentir,

Eu sabia o que era desejar,

Eu sabia o que era querer,

E principalmente, eu sabia o que era amar.

E depois de vivenciar tudo isso,

Não consigo pensar em não querer continuar tendo tudo isso, dentro e envolta de mim.

Não consigo pensar em não querer você.

E querer que você continue a me querer,

Da mesma maneira que me quis ao me ver dentro da minha bolha,

Tentando de tudo até que eu sentisse tudo aquilo que você já falava em palavras para mim,

Mas por não saber, conhecer. Eu não compreendia.

Agora compreendo perfeitamente que desde o início,

O seu amor por mim conseguia enxergar através da minha bolha, e via o que estava dentro de mim.

Conseguindo acertar que depois de um tempo,

Eu iria sentir da mesma forma e intensidade, enxergar o que está dentro de você.

Amando cada parte,

Como também você ama em mim.