Queridos Amigos escrita por Mithrandir127


Capítulo 10
Capitulo 10: Si Vis Pacem Para Bellum


Notas iniciais do capítulo

Olá! Perdoem a demora, mas antes tarde do que nunca! Obrigado à todos que estão acompanhando. Cá está mais um capítulo. Espero que gostem!



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Rapunzel dormia tranquilamente sobre sua cama gelada e macia, estava em paz, a noite anterior lhe havia sido agradável apesar de tudo. Acordou bem tarde naquele dia.

Levantou-se, penteou os belos cabelos longos e lhe embelezou a face jovem. Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e logo depois saiu do quarto para almoçar.

Quando chegou a cozinha, viu Jack, Soluço e Merida conversando baixo.

— Bom dia – disse sorrindo.

Todos a olharam ao mesmo tempo.

— Bom dia.

— Bom dia.

— Bom dia.

A loira caminhou até o fogão limpo para preparar a sagrada refeição.

Atrás dela o garoto de cabelos castanhos esbarrava na ruiva, exigindo-lhe uma atitude. A escocesa a início relutou, mas logo depois cedeu ao notar o platinado lhe exigindo o mesmo.

— Rapunzel – chamou Merida.

— Podem me chamar de Punzie – respondeu a alemã enquanto arrumava algo para comer.

— Tá bem... Punzie. Nós três andamos conversamos e tomamos uma decisão.

— Ui! Que medo! – disse Rapunzel sorrindo e brincando.

— Queremos ensinar você a lutar – disse Soluço.

A loira derrubou uma tampa de metal que caiu tinindo no chão, arregalou os olhos verdes e franziu o cenho olhando-os.

— O quê?! Por quê?

— Agora que sabemos o que lhe aconteceu nós nos sentimos na obrigação de te ajudar – disse Jack.

— E embora não seja garantido, achamos que se você tiver algum tipo de treinamento isso pode ajudar você – disse Merida – Sabe, a se defender caso algo parecido possa acontecer de novo. Eu já conheci gente ruim e todas saíram com um dente a menos.

— Mas lembrando, concordamos que não queremos forçar você a nada – disse Soluço – Eu sei como é ruim ser forçado a fazer uma coisa que não quer.

— Somos dois – disse a ruiva.

— Três – disse o russo.

— Quatro – prosseguiu Rapunzel brincando e sorrindo com timidez – Pessoal, eu agradeço muito pelo que estão tentando fazer, mas eu não quero que pensem em mim apenas como uma garota loirinha delicada que sofreu abusos na infância. Eu não quero ser definida por isso.

Os três esmoreceram um pouco ao ouvi-la, trocaram olhares tristes. Por alguma razão conseguiam demonstrar o que sentiam com sinceridade uns aos outros.

— Desculpe, não é essa nossa intenção – disse o norueguês.

— Só queremos te ajudar – disse a escocesa.

— E outra! Pode ser uma coisa divertida! Quem sabe você até gosta! – disse o russo.

A loira sorriu baixando a cabeça, apoiando-se na mesa de madeira, incomodada.

— “Se você quer vencer o mundo inteiro, supere a si mesmo” – disse Jack.

A alemã olhou-o ainda com a cabeça baixa, sorrindo.

— Dostoiévski, Os Demônios.

— Talvez já esteja na hora de você enfrentar o seus – disse Merida.

— Isso já é apelação – disse Rapunzel sorrindo.

— Quem sabe você não faz uma pintura sobre isso depois – disse Soluço – Depois de caminhar sozinha pelo parque...

— Tá bem, vocês venceram! Eu vou, mas me deixem comer alguma coisa primeiro!

Todos saíram da cozinha, foram assistir televisão na sala.

A loira preparou seu almoço sozinha, os demais já haviam feito a refeição. A esperaram se alimentar e ainda aguardar um tempo.

Uma hora depois trocaram de roupa, vestiram casacos e saíram juntos.

Jack fez questão de pagar o taxi, dentro de pouco tempo chegaram à escola onde Merida treinava.

O professor da escola da ruiva estava fechando a porta.

— Professor! – chamou a escocesa alegre, correndo até o mesmo, os outros assistiram à distância.

— Merida – disso o homem mais alto, olhando-a de cima – Por onde você andou? Eu não a vejo desde aquele dia em que saiu correndo da aula.

— Pois é, me desculpa é que eu tive alguns problemas em casa.

— Ah! E já resolveu?

— Ainda não...

— Está bem, mas quero ver você de volta nas aulas o quanto antes! Os outros alunos estão começando a ficar muito orgulhosos, você precisa vir aqui e ensinar a eles alguma coisa sobre humildade.

A escocesa riu alegre.

— Pode deixar. Eu trouxe algumas pessoas aqui pra treinar um pouco, vamos ensinar aquela menina loira – Merida apontou o dedo fino para ela, Rapunzel estava tímida e encolhida, ao notar ser olhada pelo homem acenou um tanto medrosa – Estamos tentando ajudar ela. Poderia me dar a chave da escola?

— Claro – disse entregando para a mesma – Me devolva depois, ou entregue para seu pai que eu pego com ele.

— Eu não sei se ele chegou de viajem, mas eu vou deixar a chave escondida no mesmo lugar de sempre.

— Está bem, tchau Merida!

— Tchau professor! – disse acenando alegre para o mesmo.

Jack, Soluço e Rapunzel olharam a cena estranhando.

— Ele te deu as chaves da escola? – questionou Jack.

— Meu pai é o dono daqui. Eu treino de graça.

— Meu parabéns – disse o escandinavo.

A ruiva destrancou a porta e os quatro entraram, Merida entrou na frente acendendo a luz branca para todos.

Viram as paredes brancas, os bancos, as áreas de luta, os sacos de pancada e várias portas nas paredes.

— Voilá! Bem vindos à minha escola!

Os outros olharam a escola sem grandes surpresas.

— Onde ficam os quimonos? – perguntou Soluço.

— Ficam ali – disse a ruiva apontando o dedo enquanto limpava o chão, arranjando espaço – Pode ir lá também Punzie! Eu vou logo depois de vocês.

Jack e Soluço permitiram que a moça loira entrasse na frente.

Levou alguns minutos, mas Rapunzel finalmente saiu vestindo um quimono novo e branco com uma faixa da mesma cor.

Logo depois a ruiva entrou também, os rapazes lhe permitiram entrar antes deles.

Em menos de um minuto a escocesa saiu colocando uma orgulhosa faixa preta na cintura. Os dois garotos que não se vestira se olharam estranhando um pouco, logo depois, se trocaram também, jogaram pedra, papel ou tesoura para ver quem era o próximo, Jack ganhou.

— Vamos Rapunzel! Vamos começar com as luvas, pode colocar aquelas ali – falou acenando com o rosto para um par rosado jogado no chão, perto da parede.

A loira precisou de ajuda para coloca-las nas mãos. Merida fez questão de orienta-la, ensinou as posições, os golpes e a loira aos poucos aprendeu.

Quando o russo e o norueguês terminaram de se vestir viram Rapunzel golpeando o saco vermelho de pancadas enquanto Merida segurava o mesmo. A alemã começando a aprender os golpes.

— Aí! – chamou Jack se posicionando para lutar – Cai dentro.

— Judô? – perguntou Soluço.

— Judô!

Começaram a se enfrentar, o eslavo derrotou o escandinavo através de uma Koshi Guruma.

— Droga! – disse o norueguês ao cair no chão, logo depois se levantou e voltou a lutar.

Enquanto brigavam, a escocesa ao mesmo tempo que orientava Rapunzel, notou as técnicas de ambos. Estranhou na hora.

Soluço conseguiu derrubar Jack com um Ippon Seoi Nage.

— É! – gritou alegre na hora, isso fez o russo sorrir achando graça – Pena que meu pai não esteja aqui pra ver isso!

— Eu não sabia que vocês sabiam lutar – disse a ruiva.

— Como assim não sabia?! – questionou Jack – Não combinamos que nós três a ensinaríamos.

— É, mas eu achei que vocês no máximo iam ter noção de umas briguinhas de rua em que já se meteram, ainda mais o Jack, não pensei que fossem treinados.

— Bem – disse Jack logo após deitar-se no chão segurando o braço do garoto de cabelos castanhos fazendo-o passar por cima de si e logo depois cair de costas no chão, o platinado torceu-lhe o braço logo depois – Achou errado.

Soluço bateu no chão três depressa ao sentir a dor.

— Ai! O que foi isso? Um golpe novo de Judô?

O russo soltou, logo depois se levantaram e voltaram a se encarar.

— Isso foi Sambo. Uma arte marcial russa com origens na União Soviética. Eu sou o verdadeiro Baba Yaga!

— Ah! Sem graça! Então vem aqui pra eu te ensinar uma coisa!

De repente, o norueguês agarrou o pescoço de Jack com braço, fazendo o mesmo se curvar e caiu com o mesmo no chão, ainda o segurando.

— E aí, o que achou? – perguntou sorrindo.

— E o que foi isso?

— Glíma! Uma arte marcial escandinava praticada pelos vikings no passado!

Se levantaram e voltaram a lutar.

Merida olhou encantada e sorridente.

— Quem ensinou vocês a lutar.

— Meu avô foi militar – disse Jack – Ele aprendeu a lutar, fez questão minha mãe aprendesse e depois fez questão que eu aprendesse.

— Na minha família todo mundo luta – disse Soluço – Meus pais também foram militares e fizeram questão de que meu irmão e eu também aprendêssemos a lutar, pena que meu pai nunca ficou orgulhoso ao me ver enfrentando meu irmão que por sinal é maior e mais forte.

— Meu pai também já serviu, mas só ele é quem sabe lutar lá em casa além de mim.

— Meu pai também! – disse Rapunzel – Mas foi só ele mesmo.

De repente a alemã se distraiu com a conversa e seus golpes começaram a perder a força.

— Vamos lá Rapunzel! Você consegue bater mais forte do que isso! – disse Merida.

— Merida, eu estou fazendo o melhor que consigo! Mas eu não sou boa nisso, eu não tenho o instinto de querer machucar as pessoas! A violência nunca é a solução.

— Desculpe Rapunzel, mas pra alguma coisa ela tem que ser, a violência existe querendo ou não, e se não fosse por ela perderíamos muita coisa. Foi necessário que os elfos fossem violentos contra os orcs pra salvar a Terra Média lembra? Da mesma forma os narnianos contra os telmarinos e por aí vai. Isso pra não mencionar alguns casos na vida real.

— Tudo bem!

Os golpes da alemã continuaram deixando a desejar, até que a escocesa teve uma ideia.

— Já sei! Rapunzel, você é alemã não é?

— Sou! – respondeu já suada, cansada e ainda golpeando o saco.

— Então você é descendente dos Cavaleiros Teutônicos!

— O que?! – questionou a loira sorrindo – Merida, meus antepassados provavelmente eram camponeses pobres que viviam de...

— Não importa! Eles eram majoritariamente alemães, você é alemã e isso já é o suficiente! Fazem parte da história do seu país, a parte boa da história do seu país pelo menos – a alemã parou por um segundo, franzindo o cenho um tanto ofendida, notando exatamente a que a ruiva estava se referindo, mas continuou a bater em silêncio – E você faz parte das coisas boas na história do seu país! – o elogio a fez perdoar a ofensa anterior – E você não quer deixá-los decepcionados quer? Vamos Rapunzel! Pense que você é uma Cavaleira Teutônica! Uma Cavaleira Teutônica! O lema deles era “Ajudar, Defender e Curar”! Vamos! Você é uma Cavaleira Teutônica!

Rapunzel se sentiu motivada enquanto batia. Sussurrou consigo mesma: “Uma Cavaleira Teutônica! ‘Ajudar, Defender e Curar!’”.

Começou a bater mais forte no saco. Ao notarem aquilo, Jack e Soluço foram até ela para estimula-la junto a Merida com gritos de motivação.

A loira realmente agredia o saco com vontade, chegava a ranger os dentes enquanto batia com os golpes que a ruiva lhe havia ensinado, raras vezes foi corrigida.

A escocesa decidiu descer o saco para que Rapunzel seguisse batendo com força e violência.

— Isso Rapunzel! – gritou Merida – Nariz, queixo pescoço! Um murro no nariz dói pra caramba! Um soco no queixo pode fazer alguém desmaiar e um no pescoço pode matar! Nariz, queixo, pescoço! Nariz, queixo, pescoço! Napoleão acabou com a ordem dos Cavaleiros Teutônicos em 1809! Finge que está batendo nele!

A alemã batia quando sussurrou para o saco de pancadas.

— Devolva as terras que você confiscou da gente!

— Vamos lá! Você é germânica! Os germânicos acabaram com o glorioso Império Romano no Ocidente! A força deles corre nas suas veias!

— Na verdade o Império Romano decaiu por diversos fatores além dos bárbaros... – disse enquanto ainda batia.

— Ah! – a ruiva gemeu interrompendo-a – Você pensa demais nos detalhes! Isso não importa, depois eu quero lutar com você!

— Vieram me ensinar a bater, não a apanhar! – respondeu a loira.

— Não vai ser de verdade, eu vou pegar leve e se eu te acertar garanto que não vai doer muito, só peço pra que você não tente me acertar forte também!

— Não sei não! Tenho medo! – respondeu Rapunzel ofegante enquanto agredia o saco de pancadas.

— “Coragem é ir com medo!” – respondeu a escocesa.

— Santa Edith Stein! – a alemã respondeu sorrindo e olhando para sua vítima, mais motivada.

— Espera! Eu vou colocar uma música! Qualquer coisa fica mais legal com uma música! – disse indo em direção a uma caixinha de som no canto da parede.

Logo após isso Soluço e Jack voltaram a lutar.

 

Em primeiro lugar

First things first

Eu vou dizer todas as palavras dentro da minha cabeça

I'ma say all the words inside my head

Estou furioso e cansado do jeito que as coisas têm sido, oh-ooh

I'm fired up and tired of the way that things have been, oh-ooh

Do jeito que as coisas têm sido, oh-ooh

The way that things have been, oh-ooh

Em segundo lugar

Second thing second

Não me diga o que você acha que eu posso ser

Don't you tell me what you think that I could be

Eu sou o único na vela, eu sou o mestre do meu mar, oh-ooh

I'm the one at the sail, I'm the master of my sea, oh-ooh

O mestre do meu mar, oh-ooh

The master of my sea, oh-ooh

Eu estava quebrado desde muito jovem

I was broken from a young age

Levando meu humor para as massas

Taking my sulking to the masses

Escrevendo meus poemas para os poucos

Writing my poems for the few

Que olharam para mim, me levaram, me sacudiram, me sentiram

That look at me, took to me, shook to me, feeling me

Cantando através do coração sofrido vindo da dor

Singing from heartache from the pain

Pegaram minha mensagem das veias

Taking my message from the veins

Falando minha lição com o cérebro

Speaking my lesson from the brain

Vendo a beleza através da ...

Seeing the beauty through the...

Dor!

Pain!

Você me fez um, você me fez um crente, crente

You made me a, you made me a believer, believer

Dor!

Pain!

Você me rompe, você me constrói, crente, crente

You break me down and build me up, believer, believer

Dor!

Pain!

Oh, eu deixo as balas voarem, oh, eu deixo elas choverem

Oh, let the bullets fly, oh, let them rain

Minha vida, meu amor, meu impulso veio da ...

My life, my love, my drive, it came from...

Dor!

Pain!

Você me fez um, você me fez um crente, crente

You made me a, you made me a believer, believer

Em terceiro lugar

Third things third

Faça uma oração para aqueles que estão lá em cima

Send a prayer to the ones up above

Todo o ódio que você ouviu

All the hate that you've heard

Transformou seu espírito em uma pomba, oh-ooh

Has turned your spirit to a dove, oh-ooh

Seu espírito se elevou, oh-ooh

Your spirit up above, oh-ooh

Eu estava sufocando no meio da multidão

I was choking in the crowd

Elevando minha chuva até uma nuvem

Building my rain up in the cloud

Que caía como cinzas no chão

Falling like ashes to the ground

Esperando que meus sentimentos se afogassem

Hoping my feelings, they would drown

Mas eles nunca se afogaram, sobreviveram, livres e soltos

But they never did, ever lived, ebbing and flowing

Inibidos, limitados

Inhibited, limited

Até que tudo se abriu e a chuva caiu

Till it broke open and rained down

A chuva caiu como

And rained down, like

Dor!

Pain!

Você me fez, você me fez crente, crente

You made me a, you made me a believer, believer

Dor!

Pain!

Você me destrói e me reconstrói, crente, crente

You break me down and build me up, believer, believer

Dor!

Pain!

Oh deixe as balas voarem, oh, faça-as chover

Oh let the bullets fly, oh let them rain

Minha vida, meu amor, minha motivação, eles vieram da

My life, my love, my drive, it came from

Dor!

Pain!

Você me fez, você me fez crente, crente

You made me a, you made me a believer, believer

E por último

Last things last

Pela graça do fogo e das chamas

By the grace of the fire and the flames

Você é a face do futuro

You're the face of the future

O sangue em minhas veias, oh-ooh

The blood in my veins, oh-ooh

O sangue em minhas veias, oh-ooh

The blood in my veins, oh-ooh

Mas eles nunca se afogaram, sobreviveram, livres e soltos

But they never did, ever lived, ebbing and flowing

Inibidos, limitados

Inhibited, limited

Até que tudo se abriu e a chuva caiu

Till it broke open and rained down

A chuva caiu como

And rained down, like

Dor!

Pain!

Você me fez, você me fez crente, crente

You made me a, you made me a believer, believer

Dor!

Pain!

Você me destrói e me reconstrói, crente, crente

You break me down and build me up, believer, believer

Dor!

Pain!

Oh deixe as balas voarem, oh, faça-as chover

Oh let the bullets fly, oh let them rain

Minha vida, meu amor, minha motivação, eles vieram da

My life, my love, my drive, it came from

Dor!

Pain!

Você me fez, você me fez crente, crente

You made me a, you made me a believer, believer

 

O tempo passou enquanto treinavam, logo o fim da tarde chegou, o céu ficando mais escuro ainda, Merida precisou acender as luzes brancas da escola.

Todos estavam suados e com as roupas brancas amarrotadas, ainda mais Rapunzel, que seguia batendo no saco de pancadas com as mãos enluvadas, montada sobre o mesmo, gemendo de cansaço, o suor salgado pingando de sua face cansada, sentindo sua respiração ofegante. A poucos metros de distância dela estavam seus colegas de treinamento motivando-a para não parar.

A loira já estava cansada, mesmo que houvesse parado para descansar repetidas vezes, jamais havia forçado tanto o corpo, mas a euforia do momento a estimulava para continuar, além disso, frequentemente e de maneira involuntária, imaginava estar agredindo quem a agredira muito tempo atrás.

De repente a alemã surpreendeu a todos. Agarrou o saco, pulou com ele, girou no ar e caiu sobre o mesmo fazendo o som do baque e levantando um pouquinho de poeira.

Ao fazer aquilo, Merida, Soluço e Jack ficaram em silêncio, surpresos com o ocorrido. Rapunzel ficou de quatro sobre o chão, por cima do saco, ofegante, tentando se levantar. Lentamente se ajoelhou e voltou-se para aqueles que a assistiam.

Os três se olharam surpresos e em silêncio, mas logo depois gritaram alegres e eufóricos esticando os braços para cima.

Correram até a loira e se ajoelharam ao redor dela.

— Mandou bem Punzie!

— Você deu esse golpe direitinho!

— Onde aprendeu isso?

— Eu vi isso num filme uma vez, decidi tentar replicar! – disse sorridente.

— Mandou bem! – disse a ruiva.

— Podemos ir pra casa agora? Estou exausta! – pediu a alemã ofegante.

— Acho que sim – disse a escocesa – Já é noite. O banheiro fica bem ali. Podem ir tomar banho.

Jack e Soluço permitiram que as meninas se lavassem primeiro. Não falaram muita coisa, exceto se elogiaram pelos golpes que conseguiram executar um no outro.

Rapunzel e Merida conversaram bastante enquanto esperam os rapazes no banho.

Cerca de uma hora depois foram embora, todos vestindo seus grandes casacos. A ruiva trancou a porta e escondeu a chave num vaso de plantas.

Caminharam, sempre atentos para encontrarem um táxi, mas não viram nenhum, então seguiram caminho para a estação do metrô.

Entraram em um frio e limpo vagão vazio. Sentaram-se ao lado uns dos outros, jogando conversa fora, todos sorridentes.

De repente, sem ninguém notar, um estranho alto e forte, usando um casaco azul escuro, de lisos cabelos castanhos e barbicha entrou no vagão onde os quatro estavam.

Em sua face jazia um sorriso arrogante, e em sua mão direita brincava com um colar caro de pérolas.

Estavam quase chegando na próxima estação.

Rapunzel estava em uma das pontas da fila onde estavam sentados, o estranho com o colar estava defronte para com ela, que se sentava de lado para o mesmo.

Arqueou uma das sobrancelhas e sorriu com malícia. Caminhou lentamente e sentou-se ao lado da loira.

— Oi gatinha! Meu nome é Flinn Ryder! Qual é o seu?

A alemã virou-se surpresa, logo depois ficou desconfortável.

— Escuta! Eu não estou interessada, será que você poderia por favor me deixar em paz? – disse com educação.

— Ah, qual é gata, só perguntei o seu nome, eu te falei o meu, só me fala o seu vai...

— Aí! – chamou Merida, forçando Ryder a fazer uma careta – Não ouviu o que ela disse? Ela não está interessada! Dá o fora!

— Cala tua boca ruiva! Não falei com você! Se ficou interessada, lamento, mas prefiro loiras e não gosto de cabelos cacheados!

— Nossa! Você é um poço de humildade e cavalheirismo não é? – disse Soluço – Aposto que sua mãe deve estar muito orgulhosa de você agora.

— Eu nem conheci a minha mãe moleque. Só estou perguntando pra essa loira gostosinha aqui se ela quer ser a mãe dos meus filhos.

— Cara, é sério – disse Jack com rosto insolúvel e olhos fortes – Você pode ser grande, mas não é dois, nós somos três, e se não der o fora daqui agora você vai se arrepender.

Os três encararam o estranho e vice-versa, Rapunzel entre eles ficou desconfortável com a situação. Olhou para o lado e notou que estava quase chegando à estação.

— Gente isso não é necessário – disse ela se levantando e indo em direção à porta – Já estamos quase chegando à nossa...

Assim que a alemã deu as costas para Flinn, sentiu uma palmada atrás de si, bem abaixo da cintura. Ela se virou rapidamente, suspirando alto, os olhos verdes arregalados, pondo as mãos de dedos finos sobre a região atingida.

Foi o suficiente para os outros três ficarem furiosos e perderem a cabeça.

Imediatamente Jack, Soluço e Merida se levantaram fazendo careta, colocando-se entre ele e Rapunzel.

Flinn fez o mesmo, com um pouco mais de rapidez. Ele era mais velho, mais alto e mais forte do que os quatro, que eram magros, mais jovens e mais baixos, além de estarem cansados pela tarde de treinos.

Bruscamente o mais velho empurrou com seus braços fortes a ruiva e o castanho para a esquerda e o platinado para a direita. Todos caíram deitados sobre os bancos vazios do vagão.

Por um instante o caminho entre ele e a loira estava limpo. Agarrou com força o pulso magro e delicado da mesma.

Rapunzel sentiu medo ao sentir a pele daquela mão grande e forte. Ficou aterrorizada, seu coração jovem começou a bater rápido e forte, lentamente tremia com os olhos verdes arregalados.

— Eu sabia! Cão que ladra não morde! – disse ele olhando os jovens caídos sobre os bancos – Vem comigo loira, deixa esses otários! Eu sim consigo proteger você!

A alemã de repente começou a se lembrar das várias coisas que ouviu:

“Só a coragem pode lhe dar alguma coisa nessa vida.”

“O verdadeiro soldado luta não porque odeia o que está a sua frente, mas porque ama o que está atrás dele.”

“Uma coisa morta pode ir com a corrente, mas apenas uma coisa viva pode ir contra ela”

“Se você quer vencer o mundo inteiro, supere a si mesmo.”

“Você é uma Cavaleira Teutônica!”

“Ajudar, defender e curar.”

“Nariz, queixo pescoço! Um murro no nariz dói pra caramba! Um soco no queixo pode fazer alguém desmaiar e um no pescoço pode matar!”

“Vamos lá! Você é germânica! Os germânicos acabaram com o glorioso Império Romano no Ocidente! A força deles corre nas suas veias!”

As frases começaram a se repetir em sua mente de maneira desorganizada e alta. Enquanto isso, no mundo real, Flinn ainda provocava seus colegas ao mesmo tempo que lhe segurava forte o pulso. Rapunzel lentamente quis reagir, mas ficou dividida entre o medo e a força que as palavras lhe proporcionavam, e isso a fazia se sentir culpada.

Contudo uma outra frase lhe veio à mente, provocando certa lucidez e paz de espírito:

“Coragem é ir com medo”.

Fora o suficiente.

— Ah, quer reagir ruiva?! Se eu fosse você eu ficava deitado – ia dizendo para Merida que estava prestes a avançar sobre ele com olhar de fúria, mas o homem virou o rosto para loira – Vamos embora gata, seus amigos não estão com nada...

Mas antes que percebesse, um soco forte lhe atingiu o rosto. Rapunzel sentiu a cartilagem do nariz de Flinn dobrando ao contato de seu punho.

O rosto do mais velho foi abruptamente para trás ao mesmo tem em que gemia, largou a alemã, colocou a mão sobre o nariz vermelho e ferido.

— Mas o que que...

Ia dizendo, mas levou outro soco, desta vez no queixo, o mesmo acabou fazendo Ryder cair para trás e bater a cabeça no chão. Na hora do baque, seu corpo chacoalhou um pouco, mas o homem terminou deitado, inconsciente com uma gota de sangue escorrendo de seu nariz vermelho.

No momento, todos se silenciaram. Estavam surpresos com o que havia acabado de acontecer.

Rapunzel tremia, ainda assustada, olhando o homem que havia acabado de nocautear.

Os outros três permaneceram olhando o fato sem acreditar. Aos poucos voltaram-se para a loira, notaram que sua mão tremia e seu rosto continuava apavorado. Imediatamente correram até ela.

— Calma Rapunzel!

— Tá tudo bem!

— Você não fez nada de errado!

Olharam o corpo imóvel do inconsciente, chegaram a acreditar que ele havia morrido, mas para a surpresa e alívio dos quatro, o peito dele subiu enquanto parecia fazer um som que desengasgava e assim respirava normalmente. O ombro dos três caíram abrandados, menos um trauma para Rapunzel ter que lidar, embora a mesma seguisse rígida como pedra.

Olharam o sujeito estranho, caído no chão, aquela maldita figura já não os incomodaria mais. Lentamente, Soluço notou o colar de pérolas na mão dele.

— Espera aí gente – disse ele, todos o olharam – Por que esse cara estaria com um colar de pérolas? Isso não é adereço de mulher? E ainda que ele gostasse desse tipo de coisa, ele não deveria usar no pescoço? E convenhamos, essa roupa de vagabundo que ele está usando não combinaria com as pérolas... – Jack, Rapunzel e Merida o estranharam – Não que eu tenha muita noção de moda feminina!

Voltaram o olhar para Flinn.

— Ele é um ladrão! – disse a ruiva, pouco tempo depois o chutou entre as pernas, que permaneceu inconsciente.

Os demais voltaram-se para ela.

— O quê?! Ele não é uma marginal que estava assediando a Punzie?!

— E agora? O que fazemos com ele? – perguntou Rapunzel ainda assustada o olhando diretamente de cima.

De repente ouviram um grito esganiçado e desesperado vindo do vagão vizinho.

— Ah! Minhas pérolas! Ele roubou minhas pérolas! Cadê aquele bandido? – a voz parecia ser de uma senhora de idade.

Olhavam a porta assustados de olhos arregalados, notaram que o metrô havia parado e as portas abriram ao lado deles.

— Vamos embora! – sugeriu Jack – Ela tá vindo pra cá, vai pegar as pérolas dela de volta e chamar a polícia.

Todos concordaram silenciosamente com a ideia. Saíram em conjunto, precisaram ajudar a loira assustada a sair do vagão. Viram uma senhora de idade furiosa caminhar até o onde estavam a um minuto.

O russo e a escocesa ajudaram a alemã a caminhar, segurando em seus ombros e seus braços, caminhando no mesmo passo que ela, até o banco mais próximo, o norueguês foi atrás do bebedouro mais próximo, pegar-lhe um copo d’água.

Dentro de pouco tempo, Rapunzel se sentava, passando a mão macia sobre o rosto ainda abalado enquanto recebia o copo de Soluço.

— Você está bem? – perguntou Jack.

— Estou, só estou um pouco assustada... – respondeu, logo depois bebendo da água.

— Rapunzel! Aquilo foi incrível! – disse Merida sorrindo.

A loira a olhou pelo canto dos olhos enquanto tirava o copo da boca.

— O quê?

— “O quê?!” – exclamou o escandinavo também sorridente – Você ainda não percebeu o que fez?

— Rapunzel, você impediu um assalto, e um assédio – disse Merida.

— Você é que nem o Batman! – disse Soluço alegre.

— Aquele cara só deve acordar amanhã! E bem longe de casa! – disse Jack.

— Que nada! Ele deve acordar é semana que vem! E na cadeia! – retrucou a ruiva.

— De todo jeito, agora ele vai pensar duas vezes antes de fazer aquilo de novo.

Aos poucos Rapunzel foi se acalmando, até que finalmente se deu conta do que havia feito. Não se sentia mais aquela garota fraca que acreditava ser. Começou lentamente a sorrir.

— E isso com um só dia de treinamento! – falou o castanho.

— No mesmo dia do primeiro treinamento! – completou o platinado.

— Eu tive bons professores!

Todos se olharam, estavam felizes, sorridentes, os olhos juvenis brilhando.

— Temos que comemorar! – disse a ruiva.

— Concordo! – disse Rapunzel se levantando sorridente e com os olhos brilhando.

Saíram da estação. Pegaram um táxi e foram a um mercado. Lá compraram doces e refrigerantes com o cartão da alemã e do russo.

— Rapunzel! – chamou Merida ao lado de uma prateleira alta.

A loira olhou a mesma, carregando o carrinho cheio. Jack e Soluço estavam longe procurando outras coisas.

— Olha só! São as canecas de chope da cervejaria dos seus pais! – disse a ruiva apontando.

— Pois é, nós vendemos também!

Rapunzel logo sentiu lucidez indo à sua mente, sorriu para a escocesa e pegou quatro grandes canecas de vidro e colocou-as no carrinho de compras. Os rapazes se assustaram com as canecas quando viram passar na esteira.

Minutos depois saíram do mercado apressados e com sacolas cheias. Pegaram um táxi e logo depois chegaram à casa de norte.

— Aí galera! Eu estou afim de uma pizza! – disse Jack logo após colocar as compras sobre a mesa – O que vocês acham?

— Eu não sei, mas eu gosto de pizza frita! – disse Merida.

— Credo! Lamento ruiva, mas o cartão é da minha família, então eu vou escolher e eu gosto de pizza de calabresa!

— Não é justo! Vamos votar! É uma democracia!

— “Democracia” ?! – desdenhou o russo – Não somos americanos ruiva! Essa casa não é uma democracia! Não vai ter uma eleição a cada quatro anos pra saber quem é que manda nessa casa! Essa casa é uma monarquia! E uma monarquia absolutista e eu sou o rei!

— Gente! – chamou a loira – Eu também tenho um cartão, lembram?! Vamos pedir os sabores que a gente mais gosta!

— E quantas pizzas nós quisermos! – completou Merida.

— Eu concordo com elas! – disse Soluço.

— Eu como rei dessa casa, aprovo a proposta!

Ligaram para a melhor pizzaria que conheciam. Pediram várias pizzas gigantes.

— Aí pessoal! Me sigam! – disse o platinado, que logo depois começou a seguir as escadas.

— O que você quer mostrar pra gente cachinhos de neve? – perguntou Merida enquanto o acompanhava junto aos outros, pisando nos degraus de madeira.

— Lembram quando eu falei que essa casa não precisava de manutenção?

— Sim.

— Sim.

— Sim.

— Então, a minha mãe já deixou ela aos cuidados da minha irmã mais velha, só que foi uma vez pra nunca mais!

— Por quê? – perguntou Soluço, sugestivamente.

— Ela se inspirou nos americanos e decidiu fazer o que qualquer adolescente americano mimado faria quando fica sozinho em casa – disse abrindo a porta de um grande quarto no andar de cima.

Os quatro viram a mobília antiga da casa misturada à diversos aparelhos eletrônicos, caixinhas de música, luzes coloridas giratórias e uma grande televisão.

— Festa... – sussurrou Rapunzel sorrindo.

— Ela convidou os amigos, comprou essas coisas e fez o que queria. Meus pais ficaram surpresos quando viram o quanto o saldo do meu avô tinha diminuído.

— Os vizinhos não reclamaram do barulho? – perguntou Merida.

— Essa sala foi feita para abafar o som de música, ainda mais música alta. Era onde meus avós praticavam os mais variados tipos de instrumentos. O piano ficava aqui.

— Então... – disse Soluço sugestivamente – Já que é pra comemorar...

— O que os hobbits fariam? – pensou alto a escocesa colocando os dedos no queixo e olhando para o alto.

— É... – Rapunzel repetiu o mesmo movimento que a ruiva – O que os mestres das festas da terra média fariam?

Todos fizeram o mesmo movimento, lado a lado. Um instante depois, todos olharam sorrindo e riram.

Prepararam a sala, limparam, criaram espaço, arrumaram onde se sentar, apagaram as lâmpadas e ligaram as luzes coloridas e giratórias. Dentro de pouco tempo chegou a pizza.

Começaram a festejar, encheram as grandes canecas de refrigerante gelado e espumoso, cada um com seu sabor favorito, pegaram fatias das pizzas que mais gostavam. Começaram a beber, comer, dançar e cantar juntos. Se divertiam.

 

(Vamos lá)

(Come on)

Eu quero dançar na escuridão

I wanna dance in the dark

(Vamos lá)

(Come on)

Vamos iluminar a noite

We gonna light up the night

(Vamos lá)

(Come on)

Eu quero dançar na escuridão

I wanna dance in the dark

(Vamos lá)

(Come on)

Vamos iluminar a noite

We gonna light up the night

Depois do anoitecer, quero dançar no meio da noite

Underdogs dance in the middle of the night

Posso ver os céus da noite no espelho de seus olhos

Can see the night skies in the mirror of your eyes

Se você não dança, tenha certeza de que tem o ritmo

If you don't dance make sure you got the rhythm

De que seu coração bate junto com o ritmo

Make sure that your heartbeat beats with the rhythm

Eu quero correr solto no meio da noite

I wanna run wild in the middle of the night

Bem sob a lua, corpos brilhando na noite

Right under the moon, bodies glowing in the night

Nada entre nossas peles além do ritmo

Nothing in between our skins but the rhythm

Certifique-se que seu coração bate junto com o ritmo

Make sure that your heartbeat beats with the rhythm

A noite é a hora certa

The night-time is the right time

Eu quero dançar na escuridão e nunca parar

I wanna dance in the dark and never stop

Vamos iluminar a noite como estrelas cadentes

We gonna light up the night like shooting stars

Quando ouvir o som, não se assuste

Whenever you hear the sound don't be alarmed

Mexa, Mexa, mexa

Move, move, move

Dançando na escuridão

Dancing in the dark

Eu quero dançar na escuridão e nunca parar

I wanna dance in the dark and never stop

Vamos iluminar a noite como estrelas cadentes

We gonna light up the night like shooting stars

Sempre que você ouvir o som, não se assuste

Whenever you hear the sound don't be alarmed

Mexa, Mexa, mexa

Move, move, move

Dançando na escurridão

Dancing in the dark

Os rejeitados dançam no meio da noite

Underdogs dance in the middle of the night

Aqui fora com as estrelas como criaturas da noite

Out here with the stars like the creatures of the night

Se você não dança, assegure-se de que tem o ritmo

If you don't dance make sure you got the rhythm

De que seu coração bate junto com o ritmo

Make sure that your heartbeat beats with the rhythm

Eu quero dançar no meio da noite

I wanna dance fast in the middle of the night

Posso ver os céus da noite no espelho de seus olhos

And see the night skies in the mirror of your eyes

Se você não dança, assegure-se de que tem o ritmo

If you don't dance make sure you got the rhythm

De que seu coração bate junto com o ritmo

Make sure that your heartbeat beats with the rhythm

A noite é a hora certa

The night-time is the right time

Eu quero dançar na escuridão e nunca parar

I wanna dance in the dark and never stop

Vamos iluminar a noite como estrelas cadentes

We gonna light up the night like shooting stars

Quando ouvir o som, não se assuste

Whenever you hear the sound don't be alarmed

Mexa, Mexa, mexa

Move, move, move

Dançando na escuridão

Dancing in the dark

Eu quero dançar na escuridão e nunca parar

I wanna dance in the dark and never stop

Vamos iluminar a noite como estrelas cadentes

We gonna light up the night like shooting stars

Quando você ouvir o som, não se assuste

Whenever you hear the sound don't be alarmed

Mexa, Mexa, mexa

Move, move, move

Dançando na escuridão

Dancing in the dark

Eu quero dançar na escuridão

I wanna dance in the dark

(Vamos lá)

(Come on)

Vamos iluminar a noite

We gonna light up the night

(Vamos lá)

(Come on)

Eu quero dançar na escuridão

I wanna dance in the dark

(Vamos lá)

(Come on)

Vamos iluminar a noite

We gonna light up the night

Eu quero dançar na escuridão e nunca parar

I wanna dance in the dark and never stop

Vamos iluminar a noite como estrelas cadentes

We gonna light up the night like shooting stars

Quando você ouvir o som, não se assuste

Whenever you hear the sound don't be alarmed

Mexa, Mexa, mexa

Move, move, move

Dançando na escuridão

Dancing in the dark

Eu quero dançar na escuridão e nunca parar

I wanna dance in the dark and never stop

Vamos iluminar a noite como estrelas cadentes

We gonna light up the night like shooting stars

Quando você ouvir o som, não se assuste

Whenever you hear the sound don't be alarmed

Mexa, Mexa, mexa

Move, move, move

Dançando na escuridão

Dancing in the dark

 

As luzes coloridas da pequena festa brilhavam pelas janelas, iluminando o asfalto frio e escuro. As músicas soavam abafadas, e nenhum vizinho se incomodava.

Os quatro permaneciam comendo, bebendo e dançando, ainda haviam muitas fatias de pizza e doces para serem consumidos. A noite ficava mais densa, mas nenhum deles estava perto de estar cansado.

De repente Rapunzel cantou com fervor devoto junto com a caixinha de música.

 

Eu vou me balançar no lustre

I'm gonna swing from the chandelier

No lustre

From the chandelier

Eu vou viver como se não houvesse amanhã

I'm gonna live like tomorrow doesn't exist

Como se não houvesse amanhã

Like it doesn't exist

Eu vou voar como um pássaro pela noite

I'm gonna fly like a bird through the night

E assim passaram o anoitecer.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Primeira música: Believer - Imagine Dragons
Segunda música: Dancing in the Dark - Rihanna
Terceira música: Chandelier - Sia



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