City of Angels escrita por Alina Black


Capítulo 5
Renesmee- Papai Problema




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Quando passei pelo portão de entrada ao plano humano eu já era um deles, de alguma forma Rafael havia feito com que eu existisse, havia um apartamento pequeno alugado em meu nome com móveis confortáveis e eu tinha documentos, porque os humanos precisavam de tantas coisas?

O carro parou diante do imenso prédio de luxo em uma das avenidas mais movimentadas de Los Angeles, paguei o taxista e desci dando meu nome na portaria, meu nome já estava lá, então entrei no elevador. Fiquei pensativa enquanto os números iam mudando e pessoas entravam e saiam a cada parada, quando a luz acendeu no número 15 sai indo à porta o único apartamento do andar então tocava a campainha.

A porta se abriu minutos depois e uma elegante mulher aparecia, ela vestia uma roupa bem diferente das demais moças que até então eu havia visto, ficavam bem nela, sua expressão inicial era de surpresa mas em seguida ela sorriu.

— Me deixa adivinhar, você é a babá? Acertei?

— Sim, bom dia!

— Entre – Ela falou deixando a porta aberta e caminhou a minha frente em direção a mesa onde outro homem conversava com Jacob, me aproximei os cumprimentando.

— Bom dia!

— Edward e Bells, essa é Renesmee, a nova babá a qual falei a vocês!

— Bom dia Renesmee, espero que sua estadia conosco dure! O homem chamado Edward falou de forma gentil, não compreendi porque Edward havia dito “dure conosco” mas a expressão de Jacob ao ouvi-lo não foi muito boa.

— Renesmee – A mulher chamada Bells murmurou e me olhou por alguns segundos, em seguida ela sorriu – Desculpe, seu nome é lindo, é francês?

— Não sei! Respondi um pouco sem graça.

— Nós tivemos uma filha, ela tinha esse nome – Disse Edward.

— Tiveram?

— Ela faleceu, quando bebê – respondeu Bells.

— Eu lamento – Respondi um pouco surpresa, com tantos nomes no mundo Rafael tinha que escolher justo esse?

— Eu preciso ir! Jacob levantava nos interrompendo se retirando da mesa e ia até o sofá pegando uma pasta e vestido um casaco – não sei que horas eu volto!

— Espera Jake, não vai dar nem um beijo de bom dia na Sara? Bells perguntava, mas ele saia apressadamente.

— Esse Jake, sempre fugindo das próprias responsabilidades! Ela sussurrou aproximando-se do marido e ambos trocaram olhares.

— Renesmee, você pode ficar à vontade, Sara está dormindo, sei que esse era dever do Jake mas como viu ele vive corendo, então a cozinha fica ali, o quarto de Sara é a direita, aquela porta da na varanda, enfim a casa é sua! Explicou Edward.

— Obrigada, vocês também moram aqui?

— Não, moramos no andar de cima, somos amigos do Jake de infância, como se fossemos irmãos! Bells respondeu.

— É muito raro amizades assim.

—É verdade – Ambos concordaram-  O papo está ótimo mas precisamos ir!

Edward e Bells se despediram, apesar da minha insegurança com relação aos humanos eles eram muito gentis, havia me sentindo muito bem ao lado deles, ambos me passavam calma, após nos despedirmos decidi ver Sara.

Ao entrar no quarto encontrei Sara brincando com o mesmo carrossel, sorri me aproximando e sentei na cama ao seu lado.

— Bom dia Sa, posso chamar você assim? Perguntei sorrindo para ela.

— Quero chocolate! Ela respondeu me entregando o brinquedo.

— O que acha de primeiro tomar um banho, escovar os dentes e depois tomamos chocolate! Sugeri segurando seu brinquedo.

A menina concordou com a cabeça e eu sorri a ajudando a tirar seu pijama, a ajudei com o banho e em seguida  a se vestir, diferente das crianças que sempre protegi com a mesma idade que ela essas tarefas pareciam difíceis para ela, mas isso não a impedia de ter uma vida normal, seu problema era a ausência do pai.

Cuidei de Sara durante todo o dia, e em nenhum momento recebi nenhuma ligação de Jacob, a noite após dar o seu jantar a coloquei para dormir, ela murmurou um pouco e ficou virando na cama por quase uma hora até eu enrolar seu carrossel em um lençol e entregar a ela dizendo que o carrossel queria dormir e foi assim que ela adormeceu.

Eu fiquei algumas horas mudando os canais da TV, olhei para o relógio de parede e passava das 23 horas, desliguei a TV e fui para a sacada do apartamento, a visão era muito melhor do que do meu,  uma grande praça com um lago onde pessoas caminhavam, corriam e conversavam me distraindo por alguns minutos porém o ouvir da chave na porta me tirou de meu pequeno devaneio, virei meu corpo e Jacob finalmente havia voltado para casa.

— Desculpe pelo atraso- Disse ele jogando uma mochila sobre o sofá-  quer que eu peça um taxi para você?

— Acho que deveria se preocupar com Sara, não com meu taxi! Respondi.

Ele me olhou um pouco desconfiado e eu apenas sorri pegando minha bolsa— Boa noite Senhor Black – Falei caminhando lentamente até a porta mas parei ao tocar na maçaneta ao ouvi-lo

— Espera um momento.

— Sim! Respondi me virando para olhar para ele

— Você é sempre tão direta assim? Ele perguntou cruzando os braços.

— Não estou entendendo – respondi um pouco confusa.

Ele rolou os olhos e sua expressão se tornou mais dura — Você sempre fala o que pensa? Sem medir palavras.

Eu olhei nos olhos dele por uma fração de segundos, tentava compreender o porquê dele está me confrontando – Eu apenas falo o que é necessário

Ele sorriu com o canto dos lábios, mas não era um sorriso de felicidade — Eu poderia demitir você.

Ergui as sobrancelhas — Sim, o senhor pode! Em seguida girei a maçaneta e abri a porta e sai o olhando antes de fecha-la.

Leah tinha razão, Sarah não seria meu maior problema, e sim o pai dela, e eu precisava fazer algo, mas não sabia por qual razão eu não conseguia ficar próxima dele sem perder minha tranquilidade.

Ao chegar em casa comi algo e liguei o notebook em busca de respostas para ajudar Sara, sendo um anjo eu apenas mostraria o caminho, e deixaria o resto com os mortais.

Pesquisei algo que se encaixasse com o comportamento de Sara, “capacidade de um indivíduo se comunicar e interagir com outras pessoas”...” Transtorno do Espectro Autista (TEA) ”...”tratamento”...

— Fazendo o dever de casa? Disse Rafael me fazendo girar na cadeira e olha em sua direção.

A desconfiança me dominou por um instate, Rafael nunca havia me visitado em uma missão — Algo errado? Indaguei.

— Está indo bem! Ele respondeu.

— Rafael, eu não vou me corromper não precisa estar aqui todo o tempo!- Tentei tranquiliza-lo.

— Hoje você conheceu a irritação, um sentimento bem mortal.

— Jacob Black ignora a filha! Respondi voltando a olhar para o notebook.

— É só isso mesmo? Ele perguntou antes de desaparecer.

Balancei minha cabeça negativamente mantendo minha atenção na pesquisa.


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