Horizonte de Manhattan escrita por Mayara Silva


Capítulo 1
Capítulo Único




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Condomínio em Londres, Inglaterra (1982) - 15:44 hrs

 

O telefone tocava freneticamente. Magne, um loiro alto de olhos azuis, embora fosse um bom comunicador e soubesse trabalhar bem com as palavras, não tinha coragem alguma de atender, pois sabia exatamente quem estava do outro lado.

 

— Isso já faz dois, três anos, Mags, do que você tem medo?

 

— Não enche! É a mãe dele! Como você acha que eu me senti quando olhei nos olhos dela e disse que não sabia de nada?!

 

Paul, um loiro um pouco mais baixo e introspectivo, apenas aquiesceu enquanto continuava a afinar a sua guitarra.

 

— O que você fez com o caderno?

 

— Eu… bom, eu coloquei nas prateleiras daquelas lojas que atraem turistas ricos. Eu não ia me sentir bem se colocasse em qualquer lugar, o Morten… droga, Paul, ele não merecia, ele não…

 

Magne suspirou e continuou a andar de um lado para o outro. Cansado do tilintar do telefone, foi em direção aos fios e os desconectou.

 

— Nós erramos muito com ele e estamos merecendo isso, você sabe. O que podemos fazer agora é esperar que ele esteja bem e não mexer mais com essas coisas desconhecidas.

 

Disse o rapaz calado, tentando manter a calma por seu amigo, sabia que duas mentes perturbadas não tomariam boas decisões, eram a prova viva disso. Magne suspirou mais uma vez, com um pouco mais de vontade, tentando trazer ar para os pulmões, até que enfim tomou a sua decisão.

 

— A gente não vai lançar esse álbum sem o Morten.

 

— Vai fazer o quê?

 

— Vou atrás dele.

 

Pegou seu casaco e começou a se agasalhar. Paul rapidamente se levantou e deixou sua guitarra de lado, para tomar essa atitude, ele precisava estar realmente preocupado.

 

— Ficou louco? Esse caderno já saiu da loja, deve estar do outro lado do mundo agora!

 

— Nem que eu tenha que falar com aquele bruxo de novo, mas eu vou dar um jeito nisso ou eu nunca mais vou me perdoar!

 

Foi em direção à porta, ignorando os sermões do amigo ao fundo.

 

— Magne!

 

Paul implorou, mas, quando o seu amigo levou a mão à maçaneta e a girou, os rapazes tiveram uma visão que os deixou estarrecidos e paralisados.

 

— M-Morten…

 

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Ruas de Manhattan, Nova Iorque (1991) - 21:25 hrs

 

Devido à sua agenda apertada, Michael chegou à noite em um dos melhores hotéis de Nova Iorque.

 

Soube pelo jornal local que o show seria apenas pela madrugada, teria um tempo para comer alguma coisa e descansar, então aproveitou. Foi até a sua suíte, tomou um banho rápido e colocou vestes mais confortáveis. Comeu pouco, não costumava ter um grande apetite, em seguida deitou-se e esperou o tempo passar.

 

O relógio parecia divagar de propósito, mas ao menos lhe deu tempo para pensar em como faria para não ser reconhecido, afinal, àquela altura era impossível andar por aí com um pouco de sossego. Ficaria por pouco tempo em Nova Iorque, tempo suficiente para ver o show e retornar para a Califórnia antes que os sites de fofoca descobrissem o seu paradeiro. Colocaria suas roupas “discretas” e deixaria os seguranças disfarçadamente ao longe para fazer sua guarda, plano simples, prático e rápido.

 

Fechou os olhos e tentou dormir um pouco, embora acreditasse que não conseguiria.

Todavia, curiosamente conseguiu.

 

Aquela viagem era dedicada à pessoa que acreditou ter perdido para sempre, e, como era de se esperar, ele invadiu os seus sonhos pela primeira vez em anos.

 

— Morten…?

 

Michael se levantou, agora ficando sentado na cama. Morten estava encostado na parede, com as mãos nos bolsos e a sua expressão sorridente de sempre. Ainda era jovial, os seus cabelos estavam curtos, ainda usava roupas de playboy, ele estava exatamente como Michael se lembrava em sua despedida.

 

— O baby boy ainda lembra meu nome?

 

Brincou, e Michael tornou a rir. O rapaz se aproximou, enquanto o moreno permanecia na cama. Sentou-se de frente para ele.

 

— O que veio fazer aqui?

 

— O que você acha? Vim ver você!

 

Disse, radiante. Morten apenas deixou um sorriso sereno estampar seu rosto.

 

— Acho que eu vou gostar dessa surpresa, hein?

 

Michael gargalhou e aquiesceu, e sua risada contagiante fez o moreno de cabelos claros retribuir.

 

— Você não faz ideia do quanto eu estava com saudades dessa risada!

 

Ele sorriu com aquele comentário.

 

— Eu também estava, Morten… de você.

 

Morten sorriu ao ouvir aquilo, porém manteve o silêncio da sala, nesse momento apenas o olhar um do outro falava por eles. Michael fez um discreto movimento para frente, um tanto decidido, e sutilmente levou a mão ao rosto do rapaz, que se afastou com um pouco mais de pressa.

 

— Não, aqui não. Vem me encontrar primeiro…

 

Deu-lhe uma piscadela, e então Michael entendeu que aqueles sonhos precisavam parar. Ele também não se contentava com eles, precisava fazer a sua própria realidade.

 

— Eu te verei logo, Morten. Eu prometo.

 

E então acordou, com um sorriso estampado no rosto.

 

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Era 01:53 hrs.

 

O show já havia começado, porém Michael sabia que dificilmente conseguiria assisti-lo por completo, então esperou que o público já estivesse imerso o suficiente naquele ambiente para que ele discretamente pudesse aparecer no local.

 

Dada a hora, vestiu seu casaco cinza e partiu.

 

Estava usando seu casaco cinza escuro de frio, com capuz. Por debaixo daquela roupa, um moletom cinza claro e, também abaixo dele, uma camisa social branca, era início de outono e estava fazendo frio. Usava luvas e calças escuras, tentou usar sapatos diferentes dos seus mocassim preferidos, queria passar o mais despercebido possível.

 

Começou a perambular pelas ruas desertas de Manhattan. Seguiu o caminho do show que era próximo do seu hotel, portanto não precisou deslocar um carro.

 

Ao longe já podia ouvir, um tanto disperso, um tanto distante, a doce melodia da voz que acreditava ser de seu amigo.

 

“Eu me ouço dizer: meu barco está partindo agora

Então nós apertamos as mãos e choramos.

Agora eu tenho que dar adeus

Dar adeus, dar adeus

Dar adeus, dar adeus...”

 

Se aproximou da bilheteria.

 

— Ahm… quanto é o ingresso?

 

O homem o encarou com um semblante tedioso.

 

— O show é beneficente.

 

Abriu a passagem para que ele prosseguisse. Michael não entendeu muito bem, havia ouvido diferente na rádio, mas resolveu não questionar.

 

— Okay…

 

A melodia parecia mais e mais próxima de seu coração, o que permitiu com que ele não prestasse atenção naqueles pequenos detalhes. Seguiu as luzes brancas, amarelas e laranjas dos corredores até o final, onde podia ouvir aquela voz inundar os seus pensamentos e sentir a letra falar com a sua alma.

 

“Você sabe!

Eu não quero chorar novamente...

Não quero chorar novamente!

Eu não quero dizer adeus...

Eu não quero chorar novamente!

 

Eu não quero fugir...

Eu não quero competir com esta dor!

Eu nunca verei seu rosto novamente!”

 

Michael se aproximou do segundo portão de entrada, onde ninguém fazia a guarda. Tentou se aproximar do salão, embora a casa estivesse lotada, queria ter acesso ao pouco do palco, precisava ver de perto quem era aquele vocalista.

 

“Oh, mas como?!

Como você pode dizer

Que eu não tentei?!”

 

Elevou os seus olhos e, mesmo nas dificuldades, sentia que precisava avançar. Ouviu aquelas palavras, cada uma atingia o seu peito de maneira diferente. Tentou se aproximar, mas o palco parecia cada vez mais distante.

 

“Você sabe!

Eu não quero cair novamente...

Eu não quero conhecer essa dor!

Eu não quero outro amigo...

Eu não quero tentar novamente!

 

Não quero te ver machucado...

Não me deixe te ver machucado!

Eu não quero chorar novamente...

Eu nunca verei o seu rosto novamente!”

 

Ao longe, um fotógrafo fazia algumas fotos. Michael desceu o seu capuz, não estava suportando o calor daquele lugar, mas já estava na metade do salão, não faria o caminho de volta agora. Infelizmente bastava um deslize seu para que tudo aquilo viesse abaixo.

 

— Michael Jackson?

 

Indagou uma garota da plateia. Aquela pergunta foi mais do que suficiente.

 

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Magne, Paul e Morten, juntamente com o empresário da banda, Terry Slater, saíram pela saída de emergência rumo a um carro de luxo que estava os esperando do lado de fora. Antes de entrar, eles pararam para tomar um pouco de ar. A polícia havia chegado a pouco tempo e alguns trâmites ainda precisavam ser resolvidos.

 

— Mas que droga foi aquilo?! Você viu?

 

Indagou Magne. Paul deu ombros.

 

— Briga na plateia, não? Com certeza foi.

 

— Estavam gritando muito, não deu pra entender nada.

 

Morten suspirou, normalmente entraria na discussão com os rapazes, mas aquele pequeno incidente havia o deixado pensativo. Lentamente se afastou, em passos calmos, enquanto afastava a franja dos olhos e levava os cabelos, agora longos, para trás. Ele tinha quase certeza que ouviu um nome familiar, que viu um rosto familiar, mas que a confusão o levou para longe de sua visão. Ele estava se sentindo estranho.

 

Caminhou para longe, precisava ficar sozinho, caminhou em passos mais apressados antes que o seu empresário desse por falta dele. Caminhou mais um pouco, até enfim se aproximar do estacionamento do lugar.

 

Ouviu um suspiro melancólico, viu que não estava sozinho.

Ele estava lá.

 

Michael levou as duas mãos ao rosto e tentou limpar as lágrimas como pôde. Não conseguiu ver o vocalista de perto, não conseguiu desfrutar do show, destruiu a apresentação daquela banda, estragou as coisas...

 

— Michael…?

 

Ao ouvir aquela voz, o moreno virou-se rapidamente, o olhar surpreso, o corpo paralisado. Morten permaneceu sereno, as mãos nos bolsos, os olhos fixos nos seus. Faziam-se tantos anos, ambos estavam acanhados demais para dar o primeiro passo, mas o fizeram timidamente.

 

Michael se aproximou, em silêncio, e o seu amigo seguiu os seus atos. Quando já estavam próximos, ainda sem saber muito como agir, Morten lentamente o chamou para um abraço e o cantor não negou. Entrelaçou os braços em seu corpo, levou o rosto ao seu ombro, Morten repetiu os seus atos.

 

E assim ficaram, em silêncio.

 

Ao longe, Magne observava aquela cena. Paul chegou logo em seguida.

 

— O que tá fazendo…?

 

Magne suspirou.

 

— Quem você acha que é aquele ali…? Daqui, não dá pra ver…

 

— Na última das hipóteses… o dono do caderno?

 

Ele aquiesceu.

 

— É… Falando em caderno, eu não me sinto bem ao guardar isso dele. O Morten voltou sem memória do que houve…

 

— E isso é bom.

 

— Mas é errado. Ele merece saber…

 

Paul suspirou e voltou a encarar aquela cena ao longe. Ele lentamente levou a mão ao ombro do amigo.

 

— Talvez você tenha razão, mas não agora. Vamos…

 

Magne custou a se mover, porém, por fim, cedeu à decisão do rapaz. Em passos calmos, se retiraram, enquanto Morten e Michael seguiram para outro lugar.

 

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Ruas de Manhattan, Nova Iorque - 04:19 hrs

 

Caminharam em silêncio.

 

Morten estava perambulando pelas estradas vazias enquanto Michael se protegia nas calçadas desertas do lugar. Um ao lado do outro, um pouco distantes, faziam um percurso aleatório. Michael o encarou de soslaio e sorriu.

 

— Você não tem medo de ser atropelado? Eu que não confio nas ruas de Nova Iorque.

 

Morten gargalhou.

 

— Vai por mim, tá até calmo agora. Nada é pior do que a bagunça lá na casa de show...

 

Michael mordeu os lábios ao ouvir o comentário do rapaz.

 

— Eu… eu fui o culpado por aquilo. Me desculpa, Morten, eu estraguei o seu show. Eu vou compensar isso, eu prometo.

 

Morten parou de caminhar e deu ombros, mantendo um sorriso no rosto.

 

— Na verdade, você deixou melhor ainda.

 

Ele o encarou nos olhos e pôde contemplar o olhar surpreso de Michael, que fez uma expressão desconfiada logo em seguida.

 

— Você está falando sério ou é só pra me deixar menos preocupado?

 

Morten gargalhou e negou com um movimento de cabeça.

 

— É sério, baby boy! Vem, vamos ficar mais perto do Central Park. A essa hora é bem tranquilo.

 

Michael sorriu ao ouvir aquele apelido mais uma vez. Aquiesceu e o seguiu, e, quando mudaram de rota, pôde contemplar melhor os detalhes do rapaz. Morten parecia um pouco mais encorpado, seu rosto não havia mudado tanto, mas tinha traços maduros, seu olhar era mais predatório e os seus cabelos, agora, estavam compridos na altura dos ombros. Seus fios dourados ainda estavam ali, brilhavam com as luzes da cidade, todavia, Michael queria mesmo era contemplar o seu tocar nos raios de sol.

 

— Você deixou mesmo o cabelo crescer.

 

— Eu sei, eu sei, não tá legal. Mas o seu ficou bom, eu falei que ia ficar! Eu nunca me engano.

 

Brincou, Michael gargalhou e passou discretamente uma das mãos nos próprios cachos compridos.

 

— Claro que o seu ficou bom! Pelo menos agora você parece mais com um bad boy e menos com um playboy.

 

— Ah, então era isso que você achava de mim, não era?? Depois não reclame quando eu começar a te chamar de engomadinho!

 

Se aproximou rapidamente para tentar beliscar sua cintura e lhe fazer cócegas, mas Michael foi mais rápido e, aos risos, se desvencilhou rapidamente.

 

— Não estamos no meu condomínio, hein? Se algum policial nos parar, vou dizer que o baderneiro é você!

 

— Ah, relaxa, baby boy, Nova Iorque não tem regra a essa hora…

 

Disse o rapaz, sorrindo. Atravessaram a entrada do parque até chegar em um dos melhores pontos para repousar. Morten descansou no gramado esverdeado e Michael se acomodou ao seu lado.

 

O moreno suspirou.

 

— E então… o que tem feito? Como está sua vida?

 

— Ah, vai bem… Eu faço parte de uma banda, as pessoas gostam, eu gosto… eu tenho amigos, tenho família, acho que estou bem.

 

Ele encarou o rapaz.

 

— E você?

 

— Eu… moro em um rancho. Ele é bem grande, tem um parque de diversões, piscina, zoológico, salão de jogos…

 

— Uau… o que é impossível pra você, hein?

 

Michael gargalhou e aquiesceu.

 

— Okay, okay, você ganhou! Vai ter que me levar pra ver essas coisas, hein? Principalmente o salão de jogos.

 

— Claro! Mas eu não acho que ganhei, sabe? Parece que você é rodeado de gente. Às vezes eu queria um pouco disso lá…

 

Ele suspirou, pensou se prosseguia em suas palavras, mas no fim decidiu que sim.

 

— Você faz falta. Você sabe… saindo do caderno… tentando tirar minha paciência...

 

O encarou.

 

— A sua família, os seus amigos… eles sabem que você...

 

— Não.

 

Prontamente negou.

 

— Eu posso ser palhaço às vezes, mas não sou idiota. Eu não ia contar essas coisas do caderno, dos desenhos… já estavam chocados demais quando eu voltei. Prefiro que seja o nosso segredo.

 

Michael concordou em silêncio. Eles desviaram o olhar para o horizonte e notaram, aos poucos, aquele céu escuro clarear. Em breve o sol nasceria. Morten voltou a encará-lo novamente.

 

— Você sentiu muito minha falta…? Digo… você lembrava das coisas que passamos? Sabe…

 

O moreno manteve o olhar distante, tinha o semblante sério, embora sereno.

 

— Não teve um dia que eu não pensei em você.

 

Morten aquiesceu em silêncio, aquela frase parecia o ter tocado de alguma maneira. Michael descansou as costas em uma árvore próxima, agora levando seus olhos negros aos dele.

 

— E você…?

 

Morten suspirou.

 

— As minhas memórias adormeceram com as outras. Eu lembro de tudo que fizemos juntos… mas… era como se fossem… sonhos. Lembro quando você me disse que tinha medo que eu me esquecesse.

 

Ele o encarou.

 

— Você é famoso, eu vejo fotos suas em todo lugar, mas só consegui despertar minhas memórias quando olhei pra você… Estranho, não?

 

Michael deu ombros e sorriu, voltou a admirar a paisagem ao longe.

 

— Talvez você só precisasse de um gatilho… Bom, então fiz bem em vir. Senão, eu ficaria lá, esperando por você pelo resto da vida.

 

Ele brincou e os dois gargalharam juntos. Morten suspirou.

 

— Me desculpa… Não devia ter sido assim.

 

— Não se culpe. O meu medo não era que você não se lembrasse do que vivemos… mas que você se esquecesse de mim.

 

— Não…

 

Aquela resposta fez o cantor arquear a sobrancelha. Morten parecia querer revelar mais, e ele lhe deu o dobro de atenção.

 

— Eu nunca me esqueceria de você. Eu não me perdoaria se isso acontecesse. Você sempre esteve muito claro na minha memória, Michael.

 

Disse-lhe. Aquelas palavras despertaram o moreno para algo que ele, há muito, queria saber sobre Morten. Por fim, o encarou mais uma vez.

 

— Posso te fazer uma pergunta?

 

— Claro… o que é?

 

Ele mordeu os lábios.

 

— Você gosta de mim...?

 

Morten suspirou, em seguida desviou o olhar para o chão.

 

— Uma vez te fiz essa pergunta e você fugiu dela.

 

— Não fugi.

 

— Fugiu sim.

 

— Eu… eu só não tinha o que responder! Eu não tinha certeza.

 

Michael ficou em silêncio.

 

— E tem agora…?

 

O homem assentiu discretamente, voltou a encará-lo.

 

— Sim.

 

— Então responda...

 

— Sim, sim, você sabe que sim.

 

Michael o encarou com um pouco mais de certeza. Se aproximou e, sem mais cerimônias, selou os seus lábios nos dele. Morten já esperava por aquilo, mas sentir o toque macio de sua boca era muito diferente do ato de imaginar, lhe causava uma sensação de êxtase que ele queria que perdurasse. Felizmente nenhum dos dois queria estragar aquele momento avançando em passos precipitados, então apenas fecharam os olhos e deixaram que aquele inocente beijo tomasse conta de seus pensamentos.

 

Michael finalizou mordendo os lábios finos de Morten, um desejo que, há muito, ansiava fazer. Ainda sem dizer uma palavra, desviaram o olhar para a paisagem e contemplaram, ao longe, o nascer do sol no horizonte de Manhattan.

 


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Notas finais do capítulo

Olá, gente! ♡

Esse é o fim definitivo desses dois uahuhausuahs Acho que já deu oq tinha de dar, né?
Vou passar os próximos dias trabalhando nas continuações que citei no último capítulo de Me Dê Uma Chance. Espero ver vcs em fics futuras ♡

Obrigada pra quem acompanhou X3



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