Unexpected escrita por Starogue


Capítulo 1
Capítulo 1 - A viagem Escolar


Notas iniciais do capítulo

Baseada nas animações -> X-Men Evolution e Liga da Justiça
Não me lembro muito da cronologia das séries...
Estória curta e maluca.Tem minhas mudanças, é claro.
Bora lá...



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— Isso é tão legal!

Rogue cerrou a mandíbula em frustração.

— Sim, Kurt - ela resmungou monotonamente. — Você já disse isso! 

Era uma manhã de sábado, pelo amor de Deus!

Mas ao invés de se aconchegar sob as cobertas de sua cama, como um ser humano decente e são provavelmente, faria depois de uma semana excepcionalmente difícil, de provas, trabalhos escolares, e sessões malucas na sala de perigo comandadas por  um  insano Wolverine…

 No entanto, aqui estava ela, perambulando pelos os pavilhões sem fim de um museu em Central City, com um bando de adolescentes, balbuciantes e maravilhados. 

Todos encantados demais, com o que viam.

Tudo graças a essa viagem escolar de última hora.     

Não que alguém além dela, parecesse se importar em gastar o seu sábado assim.  

Não. Pelo contrário, como dito, todos estavam encantados; completamente extasiados por estarem aqui. 

Todos felizes demais, para o gosto da  garota gótica. 

Até a  sensata  Jean Grey, a miss perfeita, a quem Rogue atribuía ter um senso mais crítico, do que os demais,  sorria de orelha a orelha, mais adiante. 

Kurt, ligado direto nos 220 watts, jogou um braço em torno do ombro da irmã, e acomodou o outro  livre, em  torno  do ombro delgado de Kitty.

— Isso é tãaaaaao legal!  

E Rogue quis socar alguma coisa.  De preferência o menino. 

Kitty riu da empolgação do amigo. Verdade seja dita, até ela estava empolgada. A jovem olhou de soslaio para a colega de quarto, que parecia enfadonhamente entediada. 

— Vamos lá, Rogue. Você pode sinceramente dizer, que não está nem um pouquinho animada?

— Estou nas nuvens.

 A mutante com a habilidade "faseada", ignorou o desdém, e deteve os passos assim como os outros dois, quando os demais alunos do colégio de Bayville High, na frente deles, pararam. 

— E aqui - iniciou o sr. Myles, o curador do museu, gesticulando para a próxima exposição. — Se inicia a galeria dos vilões que o herói deste museu, o Flash, já enfrentou. 

Os estudantes em sua maioria, se aglutinaram apressadamente, em torno da primeira  vidraça  enorme, que o homem apontou.

Até mesmo, os membros problemáticos da Irmandade estavam completamente  fisgados. Embora Pietro, ainda exibisse um falso ar de indiferença, e um biquinho ridículo, por estar segundo ele, ''pisando no antro do rival.’’ 

Rogue foi a única que ficou lá atrás. Ela cruzou os braços sobre o peito, e ouviu sem muito interesse. 

— Esse é Grodd - o sr. Myles disse, dando um nome, para a grande réplica do gorila do vidro. — Não se engane pela aparência dele. Grodd não tem apenas uma força física imensa, mas também poderes telepáticos. Ele é capaz de atacar, dominar, e até mesmo, de transferir a sua mente para o corpo de alguém. Além de ser um gênio brilhante. 

Alguns adolescentes engasgaram de horror, outros ficaram simplesmente boquiabertos. 

Jean, por outro lado, esfregou os braços em apreensão. Todo o quadro parecia ruim demais pra ela.

— O King Kong aí, pode te dar uma corrida pelo o seu dinheiro. 

A ruiva desviou os olhos do gorila, e os direcionou a Lance, que ao lado dela, exibiu um sorriso arrogante. 

Jean suspirou pesadamente, e optou por ignorar o murmúrio. Essa era a melhor maneira, que alguém com um cérebro, poderia lidar com os meninos da Irmandade. Ela voltou novamente o foco para a frente. 

Um pouco atrás, com os olhos ainda esbugalhados do choque, Kurt acotovelou o sobrinho de Ororo. 

— Não me deixe assistir Planeta dos Macacos tão cedo. 

Evan sacudiu a cabeça. Essa era uma ideia muito boa. Era melhor dar uma pausa em tudo, o que envolvia primatas depois dessa. Pensar que tinha um por aí, com as habilidades que rivalizavam com as do Professor X, com super força e super cérebro… Era de arrepiar, os cabelos de qualquer um.

 O curador, então, apontou o segundo vidro. 

— Ao lado, temos Hunter Zolomon, mais conhecido como Zoom.

Os estudantes avaliaram o manequim. O traje mostrado, se assemelhava muito ao estilo do próprio Flash. Só que a cor predominante do uniforme, era o  amarelo. Os contornos, vermelhos, e o círculo, onde o símbolo do raio repousava no peito, azul. 

— Aprovo a paleta de cores do uniforme - Jubileu, do seu lugar, sussurrou para ninguém em particular, depois que estourou a bola rosa do chiclete. — Para um psicopata, até que ele tem um gosto muito bom. 

Scott, ao lado da asiática, olhou para ela incrédulo.

 — Relaxe Summers! - Jubes sussurrou. —  Não  é porque eu compartilho o mesmo gosto da cor do cara, que eu vou mudar para o lado sombrio da força. 

O líder exalou penosamente pelo o nariz,  e voltou a encarar o homem mais velho. 

— Hunter Zolomon, estava trabalhando - o sr. Myles retomou. —  No dia em que o Gorila Grodd, arquitetou uma fuga da prisão. Ele terminou gravemente ferido. 

E assim, prosseguiu. 

 Uma explicação laboriosa, atrás da outra.

 O grupo avançou lentamente, pelo o museu, seguindo o curador. Enquanto Rogue trotou languidamente, atrás do grupo.

O falatório do homem, caindo em um baque surdo em seus ouvidos exauridos. Depois do que pareceu uma eternidade pra ela, o homem terminou por fim, de apresentar o último dos vilões. 

— Seguindo por esse corredor - gesticulou o funcionário. — Temos expostas as armas que os vilões já usaram. Por favor, me acompanhem. 

Os alunos marcharam, atrás do funcionário. A bela do sul seguiu vagarosamente o encalço. Mas, abruptamente parou, quando ela pisou em um de seus próprios cadarços.

— Droga! - a jovem resmungou, ao olhar para baixo, e constatar a coisa que quase a derrubou, desamarrada.

A menina voltou a olhar para cima novamente, a tempo de ver a cabeça do último aluno virar o corredor. 

Ela apenas deu de ombros, e se abaixou. Ela teria que os alcançar depois. 

Afinal, era impossível de perder de vista, não importa o quão grande fosse o lugar, a jaqueta vibrante de Jubileu, ou Fred Dukes, com aquele tamanho todo.

 Quem precisava de GPS para se orientar, quando tinha um daqueles dois no mesmo lugar?

Agachada, Rogue deu um nó apertado, fez um laço, e estava no caminho de fazer mais um, para garantir que o cadarço não desamarrasse…

Quando uma rajada súbita de vento a atingiu, e jogou com força, os cabelos dela  para trás.

A  adolescente franziu o cenho. Se tivesse sido Pietro, fazendo alguma gracinha, ela iria soca-lo, até fazer do Maximoff, uma polpa. 

Ela levou uma das mãos enluvadas ao cabelo, e começou a penteá-lo com os dedos, o melhor que pôde. Os pensamentos, correndo soltos, com o pior tipo de assassinato. 

 No entanto, a violência rapidamente se dispersou, quando uma voz desconhecida, veio de algum lugar, não muito distante, de trás.

— Oi. 

 Rogue semicerrou os olhos, e parou de ajeitar o cabelo. Não, não era Pietro. Mas, definitivamente, era um cara. 

— Você vem sempre aqui? - E ele soltou o clichê dos clichês das cantadas, e ela não pôde evitar revirar os olhos, em aborrecimento. 

Querido Deus! Que não fosse pra ela, que ele dirigiu essa cafonice. Uma garota não podia amarrar o cadarço do próprio sapato em paz?!

Ela girou bruscamente o pescoço, e olhou por cima do ombro, pronta para lançar punhais, em quem quer que fosse.

Mas, ao invés disso, ela abriu a boca e piscou, estupidamente. 

Casualmente encostado, em uma das muitas estátuas do Flash, espalhadas ao longo do museu, estava ninguém menos, do que o próprio velocista escarlate em toda a sua glória. E ele nem parecia saber que ela estava lá.

O Flash correu o dedo lentamente, pelo o peito construído da própria estátua. E riu. 

 — Bonitão!

E clicou para uma Rogue um tanto perplexa, que o speedster, flertava com ele mesmo.

 A garota se levantou, e se virou totalmente para encará-lo. 

— Você…Terminou? - ela perguntou pacientemente, como se falasse com uma pessoa mentalmente desequilibrada.  

O velocista deu um pulo. Ele olhou em confusão ao redor do lugar que ele julgava estar vazio. Até que encontrou a alguns metros à frente, a figura de uma garota.

A mandíbula de Wally disparou, e estava perto de alcançar o chão. Seus olhos quase saltaram para fora do crânio, enquanto examinavam a jovem de cima a baixo. 

As bochechas de Rogue queimaram. Ela não sabia, se devia se sentir lisonjeada, ou estranha. 

Mas, como uma mulher, ela não perdeu o fato de que o uniforme do cara não deixava muito espaço para a imaginação feminina. 

— Huh…..- Wally piscou várias vezes, suspirou sonhadoramente, e por fim fitou diretamente naqueles lindos olhos verdes. — Eu não tinha te visto aí - ele admitiu timidamente. 

— Eu percebi - a mutante respondeu secamente.

— Escute - o herói tossiu e coçou a nuca envergonhado. — Sobre antes, eu só estava…

— Assediando a estátua? - Rogue perguntou, arqueando uma sobrancelha. 

— Hum…- o speedster murmurou incerto.

A residente do Instituto Xavier suspirou.

— Tudo bem amigo, é um país livre. Não vou julgar a sua orientação. 

O Flash arregalou os olhos, completamente chocado. Depois lentamente, esboçou um grande sorriso dentuço. 

Ele gostou dessa garota. Ela era bonita, tinha um corpo matador, e uma língua afiada como navalha. Era o pacote perfeito para levar para casa. 

 Num piscar de olhos, ele cortou a distância e estava bem na frente dela. Ele praticamente agarrou a mão pequena da garota, e a sacudiu com entusiasmo, enquanto sorria como um maníaco.

— Oi!  Eu sou o Flash, o cara mais rápido do mundo! É um prazer conhecer você!

Rogue acenou com a cabeça, atordoada.

— Uh… da mesma forma, eu acho.

— Eu não sou Alice - o velocista disse. — Mas com você, me sinto no País das Maravilhas.

— O que?! - A garota exclamou perplexa.

— Você não é o Charmander, mas me deixa pegando fogo - o speedster sorriu afetadamente. 

A mutante apenas o encarou atônita. 

— Você é do Mortal Kombat?-  Flash continuou.  — Porque a sua beleza me deu um fatality.

E pela primeira vez na vida, a mente de Rogue, ficou completamente em branco. Completamente, e totalmente em branco.

— Que porr…

—  Você não é o Tesseract - o membro da Liga, interrompeu antes que ela pudesse terminar o palavrão. — Mas é a única pessoa capaz de abrir as portas do meu coração. 

E ele continuou, e continuou. 

— Gata não sou o Gaara, mas tenho areia suficiente para encher seu caminhão.

Cansada, a garota levou uma mão enluvada à boca do Flash e silenciou a tagarelice dos infernos. Ela libertou a outra mão, que ele ainda mantinha, e se afastou um pouco de forma lenta, como se ele fosse uma bomba.

— Tudo bem Romeu, eu entendi. Agora, a Julieta precisa encontrar o resto da turma.

— Turma?! - O herói guinchou. 

—  Sim. A turma do colégio com quem eu vim.

A boca do herói escancarou. Essa garota era apenas uma colegial? Uma isca de cadeia? Ela parecia muito mais velha, com aquele corpo com tudo no lugar. Ele balançou a cabeça, tirando a mente da sarjeta.

—  Quantos anos você tem?

— Preocupado que eu te denuncie? - Rogue questionou com sarcasmo. — Eu tenho 18.

O velocista suspirou aliviado. Pelo menos, ela atingiu a maioridade.

Rogue por um momento, o fitou com tristeza. Ele era fofo. Impulsivo e sem filtro. Mas fofo. Mas dada a natureza volátil, dos poderes dela, romance não estava nas cartas para ela. Pelo menos, ainda não.

 Ela vinha fazendo progresso, na questão do controle dos poderes, por meio de treinos diários com o Professor X, desde o incidente de ‘’Auto-possessão’’. Contudo, manter o toque, sem a absorção era uma tarefa árdua. 

E até agora, ela só conseguia manter essa façanha por escassos instantes.

Armada por coragem repentina, ela se aproximou apressadamente do herói, que a olhou com crescente expectativa. Rogue então envolveu o rosto dele com ambas as mãos enluvadas, elevou-se nas pontas dos pés, e o beijou nos lábios. Ela o ouviu suspirar de contentamento. Então, ela rapidamente se afastou. 

Flash suspirou feliz. Os joelhos dele, estavam moles, o coração batia descompassado, os neurônios viraram mingau. E ele provavelmente, estava corado. No entanto, ele  se sentia nas nuvens.

Rogue soltou uma risada, e tirou um lenço do bolso de trás da calça jeans. Ela o levou aos lábios do velocista,  e gentilmente limpou a mancha roxa do batom. 

— Aqui, cara mais rápido do mundo -  ela agarrou a mão dele, e colocou o lenço lá. — Fique com isso - e com isso, ela se virou e começou a se afastar.

Wally acordou do transe, e estendeu a mão para a garota, na tentativa de alcançá-la.

— Espere!

— Flash- a voz severa do Batman, soou no ouvido do velocista, por meio de um ponto de comunicação.— Preciso que você se junte à Mulher-Gavião, e ao Gladiador Dourado para uma missão.

O speedster gemeu. Pior momento de todos!

—  Tem que ser AGORA?!

— Já- Batman foi curto e direto.

Flash se sentiu dividido, vendo os quadris curvilíneos da  bela garota se afastar. 

— Estraga prazeres - ele resmungou, e guardou o lenço, prometendo a si mesmo, que iria encontrá-la de novo.

E então, ele correu. E perdeu o olhar de decepção de Rogue, quando ela se virou, e não o encontrou.

X-X-XX-X

Mais tarde naquele mesmo dia…

Rogue podia sentir seus olhos vidrados. Literalmente. Jubileu estava tagarelando sobre algo… E pela a vida dela, ela não conseguia se lembrar do que diabos era.

— E depois de esquartejá-lo, eu enterrei os restos mortais no quintal da mansão.

Rogue voltou à realidade, e encarou a garota sentada ao lado, com perplexidade.

— O que?

Jubileu arqueou a sobrancelha.

— Apenas testando se você estava me escutando ou não. Onde você estava, afinal? Você estava viajando geral!

— Lugar nenhum - a jovem do Mississipi mentiu, e voltou os  olhos para a janela do ônibus.

Eles estavam fazendo o trajeto de volta para a cidade de Bayville.

Rogue suspirou suavemente. De todas as coisas, que ela podia esperar dessa excursão… Topar com o próprio Flash, foi uma coisa completamente, maluca.

— Você se importa, se eu usar o seu ombro como travesseiro?- Jubileu quebrou o silêncio. 

E Rogue gemeu em exasperação.

— Por que você está mesmo aqui, Jubileu?! - ela fitou a asiática, com um olhar de aço.

Jubes a encarou de volta, com uma expressão azeda.

— Porque era o único assento disponível. Era sentar aqui, ou com o sr. boca de fossa lá atrás - ela apontou o polegar por cima do ombro, para Todd sentado sozinho em um banco do fundo.

— Pensando bem - Rogue meditou. — Se você dormir, você vai finalmente calar a boca. É isso - ela ameaçou. — Ou eu vou te jogar pela janela!

Jubileu revirou os olhos dramaticamente.

— Isso é o seu jeito de dizer sim?

A X-men, assentiu a contragosto.

— Sim - ela apontou um dedo. — Mas aí de você se babar!

— Nossa…. Você tem passado muito tempo com o Wolvie - Jubes murmurou, e logo apoiou a cabeça no ombro da menina mais velha. Em questão de segundos, ela estava apagada.

— Graças a Deus - Rogue suspirou aliviada. 

Com silêncio, sua mente recapitulou os acontecimentos do dia. E um pequeno sorriso, surgiu em seu rosto.









 


 


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