Sakura Haruno sabia que deveria ter negado veemente e se mantido firme enquanto sua chefe a adulava para ir a aquela confraternização junto ao departamento jurídico da empresa e ignorado a chantagem emocional que ela havia feito por Sakura não ter participado das últimas cinco confraternizações de final de ano desde que começou a trabalhar no financeiro da empresa.

Só soube que deveria ter ido para casa ao sentiu o ar abandonar seus pulmões quando seus olhos verdes esmeraldinos pousaram na figura a sua frente, por um momento esqueceu-se de como respirava e algo travar em sua garganta, fazendo-a engasgar com a própria saliva e até mesmo com a própria respiração, fazendo com que as palavras fugissem de sua boca antes de conseguir pará-las.

— Há quanto tempo, Sasuke... – Notou a surpresa no rosto bonito tão conhecido por ela, por um instante ele pensou que ela não falaria com ele mesmo estando nítido que ela o havia reconhecido.

E por um momento ela realmente pensou em fingir que não o conhecia, contudo, as lembranças de um passado cheio de amor e de uma paixão arrebatadora que ela teve que dizer adeus.

À sua frente estava ninguém menos que Sasuke Uchiha, o homem que um dia jurou amor eterno, mas se viu abandonado anos atrás, porque ela sabia que seu amor não era a única coisa capaz de sustentar o relacionamento que tiveram.

— Realmente, bastante tempo! – Sasuke respondeu desconcertado e tentou sorrir, mas soube que não havia conseguido quando o clima entre as pessoas ficou um pouco pesado, diferente do clima de felicidade e confraternização que os cercava a segundos atrás, antes de se juntarem com a equipe do financeiro.

— Eu não sabia que trabalhava aqui – Sakura tentou desconversar dando um sorriso sem graça enquanto as pessoas começavam a cumprimentar as outras para dissipar o clima tenso que havia se instalado.

— Ah, sim... – Sasuke coçou a nuca e limpou a garganta tentando segurar o nervosismo, afinal, na sua frente estava a garota que quebrou seu coração e sumiu sem deixar rastros anos atrás e pior de tudo isso era ter que admitir que ela continuava linda e seu coração ainda balançava por aqueles malditos olhos verdes. – Trabalho aqui há algum tempo já.

— Vocês se conhecem? – A chefe de Sakura soltou após aparecer atrás da Haruno com um sorriso e um copo de bebida, notava-se que a superior já estava bebendo há um tempo.

— Ah, sim, fomos para faculdade juntos. – Sakura respondeu dando um sorriso mais aberto e encarando o Uchiha.

— Mas você não é formada em economia e você – apontou para Sasuke – em direito?

— Sim, nós... – Sasuke começou encarando a Haruno que revirou os olhos diante da observação da chefe, ele estava pronto para dizer que tinham amigos em comum, contudo, Sakura foi mais rápida.

— Éramos namorados. – Sakura cortou Sasuke, pois sabia que o Uchiha ia mentir sobre o passado deles e isso era algo que ela não precisava esconder de ninguém, muito menos dos colegas de trabalho.

— Uau, quais as chances de encontrar o ex—namorado na mesma empresa? – Tsunade soltou encarando Sasuke e Sakura rapidamente.

— Você trabalha com seu ex e seu atual marido, Tsunade. – Sakura rebateu revirando os olhos e rindo da gargalhada da chefe enquanto se sentava na cadeira da mesa próxima.

— É verdade, é verdade! – A mulher riu e negou com a cabeça. – Enfim, aproveitem a festa.

— Desculpe por isso... – Sakura pediu pegando a caneca de chopp e dando um gole.

— Sem problema, meu chefe também é assim, aliás, ele é casado com sua chefe. – Apontou discretamente para seus superiores se beijando numa mesa um pouco distante, fazendo-os rir.

O silêncio se instalou entre os dois e as únicas que se ouviam eram as conversas paralelas e a música “Always Remember Us This Way” da cantora Lady Gaga tocar pelos alto-falantes, fazendo-os se afundarem em lembranças tão conhecidas.

Sete anos antes...

O sol brilhava lá fora e ultrapassava as finas cortinas do quarto quente e aconchegante apesar de tudo. Sakura suspirou e encolheu-se naquele par de braços mais uma vez aquela manhã, desejando poder ficar neles mais um pouco, mesmo sabendo que não podia.

O beijo em sua têmpora foi suave e o aperto em seu corpo foi um pouco mais forte do que ela recebia toda manhã, mas sabia o real motivo daquele gesto.

Abriu os olhos e fitou a imagem do homem de cabelos negros desgrenhados e olhos semicerrados lhe fitando, ele era Sasuke Uchiha, seu namorado a dois anos e por mais que o amasse, tanto ele quanto ela sabiam que o relacionamento não estava bem, tanto que na noite passada tiveram mais uma, de inúmeras, discussões.

Suspirou e se apertou contra o peito exposto do namorado, aninhando-se um pouco mais, apenas apreciando a sensação de estar em seus braços um pouco mais e o calor que ele lhe proporcionava.

Quando Sakura conheceu Sasuke, a dois anos, jamais pensou que engataria em um romance cheio de altos e baixos com o estudante de direito e de olhar quente que fazia seu corpo pegar fogo, do mesmo jeito que ele jamais pensou que ele não se envolveria com a estudante de economia. Mas lá estavam eles, dois anos namorando e morando juntos a seis meses.

Seis meses... esse foi o período que tudo começou a desandar. Eles sabiam disso melhor do que ninguém, assim como quais eram os motivos que desencadearam todos os conflitos entre eles.

Todos sabiam que Sasuke e Sakura se amavam, isso estava nítido para quem olhasse para o casal que era cheio de sorrisos, carinhos e olhares apaixonados, nem mesmo eles escondiam esse fato, contudo, nem todos eram a favor desse romance e a pessoa de quem eles mais queriam aprovação, era a que mais desaprovava aquela união.

Mikoto Uchiha, mãe de Sasuke, foi contra a relação desde o dia que conheceu Sakura, o que complicou bastante o relacionamento do filho, porque era as duas mulheres da sua vida que não estavam se entendendo. Quando o Uchiha anunciou que moraria com a Haruno, sua mãe realmente resolveu estragar seu relacionamento.

As poucas discussões se tornaram mais frequentes e exaustivas, o relacionamento antes apaixonante foi desmoronando aos poucos até aquele momento, que por mais que não precisasse de palavras, ambos sabiam que havia chegado ao seu fim.

Mesmo ambos estando cientes disso, ninguém conseguia colocar um ponto final na relação que estava se deteriorando cada vez mais. O amor deles estavam desmoronando como um castelo de cartas.

— Eu preciso ir para aula... – Sasuke sussurrou apertando Sakura em seus braços. Ele queria segurá-la um pouco mais.

— Hoje é prova, você não pode se atrasar. – Sakura lembrou dando um rápido beijo no peito do rapaz, arrancando uma risada dele.

— Ok, ok, você venceu.

Dando um rápido beijo, Sasuke se levantou e foi em direção ao banheiro, Sakura sentou-se na cama e sem se importar se a camisa de Sasuke ficava grande folgada em seu corpo observou o pequeno apartamento de um quarto, banheiro, sala e cozinha que dividiam com atenção, gravando cada parte daquele cômodo que fazia parte deles com suas coisinhas em cada lugar.

— Boa prova! – Despediu-se do Uchiha com um beijo demorado após ele rumar para a porta.

Soltou um longo suspiro e sentindo uma imensa vontade de chorar quando voltou para o quarto, onde se pôs a arrumar as poucas coisas que levaria consigo. Após ver tudo arrumado e de roupa trocada, foi em direção a mesa de estudos de Sasuke e sentou-se pegando a carta escrita a alguns dias e colocando sobre seu computador, mirou o quarto pequeno que foi seu ninho de amor por pouco tempo e suspirou.

Estava na hora de ir e ela se foi, sem um único adeus.

.

.

Exausto! Era assim que Sasuke se sentia aquela semana, tudo o que ele queria era um pouco de paz, foi o que ele pensou enquanto via o nome de sua mãe piscar no visor do celular. Além de estar em semana de prova, tinha uma semana – ou seriam duas? – que brigava com Sakura direto, sem parar, tudo por causa da pessoa que o ligava incessantemente.

Amava sua mãe, mas também amava Sakura, por isso, não estava em seus planos abrir mão de nenhuma das duas, porque as duas o faziam feliz, mas ele sabia que Mikoto Uchiha jamais aceitaria Sakura como sua namorada e futuramente, esposa.

Há uma semana ele e Sakura estavam brigados, dormiam na mesma cama, conversavam esporadicamente, mas nada mais do que isso, contudo, aquele dia havia sido diferente. Sakura havia lhe abraçado forte e lhe beijado como a tempos não fazia, tinha algo errado. Por isso, ele fez a prova o mais rápido que pode e correu para casa.

Entretanto, assim que abriu a porta a única coisa que encontrou ali foi o silêncio e vazio, quando não deveria, já que Sakura era para estar em casa por não ter aula aquele dia.

— Sakura? – Chamou, mas não obteve resposta, pensou que a Haruno poderia estar dormindo, então foi até o quarto onde o encontrou vazio com algumas coisas faltando no local.

Rapidamente caminhou até o armário que dividia com a namorada e abriu as portas encontrando a parte da Haruno vazia. Pegou o celular ligando incessantemente para o número dela, caindo na caixa de mensagem, ligação após ligação.

Não soube quanto tempo ficou ali, sentado na cama que dividia com a mulher de sua vida tentando ligar para ela, sentia-se derrotado e acabado, seus olhos ardiam e suas mãos tremiam. Sasuke não tinha ideia do que fazer. 

Ele estava perdido.

Entretanto, ele precisava de pistas, ele precisava saber onde Sakura estava, por isso, levantou-se e caminhou em direção ao seu computador, foi quando um envelope destinado a ele chamou sua atenção.

Pegou e identificou a caligrafia da namorada, fazendo seu coração apertar e algo prender em sua garganta enquanto abria o pequeno envelope com as mãos trêmulas.

Olá querido...

Antes de começar, gostaria de me desculpar por estar fazendo as coisas assim, mas nós dois sabemos que isso é necessário, não é? Porque tanto eu quanto você jamais admitiremos ou colocaríamos um ponto final nessa situação se estivéssemos cara a cara.

Sei que você está magoado, Sasuke, mas eu também estou. Aliás, nós dois estamos nos magoando. Muita coisa aconteceu desde o dia que nos conhecemos, coisas boas e ruins, mas todas ótimas memórias, porque em todos esses momentos, estivemos juntos e aproveitamos tudo o que tínhamos que aproveitar.

Sasuke, não me entenda mal, eu ainda o amo e sei que você me ama também, e eu sei que isso não vai mudar de uma hora para outra ou de um dia para o outro, mas nós dois sabemos que essa é a melhor decisão. Nós dois estávamos e estamos sofrendo com tudo o que vem acontecendo em nossas vidas, você sabe disso.

E antes que passássemos a nos odiar, eu prefiro que acabe assim, nos amando, verdadeiramente, em vez de ficarmos nos magoando cada vez mais.

Sasuke, você sempre viu algo em mim que eu nunca consegui, você sempre foi a pessoa que eu sempre quis correr para os braços em meus momentos de angústia e eu fiz isso, inúmeras vezes. Foi você, Sasuke, que me mostrou o que era o amor com o seu olhar apaixonante e o calor de seu corpo e sentimentos, você sempre foi a pessoa que eu sempre voltaria, porque você é uma parte minha que jamais morrerá.

É difícil escrever quando você não sabe quais palavras usar, mas me dói dizer adeus, mas nós tentamos até onde deu. Talvez não estivéssemos destinados a ficar juntos, mesmo nos amando.

Saiba Sasuke, que eu sempre vou me lembrar de você e de como nos amávamos, eu sempre vou lembrar de nós desse jeito, porque você sempre será mais que uma simples lembrança.

Eu sempre me lembrarei de você, porque eu te amo e sempre amarei, espero que você possa ser feliz.

Com todo o amor do mundo, Sakura Haruno.

As lágrimas escorriam por seu rosto sem pudor algum, seus dedos apertavam aquelas folhas rabiscadas com força enquanto o soluço ficava preso em sua garganta. Ele não estava triste, Sasuke estava devastado, destruído e acabado, ele viu sua felicidade fugir por entre seus dedos e não fez nada.

A única coisa que ele queria naquele momento era encontrar Sakura e se desculpar enquanto pedia para que ela não o deixasse, mesmo sabendo ser impossível.

Embora Sasuke estivesse se afundando em sua própria desgraça, um barulho tão conhecido por ele soou no quarto – que um dia foi quente e aconchegante – agora frio e vazio, com a expectativa latente de ser Sakura, pegou o aparelho e atendeu.

— Sasuke, porque não me atendeu? Você sabe quantas vezes eu te liguei? – A decepção veio quando reconheceu a voz de sua mãe, a última pessoa que queria conversar naquele momento. – Aposto que foi aquela garota que não te deixou atender...

— Eu não posso falar agora. – Sasuke limpou as lágrimas que ainda escorriam e soltou um longo suspiro, será que era tão difícil assim ter um pouco de paz?

— O quê? Vai me dizer que essa garota é mais importante que a sua mãe?

Lá estava ela de novo, atacando Sakura sem motivo. Soltou um longo suspiro e segurou a vontade de xingar a própria mãe.

— Eu já disse que agora não, me dê um tempo, por favor! – Suplicou desligando o telefone em seguida, pouco se importando se sua mãe acharia ruim ou não.

E mais uma vez, com um resquício de esperança, discou novamente o número dela.

“sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagem”.

Aquela voz gravada o destruiu ainda mais, porque ele teve a certeza: Sasuke tinha perdido Sakura, para sempre.

Sete anos depois...

O clima, apesar de festivo, estava desconfortável entre eles, principalmente porque cada um estava perdido em seu pensamento naquele momento, recordando-se de memórias que nunca os abandonou mesmo passado tanto tempo.

Sasuke lembrava-se de como procurou por Sakura até descobrir que a mesma havia dado um tempo da faculdade e como ela havia pedido para suas amigas esconderem quaisquer notícias suas do Uchiha.

E Sakura se lembrava de como se escondeu na casa da avó por meses apenas para curar seu coração ferido antes de retornar a faculdade, onde descobriu que Sasuke havia se transferido para outra.

Cada um encontrou uma maneira de se esquecer do outro, por isso, eles não se julgavam e era tão difícil estar ali, de frente para aquele que tanto tentou esquecer e não conseguiu. 

— Como sua mãe está? – Sakura perguntou num surto de comunicação e por um momento se arrependeu.

Sasuke não esperava que Sakura perguntasse de sua mãe, ainda mais quando a matriarca dos Uchiha não suportava a Haruno quando namoravam e a garota se sentia atacada o tempo inteiro por ela, que não escondia o seu desgosto com o namoro do filho.

— Ela está bem, inclusive ela se sente muito mal por ter te tratado daquela maneira. – Sasuke deixou subentendido o que ele queria falar.

E era verdade, dona Mikoto assumiu a responsabilidade por suas atitudes e admitiu que não tinha sido uma boa pessoa para Sakura, que não tinha lhe feito nada além de fazer seu filho feliz. Demorou, mas Mikoto soube disso quando Sasuke a ignorou por quase dois anos depois de Sakura foi embora e ainda a responsabilizou pela atitude da garota.

Mikoto jamais se esqueceria de como seu filho estava destruído chorando como uma criança dizendo que era culpa da mãe que ele perdeu o amor de sua vida e como ele foi covarde em deixar sua mãe menosprezar a mulher que ele amava a ponto de perdê-la.

— Eu fico feliz que ela esteja bem e ela não precisa se sentir mal, o que aconteceu foram circunstâncias da vida. – Sakura declarou tentando amenizar a culpa da mais velha, pois isso não importava mais, quem tinha tomado a decisão havia sido ela, não Mikoto.

Foi Sakura quem colocou um basta na sua relação com Sasuke.

Sasuke sabia que a Haruno estava amenizando o papel da mãe em sua decisão final, isso o fez sorrir um pouco, porque era bem a cara dela fazer algo assim. Sakura não tinha mudado nada, continuava sendo a garota gentil e amável por quem ele havia se apaixonado e, pelo jeito, continuava apaixonado.

— Me desculpe Sakura, por ter sido um covarde naquela época. – Sasuke soltou de uma vez, surpreendendo Sakura que levava a caneca de chopp aos lábios para tomar um gole.

Ela não precisava e nem esperava um pedido de desculpas por parte de Sasuke, porque na relação que tiveram, os dois tiveram culpa e erraram, mas estava tudo no passado, eles haviam amadurecido e se tornado pessoas mais inteligentes e crescidas.

Isso era algo que só o tempo fornecia e eles tiveram seu tempo.

— Você não precisa se desculpar Sasuke, nós dois tentamos até onde deu e isso é ótimo, o importante é não ter arrependimentos.

Conversaram mais um pouco sobre a casualidade, Sakura riu, bebeu e se divertiu, assim como Sasuke, o clima pesado de antes havia se dissipado completamente como se nunca tivesse existido.

Naquele momento Sasuke só conseguia recordar-se dos tempos de faculdade, onde momentos como aquele eram frequentes, onde ele podia admirar o sorriso genuíno de Sakura, o mesmo sorriso que fazia seu coração bater mais forte.

— Eu adoraria ficar mais, mas já deu meu horário... – Sakura riu pegando o casaco e a bolsa, virou-se para Sasuke e sorriu abertamente. – Foi um prazer te ver de novo, Sasuke.

— Igualmente.

E ele ficou ali, observando-a se despedir das pessoas, uma a uma com um belo sorriso e Sasuke só conseguiu constatar o óbvio, ele ainda era perdidamente apaixonado por aquela mulher.

— Sabe, uma vez Sakura me disse que só amou uma única vez... – Tsunade, a chefe de Sakura, começou a falar ao seu lado enquanto fitava a funcionária. – E que nunca deixou de amar essa pessoa, porque toda vez que ele olhava para ela, o mundo a sua volta sumia.

Demorou um pouco para Sasuke entender o que a mulher dizia, mas quando ele finalmente entendeu levantou-se rapidamente e apressadamente saiu porta a fora, atrás de sua felicidade.

Ele já tinha sido covarde uma vez, não seria novamente.

Quando Sakura começou a se despedir de todos, ela podia sentir aquele olhar intenso que a deixava aquecida segui-la por todo o local, fazendo-a sentir-se única no mundo novamente, ela sabia que dizer adeus a ele doeria como naquele dia, sete anos atrás, mas assim como naquele dia, dizer adeus naquela noite também era necessário, mesmo que doesse.

Seu coração estava calmo e feliz por poder vê-lo mais uma vez, o homem que sempre amou, seu Sasuke, ela estava decidida a deixá-lo ir, mais uma vez, contudo, parecia que o destino tinha outros planos.

— Sakura! – Ouviu seu nome ser chamado por uma voz tão conhecida por ela.

O destino ou seria Sasuke?

Virou-se e o encontrou ofegante a sua frente, sorriu e o encarou, ele estava sorrindo e podia-se notar a ansiedade naqueles olhos escuros que tanto a aquecia e a deixava ainda mais apaixonada, apesar de todos os anos.

— Podemos nos encontrar outra vez? – A pergunta era simples, mas tinha tantas palavras por trás delas, fazendo-a se recordar da primeira vez que se viram, quando ele fez aquela mesma pergunta.

Deixou um sorriso escapar e aproximou-se do Uchiha dando-lhe um rápido beijo nos lábios.

— Quem sabe! – Ela respondeu com um enorme sorriso antes de entrar no táxi.

E daquela vez Sasuke não seria covarde e não deixaria Sakura escapar, porque eles era mais que uma simples lembrança, e sabia que ele queria ir onde Sakura estava e a parte dela que há nele, jamais morreria.