Oh sim... Primavera! Cheia de flores caindo, arvores florescendo e claro... Dois jovens rapazes brigando...

-A culpa é sua rato maldito! – Gritava um.

-É sua... Baka neko... – Brincou Yuki – Foi você quem quebrou a porta...

- Eu vou ficar pobre pelo tanto de vezes que quebraram minha porta... – Murmurou Shigure ao relento, pensando em pedir dinheiro à casa principal.

Enquanto a briga prosseguia, Tohru fazia a comida.

-Eh... Hoje vou ter que fazer algo especial para eles... – Dizia Tohru animada – Afinal, hoje é dia dos namorados...

-Ah é mesmo – Disse Kagura do lado da amiga – Será que o Kyo-kun vai querer um presente?

Foi então que Tohru se pegou de surpresa, o que deveria dar?
Enquanto a jovem pensava com Kagura um jeito. Yuki e Kyo ouviam Shigure falar.

-Ao invés de saírem destruindo tudo pela frente. Por que não vão procurar algo pra fazer? Hum... Já sei! – Seus olhos reluziram com malicia – Que tal acharem um presente para Tohru-kun?

-Presente, pra que? – Indagou Kyo – Pra que?

-Que gato idiota... – Dizia Yuki – Deve ser algo de aniversário!

-Errado!

Foi então que Kyo finalmente pôde tirar uma da cara de Yuki, finalmente o rato tinha errado em algo!

-É dia dos namorados... – Dizia Shigure com um sorriso – Que tal encontrarem alo para dar á Tohru-kun, eh? Ela vai ficar feliz!

Yuki e Kyo ficaram vermelhos. Será que Shigure não percebia o quão ruim era a situação? Como poderiam achar algo para a inocente Tohru?
Yuki resolvera sair com Shigure atrás desse “tal” presente que ele dissera ser excelente. Kyo por outro lado ficara sozinho na casa sem ter o que fazer...
Raios! – Pensava o gato – Onde vou achar a droga de um presente para ela? Afinal ela é tão... Tão...
Kyo parou de pensar, sabia que isso ia levá-lo á uma coisa... Pensar mais e mais em Tohru...
Sim... Sua doce Tohru.

-Perdão! Perdão – Tohru entrou na sala – Preciso limpar a sala, será que... Poderia me ajudar, Kyo? – Perguntou ela com um sorriso meigo.

Era só isso que ela sabia falar... Kyo perdera a conta de quantas vezes ele se pegara pensando naquela menina que só sabia se desculpar...
Quantas vezes ele já não havia se pegado sentindo o seu doce perfume e ouvindo suas palavras, que ás vezes, beiravam a idiotice, mas que Tohru falava assim mesmo, apenas para acalmar o coração de um Sohma.
Sim... Kyo tinha certeza de que encontrara o presente ideal que o livraria daquela coisa que apertava seu peito, que o livraria finalmente da pressão de ter aquele sentimento guardado no peito.

-Claro... – Kyo ajudou á erguer a mesa da sala entre outras coisas enquanto Tohru passava uma vassoura e cantarolava uma música bem bobinha.

Num súbito movimento, Tohru batera seu rosto no peito de Kyo.
Ainda bem que não fora o corpo todo! – Pensara Kyo – Mas ainda assim, o descontentamento tomou seu corpo.
Ele queria sentir aquele corpo macio perto do seu, queria poder dizer: Feliz Dia dos Namorados para ela...
Então, decidira-se, seria ali e agora. Tinha que ser...

-Escuta... – Ele começou afastando um pouco a moça.

-Eh? O que aconteceu?

Kyo contraiu os punhos.

-Eu... Eu... Queria te dizer algo... – Ele fechou a cara e olhou fixamente para os olhos de Tohru.

-Fala! – Sorriu Tohru animada.

-Esse vai ser seu presente de dia dos namorados, então é melhor escutar bem porque não vou repetir!

Finalmente Tohru perdera o sorriso. O que seria de tão importante á ponto de Kyo falar aquilo?
Que presente seria aquele?

-Desde que... – Caramba! Como era difícil dizer o que ele sentia!

O gato coçou sua cabeça e decidiu terminar aquilo tudo num impulso.

-Eu te amo! Entendeu? Eu te amo mais do que tudo nesse mundo! E se você não entender isso, eu já não sei como explicar melhor!! PRONTO! FALEI!

Os olhos de Tohru se encheram de lágrimas. Ela iria chorar? Para piorar. Yuki entrara de novo na casa com a companhia de Shigure e seu irmão que estava pendurado em seu pescoço.

-Eh?  Tohru-kun? – Shigure olhou surpreso.

-Honda-san! O que esse gato idiota fez a você? – Indagou Yuki surpreso.

-Hum... Ele deve ter feito aquilo e mais aquilo, neh Gure-san? – Brincou Ayame.

O pobre nem pudera terminar de falar algo já que Yuki o socara para longe.
Os dois rapazes se aproximaram de Tohru e Kyo, sendo que a garota ainda chorava muito.

-Eu também... – Ela respondeu de forma doce, em meio ás lágrimas – Eu também, Kyo-kun!

Kyo arregalou os olhos. Seria verdade mesmo?
Tohru abraçara o três de uma vez só, fazendo-os se transformar em animais.

-Eu também amo todos vocês! E ter vocês como família é o meu presente de Dia dos Namorados! Sim!

Ayame aparecera por detrás de Kagura que observava tudo em silêncio.

-E o seu presente? – perguntou ele á moça.

-É deixar o Kyo-kun dizer o que sente á Tohru-chan... – Sorriu Kagura deixando uma lágrima cair – Afinal... Hoje é o dia dele, neh? Dia dos apaixonados... Dia dos namorados!

Sim... Tohru havia recebido seu presente, então Kyo já não tinha com o que se preocupar. Afinal, ainda haveria tempo de esse amor se tornar outra coisa...
Um outro dia quem sabe, uma outra época talvez... Ano que vem, quem sabe?

FIM