Galena, A Protegida de Valfenda escrita por Regina Ciccone


Capítulo 4
Três.




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O jovem Thorin não conseguiu dormir nem um minuto sequer naquela noite. O plano de chegar na montanha, agora dominada por Smaug, até o último dia do solstício de verão martelava em sua mente. E seu coração ardia com a vontade de recuperar a Pedra Arken.
 Seus pensamentos foram dissipados quando um jovem elfo de cabelo castanho entrou no aposento onde o príncipe anão descansava com seus companheiros para acorda-los para o café da manhã.
 Os anões rumaram sonolentos para a sala de refeições e acomodaram-se numa enorme mesa de nogueira talhada com o mais caprichoso trabalho dos homens carpinteiros que viviam próximos a Valfenda enquanto Bombur reclamava da comida vegetariana "sem graça" dos elfos e Kili e Fili elegiam qual era a donzela élfica mais graciosa de Valfenda.
 Após o café da manhã, Elrond sentiu que era a hora de conversar com Thorin:
 -Thorin, eu não concordo com o que você quer fazer. E sei que você já entendeu isso. Despertar esse dragão pode trazer grandes consequências para toda a Terra-Média. E sei que você também sabe disso. Mas...
 -Mas... O que? Perguntou Thorin de cabeça baixa e olhar erguido, desconfiado.
 -Não sei porque estou fazendo isso... Mas vamos lá! Alguns anos atrás Valfenda ficou extremamente carecida de um tipo específico de flor. Essa flor é o ingrediente principal de um dos nossos elixires. Tentamos procurar ao redor de Valfenda mas não obtivemos êxito. Até que um grupo de camponeses que moravam mais ao norte nos ofereceu ajuda. Eles tinham essa flor em muita abundância, mas você sabe que dificilmente os humanos tem um conhecimento amplo sobre a medicina da natureza. Tal ignorância fazia com que eles usassem essa flor rara apenas como ornamento, disperdiçando assim toda o potencial de cura dela.
 -Que flor é essa?
 -A flor se chama Jade Vine e bem manuseada ela tem o poder de recuperar graves feridas externas e internas, podendo salvas qualquer ser vivo.
 -Os camponeses ofereceram um pouco das flores que tinham?
 -Um pouco não, todas. Como gratidão ofereci abrigo a eles em Valfenda, por isso não é raro você ver alguns humanos interagindo entre nós elfos.
 -Então é isso o que tinha a me dizer? A história de uma flor? Obrigado pelo acolhimento da noite passada e pela comida, eu e os outros temos que chegar em Erebor antes da última luz...
 -Uma guerreira!
 -Uma o quê? Guerreira? Elfos são confusos.
 Gandalf se reuniu animado entre Elrond e Thorin, e disse pousando seu cajado no chão:
 -De que guerreira estão falando?
 -Um desses humanos que acolhi, o nosso cozinheiro, tem uma filha. O nome dela é Galena. Uma excelente guerreira. Proponho que você conheça ela.
 -Ah sim! Galena! Uma menina incrível! Já estava pensando em ir vê-la antes que fossemos embora. Já faz algum tempo que não vejo Galena e seu pai Ghromir. Onde eles estão Elrond?
 -Ghromir está descansando ultimamente e Galena está treinando, provavelmente.
 -Desculpe-me Gandalf, mas eu não cheguei até aqui para conhecer a filha de um... cozinheiro? Eu só concordei em entrar em Valfenda para descobrir as mensagens ocultas do mapa.
 -Meu caro amigo Thorin, Escudo de Carvalho você só está dizendo isso porque ainda não viu a "filha de um cozinheiro" manejar uma espada em cada mão. Sorrindo com os olhos Gandalf pediu para que Elrond os levasse até onde a jovem treinava.


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