A Jornada da Fênix: O Ressurgir das Cinzas escrita por FoxFlameWarrior


Capítulo 17
Star'Clan


Notas iniciais do capítulo

Gente, consegui tempo pra postar hoje, felizmente. Preciso confessar que estou de luto pela morte de Céu da Noite. ;( Nesse cap. teremos uma revelação importante, por tanto, leiam com atenção.
Agora, eu tenho uma pergunta importante: Como coloca gif no capítulo? Tentei algumas vezes, mas ele ficava travado. Me ajudem, pfvr.
Podem ir para o capítulo, boa leitura.



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       Quando acordou, notou que não estava mais ao lado do corpo de Céu da Noite, a grama sob seus pés era clara e um tanto cintilante, seus ferimentos não doíam mais, parecia que nem existiam, seu corpo estava com energia total, se sentia disposta para correr mais duas maratonas sem parar, olhou ao redor e só o que via eram árvores da estação do renovo, a clareira na qual se encontrava parecia estar cheia de vida mesmo que estivesse vazia.

         Suas orelhas estremeceram ao ouvir uma voz familiar a chamando, olhou para trás e reconheceu Céu da Noite e Poça de Folhas caminhando em sua direção.

—Poça de Folhas: Está tudo bem, você não precisa ter medo.

—Pelagem de Carvão: Onde estamos?

—Poça de Folhas: Aqui é o que chamamos de Clã das Estrelas.

—Pelagem de Carvão: Então, Céu da Noite e eu morremos?

—Céu da Noite: Sim, mas o Clã das Estrelas decidiu que ainda não chegou a sua vez de se juntar aos ancestrais. Então, apenas eu terei que ficar.

—Pelagem de Carvão: Como você está aqui, Poça de Folhas?

—Poça de Folhas: Como curandeira, posso me encontrar com gatos do Clã das Estrelas por sonhos.

—Pelagem de Carvão: Por que você teve que ir? (Falou para Céu da Noite).

—Céu da Noite: Poça de Folhas, posso conversar com ela sozinha?

—Poça de Folhas: Claro. Eu já vou indo. (Falou antes de desaparecer como poeira).

—Pelagem de Carvão: O que aconteceu com ela?

—Céu da Noite: Ela acordou. (Falou se virando). Me acompanhe.

        Ambas caminhavam lado a lado até onde Céu da Noite queria ir, então elas chegaram a um lago cintilante e se sentaram na beira dele.

—Céu da Noite: Veja, Pelagem de Carvão. (Falou apontando para o lago com a cauda). Sempre que quiser me sentir perto, olhe seu reflexo na água e lembre-se desse momento, eu posso estar do outro lado olhando pra você. (Se vira para a amiga). Eu vou sentir sua falta todos os dias.

—Pelagem de Carvão: Desculpe, eu não consegui te proteger. (Falou encostando a cabeça no ombro da amiga).

—Céu da Noite: Tudo bem, talvez tenha sido melhor assim, eu cumpri meu papel no Clã do Rio, estou feliz por ter vivido o bastante para te conhecer.  

—Pelagem de Carvão: Um dia poderemos ficar juntas de novo, um dia... (Falou fechando os olhos, quando os abriu viu que tinha voltado para o lado do corpo de Céu da Noite).

        Pelagem de Carvão se levantou, agarrou o cangote do corpo de Céu da Noite com a boca e o arrastou de volta ao acampamento. Ao chegar, Pele Cintilante e Estrela de Leopardo foram as primeiras a correrem para encontrá-la.

—Pele Cintilante: Céu da Noite! O que aconteceu com ela? (Falou preocupada).

—Pelagem de Carvão: Nós duas tivemos uma briga com um gato do Clã do Trovão, e ela não resistiu. (Falou segurando os soluços do seu pranto).

—Estrela de Leopardo: Vá para a toca de Asa de Mariposa, Pelagem de Carvão, ela vai cuidar dos seus ferimentos. (Se volta a Pele Cintilante). Sei que o Clã das Estrelas a aceitou. (Falou colocando a cauda sobre as costas da guerreira cinza prateada).

       Pelagem de Carvão foi até a toca da curandeira, sentou-se perto da boca da toca e permaneceu fitando o chão, enquanto a gata dourada tratava de seus ferimentos.

       Asa de Mariposa a convidou a deitar-se em seu ninho com um aceno de cauda, a gata negra assim fez, ao se aconchegar no ninho, voltou seu olhar para a entrada da toca e se lembrou de quando Céu da Noite a trouxe uma peça de um pássaro para alimentá-la, esse foi o dia que se conheceram.

—Asa de Mariposa: Eu sei que você e Céu da Noite eram próximas. (Falou se sentando ao lado da guerreira).

—Pelagem de Carvão: Nem posso acreditar que ela se foi. (Deixa escorrer algumas lágrimas).

—Asa de Mariposa: Sabe, como curandeira, eu não tenho o direito de me apaixonar ou ter filhotes, mesmo que adotivos, mas sei como é amar alguém mais do que como um amigo.

—Pelagem de Carvão: O que você quer dizer? (Falou a olhando com espanto).

—Asa de Mariposa: Só estou dizendo que entendo sua dor. (Coloca a cauda sobre as costas da guerreira). Quando Geada de Falcão morreu, eu sentia como se ninguém pudesse me consolar, parecia que o mundo estava acabando.

—Pelagem de Carvão: O que havia entre você e Geada de Falcão? (Perguntou curiosa).

—Asa de Mariposa: Somos nascidos da mesma mãe. (Suspira).

—Pelagem de Carvão: Oh, eu não sabia. (Se senta). Sinto muito.

—Asa de Mariposa: Sei que não é a mesma coisa, mas eu o amava muito, quase tanto quanto você e Céu da Noite se amavam. Eu pude ver na forma carinhosa como se tratavam.

—Pelagem de Carvão: Ela era como uma irmã pra mim. Mas, então, quer dizer que você sabia sobre... (Interrompida).

—Asa de Mariposa: Sim. (Suspira). Eu não vou te dedurar, mas acho melhor você deixar o Clã do Rio o quanto antes. Será mais fácil se você for durante o funeral de Céu da Noite.

—Pelagem de Carvão: Mas por que eu tenho que ir embora? E como você descobriu o meu segredo?

—Asa de Mariposa: Eu nunca acreditei muito no Clã das Estrelas, mas acredito em Poça de Folhas. Ela me contou em uma assembleia que você está espionando o Clã do Rio, e me pediu pra te tirar daqui o mais rápido possível.

—Pelagem de Carvão: Por que Poça de Folhas faria isso? E por que você não me entregou a Estrela de Leopardo?

—Asa de Mariposa: Sei que meu trabalho é ser leal ao meu clã, mas Poça de Folhas me contou sobre algumas visões que teve com você, e se eu te entregasse, muitos problemas viriam pra floresta.

—Pelagem de Carvão: Que tipo de visões?

—Asa de Mariposa: Ela mesma pode te contar melhor. Agora vá.

        Pelagem de Carvão saiu da toca, suas feridas já não sangravam mais, então não teria problemas em esconder seu cheiro caso uma patrulha fosse atrás dela. Olhou em volta para garantir que ninguém a estava vendo, todos estavam sentados em volta do corpo de Céu da Noite, sentiu como se a estivesse traindo, porque só o que queria era lamentar sua morte com os demais gatos do Clã do Rio, no entanto, deveria sair dali o mais rápido possível.

         Saiu do acampamento e se dispôs a correr, seus cortes ainda doíam, mas não a impediriam de seguir em frente. Passava a toda velocidade pela mata, abrindo caminho pelas moitas na sua frente. Chegou ao rio, saltou na água e começou a nadar.

        Tentava ao máximo manter sua cabeça pra cima d’água, porém a correnteza a empurrava para baixo, suas forças estavam quase esgotadas, não havia comido nada nos últimos dois dias, seu estômago doía de fome e sua cabeça não conseguia mais processar direito por causa da água que começara a sufocá-la.

       Só ouvia as batidas do seu coração, suas orelhas já estavam pra baixo d’água, apenas seu focinho continuava sob a superfície, em breve Pelagem de Carvão seria engolida completamente pela correnteza, suas pernas estavam doloridas, mal podia senti-las, felizmente conseguiu ter forças para alcançar uma parte mais rasa do rio, onde já podia alcançar o fundo e caminhar para terra firme.

        Já fora do rio, a guerreira negra jogou-se na grama seca de tanto cansaço, respirava pesadamente, seu pelo estava pesado e grudado em seu corpo, a fazendo parecer menor do que o normal.

        Depois de alguns minutos recuperando o fôlego, a gata tentou se levantar, ainda estava meio tonta, mas conseguiu se colocar sob as quatro pernas de novo e continuou seu caminho, cambaleado e tropeçando sob as próprias patas, seguia fitando o chão, pensando.

        Tantas coisas aconteceram em pouquíssimos dias, os trigêmeos descobriram sobre seus verdadeiros pais, Céu da Noite e Pelo Gris estavam mortos, fora ao Clã das Estrelas, Asa de Mariposa a “expulsou” do Clã do Rio e agora descobrira que Poça de Folhas estava tendo visões estranhas. Era muita coisa para processar, e nem sabia se Estrela de Fogo a deixaria ficar em seu território depois de tudo.

        Estava perto do acampamento do Clã do Trovão, mal havia se aproximado da entrada e já pôde sentir o cheiro de presa fresca, lembrou-se do quão faminta estava, seu estomago ainda roncava e doía, isso fez suas pernas cambalearem mais um pouco, precisava de pelo menos um coelho para forrar a barriga ou iria desmaiar de fraqueza.


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Notas finais do capítulo

Eita, quais visões será que Poça de Folhas está tendo? Apenas veremos no próximo ep.
Uma coisa importante que eu preciso revelar: Céu da Noite e Pelagem de Carvão estavam apaixonadas. AAAHHHH!! :D
Desculpem por não ter explicito isso nos capítulos e nem ter feito momentos entre elas, mas eu decidi que elas se amavam ONTEM! Ou seja, não deu tempo de fazer algo fofo entre elas, mas vocês podem imaginar elas compartilhando uma presa, tendo conversas fofas ou algo assim.
Enfim, apenas tenham essa informação em mente porque explica a relação entre as duas e essa conversa que Asa de Mariposa teve com Pelagem de Carvão, e também pra vocês entenderem alguns diálogos delas.
Obrigada por terem lido. Bjs. ;D



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