Just My Luck escrita por nic


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

N/A: Crepúsculo não me pertence.

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Edward

É estranho morar em Forks, uma cidade relativamente pequena entre o mar e as montanhas. Todos juram saber da vida de cada um, mas a verdade é que ninguém verdadeiramente se conhece. Por exemplo, todos os dias, eu, Jasper e Emmett dedicamos horas e horas em uma espécie de “garagem” que usamos como laboratório. Certa vez, uma criança nos parou na rua suplicando por um autógrafo, ficamos sem entender, mas Emmett entrou na onda e fingiu ser uma celebridade. Meses depois, descobrimos que as pessoas achavam que éramos uma banda de garagem, e outras, os maiores traficantes de Forks.

 

Na verdade, somos os Red Canids nome brega eu sei, culpe o Jasper. Costumávamos competir nacionalmente em torneios de robótica, colecionamos diversos troféus e algumas medalhas, mas a verdade é que estávamos cansados da atmosfera caótica que exalava cada competição, com suas milhares de equipes sujas e trapaceadoras. O último prêmio que ganhamos foi uma boa quantia em dinheiro, e foi assim que decidimos parar com os torneios e investir a grana em novos equipamentos, em especial no nosso protótipo de robô humanóide. 

 

— Jasper — Chamou Emmett. — JASPER! — Gritou dessa vez.

 

— Você sabia que eu não sou surdo? — Respondeu Jasper distraído em seu notebook. — Fala logo!

 

— Olha isso! — Emmett virou a tela de seu celular e Jasper parou o que estava fazendo,  aparentando estar interessado.

 

— O que vocês tão vendo? — Perguntei curioso, indo em direção ao celular. 

 

— Pode não ter um surdo aqui, mas um cego? Temos. — Emmett provocou ao me ver colocando o óculos na cabeça e franzindo os olhos para o celular. — Qual sentido de tirar os óculos pra enxergar?

 

— Cala boca, otário. — Sorri, puxando o aparelho de sua mão. — O quê? — Franzi novamente os olhos sem acreditar no que estava vendo. Era um banner anunciando uma espécie de evento corporativo responsável por ninguém mais e ninguém menos que: Carlisle, o maior e mais rico empresário de Forks e toda região. 

 

— Vocês já sabem no que eu estou pensando, né? – Emmett abriu um sorriso de canto, ele estava fazendo aquilo, aquele maldito sorrisinho perverso, aquela mesma cara que ele faz sempre que pensa em alguma coisa muito mirabolante. 

 

— Não, Emm... — Jasper sorriu, balançando a cabeça em negação. — Você sabe muito bem que isso seria impossível, nenhum de nós conseguiria entrar.

 

— Ah, qual é! Não custa tentar, custa? — Dessa vez ele empurrou meu ombro, como se esperasse que eu fosse incentivá-lo. 

 

— Não, caralho. Ficou louco? — Fiquei nervoso só de pensar na hipótese, e assim acabei derramando água no chão enquanto colocava no copo. — Olha o local, vai ser naquela mansão dele, que mais pra um castelo de tão grande. Toda cidade vai tentar entrar naquilo, você acha mesmo que não pensaram nisso?

 

Edward tem razão, Emm. — Jasper concordou, voltando ao que estava fazendo. — Não tente inventar nada, não vai dar certo.

 

Porra, vocês são muito chatos! — Emmett levantou. — Esse evento seria perfeito, imagina conseguir alguma parceria? Quem sabe selar um contrato? — Disse dedilhando nosso robô que estava em cima da mesa. — Pensem nisso, vamos só tentar! — Jasper olhou pra mim e eu logo desviei o rosto. 

 

Não, nem pensar! — Comecei a rir de nervoso, enquanto andava para lá e para cá com uma mão na cintura e outra no cabelo. — Jasper, você ainda bola pra o que ele fala? É sério?

 

Pensando bem, talvez ele tenha um pouco de razão, Ed. — Quando Jasper falou isso, Emmett comemorou com os braços. — Nós podemos tentar entrar, mas se não der, não insiste, Emmett! Não quero ter que dividir uma cela contigo.

 

Relaxa, nós somos formados, temos direito a uma cela individual. — Ele gargalhou, mas parou ao ver que ninguém riu. 

 

Vocês sabem que eu não posso deixar minha irmã sozinha em casa. — Bree estava passando o final de semana comigo, ela é extremamente apegada e ainda não se acostumou com o fato de eu ter saído da casa dos nossos pais.

 

Edward, convenhamos que sua irmã já bem grandinha, né? — Emmett disse cruzando os braços. — Não vai ter problema se ela passar algumas horinhas sozinha em casa, ela já é uma pré adolescente! — Enquanto Emmett falava, fiquei massageando minhas têmporas, tentando pensar em uma solução. 

 

Tá bom, você me convenceu… chato! — Ao falar isso, Emmett despejou sua mão com muita força em minhas costas, enquanto esboçava um sorriso de orelha a orelha. — Mas... tem um porém. — Emmett murchou. — Eu preciso voltar muito antes de completar meia noite, entenderam? Prometi assistir um filme com ela. — eles assentiram com a cabeça. 

 

Bella

 

Bella! – Disse Victoria enrolada em uma toalha. — Não acredito que você chorando com um filme da Lindsay Lohan. — Ela fez uma pausa dramática. — Pela milésima vez. 

 

Você quer mesmo aparecer com a cara toda inchada hoje? — Alice perguntou, enquanto passava chapinha em seu cabelo. — Anda, desliga esse filme! — Disse tomando o controle remoto da minha mão e desligando a televisão.

 

Vocês são muito chatas, meu Deus! — Revirei os olhos, enquanto andava em direção ao meu closet. — Nada muito simples, pra não parecer uma estagiária… mas também nada muito chique, pra não ser roubada. — Brinquei.

 

Confesso que daria tudo pra ver você sendo roubada. — Victoria empurrou meu ombro, enquanto ria. — Eu tenho um ódio enorme da sorte que você tem, como é possível uma coisa dessas? Quantos sorteios de instagram você já ganhou, Bella? 

 

Três. — Contei nos dedos e Victoria jogou uma almofada na minha cara. — Mas é normal! Olha o tamanho de Forks, certeza que foram quatro participantes, contando comigo!

 

Tá bom, agora explica sobre semana passada, você encontrou dinheiro no chão! Eu te odeio! — Disse Alice, aproveitando pra jogar outra almofada em mim.

 

Talve… — Fui interrompida por uma chamada de vídeo. — Oi, Rose! — Falamos em uníssono sorrindo, enquanto eu colocava o celular na horizontal. 

 

Meu Deus, nunca vi tanta mulher pelada em um quarto só. — Ela fingiu tapar os olhos ao notar que estávamos todas de sutiã. — Já decidiram suas roupas? Eu estou nervosa, vários departamentos da 4intelligence estarão lá! Imagina quanta gente de cidades diferentes?! — Ela disse empolgada.

 

Fala a verdade, Rosalie! Eu sei que você doida pra encontrar algum velho rico hoje. — Victoria deu uma piscadela com os olhos. — Imagina quanto homem bonito vai vir de Seattle? A sede da empresa fica lá.

 

Eu estou pensando em ir com esse vestido aqui. — Parei em frente à câmera, encostando um vestido branco sob meu corpo.

 

Meu Deus, Bella! Ele é perfeito, que chique! — Rose disse de boca aberta.

 

Lógico, é um vestido da Chanel! — Disse Alice, jogando outra almofada em mim, dessa vez com mais força. — Metida! 

 

Eu não sou doida de chegar lá feia, preciso estar impecável. Carlisle me deixou sonhar dizendo que provavelmente eu seria promovida ainda esse ano! — Falei, enquanto começava a me maquiar. 

 

Eu também realmente preciso passar uma boa impressão hoje, não vejo a hora de ser transferida pra Portland, soube que os melhores sugar daddys da empresa ficam lá! — Victoria suspirou, apalpando seus seios.

 

Tarada! — Retribui o travesseiro que tinha jogado a poucos minutos atrás. 

 

Edward

 

Ainda dá tempo de desistir? — Falei enquanto entrava no carro.

 

Só se você pular da janela. — Emmett riu enquanto colocava o cinto de segurança. 

 

Edward, não precisa ficar preocupado assim! O que pode dar errad… — Jasper parou de falar ao ver que eu tinha acabado de quebrar a trava do cinto do carro. — Edward! Como você conseguiu fazer isso? 

 

O que foi? — Emmett virou para trás. — Não! Por favor, Sr. Destruição, meu carro não! Eu te imploro! 

 

O que? Eu não tenho culpa se o seu carro é uma lata velha! — Tentei aliviar minha barra e só piorei. Um silêncio ensurdecedor surgiu. O carro do Emmett era um Mercedes. 

 

Sim, a culpa é do carro. — Emmett e Jasper se debruçaram de rir. — Seguinte, peguem isso aqui. — ainda rindo, Emmett nos entregou pequenos cartões de contato, onde falavam um pouco sobre nosso projeto. — Foquem nas pessoas mais importantes dali, principalmente no Carlisle, óbvio. 

 

Ed, me promete que não vai fazer nada de errado perto dele! — Jasper fez um sinal de clamor, se referindo ao Carlisle. — Me promete também que não vai tocar fogo naquele lugar. — Jasper dizia sorrindo mas com certa preocupação. 

 

Vocês falam isso como se eu fosse um ímã do caos, o homem mais azarado do universo! — Sorri revirando os olhos, enquanto limpava as lentes dos meus óculos.

 

Agora você cita alguma coisa que me prove o contrário disso. — Emmett provocou, dando partida no carro. — Ed, só fica bem quietinho! De preferência, não toca em nada, pode ser?

 

Não acredito que o Emmett tá me dizendo como devo agir! — Gargalhei alto, já que ele não é lá um bom exemplo.

 

Cala boca, tenho mais moral que você! — Emmett revirou os olhos em uma tentativa falha de ficar sério, mas acabou gargalhando comigo, provavelmente por causa da minha risada, que segundo ele, é contagiante por ser escandalosa. — Vamos conseguir essa porra! Hoje nós vamos sair patrocinados. — Completou, enquanto buzinava exageradamente em uma estrada deserta e escura. — NÓS SOMOS OS RED CANI...

 

Tá bom, Emm! — Interrompeu Jasper, enquanto cobria o rosto para ter a certeza que ninguém o reconheceria, apesar de estarmos em um carro andando no meio do nada.

 

(...)

 

Tudo bem, eu consigo. É simples! É só chegar, procurar os empresários mais importantes e entregar um cartão. Não é tão difícil!— passei o caminho inteiro pensando inquietamente comigo mesmo. Tentando me convencer de que não tinha como dar algo errado. – Será que eu desliguei o fogão? Será que eu esqueci a porta aberta? 

 

Edward… Edward! — Jasper estalou um dedo na minha frente. — Acorda, nós chegamos! — Ao escutar isso, bati a cabeça na janela do carro. 

 

Ai, porra! — Grunhi de dor. — Já? 

 

Vamos! — Disse Emmett rindo, enquanto descia do carro arrumando seu terno. 

 

Gente… — Jasper engoliu a seco quando viu a quantidade de seguranças na entrada. 

 

Eu sabia, eu sabia. — Comecei a andar em círculos. — Eu avisei, vamos embora. — Tentei  ir em direção ao carro, mas Emmett puxou meu braço.

 

Cala boca, tonto! — Disse ele em um sorriso forçado, tentando não chamar atenção dos guardas. 

 

Tudo bem, não é pra tanto né? — Respirei o mais fundo que consegui. 

 

Calma, Ed. — Disse Jasper, com o sorriso mais quadrado e forçado possível. 

 

Então vamos nessa porra. — Enchi o peito de ar e fui com toda minha confiança em direção ao segurança. 

 

Edward, eu vou te matar seu desgraçado. — Emmett estendeu o braço com toda força na minha frente, me impedindo de ir. — É pra agir naturalmente. 

 

Ah, por favor! — Gargalhei alto. — Certeza que o maxilar dos dois quase quebrando de tanto forçar. — Dei uma cotovelada no abdômen de Jasper. 

 

Edward, para de graça! — Disse Jasper, dessa vez segurando uma risada. — Parem de chamar atenção. Escuta, estão vendo aqueles tablets na mão deles, certo? 

 

Puta que pariu, acabou. — Eu estava a alguns passos de cair duro no chão, de tanto nervoso. — Agora é a parte que finalmente vamos embora, certo? 

 

Relaxa, vem comigo, já sei o que fazer. — Disse Emmett com uma confiança duvidosa. — Me sigam.

 

Emm, por favor… — Balbuciou Jasper preocupado, seguindo os passos de Emmett.

 

Boa noite, nome por favor. — Exigiu o segurança.

 

Boa noite! — Emmett falou amigavelmente. — Eu sou o… Eric. — Mostrou os dentes. 

 

Certinho. — Disse o segurança, riscando o nome da lista. — Aproveite a noite, Eric. — Sorriu, cedendo a entrada. — Boa noite. Nome? — Perguntou ao Jasper. 

 

Boa noite… — Jasper hesitou, olhando para Emmett. 

 

James. — Sussurrou Emmett do outro lado, virando a cabeça em direção ao tablet que o homem tinha em mãos. 

 

James, eu sou o James. — Disse Jasper, seguro de si. 

 

Tenha uma ótima noite, James. — Sorriu o segurança. — Boa noite, qual seu nome? — Dessa vez, para mim.

 

O quê? — Sorri de nervoso, tentando ganhar tempo. 

 

Seu nome, por favor. — Disse um pouco impaciente. 

 

James. — Emmett apenas mexeu a boca, enquanto eu tentava ler seus lábios. 

 

James, de novo? — Pensei comigo mesmo.

 

JADEN. — Jasper mexeu a boca exageradamente, mas dessa vez eu entendi Jaden. 

 

Jad… — Antes que eu pudesse terminar de falar o nome, escutei Emmett gritando.

 

JACOB! — Gritou de um jeito suspeito, atraindo a atenção dos seguranças. — Vem logo, você vai perder a festa! — Disse sorrindo de orelha a orelha, tentando soar de um jeito natural. 

 

Jacob, senhor. Meu nome é Jacob! — Sorri com os lábios semicerrados. 

 

Passa. — Disse franzindo a sobrancelha, desconfiado.

 

Puta que pariu… — Jasper sussurrou. — Você não sabe fazer leitura labial? — Disse baixinho, após eu entrar. 

 

VENHAM! — Gritou Emmett, que já  estava muito à frente. — Olha isso! — Sorriu com uma taça de vinho pro alto.

 

Caralho… — Falei com admiração. — Esse lugar é… gigante. 

 

É incrível… — Jasper completou, de boca aberta. 

 

É, meus camaradas. Eu avisei… — Emmett começou a balançar a cabeça no ritmo de uma música agitada que havia começado. Agora, circulando! 

 

(...)

 

Àquela altura, eu já estava prestes a ter uma síncope de nervoso. De longe, conseguia ver Jasper conversando com um homem muito bem trajado, enquanto mostrava nosso cartão. Por outro lado, via Emmett com uma mulher loira, eles estavam dançando loucamente enquanto uma música calma tocava ao fundo. – Sorri com um arzinho do nariz. – Eu precisava fazer alguma coisa, então comecei a minha busca incansável por Carlisle. – Pensa, Edward, pensa… — se eu fosse o Carlisle, onde eu estaria?

 

Precisando de algo, rapaz? — Perguntou um garçom, enquanto segurava uma bandeja com champanhes.

 

Oh! — Acordei dos meus pensamentos, pegando um champanhe da bandeja. — Você sabe me dizer onde o senhor Carlisle está? – Ao perguntar isso, ele assentiu com a cabeça, apontando na direção que ele se encontrava. — Muito obrigado! 

 

Edward… — Escutei Emmett me chamar distante, provavelmente preocupado quando viu pra qual direção eu estava andando. 

 

E ali está ele… — Sussurrei sozinho, tomando um grande gole do meu champanhe, como se isso me preenchesse de coragem. — Senhor Carlisle! — Quando falei isso, pude sentir os olhares de Jasper e Emmett queimando sobre mim. 

 

Perdão. — Disse ele para uma mulher que estava conversando, antes de eu interrompê-lo. — Olá. — sorriu confuso e nessa hora pude sentir ele me chamando de inconveniente, mal educado, pobre, anêmico, frágil, inconsistente… — Olá? — Ele disse novamente, já que eu estava parado em sua frente igual um maníaco sem expressar uma palavra. 

 

Eu… — Balbuciei. — Nada! Aproveita sua noite, viu? Parabéns… pela… festa! – Após isso, comecei a andar em passos rápidos, de forma totalmente desnorteada sem rumo algum. Estava sentindo Jasper me seguindo com toda sua fúria, então tentei despistá-lo. 

 

Bella

 

Eu estava tão hipnotizada em como tudo estava tão deslumbrante e impecável. Havia rosas brancas e muito champanhe em cada milímetro daquela mansão.

 

Sinceramente? — Disse Victoria levemente alterada. — Eu achava que esse evento ia ser um enterro, mas olha a música que tocando agora! – Riu, batendo seu quadril no meu. 

 

Então?! — Alice concordou. — Eu achei que todos os convidados iriam ficar babando ovo do Carlisle, mas por enquanto só tem aquele cara ali. – Ela sorriu, apontando o dedo para um rapaz totalmente confuso que aparentemente estava em uma perseguição incessante por Carl.

 

Mas sabe quem aproveitando essa festa mesmo? — Victoria abriu um sorriso malicioso, apontando para Rosalie. — Desde o início disso aqui, ela não desgrudou daquele gatinho bodybuilder ali. 

 

Meu Deus, eu ia falar isso! — Alice gargalhou. — Alguém sabe quem é aquele cara? — Perguntou e Victoria negou com a cabeça. — E você, Bella? Você conhece ele? – Alice indagou, mas eu estava totalmente inerte e entretida com o quão o rapaz que estava atrás do Carlisle falhava miseravelmente a cada segundo. 

 

Ele é engraçado, né? — Falei sorrindo e Alice assentiu, provavelmente achando que eu estava falando do cara que dançava sem parar com a Rose. — Não Alice, o outro! 

 

Ai, meu Deus… — Vic revirou os olhos sorrindo. — Alice, perdemos mais uma soldada. 

 

Para de ser burra! — Gargalhei, enquanto corria os olhos pelo local, tentando encontrar novamente aquele nerd, que nessa altura já tinha sumido. — Eu só estou falando que… – Antes que eu pudesse completar a frase, senti algo se chocando com muita força em minhas costas. 

 

Ai meu Deus, me descul…pa  — Disse o rapaz balbuciando.

 

Você… — Logo o reconheci, era o mesmo cara bobo que estava igual uma barata tonta há segundos atrás.

 

Desculpa, nós nos conhecemos? — Disse arrumando o óculos no rosto. 

 

Não! — Falei quase em desespero, tentando não soar estranho o fato de eu ter o reconhecido. — É que… – E novamente fui interrompida por algo. 

 

Edward! — Disse um rapaz loiro. — Eu já te disse pra não sumir assim. Vem logo, precisamos achar mais pessoas… – Então seu nome era Edward… 

 

Alice? — Chamou Victoria.

 

Eu? — Perguntou Alice desnorteada, observando o rapaz loiro puxar o Edward para outro lugar. 

 

Bella? — Chamou Victoria, me olhando com uma cara maliciosa. — Eu já entendi tudo! Vocês duas… ambas estão perdidamente apaixonadas por dois bobões atrapalhados. Sem contar na Rosalie, que já casada com o bombadão ali. 

 

O quê?! — Falamos em uníssono. — Para de bobeira, Victoria. — Completei. 

 

Edward

 

Jasper… — Falei inseguro. — Meu cabelo bagunçado? Eu fico melhor sem óculos ou com óculos? 

 

Cala boca, Edward! — Ele me empurrou sorrindo. — Agora não é hora de flertar, ainda mais desse seu jeito… — Se referiu ao provável pisão que eu devo ter dado no pé daquela moça. 

 

Então eu vou fingir que não vi o jeito que você olhou pra aquela do cabelo curto, tá bom? — Ri alto. 

 

Para de ser gado e vamos voltar a tentar encontrar algum patrocinador. — Disse Jasper virando as costas.

 

(...)

 

Deus… me ajuda.— Eu estava mentalmente suplicando para que alguma divindade deixasse cair uma oportunidade em meu colo, pois tudo o que eu havia feito nessa noite, poderia ser resumido em atrapalhar e atrapalhar. E exatamente por esse motivo, eu estava apenas sentado imóvel no quiosque da festa, enquanto esperava por mais um champanhe.  — Quanto será que custa uma trava de cinto de segurança, especificamente de um Mercedes? Por falar nisso, será que o Carlisle acionou os seguranças pra me tirarem daqui e eles ainda não me encontraram? Será que a Bree já jantou? 

 

Um vinho branco, por favor. — Escutei uma voz feminina familiar, se sentando ao meu lado. 

 

Meus parabéns! — Disse o barman. — Seu vinho branco foi premiado e você acaba de ganhar um voucher para usufruir de um jantar à luz de velas no restaurante Boutary, o melhor de Forks! 

 

Meu Deus! — Ela sorriu. — O Carlisle pensou em tudo mesmo… que festa incrível! 

 

Quanta sorte... — Sorri olhando para parede, achando que eu ainda estava falando mentalmente. 

 

Obrigada! — Fui surpreendido quando escutei uma resposta, especialmente quando olhei para o rosto da tal moça sortuda. 

 

Você… — Eu estava envergonhado e provavelmente estava prestes a iniciar um dos meus tiques nervosos de passar a mão no cabelo sem parar. 

 

Eu… — Ela sorriu, bebendo um pouco do vinho. — Olha… você sabia que eu não mordo? – droga, ela percebeu que eu estava nervoso? 

 

Levando em consideração que eu esbarrei em você há alguns minutos atrás, talvez eu precise ficar com um pouco de medo, vai que você é rancorosa. — sorri. — Aliás, eu pisei no seu pé? — perguntei preocupado. 

 

Não se preocupe com isso! — Ela sorriu de um jeito extremamente amável. — Você não pisou no meu pé.

 

Ufa! — Suspirei aliviado, sorrindo. — Então vamos recome… — Arregalei os olhos de repente, preocupado.

 

O que foi?! — Ela perguntou assustada. 

 

Bree… — Sussurrei. — Você pode me falar que horas são? Por favor, me diga que não passou da meia noite ainda! 

 

Calma, Cinderela! — Ela riu, ligando a tela do celular. — Ainda são 22:46. 

 

“Cinderela”? — Gargalhei alto, tapando a boca logo em seguida. Pude sentir ela rindo da minha risada. — E esse seu papel de parede aí? Por acaso é alguma sériezinha de sereia? 

 

Espera!  — Ela parou de rir, semicerrando os olhos. — Isso foi extremamente específico. Você por acaso assiste H2o Meninas Sereias?! 

 

Shhh! — Olhei para todos os lados, fingindo que ninguém poderia escutar aquela conversa. 

 

MENTIRA! — Ela gargalhou. 

 

brincando! — Levantei as mãos em rendição. — Eu não assisto, mas minha irmã ama muito e é por isso que eu conheço. 

 

Que fofura! — Sorriu, apoiando seu queixo com a mão. 

 

Mas sabe… — Tomei um gole do meu champanhe.  — Segundos atrás, você parecia ser uma mulher tão séria e de negócios… nunca imaginei que seria fã de uma série infantil. — Provoquei, umedecendo os lábios.

 

Você é bem idiotinha né? — Ela sorriu dando um leve empurrão no meu ombro. 

 

Eu te perdoo! — Brinquei. — Inclusive, se você quiser me chamar pra uma maratona de H2o, eu aceito… – um silêncio um pouco ensurdecedor surgiu, talvez seja isso que chamam de tensão sexual. 

 

Eu não acharia nada mal. — Disse olhando em direção à minha boca.

 

É mesmo? — Me aproximei do seu corpo, agradecendo a Deus por ser uma festa e ela não conseguir escutar o quão minha respiração estava descompassada. — Eu estava pens… – Porra. E no melhor momento possível, eu decidi derramar um pouco de champanhe em meu colo. Definitivamente não era esse tipo de oportunidade que eu estava me referindo naquele momento. 

 

Você é muito azarado, meu Deus! — Ela gargalhou, enquanto me entregava algo para limpar minha roupa. 

 

Nunca! — Sorri, tentando me secar. — Eu só estava tentando te provar que eu não sou uma sereia! 

 

Oh, como não pensei nisso antes! — Ela se aproximou novamente. — E se você fosse uma sereia, certeza que um tubarão teria te comido antes. 

 

E se você ficar com muitas piadas… — Sussurrei em seu ouvido. — Eu vou roubar toda a sua sorte! 

 

Impossível! Como você faria isso? — Disse umedecendo os lábios. 

 

Eu te mostro. — Sem pensar muito, enlacei meus dedos ao redor do seu pescoço, inclinando levemente a cabeça e roçando com delicadeza seus lábios. Quando passei minha língua em seu lábio inferior, pude sentir o gosto do seu gloss de morango, juntamente com um toque de vinho branco. Nossa sintonia era perfeita, não sabia que precisava tanto disso naquela noite. 

 

R-r-rammm, Rr-ram. — Escutei Emmett pigarrear exageradamente.

 

COFF!!! C-Cof Cof! — Dessa vez, era Jasper que estava fazendo um barulho horroroso. 

 

Tá bom. — Ela disse desvencilhando-se de mim, enquanto ria.  — O que aconteceu?

 

Desculpa, minha querida… — Disse Emmett acariciando o cabelo dela. — Mas nós precisamos do Edward agora.

 

Sim, Edward… — Jasper disse com o maxilar travado, sorrindo forçado. 

 

Isso é mesmo importan… — Antes que eu pudesse finalizar minha pergunta, Emmett já tinha me agarrado pelo braço e me tirado a força da cadeira.

 

Bella

 

Sem dúvidas uma das cenas mais aleatórias da minha noite, como pode o Carlisle ter convidado três esquisitos pra esse negócio? — Sorri sozinha, sem acreditar. 

 

Eu… já volto! — Disse Edward enquanto era puxado por seus dois amigos. — ALIÁS, qual seu NOME? — Perguntou quase gritando. 

 

Isabella… MAS PREFIRO BELLA! — Gritei de volta. 

 

O encontro já terminou? — Alice se aproximou, rindo muito. — Como foi, ele é legal? 

 

Ele é muito fofo! — Sorri, enquanto via Victoria se aproximando com a Rosalie. — Meu Deus, um trator passou por cima da Victoria? 

 

Ela bebeu champanhe demais… — Disse Rosalie, segurando a Vic pela cintura. 

 

E aí, Bella… — Victoria estava gargalhando sozinha. — Como foi o beljo… beijo. – Ela mal conseguia falar. 

 

Vic, senta aqui. — Guiei ela até a cadeira que Edward estava sentado antes. Alice estava boquiaberta me olhando com uma cara de pena, eu não estava entendendo nada, até sentir um líquido escorrendo no meu vestido. Victoria estava com sua taça virada, derrubando toda sua bebida em mim. — VICTORIA! EU NÃO ACREDITO NISSO! 

 

Me desculpa, Bella! — Ela levantou da cadeira de forma repentina, pisando no meu pé. 

 

MEU DEUS! — Quase urrei de dor, queria poder matar ela. — Senta! Só senta e fica quieta.

 

O que é isso? — Rosalie perguntou, apontando pro chão. 

 

Eu não sei, parece um cartão… — Alice pegou do chão. — Red... Canids. – leu com dificuldade. 

 

Olha! Tá escrito o nome do Emmett! — Disse Rose, pegando o cartão da mão da Alice. — Jasper… olha, Bella! Tem o Edward também. 

 

Deixa eu ver! — Quando fui pegar o cartão, Rose deixou cair, então abaixei para pegá-lo, mas novamente Alice estava me olhando com aquela cara. — Ah não, Alice. O que foi agora? – senti um vento gelado nas minhas costas. 

 

O seu vestido… ele… — Ela nem precisou terminar a frase para que eu pudesse entender o que tinha acontecido. A merda do meu vestido havia rasgado. 

 

Inferno! — Me joguei na cadeira. — Tá tudo dando errado hoje! E além do mais, quem ele pensa que é? A Cinderela? Primeiro me pergunta se não passou da meia noite e depois, deixa seu cartãozinho de cristal pra trás. — Revirei os olhos. 

 

Calma, Bella… — Disse Victoria gargalhando. — O que é isso aqui? — Ela apontou para o meu voucher premiado. 

 

Ah… — Suspirei irritada. — É um voucher daquele restaurante Boutary

 

Meu Deus, amiga! — Rosalie arregalou os olhos. — É um dos restaurantes mais caros daqui. 

 

Quanta sorte! — Alice sorriu. — Por que você não convida o Edw… – Alice foi interrompida. 

 

Com licença, me desculpa. — Disse o barman do quiosque, pegando o voucher de volta. — Foi um engano. 

 

Como assim um engano? — Soltei um arzinho irônico pelo nariz, não estava acreditando. 

 

Eu realmente sinto muito, o seu vinho não era o premiado. — Disse ele, me mostrando as provas na tela do seu tablet. — Mas… eu posso ver com o pessoal se eles te dão esse voucher assim mesmo, como um pedido de desculpas pela inconveniência.

 

Não quero! — Falei irritada. — Por mim, você pode pegar esse voucher e enfiar… — Alice e Rosalie começaram a fazer burburinho por cima, para que eu não finalizasse o que eu ia falar. — Enfim, não precisa!  

 

Edward

 

Por que estamos andando assim? — Perguntei, já que estávamos praticamente correndo. — Já pode me soltar, ouviram? 

 

Não. olha. para. trás. — Jasper falou pausadamente para que ficasse bem claro. — Só anda muito rápido, finge naturalidade. – Estávamos andando em direção à porta dos fundos. 

 

Eu vou te explicar. — Disse Emmett, mostrando os dentes em uma tentativa falha de parecer um sorriso espontâneo. — Os verdadeiros Eric, James e Jacob chegaram na festa.

 

E agora os seguranças estão caçando a gente. — Jasper sorriu falsamente. — Agora você entendeu? 

 

Puta que pariu, entendi. — Começamos a correr quando vimos que a porta de saída estava à nossa frente. 

 

Finalmente! — Emmett quase se ajoelhou de tanto alívio. — Agora entrem no carro, rápido. 

 

Espera! Olha quem ali. — Apontei para o Carlisle, que estava em uma ligação, enquanto fumava seu cigarro. 

 

Você não conseguiu falar com ele a festa inteira. — Jasper revirou os olhos, enquanto entrava no carro. — Acha mesmo que vai ser agora que vai conseguir? Anda, entra logo. 

 

Espera um pouco… — Franzi a testa desconfiado, ao ver que alguém estava se aproximando do Carlisle de uma forma muito suspeita. 

 

Edward! — Emmett buzinou. — Entra logo no carro.

 

Aquilo é uma… arma? — Perguntei baixinho, enquanto arrumava meu óculos e semicerrava os olhos para tentar focar minha visão. — Uma arma de brinquedo ainda? 

 

Mano, o que você vendo? Só entra aqui logo! — Jasper perguntou confuso, já que eles não estavam vendo nada de estranho. 

 

É o Riley! — Sussurrei para eles, que no momento estavam sem entender nada. Estava me segurando para não começar a gargalhar de nervoso. Inacreditável como em Forks nada passa batido, todos se conhecem. Riley era um amigo do ensino fundamental, não sabia que ele tinha virado… assaltante? 

 

Passa o celular! — Disse Riley para Carlisle, enquanto pressionava a tal “arma” em suas costas. — Passa tudo! 

 

Fodeu! EDWARD, ENTRA! — Gritou Emmett, quando finalmente entendeu o que estava acontecendo. Mas já era tarde demais, lá estava eu indo em direção ao Carlisle e o “bandidão” do Riley. 

 

EDWARD, CARALHO! — Jasper gritou impaciente ao ver que eu estava me aproximando. 

 

Riley! — Chamei, quase sorrindo de orelha a orelha. Toda a situação era muito cômica, eu não sabia se eu estava indo para “salvar” o Carlisle, ou para dar um abraço apertado no Riley, que até então eu não via há muito tempo. 

 

Hã? — Riley se assustou ao escutar seu nome e começou a correr na direção contrária. 

 

ISSO! Pode correr mesmo! — Falei segurando a risada. — Antes que eu te alcance e te arrebente hein! 

 

Meu Deus… — Carlisle estava em choque, seu celular e cigarro já se encontravam no chão. 

 

Calma, está tudo bem! — Tentei apoiar seu corpo, com medo do velho ter um piripaque do nada. 

 

SOLTA ELE! — Disseram os seguranças, apontando armas para mim. 

 

Meu Deus, eu não fiz nada! — Coloquei minhas mãos para o alto. 

 

Seu penetra mentiroso! — Disse um homem com os seguranças. — Você entrou com o meu nome e achou que nada iria acontecer? — Ele se virou para o lado e viu Emmett e Jasper me esperando dentro do carro. — Quem são aqueles? – Ele semicerrou os olhos para enxergar melhor, mas no mesmo momento, Emmett e Jasper subiram as janelas do carro. Ótima maneira de agir naturalmente! — Vejam só! Aqueles dois são os amiguinhos desse sujeito aqui! Eles fizeram a mesma coisa! 

 

Chega, por favor. Para com essa merda! — Disse Carlisle. — Por que vocês estão brigando com esse rapaz? — Apontou para mim. — Vocês não estão entendendo que ele me salvou de um assalto? 

 

Desculpa, senhor. — Os seguranças só faltaram reverenciar, de tanto medo. 

 

E deixem os amigos dele em paz também! — Um silêncio tão grande se instaurou que o que dava pra escutar eram apenas os grilos e o barulho dos vidros do carro do Emmett se abaixando. 

 

Isso mesmo! — Disse Emmett se gabando com o braço pra fora da janela do carro. 

 

Muito obrigada, rapaz! — Agradeceu Carlisle. — Qual o seu nome? 

 

Não foi nada! — Sorri, sem acreditar no que estava acontecendo. — Meu nome é Edward. 

 

Edward! — Ele sorriu, me abraçando. — Como eu posso te recompensar? Deve ter alguma coisa que eu possa fazer. — Quando ele disse isso, Emm e Jas quase saltaram pela janela do carro. Jasper pegou o cartão do nosso projeto e me mostrou, balançando sem parar. 

 

Ah… Na verdade tem sim, se não for muito incômodo! — Suspirei de nervoso, vendo os dois no carro quase entrando em colapso, com medo do que eu iria falar. — Eu e meus amigos, formamos uma equipe de robótica e nós temos um projeto que talvez seria do seu interes… — Antes que eu pudesse finalizar, Carlisle pegou na minha mão. 

 

Fechado! — Disse balançando minha mão, me passa o contato de vocês. 

 

Tudo bem, eu já sabi… espera. O quê? — Paralisei e Emmett buzinou. — Ah, sim! Sim, sim. Contato, sim! Aqui! — Entreguei o cartão tremendo igual a uma vara verde. 

 

Ótimo! Traga a… — Ele parou para ler o cartão. — a equipe Red Canids. Nós marcaremos uma reunião e vocês apresentarão o projeto. Mais uma vez, muito obrigado. 

 

Eu… eu que agradeço! — Tentei fingir costume, andando calmamente em direção ao carro, mas foi só o Carlisle entrar novamente para o local, que nos debruçamos de tanto gritar e gargalhar. 

 

Caralho… — Entrei no carro boquiaberto. 

 

Mano? — Jasper gargalhou. — Me conta que sorte repentina foi essa? Desde quando você é sortudo assim? 

 

Foi uma espécie de transfusão beijável-energética que ele fez com aquela moça lá, certeza. — Emmett havia acabado de inventar uma palavra nova. — Isso tá bom demais pra ser verdade, eu ainda não consigo acreditar. — Emmett sorriu, dando partida no carro. 

 

(...)

 

Ed! — Disse Bree correndo em minha direção, quando escutou o barulho da porta. — Senti sua falta! 

 

Eu também senti sua falta, anãozinho de jardim! — Afaguei sua cabeça, abraçando-a. 

 

Você já comeu? — Perguntei, vendo ela se jogar no sofá. — Certeza que esse sofá deve estar com um buracão bem onde você sentada, prestes a te sugar pra Nárnia, de tanto tempo que você deve estar assistindo. 

 

Eu já comi, não precisa se preocupar! — Ela sorriu. — Agora por favor, silêncio que é hora de H2o Meninas Sereias! 

 

“Agora pir fivir, silincio qui i hira di…”  — Irritei, imitando ela com a voz mais fina que consegui. — Ai! — Parei quando ela me deu uma “almofadada”.  

 

Você é muito insuportável, credo. — Ela gargalhou. 

 

Ah, é? — Arqueei a sobrancelha. — Eu ia falar de uma amiga que eu fiz hoje, que é muito fã de H2o Meninas Sereias… mas agora, não falo mais! 

 

Quem?! — Ela pausou o episódio, prestando atenção em mim de um jeito muito engraçado. — Fala, por favor! — Disse com entusiasmo. 

 

Não! Não vou falar. — Dei a língua pra ela, fazendo um gesto de fechar a boca em zíper. — Estou indo dormir, boa noite! — Beijei sua testa. 

 

Boa noite, chato! — Fez careta, voltando a assistir. 

 

(...)

Edward

 

Mas que diabos? — Acordei com o Emmett quase pulando em cima de mim, enquanto Jasper faltava urrar meu nome. — BREE! — Gritei. — Quantas vezes já falei pra não abrir a porta pra ninguém? Nem mesmo para o Emmett ou Jasper?! 

 

Cala boca! — Emmett gargalhou, me dando uma chave de braço. 

 

Sai da minha cama, folgado do caralho. — Sorri, empurrando-o. — O que é isso? Vão me dar beijinho de bom dia também? 

 

Você não sabe quem já marcou uma reunião pra hoje a tarde! — Disse Jasper empolgado, virando a tela do seu celular.  

 

O quê? — Perguntei confuso, com os olhos quase fechando. — Já? 

 

Sim! — Respondeu Emm com entusiasmo, levantando da minha cama. — Se arruma, vai tomar um banho! 

 

Bella

 

Mas sério, me perdoa mesmo! — Dizia Victoria por chamada de vídeo, enquanto eu terminava de trancar meu apartamento. — Eu estava podre de bêbada, não lembro de nada. 

 

Tudo bem, acontece… sua vaca! — Xinguei, pegando um elevador. — Me diz, quem é que faz esse tipo de festa em um domingo? Sabendo que temos que voltar a programação normal no dia seguinte? — Bufei irritada, abrindo o aplicativo da Uber. 

 

É o Carlisle, ele que faz as regras dele. — Victoria sorriu. 

 

Que merda! O motorista cancelou a corrida. — Eu estava sem acreditar. 

 

Ai Bella, faça-me o favor! São menos de 20 minutos pra chegar até lá. — Disse revirando os olhos. — Vai fazer uma caminhada! — Ela sorriu. — Brincadeira… sua casa é longe mesmo. Tenta chamar um outro motorista, tá bom? Agora preciso desligar, beijos! E boa sorte, acho que você perdeu a sua. — Ela encerrou a ligação antes que eu pudesse me defender. 

 

Eu? Ter perdido minha sorte? — Impossível. E eu não preciso de um uber mesmo! Eu amo caminhar! Fazer caminhada faz muito bem pra saúde, mesmo eu estando com um salto de 12cm. – Deus, por favor... faça de hoje, o melhor dia da minha vida!  — Alô? – Recebi uma ligação e imediatamente atendi.

 

Isabella Swan, cadê você? — Quando escutei a voz da velha chata da secretária do Carlisle, meu coração saltitou. 

 

Como assim? Eu ainda estou a caminho, no mesmo horário de sempre. — Eu disse confusa. 

 

Bom saber que você não checa seus e-mails, pois estamos prestes a iniciar uma reunião e você ainda não está aqui. — Ela esbravejou. — Lá estava bem claro que hoje seria mais cedo! 

 

Tá bom, senhora Sue. Me desculpe! Estou indo o mais rápido que posso. — Encerrei a ligação e comecei a correr.

 

Edward 

 

Edward, se você continuar tremendo essa perna, eu vou amputar ela. — Emmett sussurrou, enquanto estávamos sentados na recepção do prédio da 4Intelligence. — Você me deixando nervoso. 

 

Já não era pra ter iniciado a apresentação? — Perguntou Jasper, enquanto olhava para o relógio. 

 

Boa tarde rapazes, aceitam um café? — Perguntou a moça com uma bandeja, mas Emmett e Jasper recusaram.

 

Eu aceito, obrigado. — Sorri com os lábios semicerrados. — É… só isso mesmo, obrigado. — Falei novamente, já que a moça permaneceu imóvel na minha frente, me encarando. 

 

Você me parece muito familiar… — Ela sorriu, enquanto arrumava o cabelo. 

 

Ah… — Sorri amarelo. — Mas eu tenho certeza que não nos conhecemos. 

 

Meu nome é Jessica, prazer. — Ela se sentou ao meu lado. — Qual seu nome? 

 

Prazer… — Franzi a testa confuso, olhando para os outros dois, que já estavam me zoando silenciosamente. — Meu nome é Edward. 

 

Com todo respeito, mas você é muito bonito! — Ela sorriu, se aproximando um pouco mais. Eu estava completamente sem entender, não era pra ela continuar trabalhando ou algo do tipo? 

 

É… obrigado, Jessica! — Abri o notebook que estava no meu colo, procurando qualquer coisa para fingir que estava ocupado. 

 

Isabella Swan, favor comparecer à sala 14. — Ecoou o alto-falante. — Isabella Swan, favor comparecer à sala 14. — Novamente. 

 

Merda. — Pude ouvir uma voz familiar no corredor. Tentei entortar um pouco a cabeça, para enxergar o rosto da pessoa.

 

Bella? — Chamei surpreso, sorrindo de orelha a orelha. Pensei que ela não tivesse me escutado, mas fizemos contato visual por alguns segundos preciosos. Diferente daquela noite, hoje Isabella aparentava estar exausta, além de estar mancando. — Por que você está mancando? — Perguntei, mas a resposta foi imediata assim que olhei para seu pé. Seu salto havia quebrado. 

 

O que foi? — Ela me encarou brava e desviou o olhar para Jessica, que levantou logo em seguida. — Eu tenho mais o que fazer. — Passou reto.

 

Ih… — Emmett gargalhou, empurrando meu ombro. — Primeira briguinha? Que fofura! 

 

Eu não sabia que ela trabalhava aqui. — Disse Jasper. — Se bem que estava óbvio, só tinha gente da 4Intelligence naquela festa. Por um momento esqueci que estávamos de intrusos. 

 

Mas isso vai mudar hoje! — Emmett se gabou, me olhando preocupado em seguida. — O que foi, Edward? 

 

Por que ela brava comigo? — Perguntei reflexivo. 

 

Olha, levando em consideração que você disse pra ela que voltaria e não voltou… talvez ela tenha seus motivos. — Cogitou Jasper. — Ou então, apenas não está tendo um dia bom. Você viu o sapato dela? 

 

Eu tenho uma teoria melhor! — Falou Emmett com propriedade. — O Edward sugou toda a sorte dela igual um obsessor. 

 

De novo essa história, Emm? — Mostrei o dedo do meio. 

 

Lógico! Você acha que eu não vi o jeito que você encontrou aquela vaga de estacionamento hoje? — Ele franziu a sobrancelha. — Como se ela tivesse sido feita especialmente para seu carro?

 

Equipe Red Canids? — Disse um homem ao adentrar a sala de espera. — Sala 14, por favor. 

 

Bella

 

Pedi a Deus o melhor dia da minha vida e recebi o pior de todos. O que o Edward estava fazendo aqui? E por qual razão a Jessica estava quase sentando no colo dele? Não que eu me importasse, na verdade, eu não dou a mínima. A única coisa nessa vida que eu faço questão de dar a mínima hoje, é para o Christian Loubotin de 12cm que eu quebrei correndo a caminho daqui.  – Carlisle me despertou do mundo da lua, ao falar “Red Canids”. 

 

Fiquem à vontade! — Sorriu Carlisle. — Então, gostaria que me mostrassem melhor o protótipo de vocês. Sou fascinado por esse tipo de robô, desde o Asimo da Honda até o Kirobo Mini da Toyota

 

(...)

 

No momento, todos ali estavam falando grego pra mim. – Não conseguia prestar atenção em nenhuma palavra, exceto na Jessica que havia dado um jeito de entrar na sala de reunião apenas para ficar flertando com o Edward. Eu também não podia culpá-la, ele realmente era muito lindo, além de muito cheiroso, na verdade, não ironicamente ele tinha cheirinho de bebê. O jeito que ele falava com propriedade era muito fofo, pois seus olhos brilhavam de tanta empolgação com o assunto. Seus tiques nervosos com os óculos e seu cabelo também eram bastante característicos. Talvez eu não deveria ser tão rude com ele, não era sua culpa eu estar tendo um dia de merda. – pelo menos eu achava que não. – Com a necessidade de fingir que eu estava prestando atenção em sua apresentação, comecei a segui-lo fixamente com os olhos, mas sentia seu nervosismo o proibindo de olhar de volta, então apenas vez ou outra nossos olhares se cruzavam. 

 

O que você acha, Isabella? — Carlisle perguntou e todos da mesa se viraram pra mim, inclusive Edward e os seus amigos. 

 

Ãhm… — Endireitei minha postura, tentando pensar no que eu ia falar. — Bom, muito bom… — Sorri com a boca fechada, percebendo que o Carlisle esperava que eu falasse mais. — Desculpa ser sucinta, é que a apresentação foi extremamente clara e… eu… eu achei o projeto deles bastante promissor e visionário. Sem dúvidas é o que a 4Intelligence busca.  — Mentira. Não prestei atenção em nenhum momento, mas pelo menos fiz a tal equipe Red Canids ficar feliz.

 

Eu concordo plenamente. — Carlisle sorriu, enquanto escrevia algo em um papel. — Nós iremos repassar todas essas informações para um outro setor, podem aguardar que semana que vem já teremos uma resposta. — Poderia ser algo desanimador para alguns, mas a maneira como Carlisle estava falando, já demonstrava que aquilo iria para frente sim. 

 

(...)

 

Edward

 

Eu estou com um bom pressentimento. — Sorriu Jasper, enquanto entrava no carro. 

 

Eu também! — Emmett fez uma mini dancinha da alegria. — Nós conseguimos apresentar tudo direitinho, não tem erro! — Disse abrindo a porta do veículo. — Você não vai vir com a gente? Vamos comemorar! — Ele perguntou, já que hoje estávamos em carros diferentes. 

 

Não, eu preciso ir pra casa. — Bree estava sozinha, com uma tempestade prestes a começar. Tudo o que ela mais odiava. — Preciso ir! — Corri em direção ao meu carro quando senti a chuva forte começar.  Ao adentrar o veículo, encostei a cabeça no banco e fiquei imóvel, sentindo uma felicidade enorme percorrer por todo meu ser. Tudo estava correndo perfeitamente bem e essa sensação era impagável. – Liguei a rádio e estava tocando Champagne Problems da Katy Perry. – Estava rindo sozinho, até olhar para frente e ver o “show de stand up” que estava acontecendo com a Bella na frente do prédio, simplesmente apenas desgraça atrás de desgraça. Seria possível a teoria do Emmett realmente estar certa? Eu passei alguma espécie de vírus do azar pra ela? Era inacreditável. Primeiro, ela tentou pegar um táxi e ele simplesmente deu um banho de lama nela. E agora, ali estava ela em uma guerra com o guarda-chuva. — Bella! — Abaixei a janela do carro para chamá-la. — BELLA! — Gritei dessa vez. — Sai da chuva! 

 

Eu estava… tentando fazer isso! — Ela respondeu encharcada, tremendo de frio e ainda insistindo no guarda-chuva emperrado. 

 

Entra no carro, por favor! — Abri a porta para ela. 

 

Não, obrigada! — Disse apressando os passos, enquanto a chuva engrossava mais e mais. 

 

Bella! — Comecei a segui-la com o carro de porta aberta. — Você vai ficar doente, entra logo! 

 

Você é muito insistente! — Ela sorriu, com a boca completamente roxa de frio. 

 

Você como sereia deveria entender que não pode ficar colocando sua identidade pra jogo assim! — Ironizei. — Você não aprendeu com H2o? Elas sempre fogem da chuva! 

 

Me desculpa por hoje mais cedo, eu tive um péssimo dia. — Ela fechou os olhos cansada. 

 

Olha… se você não me falasse isso, eu nem perceberia! — Brinquei, apontando para seu salto quebrado e suas roupas completamente molhadas. 

 

Pra onde você está me levando? — Ela perguntou confusa. 

 

Me desculpa, esqueci de te perguntar. Você pode colocar a localização da sua casa aqui. — Apontei para o GPS do carro. — Mas antes, eu só vou dar um pulinho rápido na minha, pode ser? É coisa rápida, eu juro! — Precisava checar se estava tudo bem com a Bree. 

 

Como assim? — Ela sorriu franzindo a testa. — Edward, você sabe que eu não sou nenhuma garota de programa, né? Esse é o truque mais velho do mundo. 

 

O quê? — Arregalei os olhos. — doida? Eu não acredito que é essa imagem que você tem de mim! — Sorri. — E se você parar pra pensar um pouco, eu é quem sou um garoto de programa! 

 

É sério que você teve coragem de meter essa? — Ela riu, quando entendeu o trocadilho que eu estava fazendo com a palavra “programação”.

 

Desculpa! — Gargalhei alto.

 

Eu só estou rindo da sua risada, não pense você que isso foi engraçado! — Disse cruzando os braços.

 

É aqui! — Estacionei o carro. — Pode descer.

 

Você não disse que seria coisa rápida? — Ela perguntou desconfiada. 

 

Sim, Bella! É coisa rápida. — Revirei os olhos. — Para de ser desconfiada, poucas tem o privilégio de ter meu corpinho nu! — Me gabei e ela empurrou meu peito. — Mas falando sério, entra um pouco só pra se secar ou pra se esquentar. Sem malícia, lógico. 

 

Tá bom. — Ela saiu do carro, semicerrando os olhos de um jeito desconfiado. 

 

Bella

 

Bree? — Escutei ele chamando, enquanto abria a porta do apartamento. Será que Bree era a namorada dele? Ou um cachorro? — Pode entrar, Bella. Você quer tomar um banho? Pode ficar à vontade. — Antes que eu pudesse recusar, ele jogou roupas e uma toalha limpa bem no meu rosto. 

 

Parabéns pelo amaciante cheiroso. — Elogiei, sentindo o aroma cítrico da camiseta grande que ele me deu. Eu queria poder ter recusado a oferta de ir tomar banho, mas eu estava terrivelmente cansada e encharcada. 

 

Eu sei, eu sei. — Disse ele se gabando até mesmo por um amaciante. — Aqui. Você pode usar o banheiro do meu quarto. — Ele me guiou até a porta. 

 

Que fofo. — Sussurrei sozinha ao ver a prateleira dele com shampoo e condicionador da Johnson’s Baby, isso explicava o cheirinho de bebê. E pela primeira vez no dia, pude ter tranquilidade ao sentir a água quente escorrendo sobre meu corpo, até mesmo me atrevi a usar seus produtos de neném no cabelo. – Ao finalizar o banho, me sequei e vesti sua camiseta de algodão, que estava tão grande a ponto de eu não precisar vestir o short gigante que ele me deu. 

 

E aí? — Perguntou da cozinha, ao me escutar saindo do banheiro. — Você está se sentindo melhor? 

 

Muito melhor, obrigada. — Agradeci, indo em direção onde ele estava. — O que você está fazendo? 

 

Algo quente pra você beber. — Falou, enquanto finalizava com alguns marshmallows dentro do copo de chocolate quente. — Toma, você vai se sentir melhor. 

 

Não precisava disso, mas obrigada. — Sorri, pegando a caneca da sua mão. 

 

Senta aqui. — Ele disse apontando para o sofá, enquanto se sentava também. — Quer assistir sua sériezinha de criancinha? — Disse tentando falar o máximo de “Inhas” possíveis no final das palavras.

 

Ah, é assim? — Empurrei seu ombro. — E o que será aquele tanto de shampoozinho e condicionadorzinho da Johnson’s Babyzinho no seu banheirozinho? — Gargalhei alto. 

 

Eu não vejo nenhum problema nisso! — Ele franziu a testa, fingindo estar bravo. — Eu sou um bebê de 23 anos, não pode? 

 

Não! — Quando fui empurrar seu ombro novamente, quase derrubei chocolate quente no seu colo, então ele me segurou. 

 

Você quase me matou! — Ele sorriu, enquanto segurava meu braço. Estávamos tão próximos que senti sua respiração no meu rosto. 

 

Talvez fosse a intenção… — Me aproximei um pouco mais. — Já que você roubou a minha sorte! — Quando fui pegar em seu rosto, um estrondo forte nos separou. 

 

Você tem medinho de trovão? — Ele gargalhou, tentando se aproximar novamente. 

 

Ed… — Escutei uma voz de criança. 

 

Oi, Bree! — Edward levantou rapidamente, indo abraçar a menininha que estava na escada. Meu Deus, então essa era a Bree? 

 

Eu estou com medo… — Ela disse se referindo ao trovão. 

 

Não precisa ficar com medo! — Ele abaixou, beijando sua testa. — Eu estou aqui com você. — Edward olhou para mim e fez um gesto com a mão, pedindo para eu esperar. — Vamos Bree, vem dormir. 

 

Ownt… — Suspirei. Ele definitivamente era o nerd mais bobão e fofinho do mundo inteiro. — Que sede… — Eu precisava tomar água e fui em direção a sua cozinha, mas não encontrei um bebedouro, então supus que a água estava na geladeira. — Mas que diabos de geladeira é essa… — Era definitivamente um monstro de duas portas e trezentos botões. — Será que se eu clicar nesse botão, ela abre? — errei. — E nesse botão? — E novamente, lugar errado. — Definitivamente é esse! — Quando finalmente cliquei com toda certeza da minha vida, a geladeira começou a jorrar água para todos os lados. – Parabéns, Bella! Não era água que você queria? Aqui está!

 

Bella! — Edward chegou correndo. — O que você fez?! 

 

Me desculpa, por favor! — Fiquei preocupada quando olhei seu semblante sério. — Eu só estava tentando pegar uma água.

 

Não. — Ele disse concentrado nos botões. — Você desconfigurou minha geladeira! 

 

Não foi minha intenç… — Antes que eu pudesse terminar, ele começou aquela gargalhada escandalosa novamente. — Que ódio, Edward! Você me assustou! 

 

Você acha mesmo que eu ficaria bravo por causa disso? — Ele estava se debruçando de tanto rir. — Até parece. 

 

Ah, sei lá! — Revirei os olhos, sorrindo. — Isso parece ser uma coisa que um nerd se importaria. 

 

Levando em consideração que eu sou azarado… — Ele tentou contar nos dedos. — Isso já aconteceu incontáveis vezes comigo. 

 

“Sou azarado...” — Debochei. — Você não tem nenhum pingo de vergonha de falar isso na minha cara? 


Não tenho. — Ele se aproximou repentinamente, puxando minha cintura. Depois disso, sua boca já estava na minha novamente. Então retribuí o beijo, meu coração martelando um ritmo irregular e desarticulado, enquanto minha respiração transformava-se num arquejo e meus dedos moviam-se cobiçosos até seu rosto. — Toma sua sorte de volta. — Ele sussurrou baixinho nos breves segundos que nossos lábios se afastaram


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