Tempos Distantes escrita por tirzahcullen


Capítulo 1
Tempos Distantes




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Crepúsculo não me pertence.
 
Olá! Essa fic faz parte do Projeto One-shot Oculta, um amigo oculto entre autoras do fandom de Crepúsculo. Confira as regras e todas as participantes no nosso perfil oficial – bit.ly/POSOnyah – na aba "Favoritas” e “Estou Acompanhando”.
 
Essa fanfic é dedicada à minha amiga oculta AnnaP. Seus combos me trouxeram muitas ideais e estou trabalhando tem muitos meses nela, espero que goste dessa Fic e que ela possa te trazer alegria;

 

Capítulo I: O despertar

Isabel é uma menina doce e gentil, cresceu junto do filho do amigo de seu pai, Edward Masen, um menino quieto e teimoso, viviam aos trancos e barrancos, até que foram separados por dois anos, devido uma viagem de Edward pela europa. Ao passar deste período, a familia Masen da uma grande festa, e a família de Isabel vai. Nesta época Isabel estava com 16 anos, e ao chegar reencontra um novo Edward, com quase 17 anos, lindo. Ela sente algo despertar ao observar aqueles lindos olhos verdes mergulhados em sua alma, como se lesse seus pensamentos, isso sempre a irritava, mas dessa vez foi encantador.

Eles conversaram e até dançaram algumas valsas durante a noite de reencontro de suas famílias. Mas o que eles não sabiam é que esta noite também era uma noite de despedida. Uma semana depois o pai de Isabel anunciou que toda a família se mudaria para o Brasil, em busca do enriquecimento com o café, sua mãe e sua irmã mais velha se empolgaram com a aventura. Isabel também teria se empolgado se não fosse a chama que acabara de se acender em seu peito, acesa por Edward.

Edward ficou em um quase estado de choque quando recebeu a notícia por seu pai, então de imediato arrumou uma desculpa para visitar a casa de Isabel e vê-la uma última vez. Este encontro foi tão intenso quanto o último, mas ambos não sabiam lidar com o primeiro amor, entenderam como um começo de uma linda amizade e decidiram manter contato por cartas.

Depois de alguns meses em sua fazendo no Vale do Paraíba, Isabel esperava ansiosa pelo correio para receber as cartas de seu querido Edward. Com o dos meses ambos entenderam melhor seus sentimentos, e perceberam que estavam amando. Logo as declarações de amor e promessas de um reencontro breve começaram a surgir em suas correspondências, já que o pai de Isabel pretendia fazer uma viagem a Chicago logo mais.

Entretanto, faltando um mês para seu retorno a Chicago, Isabel caiu doente com tuberculose. Sem condições de viajar Isabel permaneceu trocando cartas com seu amado, até que um dia as cartas pararam de chegar a residência dos Masen. No começo de 1918 chega a casa de Edward a notícia da morte de sua amada Isabel.

Sem conseguir aceitar o que se passou, Edward decide se inscrever para o exercício, contra a vontade de seus pais. Mas antes de ser convocado toda sua família é contaminada com a Gripe Espanhola e todos deixam a vida.

Capítulo II: A Maldição

A irmã mais velha de Isabel, Valquiria, teve duas filhas, entretanto sua caçula faleceu ao completar 18 anos. O mesmo aconteceu com sua neta caçula, e depois com sua bisneta caçula. A partir daí, começam a acreditar que existia uma maldição na família, em que as caçulas que completavam 18 anos morriam.

Isso permaneceu até que Renée, a bisneta mais velha de Valquíria, que perdeu sua irmã mais nova de câncer, e decide ter apenas uma filha, Isabella Swan, para fugir da maldição.

Capítulo III: O Recomeço

Isabella tinha lindos cabelos castanhos e olhos pretos como jabuticabas, era muito gentil e empática. Amava muito seus pais, mas era muito ligada à sua avó, Mozarta, que praticamente a criou, e a sua tia Sue, a hippie da família, irmã de seu pai. Ao completar 17 anos Isabella, a menina curiosa que colecionava meias, ganha uma bolsa de estudos na universidade de Londres, para estudar Paleontologia, o passado por alguma razão sempre a fascinou.

Isabella era muito inteligente, uma devoradora de livros, que mesmo com medo de morar longe de sua família foi para o outro lado do atlântico desbravar o mundo.

Ao chegar na faculdade, segue para o dormitório e lá conhece sua colega de quarto, Ângela, uma norte-americana muito gentil que lhe acolhe de coração.

Em seu primeiro dia de aula, se vê em dupla com um menino curioso, extremamente bonito, de cabelos castanhos-avermelhados, de aproximadamente 1,88. Nunca vira alguém tão belo em toda sua vida, mas teve a sensação de que já o conhecia, ele apareceu em choque ao vê-la. Assim que sentou em sua mesa sentiu os olhos do menino nela, e logo o escutou limpar a garganta sem graça.

— Olá, acho que somos parceiros - disse o garoto.

— Oi - Isabella estava pensando em como falar, ela tinha esquecido como se fazia isso - Pois é… Hum … Me chamo Bella, e você?

— Perdão, não me apresentei, me chamo Edward Cullen.

— Ah você é da família mais famosa da cidade

— Sim, por alguma razão todos nos acham curiosos - disse Edward

— Difícil não chamar atenção sendo todos tão ... - "lindos" era isso estava para sair de sua boca, antes que seu bom senso lhe impedisse de dizer ao garoto que acabou de conhecer que o achava lindo.

— Reclusos? - disse Edward

— Isso mesmo - Bella respirou aliviada.

A aula começa e a conversa foi interrompida, mas Bella repara que Edward por vezes a encarava, com uma cara de frustração e às vezes parecia que ele nem se movia ou respirava.

Ao terminar da aula, Bella, que sempre teve mãos de alface (como dizia seu pai), derrubou sua lápiseira, mas quando foi pegá-la percebeu que Edward estava com a mão na mesma direção, assim se tocaram pela primeira vez. Ela reparou como as mãos de Edward estavam frias, embora assustador, a única coisa que veio a sua mente foi "mãos frias coração quente". Edward pareceu envergonhado com a reação de Bella ao seu toque frio, Bella percebeu mas apenas agradeceu a gentileza e foi para o dormitório.

Assim o mês seguiu, Bella fez vários amigos, mas sua parte preferida do dia eram as aulas de Biologia com Edward, embora muito misterioso, ele era encantador, educado, irônico e amável, Os olhos dourados dele a hipnotizava.

Curiosamente, o misterioso Edward, sentia o mesmo sobre Bella. Ele sentia perder o fôlego toda vez que estava em sua presença , embora isso fosse impossível.

Capítulo IV: Ponto de Virada

Angela contou a Bella que naquela noite aconteceria uma festa de recepção para os calouros, e queria muito sua companhia. Bella aceitou, afinal, que mal fazia ir a uma festa não é?

Bella estava a uma hora sozinha na festa, já que Angela tinha sumido com um tal e Ben, quando decidiu voltar para o dormitório.

O caminho de volta passava por um lindo bosque, a parte preferida de Bella, até mesmo durante a noite. Quando alcançou o meio do bosque, ela sentia a presença de alguém, até que começou a escutar pisadas fortes nas folhas secas do chão, era Mike, o veterano que vivia dando em cima dela durante todos os almoços, ele parecia estar bêbado.

— E aiii Bellaaaa! Nossa, como você ta gostosa hoje, o que está fazendo aqui sozinha? - ele me olhou como se fosse me comer viva

— Oi Mike, estou voltando pro meu dormitório, a Angela está me esperando lá - era mentira, mas ela achou que isso poderia ajudar a se livrar de Mike.

— Poxa, mas pra que a pressa, vamos aproveitar - disse Mike se aproximando e pegando o braço de Bella com força.

Ela ficou assustada e começou a pensar em modos de sair daquela situação, sem causar alarde.

— Mike, eu realmente preciso ir, a Angela está com pressa! Ela se machucou e precisa de mim. - era tudo mentira, mas ela estava com medo do veterano forte e com quase 2 metros de altura

— Ah ela pode chamar o Ben, enquanto isso vamos curtir um pouco - Mike passou a mão pela cintura de Bella e a puxou para perto dele. Ela repara que Mike cheirava a bebida e suor.

— Mike. Me solte! - ele não moveu um músculo, Bella começou a sentir o pânico do que estava por vir - Por favor… - disse quase em um misto de sussurro e tristeza, antes que ele pegasse seu rosto com a mão e a beijasse à força.

Lágrimas corriam pelo rosto de Bella. Ela tentava se desvencilhar das garras de Mike mas ele era muito mais forte. Ela se perguntava o que fazer, estava sozinha ali, sua única opção era gritar, mas como gritaria com a boca de Mike pressionando a sua? Bella decide que assim que ele soltasse sua boca, ela gritaria e rezaria para que alguém a escutasse.

Mas antes que conseguisse gritar, Bella sente Mike sendo puxado, a primeira sensação foi de alívio, mas depois veio a confusão, o que estava acontecendo?

Edward estava atrás de Mike, o puxando pelo colarinho como se o veterano fosse uma folha, o que chocou Bella já que Mike tinha 3 vezes mais músculos que seu amigo. Mike se debatia e tentava lutar, mas Edward o conteve com uma facilidade impressionante. Após se distanciar quase 500 metros de Bella, Edward dá apenas um soco em Mike, o que foi suficiente para deixar o veterano inconsciente. Bella se ajoelhou, ainda em choque coma agressão que havia sofrido. Tão rápido quanto um piscar de olhos Edward estava ajoelhado do lado de bella. Lágrimas escorriam do rosto da jovem, sem que ela percebesse. Um olhar de puro desespero e culpa tomou os olhos agora negros como obsidiana de Edward, como se ele pudesse ter impedido aquela situação.

— Bella, você está bem? Ele te feriu? - Bella secou as lágrimas que corriam sem parar, e olhou para Edward.

— Estou bem - ela olhou os olhos de Edward e percebeu que estavam escuros, mas achou que era por causa da noite - quero voltar para o dormitório.

Chegando ao dormitório, escoltada por Edward, ela se despediu. Sozinha começou a refletir como Edward apareceu sem fazer barulho e como ele conseguiu arrastar Mike com tanta facilidade. Mas concluiu que era tudo coisa de sua cabeça e dormiu.

Dias passaram e Edward e Bella se aproximaram, conversavam muito, sem nunca falar sobre a noite no bosque. O cheiro de Edward era delicioso para Bella, durante a aula ela fechava os olhos para saborear melhor aquele doce aroma que vinha dele. Mal sabia ela que Edward fazia o mesmo.

Bella e Edward conversavam sobre música, os dois amavam todo tipo de música, adoravam dançar juntos, gostavam dos mesmos livros e amavam suas famílias. Se tornaram inseparáveis na faculdade, o que todos estranharam, já que os cullen não se misturavam com ninguém.

Com o tempo, Bella se viu apaixonada por Edward e Edward se viu completamente ligado a Bella, de uma forma que não sentia a muito tempo.

Embora Bella percebesse algumas coisas estranhas em Edward, como o fato dele nunca comer, faltar em alguns dias e seus olhos às vezes mudarem de cor, ela não se importava.

Até que certo dia, enquanto faziam um picnic no gramado edward a segurou gentilmente o rosto de Bella com suas mãos frias.

— Bella você é o ser mais precioso com quem já estive, não consigo resistir a você. Os dias em que não nos encontramos são dias vazios e tristes.- ele fez uma pausa enquanto se perdeu no doce olhar de Bella- Eu amo você Isabella Swan- ele se aproxima muito lentamente e a beijou suavemente nos lábios.

Bella é completamente atingida pela sensação inebriante dos lábios de Edward nos seus, pensou se essa era a felicidade plena que todos buscavam.

A partir daquele dia eles começaram a namorar, apenas com beijos, mas Bella não se importava, estar ao lado de Edward era tudo que precisava.

Capítulo V: Distância

Após 4 meses de puro amor e estudos, Bella é acordada por uma ligação de sua tia Sue, avisando de que a avó que tanto amava, estava muito doente, e poderia morrer logo. Sem pensar duas vezes, Bella faz suas malas e pede para que sua tia lhe envie o dinheiro para passagem de volta para o Brasil. Bella liga para Edward e em menos de 15 minutos ele está em sua porta, estranhamente rápido como sempre. Ele a leva para o aeroporto com certa tristeza.

— Sua avó ficará bem Bella, você ficará bem também. Fique o tempo que precisar, mas não esqueça que está levando meu coração com você.

— Eu te amo edward, deixo meu coração com você, cuide bem dele. - disse Bella em meio a lágrimas

Eles se beijam, em seguida Edward a beija na testa e ela sai antes que as emoções fiquem muito intensas.

Ao chegar a Resende, na antiga fazendo de sua família, onde sua avó morou a vida toda, Bella corre até o quarto principal onde encontra sua avó na antiga cama. Mozarta estava fraca e cansada, tão branca quanto Edward, tossia muito. Ela em uma fase terminal de câncer de pulmão, que descobriram assim que ela se mudou para Londres, 4 meses atrás, mas não lhe contaram para não se preocupar.

Bella decide ficar com sua avó até seus últimos dias, para fazer companhia a sua tão amada avó em seus últimos dias.

Passou quase um mês, Bella ia todos os dias para a vila mais próxima da fazenda de sua avó para pegar internet do único bar da cidade, aproveitava o tempo para falar com seu amado. A saudade a consumia a cada dia que se passava, mas sabia que logo essa distância teria fim, e ela e Edward se encontrariam.

Edward sentia um vazio inexplicável em seu coração, nunca sentiu tanto a falta de alguém. A última vez que sentira algo parecido foi em sua vida humana, quando descobriu que sua amada Isabel havia falecido, mas essa lembrança era vaga, de seus tempos como humano, era passado. Bella era seu presente, aquela doce humana de cheiro inebriante, que o fez lembrar do amor. Edward ficava feliz por ter conhecido Bella agora, se a tivesse conhecido 10 anos antes ele não poderia dizer que resistiria ao encanto de seu sangue.

Após uma videochamada com sua amada Bella, Edward decide ir para Resende, visitá-la e conhecer sua querida avó e sua família, já que pretendia permanecer com Bella o máximo possível. Mas para sua tristeza, ele temia que Bella o abandonasse quando descobrisse sua natureza.

Capítulo VI: A descoberta

Mozarta dormia muito devido a medicação e Bella ficava rendida ao tédio na fazenda, isso fez com que ela começasse a explorar a antiga casa, que foi construída em 1918 por seus antepassados vindos de Chicago. Em um dia de exploração encontra o sótão, todo empoeirado, mas com vários tesouros, encontrou um baú com vestidos de baile de tirar o fôlego. Encontrou também joias e frascos de perfume francês. Então, no fundo do baú, achou uma caixa de prata e, ao abrir, encontrou cartas unidas por um laço de seda vermelha.

Sem pensar duas vezes, Bella desfez o laço e leu, se tratavam de correspondências trocadas entre Isabel, a primeira a sofrer com a maldição de sua família, e Edward Masen. Bella começou a abrir as cartas e lê-las, eram mais de 50 cartas, que só chegaram ao final no dia seguinte. A última carta enviada por Edward estava selada, ela sabia o porque, sabia que sua tia tataravô tinha morrido, nas cartas anteriores ela contava de sua enfermidade, mas a pobre jovem ainda tinha esperanças de ver seu amado uma última vez.

Abriu a última carta e nela tinha uma das mais lindas declarações de amor que já lera e no final, viu três retratos, que a deixaram em choque.

Capítulo VII: Edward

Eram retratos de Edward, não o Edward Masen, Edward Cullen, seu namorado inglês. Ela se perguntava como isso poderia acontecer?

O retrato seguinte era de Edward Masen(ou Edward Cullen, Bella estava confusa) com sua tia tataravó em um baile. O retrato seguinte era de Edward, o seu Edward, com uma linda mulher sentada e um homem bigodudo ao seu lado (o Sr e Sra Masen). Bella não conseguia acreditar no que seus olhos viam.

Impossível que Edward Masen e Edward Cullen fossem a mesma pessoa, já tinham se passado mais de 100 anos. Pelo que sabia, Edward Masen morreu pouco depois que Isabel, de gripe espanhola, então Edward Cullen não poderia ser descendente dele.

Bella se perde em seus devaneios até que é despertada por um grito chamando seu nome,

Capítulo VIII: Primeiro Adeus.

Os gritos eram da enfermeira que cuidava de sua avó, Mozarta havia morrido.

Bella esquece por completo a semelhança assustadora entre seu Edward e Edward Masen. Cai de joelhos na beira da cama de sua avó e chora.

Aos poucos os familiares chegam. Sua mãe estava longe, não viria para o velório, então Bella fica responsável por quase tudo, mas por sorte sua tia por parte de pai, Sue veio lhe ajudar. Após o velório, Bella retorna para a fazenda, que parece oca por dentro, sua avó era a alma daquela casa, mesmo estando de cama.

Bella senta pensativa na beira de sua cama e pega a foto do jovem casal que a décadas foi separado por uma tragédia. Bella pensa que é sortuda por ter Edward, pensa em como ficaria arrasada se algo do tipo acontecesse com eles, e repara de novo na semelhança entre os Edwards.

Uma forte batida na porta lhe arranca de seus devaneios, era sua tia Sue, uma das pessoas mais amáveis que já conheceu. Ela era famosa por trabalhar em centros espíritas da cidade.

Assim que Sue bateu os olhos em Bella, percebeu que havia algo diferente na afilhada, e recebeu uma mensagem espiritual.

— Bella minha querida, eu preciso te contar uma história, sei que você não é muito ligada à espiritualidade, mas isso está diretamente ligado a você.

— Diga então madrinha! - disse Bella achando que seria mais um dos devaneios da tia, que não sabia nada de sua vida atual.

— Minha querida, você conhece a história da sua tia tataravó com o jovem de Chicago?

— Conheço sim - bella ficou confusa, será que sua tia sabia que ela andava xereteando o sótão

— Então, chegou a hora do reencontro destas duas almas, que não tiveram a chance de viver este grande amor. Durante os anos houveram diversas chances de se reencontrarem, mas um deles não estava pronto por alguma razão. E Bella, sei que parece loucura, mas você é a reencarnação de Isabel, e acredito que conheceu ou conhecerá a reencarnação de Edward Masen! Pelo que entendi todas as irmãs mais novas que morreram na família eram a reencarnação de Isabel, mas como as reencarnações de Edward não estavam prontas, elas acabavam por padecer.

— O que? - Bella está em completo choque, sua mente fazia conexões sem sentido nenhum.- Entendi, tia não estou me sentindo muito bem, a senhora pode voltar mais tarde para continuarmos essa conversa.

Bella se sentia enjoada, sua cabeça girava, poderia seu amado Edward ser a reencarnação do Edward Masen? Como pode ser possível se a família Masen teve fim com a morte de Edward Masen. Bella não entendia nada de espiritualidades em geral, mas tudo fazia algum sentido em sua cabeça, o que lhe assustava.

Bella sentia um mal estar cada vez maior, começou a sentir que não era apenas nervosismo, achava que estava doente.

Mais tarde, quando sua tia retornou, percebeu que Bella estava com febre alta e calafrios, assim achou melhor levá-la para sua casa. A tia deu um remédio que deixou a sobrinha sonolenta, enquanto recolhia as malas de Bella derrubou um retrato, e vê que se trata da foto antiga de um jovem casal.

— Edward e Isabel - ela lê a anotação atrás da foto - como eram jovens!

— Meu Edward - diz Bella em meio ao sonho.

Em seguida o celular de Bella toca, a tia decide atender para anotar o recado, mas quando olha para tela fica em completo choque, a foto que aparece no fundo é a de Edward, Edward Masen! O nome do chamador é Edward Cullen. Sua tia fica pálida e começa a suar frio, mas contém estes instintos, achando que se trata apenas de uma coincidência.

— Alô - diz a tia.

— Alô, quem fala? Bella está?

— Oh querido, sou a madrinha de Bella, ela pegou um febrão e está de cama, não pode atender agora, gostaria de deixar recado?

— O que aconteceu com ela? Ela foi para o hospital? Está sendo medicada?

— Ah, dei um remedinho pra ela, logo ela deve melhorar. Você é colega dela?

— Sou namorado dela, estou realmente preocupado com ela. - diz Edward.

Edward não estava acostumado a se envolver com mortais, o fato de Bella estar doente o tirou dos eixos, então ele toma uma decisão.

— Bom meu querido, mas ela ficará bem, tem algum recado para Bella?

— Diga que a amo.

— Que doce, pode deixar, tenha um bom dia!

— Bom dia para senhora também!

Sua tia estava possuída pela adrenalina, e fazendo milhares de suposições. A principal era que "seria possível a reencarnação de Edward ser tão parecida com a sua encarnação na família Masen?"

Capítulo IX: Descoberta

As horas se passaram e Bella não melhorou, assim, Sue começou a se preocupar e decidiu levá-la para o hospital. Lá os médicos perceberam que Bella estava com uma infecção bacteriana muito grave, que só se manifestou neste dia.

Sue liga para Reneé, que está viajando no Sul do país e pede para que ela venha o mais rápido possível, mas Reneé só consegue uma passagem para daqui dois dias.

Um dia se passa e o celular de Bella toca de novo, é Edward. Sua tia atende.

— Alô Bella?

— Não querido, é a madrinha dela de novo.

— Onde ela está? Preciso falar com ela

— Ela está em dormindo, ela contraiu uma infecção grave e está internada.

— Tudo bem - não estava nada bem, ela poderia morrer, Edward sabia disso. - Pode me passar o endereço do hospital?

— Por que?

— Porque estou no aeroporto de Guarulhos, a caminho de qualquer lugar que a Bella esteja.

A tia passa o endereço e em menos de 4 horas Edward está brigando com os médicos para poder ver Bella.

Depois de uma hora de discussão Edward consegue entrar no quarto de Bella, mas não com autorização. Bella está desacordada.

— Bella - diz Edward segurando sua mão e acariciando delicadamente seu cabelo - Vai ficar tudo bem, eu estou aqui meu amor.

— Edward - diz Bella enquanto dorme - Meu Edward, Edward Masen.

Edward se assusta, como Bella poderia saber seu nome da época de humano?

Assustado, Edward decide deixar Bella descansando depois de analisar sua ficha médica.

Edward se junta a Sue, e conversa com ela o necessário para parecer simpático, mas tia Sue não para de o encarar. Até que em um dos momentos que finge voltar do banheiro ele se depara com uma Sue decidida, ela o enquadra em um canto do hospital.

— Edward, querido, eu preciso falar com você.

— Pode dizer senhora Sue.

— Eu sou meio sensitiva e senti algo bom em você, e acho que posso te contar a história de nossa família e o porquê estou tão apreensiva quanto a você

Tia Sue conta toda a história de Edward Masen e Isabel. Edward tenta disfarçar o impacto de escutar a sua própria história de outro ponto de vista, mas o que mais lhe choca é saber que Bella, sua amada e frágil Bella, é parente de sua querida Isabel. Em seguida, a tia conta da maldição da família e da morte das segundas filhas.

— Você deve estar se perguntando porque lhe contei essa história? - disse tia Sue, e antes que Edward pudesse responder ela coloca a foto de Isabel e Edward Masen na mesa da cafeteria - Porque acredito que você seja a reencarnação de Edward Masen e Bella a reencarnação de Isabel. Recentemente tive uma comunicação que contou que a maldição está relacionada às reencarnações de Isabel, porque não pode encontrar Edward que não estava pronto de alguma forma. - Ela inspira - Meu querido, acredito que essa doença repentina de Bella seja a maldição agindo novamente, preciso saber o que você realmente sente por ela, se está pronto para ela? Porque se não estiver, temo pela vida dela.

Edward não consegue responder, tudo fazia sentido, ele realmente não estava pronto, se conhecesse alguém como Bella antes não conseguiria controlar sua sede. Edward se sentiu culpado, sua sina de vampiro, sua falta de autocontrole, fez as diversas encarnações de sua amada sofrerem e definharem ao ultrapassarem sua idade.

Capítulo X: A Verdade

— Edward, querido, você está bem? - diz Sue ao não ouvir uma resposta de Edward.

Edward volta de seus devaneios.

— Sim, sim, estou bem. Tudo que posso lhe dizer é que estou pronto agora. Tudo que a senhora disse faz sentido, e dessa vez não deixarei que ela vá para longe de mim.

Edward se levanta e sai. Ele está decidido, entendeu o plano do Destino para com ele e Isabel, ou Bella, eles deveriam ficar juntos. Por mais que essa decisão pesasse em seu coração, sabia que era a única saída.

Pela história contada pela tia, o destino de Bella estava traçado, ou ela sofreria e padeceria novamente ou nossas almas se uniriam, mas como a minha estava condenada a permanecer encarnada neste corpo, o único jeito seria fazer com que Bella permanecesse, para que vivessem esse amor, para que fossem felizes como o destino queria.

Quando Edward entrou no quarto de Bella, ela está acordada, e consciente, para sua surpresa. Seria essa a recuperação repentina que antecede a morte?

— Bella, como você se sente? - diz Edward com a voz doce como mel.

— Me sinto bem, onde eu estou? Como você chegou aqui? Não estava em Londres? Eu preciso falar com você. - diz Bella ansiosa por respostas.

— Bella se acalme, vou te explicar tudo. - ele segura a mão de Bella, ela repara como ele está frio, mas ignora. - Bella você está no hospital, você pegou uma infecção séria, e está internada. Eu vim para o Brasil assim que soube que você estava com febre, sua tia atendeu minhas ligações para você. Já pretendia te visitar neste mês, mas isso acelerou minha vinda .

— Espera, você conheceu minha tia? - Bella pergunta com os olhos arregalados.

— Sim, ela é muito simpática.

— Ai meu deus, o que ela te contou?

— Muitas coisas, inclusive sobre Isabel e Edward Masen - ainda era estranho falar de si mesmo na terceira pessoa - Ela também falou da maldição e do que acreditava sobre nós.

— O que? Ela contou das reencarnações? Ela acha que você é Edward Masen?

— Sim

— Baseada em que?

— Ela me mostrou um retrato dos dois, e não posso negar que nós nos parecemos muito com eles.

— Ai meu deus - ela cobre o rosto com as mãos cheias de acessos.

Embora Bella estivesse começando a acreditar nas teorias da tia antes estava incrédula que sua tia tinha contado tudo para Edward, ele acharia sua família louca.

— Bella me escute com atenção, sua tia está certa, sobre tudo! Menos uma coisa, eu não sou a reencarnação de Edward Masen.

— E como você sabe disso? - disse Bella com deboche.

— Porque eu sou Edward Masen.

Capítulo XI: A Decisão

Se Bella estivesse bebendo alguma coisa, cuspiria tudo na cara de Edward. Essa era a coisa mais insana que já escutou.

Edward percebe a reação de Bella e continua.

— Bella, quando Edward Masen contraiu a gripe espanhola, depois da morte de Isabel, ele não morreu. Quando estava à beira da morte ele foi encontrado por um médico bondoso que teve piedade e lhe transformou em algo diferente, para que ele sobrevivesse, por muito, muito tempo. O próprio médico possuía essa habilidade, ele se chama Carlisle. Eles começaram a viver como uma família e ao longo dos anos a família foi aumentando conforme Carlisle passava essa habilidade para mais pessoas.

— Pera, o Carlisle é seu pai, não é?

— Meu pai adotivo. Bella eu tenho 120 anos, na noite em que estava morrendo ele me mordeu e me transformou em um vampiro, por isso estou vivo até hoje.

— Edward, pare de ser ridículo!

— Bella eu nunca fui tão honesto com alguém!

— Então prova que é um vampiro!

Edward pega uma prateleira da parede e arranca sem nenhum esforço, quebra ela como se fosse um palito de dentes. Bella coça os olhos, sabia que Edward era forte, lembrava de sua luta com Mike, mas isso era sobre-humano. Em seguida Edward volta para seu lado em um piscar de olhos, tão rápido que gera uma corrente de ar no quarto.

— Bella, como você acha que cheguei nesse quarto?

— Pela porta?

— Pela janela, estamos no 21° andar.

Bella não sabe o que dizer.

— Eu sou muito mais forte e rápido que você. Nunca reparou na mudança na cor dos meus olhos? É por isso que sou tão gelado e nunca fiz mais do que te beijar, tenho medo de te ferir.

Edward beija a testa de Bella delicadamente.

— Eu estou sonhando, não é possível.

— Não está Bella, pode se beliscar, chamar enfermeiras, o que for.

Um barulho na porta chama a atenção de ambos, é tia Sue. Bella se vira para onde Edward estava, mas ele sumiu.

— Oi minha querida, como você está? Não esperava te encontrar acordada.

— Pois é tia, acordei a pouco tempo, o que aconteceu? - Bella queria confirmar a história de Edward, ter certeza que não estava delirando e ele não estava em Londres totalmente alheio a sua estada no hospital.

— Ah querida, você está com uma série infecção, precisa ficar internada. Seu namorado veio aqui, ele gosta muito de você, ele é meio esquisito, mas acho que ele é o cara. Na verdade acho que seja a reencarnação de Edward Masen, sua alma gêmea.

Bella fica chocada com as confirmações. Sua tia olha para o quarto e repara na prateleira estilhaçada no chão.

— Bella, o que aconteceu com a prateleira?

— Ah ela caiu e quebrou.

— Que perigo, meu deus! Esse hospital já foi melhor.

Depois de uma conversa fiada, Bella diz que está cansada e sua tia sai do quarto.

Assim que a porta se fecha, Edward aparece do lado de Bella.

— Agora você acredita em mim?

— Acho que sim

— Bella meu amor, você não tem ideia do quanto eu lamento por ter te feito sofrer tanto, até pouco tempo, não conseguiria lidar com uma humana de cheiro tão inebriante como o seu. Foi por isso que suas outras encarnações não sobreviveram, porque eu não estava pronto. Eu sinto muito por isso.

— Edward, está tudo bem, se tudo isso for verdade, nós nos encontramos, você está comigo, vou ficar bem!

— Bella, você não entendeu, seu estado é muito grave! Olhei sua ficha, me assustei muito quando vi que você tinha acordado, temo que seja uma melhora repentina antes do pior. Acho que o destino quer que fiquemos juntos por mais tempo do que uma vida normal levaria.

— O que você quer dizer com isso? - diz Bella confusa.

— Acho que a única forma de sobrevivermos a isso é com sua transformação.

Bella sente uma dor forte, o que faz com que se contraia na cama e solte um gemido de dor. Ela sente o ar escapar enquanto observa o rosto assustado de Edward.

— Bella? - diz Edward tocando delicadamente seus ombros - Bella você consegue me ouvir?

Bella conseguia ouvir sua voz angelical até do outro lado do mundo, mas não conseguia responder, não tinha fôlego, a dor roubou toda a energia que possuía. Mas como um choque de adrenalina ela conseguiu dizer uma frase simples.

— Faça….. vamos ficar juntos dessa ve…

Bella desmaia nos braços de Edward, os aparelhos do hospital começam a apitar. Ele consegue ouvir as enfermeiras a caminho. Edward sabe que elas não podem fazer nada para ajudar Bella, sabe que é o único que pode salvá-la, mas não sabe como fazer isso sem causar alarde.

Ele se lembra que sabe como burlar equipamentos eletrônicos, ele altera as máquinas para que parem com os apitos e avisos na central. Em seguida sai rapidamente pela janela e quebra três vidraças do corredor, onde as enfermeiras a caminho estavam, o que as distraiu o suficiente.

Ele volta para o quarto de Bella, consegue ouvir seu coração cada vez mais fraco, se pergunta se conseguirá fazer isso, e se terá tempo suficiente.

Ele quebra a tranca automática do quarto de Bella para que levem pelo menos 4 horas para abrir. Arranca todos os fios e aparatos de Bella, a amarra com o lençol em suas costas. Ele sai pela janela com ela, a noite os esconde perfeitamente. Edward corre com Bella até chegar ao início da zona rural da cidade, onde só existe pasto e gado. Encontra um lugar ligeiramente plano e macio entre a grama, Bella está tão pálida que reflete a luz da lua cheia acima deles.

— Bella meu amor - diz Edward segurando o braço esquerdo de Bella com uma mão e acariciando seu cabelo molhado de suor com a outra mão - você vai ficar bem, vamos ficar juntos como é seu desejo.

— Edwa…. - sai um último suspiro de Bella.

Edward a morde, a sensação da mordida é completamente diferente para os dois. Para Bellaa, mesmo que praticamente inconsciente, é como se seu corpo estivesse queimando de dentro para fora, a pior dor que já sentiu. Para Edward é como se saboreasse o mais doce néctar já produzido, ele tem que se concentrar muito para não se apetecer com o mais deleitoso dos prazeres.

Edward consegue tirar seus utentes do pulso esquerdo de Bella.

Bella está gritando de dor. Agora todo o foco de Edward está em segurá-la, para evitar que se machuque enquanto se debate. Ele a cobre com o cobertor, deita ao seu lado e a abraça, conseguindo mantê-la segura e minimamente acolhida.

Capítulo XII: Segundo Adeus

Depois de algumas horas Bella desmaia com a dor do veneno. Edward senta, deitando bella em seu colo. Já são 5 da manhã, fazia 3 horas que saíram do hospital, ele não sabia se descobriram sua fuga. Então liga para o celular de Bella, e a tia Sue atende.

— Alô, Sue?

— Alô, sim. Meu bem, você não sabe o que aconteceu, houve uma pane no sistema do hospital e agora estão sem acesso ao quarto de Bella. Estou tão preocupada, os aparelhos ligados à central indicam que ela está bem, mas mesmo assim, estou sentindo algo estranho, até algumas janelas explodiram do nada.

— Meu Deus senhora Sue, porque não me avisou antes, estou a caminho do hospital agora.

Edward pega Bella, a amarra com o lençol nas costas e a leva para o hospital, a coloca na cama de novo e apenas coloca os aparatos em seu corpo. Bella estava começando a ficar fria, não tem como esconder isso dos médicos. Edward teria que tomar uma decisão, qual seria o futuro de Bella. Será que a mãe dela suportaria a morte da mãe e da filha na mesma semana?

Mas a família dela teria que lidar, Edward desliga os equipamentos. Bella já não dava mais sinais de vida, então quando os médicos entrassem no quarto, lhe dariam como morta. Uma hora depois, quando os médicos entram, encontram Bella estática, fria e sem respirar. Dão laudo de morte e a levam para o necrotério. Edward acompanha Bella durante todo o tempo. Às vezes saia para prestar as condolências à tia Sue.

No dia seguinte acontece o velório de Bella, neste período Edward dá a desculpa de estar abalado e vai caçar. Quando volta estão fechando o caixão. Após o enterro Edward se despede, finge que vai embora e espera até o anoitecer. Com o cair da noite, Edward cava a cova de Bella e a resgata, ele se sente aliviado por ela ainda estar inconsciente. Ele fecha a cova e parte com Bella em seus braços.

Um dia depois Bella acorda, confusa mas consciente de seu último pedido ao seu amado.

— Edward, deu certo? Ficaremos juntos dessa vez?

— Sim meu amor, deu tudo certo, será como você quis. Mas precisei fazer algumas coisas para não levantar suspeitas, temos que manter nossa condição em segredo absoluto.

Edward conta o que teve de fazer, e Bella se sente abalada pela falta que sua família faria. Mas feliz por estar com seu amado pela eternidade.

Em seguida eles saem para caçar, para que Bella tenha mais facilidade em conter sua sede. Ao retornarem, sempre escondendo Bella, eles finalmente conseguem saborear os doces prazeres da vida de casal. Se amaram por horas e horas.

— O Destino foi feliz em sua escolha, sou grata por ser sua pela eternidade meu Edward. - diz Bella.

— Para sempre minha doce e menos frágil Bella.

 


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