A Certain Romance escrita por noora


Capítulo 1
O Passado


Notas iniciais do capítulo

livia, meu xuxu!
juro por deus vi seu nomezinho no papel e nossa fiquei tão feliz hahaha gosto muito muito de ti juro sempre quis que a gente fosse mais próxima ♥ adoro que gostamos muito de várias coisas em comum. admito que pensei nesse plot antes mesmo de ter tirado seu nome, mas juro pra mim não existe ninguém mais band!au do que você. aproveitando que era você e tu gosta muito de música, coloquei várias referências na trilha sonora de músicas que eu sei que você gosta, tanto que o título da fic é uma do Arctic Monkeys kkkk.enfim, te expliquei toda minha motivação no áudio, mas espero que goste xuxu ♥ fiz com carinho!!
queria também muito agradecer a vanzinha por ter sido minha grande confidente, me ajudado com ideias e betando pra mim ♥ você foi um anjo na minha vida me salvou demais!!!



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o passado

 

Era uma batalha entre ela e a máquina de bebidas, e a máquina estava ganhando. Tudo que Lily queria era só uma Coca-Cola para acalmar seus ânimos antes da grande reunião com a equipe da gravadora. Ainda não acreditava que aquilo estava acontecendo: tinha passado da menina que gravava covers para seu canal no YouTube para alguém que possivelmente poderia ter um contrato e lançar músicas como uma artista de verdade.

Ela tinha começado seu canal aos 14 anos. Por um ano havia sido um completo segredo, até uma de suas colegas descobrir e então, todo mundo sabia sobre. Pelos próximos anos, Lily havia conquistado um bom público, tendo 500 mil inscritos. Foi aos 17 que resolveu, por um momento, deixar os covers de lado e tentar postar uma de suas músicas originais. O hit foi instantâneo. Em duas semanas, o vídeo acumulou 400 milhões de visualizações e várias ligações de gravadoras diferentes. Só faltava uma para ela conversar: a de seus sonhos. Todos seus artistas favoritos eram parte dela e Lily só queria fazer parte daquele mundo.

Lily havia chegado uma hora antes da reunião, já que odiava estar atrasada para os lugares. Aquilo havia sido um erro, pois foi só mais uma oportunidade para pensar no que estava fazendo e começar a surtar. Conseguiu comprar um pacote de M&M, um saquinho de balinhas e barrinhas de chocolate da cafeteria da gravadora, todos em momentos diferentes. Como estava com muita vergonha de voltar lá de novo e encarar a atendente mal-humorada, saiu a procura de uma máquina que vendesse bebidas. Queria muito um refrigerante, já que açúcar sempre a deixava mais calma. Infelizmente, a máquina não queria cooperar: havia travado no meio do processo de soltar a latinha. Lily batia na máquina, tentava sacudi-la, mas nada funcionava. Estava à um passo de começar a chorar, até ouvir uma voz que era muito familiar:

— O truque é inclinar a máquina e depois sacudir.

Lily virou-se para quem estava falando, só para quase desmaiar, porque em sua frente estava apenas James Potter.

James Potter era uma das mais populares estrelas ascendentes em Hollywood. Desde seus 11 anos, fazia parte do elenco principal da famosa série britânica The Marauders. A série era tão popular que tinha saído da Inglaterra e conquistado fãs ao redor do mundo inteiro, o que alavancou a carreira do garoto. Além da série, ele já havia feito alguns filmes teen que fizeram muito sucesso com as adolescentes, Lily inclusa. No ano anterior, havia dado outro passo em sua carreira e começado a soltar alguns singles. Como o mundo inteiro o amava, todos haviam sido um sucesso e suas fãs ansiavam pelo lançamento de seu EP. Lily o acompanhava desde o seriado e até já tinha gravado um cover de uma de suas músicas. Vê-lo em carne e osso era coisa de outro mundo. 

James confundiu o silêncio dela como se Lily não tivesse entendido, ao invés de notar que ela estava em estado de choque. Se aproximou dela, colocando uma das mãos na máquina:

— Aqui, deixa eu fazer.

Lily demorou um pouco para sair do lugar, ainda em choque de encontrar um de seus ídolos, mas logo se colocou ao lado dele abrindo espaço para James. Ele botou as duas mãos na máquina e fez exatamente o que a havia dito para fazer e quando viram, a lata de refrigerante caiu de onde estava presa. James pegou e a ofereceu para Lily.

— Aqui.

Ela agradeceu, sem conseguir dizer mais do que duas palavras. James continuou a falar:

— Todo mundo aqui sabe que deve evitar essa máquina e até já falamos para o pessoal da gravadora, mas ninguém parece escutar – Lily deu uma risadinha. Os dois ficaram um pouco em silêncio, James olhando para ela com curiosidade – Você é a Lily, não é?

Ele sabia o nome dela. Lily estava a um passo de morrer. O menino continuou:

— Eu amei sua música original. Brutal é uma das melhores letras que eu já ouvi nos últimos tempos. Você tem muito talento.

Lily agradeceu baixinho e ficou com medo de que James não tivesse conseguido escutar. Ele mudou o peso de um pé para o outro, bagunçando o cabelo. Ela já havia notado em entrevistas que ele fazia isso quando ficava nervoso.

— Desculpa, eu estou incomodando você?

— Por Deus, não! – Lily se explicou com rapidez – Eu é que estou nervosa. É que... Bem, sou muito fã de The Marauders e é meio chocante James Potter estar falando comigo.

Ele deu uma risadinha, voltando a bagunçar o cabelo.

— Não fique assim. É melhor ir se acostumando, afinal, daqui a pouco você vai estar em eventos cheios de pessoas importantes e normalmente elas não gostam muito quando ficam em choque. Bem, não que eu fique assim. Não me importo. Mas os outros...

Lily concordou, sem saber muito bem o que falar. Do jeito que estava indo, sentia que ele estava a um passo de terminar a conversa e se despedir, mas James Potter nutria um grande interesse pela menina e não queria terminar de falar.

— Então... Você está aqui para uma reunião? Acha que vai assinar com a gravadora?

— Eu espero! Já tive reuniões com outras, porém esta é a que eu mais fiquei animada. Tem tanto cantor que eu admiro aqui, queria fazer parte disso – “Você incluído” ela pensou, mas resolveu ficar quieta. Lily pegou o celular, desbloqueando a tela para ver as horas. – E acho que já está quase na hora da minha reunião. Preciso ir até o sétimo andar. Foi muito bom te conhecer.

Ela se virou para ir embora, mas não deu dois passos antes de James abrir a boca:

— Espera! Me passa seu número?

Lily ficou estática. Ele queria seu telefone? Para falar com ela?

— Hã... Claro. Mas por quê?

James deu uma risadinha, entregando seu celular para Lily inserir seu número.

— Bem, nós britânicos precisamos apoiar uns aos outros. Sabe, no meio desses yankees— pegou seu celular de volta – Bem, boa sorte na reunião! Eu também tenho que ir para uma, mas te vejo por aí. Foi incrível te conhecer, Lily.

 

 

Depois de duas semanas, James a chamou para sair. Lily havia saído daquela reunião com a possibilidade de um contrato e uma mensagem de Potter em seu celular. 

Os dois conversaram todos os dias desde então, do começo do dia até a hora que iam dormir. Ela ainda estava em choque que aquele ator tão famoso andava dando em cima dela. Soltou um grito quando leu a mensagem de James a convidando para um encontro, assustando sua mãe. Foi um pouco difícil para os dois marcarem algo para fazer, já que James andava ocupado e não queria ir em algum lugar muito público caso alguém o reconhecesse e chamasse os paparazzis. Lily ficou meio temerosa, achando que ele estava com vergonha dela, entretantoJames parecia ler seus pensamentos ao mandar a mensagem:

[10:27] james potter ♥

por favor, não ache que estou com vergonha de você, é que quando os paparazzis aparecem fica uma loucura e quero te poupar disso por enquanto. espero que entenda.

Por fim, o encontro deles acabou sendo inusitado: James apareceu no apartamento de Lily e sua mãe para ajudá-las a terminar a mudança. Acabou sendo o encontro perfeito. A Sra. Evans ficou apaixonada pelo menino e depois que ele foi embora desatou a falar sobre como eles deveriam se casar. Lily riu da mãe, mas no fundo concordou. Os dois haviam passado horas conversando, sobre diversos assuntos. James contou tudo sobre a vida de ator mirim, bastidores da série, algumas situações engraçadas com seus colegas de elenco. Lily desabafou sobre como sua vida estava agridoce: por um lado, seu maior sonho estava finalmente se realizando e do outro, seus pais tinham acabado de se divorciar e não estavam se falando. O pai havia ficado em Liverpool com sua irmã mais velha, que fazia faculdade, enquanto sua mãe havia se mudado para Los Angeles com Lily para realizar o sonho da filha.

James escutou com atenção enquanto ela desabafava, segurando sua mão enquanto Lily estava prestes a chorar. Ele apenas a escutou, sem tentar arranjar algum jeito para melhorar tudo aquilo. Até experimentar, Lily não sabia que era isso que precisava. No fim de tarde, os dois se juntaram a mãe da menina para jantarem e Lily passou vários minutos apenas encarando James enquanto ele fazia a Sra. Evans rir. Quando ele foi embora, Lily ficou até altas horas da madrugada dedilhando o violão e escrevendo pequenas frases sobre ele que poderiam virar músicas no futuro. Já se imaginava fazendo um álbum com músicas para James, e quando ganhasse prêmios, iria agradecê-lo no discurso e a câmera focaria em Potter olhando-a com tanta adoração que até mesmo quem não era seu fã iria suspirar.

Os dois estavam saindo fazia um mês quando James resolveu apresentá-la a seus amigos. Lily estava tão nervosa que sua mãe a mandou tomar um calmante. Trocou de roupa tantas vezes que quando saiu de casa havia uma pilha enorme de peças em sua cama e tentou pelo menos 5 penteados diferentes. Não teria problema se fossem só os amigos do rapaz que estava ficando, mas aquelas pessoas eram o grupo mais popular de adolescentes em Hollywood. Todos entre 12 e 18 anos queriam ter um grupo de amigos daquele jeito. Lily sempre via na timeline do Twitter vários posts virais com fotos deles e legendas choramingando sobre como eles eram tudo que queriam ser. 

— Poxa cara, você não me disse que ela era tão bonita. Será que ainda tenho tempo para tentar roubá-la de você? – Sirius Black disse enquanto beijava a mão de Lily.

Sirius Black. Interpretava o melhor amigo de James em The Marauders e tinha o mesmo papel na vida real. Sua família era uma das mais ricas da Inglaterra, o suco do old money e nepotismo. O pequeno Sirius, aos 7 anos, decidiu que queria virar ator e seus pais logo correram para realizar o sonho do filho. Conseguiu pequenos papéis em filmes importantes e seu grande papel de destaque aos 11 anos. Podiam dizer o que quisessem dele, mas nunca poderiam falar que era um ator ruim. Seu personagem era conhecido por ser o que mais sofria na série, isso tudo por Sirius conseguir atuar tão bem que fazia o público soluçar de tanto chorar. Pelo menos a cada 2 anos era indicado para as maiores premiações, apesar de nunca ter ganhado, algo que deixava o público furioso.

— Cala a boca, cara – James respondeu rindo, enquanto dava um abraço no amigo.

Black e Potter eram os dois atores mais populares da série, mas por motivos opostos. Enquanto James era o perfeitinho que nunca havia feito nada de errado, sempre educado, Sirius era o “bad boy”. Seu nome era sempre atrelado a escândalos, como um vídeo seu vazado aos 15 anos completamente bêbado fumando maconha, algo que era considerado quase normal entre adolescentes, contudo, Sirius era uma celebridade e sempre estaria sob a lupa moralista da sociedade por isso. Muitas de suas fãs mais novas surtaram nas redes sociais, chorando e pedindo que o mesmo parasse de fumar ou teria uma overdose. Do outro lado, os pais o julgavam por ser um péssimo modelo para seus filhos. Sirius não podia se importar menos, sempre rindo quando lia essas coisas.

— Não escuta ele, Sirius faz essas coisas para ser inconveniente mesmo – Remus Lupin fuzilou o amigo com os olhos. Deu um tapinha no lugar ao seu lado no sofá – Senta aqui.

Enquanto James, por ser o protagonista, era o queridinho de pessoas que casualmente viam a série ou que até mesmo nem assistiam, Remus Lupin era o favorito entre as fãs. Sua “história de superação”, por ser um menino muito pobre que acabou virando um dos adolescentes mais ricos do mundo, era mencionada em toda entrevista, mas ao invés de ficar incomodado, Remus apenas sorria e agradecia todo o carinho. Porque ele era assim, doce e educado. Ao contrário de seus colegas de elenco, Lupin era bem reservado e quieto. Quase não usava as redes sociais e suas fãs agradeciam aos céus toda vez que o garoto se pronunciava. Apesar de sempre ter tido uma queda por James, o favorito de Lily no elenco era Remus e a fala dele deixou um calor em seu peito.

— Não vai nos apresentar? – Uma garota loira sentada numa poltrona sorriu para Lily.

— Claro. Lily, essas são Marlene – apontou para a garota loira – e Dorcas – a garota negra do outro lado da sala acenou e sorriu.

— É... Eu sei quem vocês são – Lily admitiu, com vergonha.

Dorcas Meadowes era apenas filha de Viola Meadowes, uma das maiores cantoras do mundo. A mulher, além do talento imensurável, era uma grande ativista do movimento negro, algo que Dorcas também havia adotado para si. Também seguiu os passos de sua mãe como cantora e acabou sendo uma das poucas industry plants que o público aceitava, por ser incrível. Abriu para o caminho para jovens negros no pop punk e era uma das artistas favoritas de Lily. Vê-la ali em sua frente era surreal, e a garota estava a um passo de sair gritando pedindo para tirar foto.

Já Marlene McKinnon era um caso engraçado. Sua família era uma das mais antigas de Hollywood. Seu bisavô fora dono de um dos grandes estúdios de cinema e sua bisavó uma estrela dos filmes. Avô e avó, tanto de lado materno quanto paterno, eram atores famosos. Seu pai já havia ganhado 3 Oscars por seu talento como diretor e sua mãe faturara a famosa estatueta por seu papel principal no filme em que conheceu seu marido. Os quatro irmãos de Marlene eram todos atores, mas ela? Ela queria ser advogada. Esteve cercada por famosos sua vida inteira, porém desejava uma vida “normal”. Só havia aberto suas contas nas redes sociais no último ano e era tudo que Lily queria ser. Podre de rica, vivendo de viajar, festas e lugares legais para sair. Suas fotos eram as mais bonitas que a ruiva já tinha visto, um claro talento da outra. 

James ficou em pé conversando com Sirius e como viu que Remus ainda a olhava, Lily resolveu acatar seu pedido e sentar-se ao seu lado. O garoto reparou que a perna da menina balançava furiosamente, então colocou levemente sua mão no braço sardento da outra para tentar acalmá-la.

— Nós somos muito normais, não precisa ficar nervosa. Se quiser, posso te contar algo muito humano sobre cada um de nós para quebrar o nervosismo.

Ela riu. Antes que pudesse responder, Marlene, que aparentemente havia se levantado da poltrona que estava, jogou-se do lado de Lily no sofá, apoiando a lateral do corpo no estofamento.

— Queria te falar, Brutal mudou minha vida. Sem brincadeira, eu acho que ouvi umas 100 vezes quando descobri. A parte da baliza, minha vida. Já fui reprovada para a carta de motorista 5 vezes – ela comentou, fingindo que estava quase chorando – Juro, se eu não passar da próxima vez eu desisto e faço o Sirius virar meu motorista particular.

— Eu não faria isso se fosse você – Remus entrou na conversa – Ele é um bárbaro no trânsito.

— Meu Deus, sim – Dorcas continuou o que Remus estava falando, parada em pé na frente deles – Semana passada nós dois saímos com ele e juro, teve uma hora que tinha essa ruazinha – ela começou a gesticular para explicar a história – E você tinha que fazer essa curva para entrar nela e ele o quê? Passou por cima da calçada! Um absurdo!

Sirius, que havia notado que estavam falando sobre ele, intrometeu-se na história para se defender:

— Se vocês dois não gostam, por que não dirigem sozinhos? Ah, é, porque não sabem! Não me critiquem com o que não sabem fazer.

Eles começaram a discutir, contando histórias mais absurdas sobre as coisas que Sirius fazia no trânsito e Lily só conseguia rir. Ainda não acreditava que aquele grupo de pessoas tão maravilhosas estavam em sua frente discutindo algo tão casual quanto dirigir. Havia passado tanto tempo assistindo entrevistas em que só falavam de seus trabalhos que era um pouco estranho aquilo tudo.

— Estou do lado deles! A parte de não saber fazer baliza é só uma parte, nem dirigir eu sei – Lily compartilhou – Minha mãe estava me ensinando, mas com a mudança não consegue mais. E eu ainda tenho que me inscrever nas aulas aqui para tirar a carta, que inferno.

— Eu posso te ensinar, também – James finalmente falou algo, olhando diretamente para ela. Lily deu um sorrisinho tímido – Sou um ótimo professor.

Voltaram a conversar com os outros. Eles contavam histórias sobre o grupo, explicando tudo para Lily. Em algum momento da noite pediram comida, já que estavam no apartamento de Sirius. O interfone tocou depois de meia hora e quando o menino voltou da cozinha, Marlene perguntou desesperada:

— É a comida? ‘Tô morrendo de fome.

— Não, é a Emmeline, na verdade.

Enquanto Marlene perguntava para Sirius se a mesma não estava na Inglaterra, Lily quase deu um faniquito do lado de Remus.

— Emmeline? A Emmeline Vance?

― Sim – Remus riu – Ela é nossa amiga. Estou surpreso que ela vem hoje, achei que estava gravando umas cenas para a série.

Lily se preparou emocionalmente para a chegada da menina. Emmeline Vance era apenas a grande it girl de Hollywood. Para Lily, ela era a garota mais linda do mundo e tudo que a ruiva queria ser. Havia considerado pintar seu cabelo de castanho só para combinar com ela, contudo, sua mãe quase a matou depois de ouvir a ideia. Emmeline era simplesmente tão simpática, educada, inteligente e, bem, perfeita. E quando a porta do apartamento se abriu, lá estava ela. Simpática, educada, inteligente, perfeita e... Loira.

— Eu não acredito – Marlene colocou as mãos em cima da boca, em choque.

— Você está linda – Dorcas exclamou, indo dar um abraço na amiga.

— Eu sei, eu sei, uma loucura. Finalmente convenci Dumbledore e os produtores a deixarem a Liv ficar loira! Por isso eu estava na Inglaterra, pintei o cabelo e gravei as cenas dela fazendo, super emocionante. Eu amei.

Ela saiu andando pela sala, cumprimentando todos e Lily só esperava sua vez, ansiosa. Depois de dar oi para Remus, Emmeline finalmente voltou-se para a ruiva e travou.

— Hm... Oi?

Emmeline olhou para Lily, depois para Remus, tentando entender quem era aquela garota. James, percebendo a cena, se adiantou:

— Emme, essa é a Lily. Ela é... Está comigo.

A loira demorou um pouco olhando para James, como se estivesse tentando lembrar de algo. Depois olhou para Lily, ainda um pouco confusa.

— Espera... A garota da gravadora? – Lily assentiu – Ah, desculpa!. Muito prazer!

As duas se abraçaram e Evans mal conseguia esconder o entusiasmo.

— Nossa, seu cabelo ficou lindo! Combinou super com você.

Emmeline agradeceu, sorrindo. O interfone tocou logo em seguida e Sirius avisou que era a comida e todos se dispersaram para ajudar a arrumar as coisas. James aproveitou o tempo sozinhos para segurar a mão de Lily com leveza, falando baixinho no ouvido dela:

— Se divertindo?

— Muito. É meio surreal, mas estou me divertindo.

— Que bom. Pode se acostumar, que isso vai virar a sua realidade.

O jantar ocorreu bem, uma conversa paralela a cada ponto da mesa. Quando estava envolvida numa conversa com Marlene e Sirius, Lily olhou para o lado para ver como James estava e viu que conversava com Emmeline. Enquanto ela ria, apoiava a mão no braço de James e Lily não soube por quê, mas sentiu uma pontadinha em seu peito. Reparou a menina fazer isso mais quatro vezes e em todas elas Lily se sentiu incomodada. Enquanto dirigiam para casa, juntou coragem para perguntar para James o que tinha sido aquilo:

— Por acaso... Você e a Emmeline têm alguma coisa? Ou já tiveram?

James olhou confuso para ela, antes de voltar o olhar para a estrada.

— Não. Ela é minha amiga, faz anos.

— Tem certeza? Porque eu-

— Lily – ele respondeu, muito sério – Eu tenho certeza. Somos só amigos.

Algo no tom de voz dele indicava que tinha algo por trás, porém Lily resolveu não insistir. Quando estavam chegando perto da casa dela, James puxou assunto sobre aulas de direção e perguntou se por acaso ela queria tentar aprender com ele no dia seguinte. Lily apenas concordou, ainda em silêncio. Antes que ela saísse do carro, James se inclinou apoiando uma das mãos no banco onde a menina se sentava.

— Lily. Emmeline e eu realmente somos só amigos. Eu, ela, Sirius, Remus... somos todos amigos. Conheço todos eles desde os meus 11 anos. Não precisa ficar preocupada. Te vejo amanhã, ok?

Ela suspirou, respondendo ok. James sorriu e a beijou antes de Lily sair do carro. No dia seguinte, nem parecia que o tópico Emmeline havia aparecido. James levou-a para a rua de sua casa, um condomínio fechado, para que fosse mais fácil aprender. Depois de deixar o carro morrer 5 vezes e muitas risadas, James tomou a direção e levou-os para um dos pontos de observação em Los Angeles. Discutiam sobre coisas triviais enquanto comiam o lanche que tinham comprado no caminho. Quando chegaram no tópico de música, Lily pegou seu celular para tocar Billy Joel, já que Potter não conhecia, algo que a deixou muito surpresa. Enquanto ela tentava decidir o que escutar, James timidamente tirou o celular do bolso e perguntou:

— Quer ouvir uma música nova minha? Estava no estúdio semana passada.

— Claro!

— A gravadora queria umas músicas mais românticas, então eu escrevi essa. Não sei se ficou muito boa, pode me falar a verdade. Chama Heaven Is You.

O som do piano preencheu o carro. Lily observava James cantar a letra junto baixinho e sorriu. De vez em quando ele olhava para ela, retribuindo o sorriso. Enquanto prestava atenção na letra, a menina tinha dificuldade de respirar. Ele tinha escrito aquela música para ela? Quase começou a chorar quando ouviu a ponte, sentindo o peito apertar de amor. Quando a música terminou, jogou seus braços no pescoço de James, dando-lhe um beijo.

— Que música linda! Eu amei! – ela disse, emocionada.

— Você acha? O pessoal da gravadora ficou dividido, mas eu gostei, acho boa para lançar.

— É maravilhosa.

Lily considerou dizer “eu te amo” para ele, mas se segurou. Ao invés disso, voltou a beijá-lo. No meio do beijo, uma luz forte entrou do lado de fora e os dois se separaram assustados. Olhando pelo retrovisor, foi possível ver uma câmera sendo guardada e o carro com dois paparazzis dentro saindo em disparada. James bateu no volante com raiva, fazendo Lily pular no assento.

— Ei, está tudo bem – apoiou a mão no braço dele.

— Desculpa – ele suspirou, passando as mãos no rosto – É que eu odeio paparazzis. Parasitas insuportáveis.

— Eles só estão fazendo seu trabalho.

— Lily, você não entende. Quando estiver com todos os holofotes sobre você, vai sentir falta da normalidade. Quando era possível sair de casa para comprar algo no mercado sem ter sua foto postada nas redes sociais com um bando de desconhecidos comentando como sua roupa está desleixada. Eu não posso sair com a garota que eu gosto em paz sem que eles se intrometam na minha vida.

O clima morreu depois daquilo. James estava com a cabeça em outro lugar e nada que Lily pudesse dizer iria mudar alguma coisa. Quando já estava deitada para ir dormir, tomou coragem de abrir o twitter. O nome de James estava no trend toppics e a maioria dos tweets eram de pessoas tentando descobrir quem era “a ruiva misteriosa”. Alguns haviam dito que era ela, mas não tinham seguidores o suficiente para fazer algum barulho. Desligou o celular, indo dormir pensando no que James havia falado, sobre a falta de privacidade que vinha com a fama.

Em sua casa, James Potter não conseguia dormir. Havia ficado muito estressado com todo o negócio dos paparazzis. Desde que colocara os pés em casa, ficou olhando nas redes sociais se havia algum comentário maldoso em relação à Lily e como suas fãs estavam reagindo. Felizmente, a maioria não tinha descoberto quem ela era. Suspirou aliviado, sabendo que tinha conseguido privá-la de toda a loucura por mais um tempo.

Quando tinha 11 anos, tudo que queria era interpretar um personagem. Havia algo nessa ação que lhe dava uma adrenalina, uma felicidade. Agora, aos 18, ainda gostava de interpretar aquele mesmo personagem, mas odiava a fama que havia vindo junto. Claro, o dinheiro era ótimo e ter seu trabalho reconhecido era bom, mas a falta de privacidade o fazia querer morrer. E agora que havia tomado a coragem de realizar seu grande sonho, descoberto aos 14 anos, sentia que seria pior. Atores conseguiam esconder melhor suas vidas, mas músicos sempre tinham os holofotes em si. Só o fato de ter que escrever músicas sobre sua vida pessoal faziam James ter calafrios. A gravadora implorava por umas mais românticas e para escrever Heaven Is You havia sido terrível. Ele teve que assistir várias cenas de comédias românticas para conseguir tirar inspiração. Seu empresário havia sugerido escrever alguma coisa sobre Lily, mas era complicado. Os dois só estavam saindo fazia quase dois meses e não sabia por completo como se sentia em relação a ela, mas com certeza não era o suficiente para escrever uma música.

Enquanto divagava, o interfone tocou e a portaria avisou que Emmeline estava ali para vê-lo. James achou esquisito, por conta do horário, mas deixou-a entrar mesmo assim. Esperou seu carro estacionar na garagem e a garota sair do carro. Sua cara estava meio estranha, como se estivesse com muita dor. Os dois se cumprimentaram, dando um abraço. Enquanto caminhavam até a cozinha, James começou a falar:

— E aí, o que aconteceu? Você está com uma cara estranha.

— Eu preciso te falar uma coisa.

— Lança aí. Quer algo para beber?

— James...

— Eu tenho água, óbvio, refrigerante, um suco meio velho que eu sugiro não tomar, ah, e cerveja também.

— Eu quero você.

Ele parou de procurar coisas na geladeira e seu corpo gelou. Não tinha acabado de escutar aquilo, tinha? Lentamente fechou a porta do eletrodoméstico, olhando para Emmeline. A loira olhava atentamente para ele, esperando sua reação.

— O que?

— Eu quero... Você – ela repetiu, nervosa.

Ele não sabia o que responder. Entendia o que ela estava querendo dizer, mas não entrava em sua cabeça. Desde que viu Emmeline entrar na sala na primeira vez em que iriam ler o roteiro de The Marauders em conjunto, seu coração pertencia a ela. Foi apaixonado pela menina até seus 14 anos, quando percebeu que ela não queria nada, mas ouvir aquelas três palavras fizeram toda aquela paixão voltar à tona. James precisou se sentar num dos banquinhos, ainda em choque.

— Desculpa – ela se aproximou, a voz chorosa – É que eu não podia ficar quieta sobre isso.

— Você... Você não tem o direito de fazer isso comigo. Sabe por quantos anos eu fui-

— Eu sei. Porque eu também fui.

James olhou para Emmeline, incrédulo:

— E por que nunca disse nada? 

— Porque... Porque a Liv é minha. É meu bebê. E a relação dela com o Alex é tão especial que eu fiquei com medo da gente namorar e terminar, o que iria estragar a relação dos dois e isso não seria justo com os fãs. Mas agora a série está acabando então...

Emmeline tinha se ajoelhado em sua frente, com a expressão preocupada. James a encarava, atordoado e sentindo que tudo que queria era  segurar seu rosto e beijá-la até não ter mais ar em seus pulmões. Anos de paixão adormecida acordados violentamente com apenas três palavras. Ele não conseguia falar mais nada, e Emmeline percebeu isso.

— Eu vou embora. Desculpa. De novo. Eu sei que você está saindo com alguém, mas... Precisava te falar. Não vou implorar, só me avisa o que for fazer.

Ele ficou ali, sentado e incrédulo, até tarde da madrugada. A cabeça a milhões, desesperado.

James Potter estava fodido.

Depois de finalmente ser vencido pelo cansaço e acordar na manhã seguinte, a primeira coisa que fez foi mandar mensagens para Sirius e Remus que não demoraram para aparecer na casa do amigo. Ouviram toda a história em silêncio.

— Agora eu não sei o que fazer. Por favor, me ajudem.

Os dois se entreolharam, enquanto o amigo se sentava no chão. Juntaram-se a ele e Remus foi o primeiro a falar:

— Você vai ter que fazer uma escolha, cara.

Ao ver o olhar desesperado do melhor amigo, Sirius se prontificou para ajudar:

— Ok. São duas meninas maravilhosas que gostamos muito, mas vamos ser pragmáticos. Sem pensar demais, o que você prefere: uma garota, que por mais linda e carismática que ela seja, você só conhece faz 2 meses e nem namorando está ou a garota dos seus sonhos, que você é apaixonado desde criança. Finalmente te dando uma chance. E aí, qual vai ser?

Sirius tinha um bom ponto. James gostava muito de Lily e quem sabe com mais algum tempo, eles poderiam acabar namorando, mas Emmeline era outra coisa. Talvez acabasse que os dois não funcionavam juntos e terminassem depois de semanas, contudo James não podia deixar essa oportunidade passar. Era questão de honra com seu eu de 11 anos. Suspirou e deu sua resposta para o amigo:

— Vou ter que terminar com ela, não vou?

Seus melhores amigos concordaram.

— E vê se explica certinho. Lily é uma boa garota, merece uma explicação direta.

James concordou. Só não sabia como fazer isso. Encontrou-se com ela mais algumas vezes durante o mês e em nenhuma delas conseguiu juntar coragem para terminar. Não quando ela parecia estar tão feliz, não queria ser o responsável por tirar aquele sorriso de seu rosto.

Lily notou que James estava esquisito. Parecia distante, sempre distraído. Ficou com uma pulga atrás da orelha no momento em que foi ver as horas no celular dele, e viu uma mensagem de Emmeline. Quando perguntou para o Potter, casualmente, o que era aquilo, ele começou a gaguejar e a desconversar. Lily tentou insistir, mas James terminou o assunto e a chamou de paranóica, afinal, eles eram só amigos, não é?

Foi numa tarde ensolarada, no quintal da casa dela. Tinha convidado James para passar o dia com ela, talvez para tentar tirar dele o que estava o deixando tão esquisito. A cara dele estava tão péssima que teve que perguntar:

— James, está tudo bem? Sua cara... Parece que você está morrendo.

— Lily... Eu... Eu não consigo-

Teve a sensação de que seu coração estava afundando em seu peito. Sabia muito bem o que ele estava querendo fazer, e não queria acreditar.

— Por quê? O que eu fiz? – James não conseguia olhá-la nos olhos – Olha para mim, porra!

Quando finalmente olhou para seu rosto, a cara de cachorro perdido dele a deixou com raiva. Estava se sentindo humilhada. Seu relacionamento dos sonhos com seu ator favorito iria acabar e não tinha nada que ela podia fazer para evitar, contudo, ainda podia sair por cima.

— Não, você não vai fazer isso comigo. Quer saber? Acabou. Eu estou terminando com você.

— Lily – o coração de James apertou ao ouvir o tom de choro na voz dela.

— Vai embora – ele não se moveu – Estou falando sério. Sai daqui!

Ela gritou a última parte e James novamente pediu desculpas antes de pegar suas coisas e ir embora. Os joelhos de Lily cederam e ela se sentou na cadeira, chorando tanto que sua mãe veio correndo ver o que estava acontecendo. Horas depois, quando se acalmou, o arrependimento começou a vir. Talvez eles poderiam ter conversado, conseguido resolver. Pensou em mandar mensagem, mas seu orgulho falava mais alto. Depois de tanto pensar, juntando com a insônia, convenceu-se que ele iria voltar para ela. Que no dia seguinte estaria em sua porta, implorando pelo perdão para voltar com Lily.

E então ela esperou. Mas ele não apareceu no dia seguinte. Nem no próximo. Uma semana se passou e nada. E depois de duas semanas, quando estava olhando o twitter, entendeu o porquê dele não ter aparecido. Estava ocupado demais beijando Emmeline Vance em público para vir procurá-la. Ficou olhando para a foto, incrédula, por 10 minutos em completo silêncio. E então, as emoções começaram. E dessa vez, ela não queria chorar. Queria socá-lo tanto que seu rosto ficasse tão desfigurado que ninguém conseguisse reconhecê-lo. 

No mesmo dia, quando chegou em sua primeira sessão de estúdio para começar a escrever seu álbum de estreia, só tinha uma coisa em mente: escrever as maiores atrocidades sobre James Potter para ver se conseguia se acalmar. Aquele processo durou alguns meses. No total, escreveu 20 músicas para ele, mas diminuiu para 7 no processo final de seu primeiro álbum. Era obrigatório que Brutal entrasse na lista, pois fora o que conseguira sua carreira. Escreveu também uma para Emmeline depois de passar uma noite inteira xingando a garota com Marlene e Dorcas, que haviam parado de falar com James e Emmeline depois de verem o que aconteceu.

Precisava de 10 músicas para fechar o álbum e nenhuma das outras músicas escritas pareciam boas o suficiente para causar um impacto no público. Seus produtores até insistiram em algumas, mas Lily não sentia que eram aquelas. Não sentia mais tanta raiva, só dor. James e Emmeline continuavam firme e forte, parecendo estar super apaixonados em entrevistas. Lily sabia que não devia, porém se torturava assistindo todas elas, querendo morrer toda vez que eles trocavam olhares como se só existissem os dois no mundo.

Na hora do almoço, o estúdio estava todo vazio, era apenas Lily sentada no piano. Conseguira uma melodia que achava legal, mas não tinha letra nenhuma. Resolveu ir à uma lanchonete na frente do estúdio para ver se comer algo ajudava na inspiração. Na hora de pagar, quando estava tirando o cartão de crédito da carteira, sua carteira de motorista recém-tirada acabou caindo no chão. Pegou o objeto na mão e do nada, um clique em sua cabeça.

— Desculpa, mas você tem um guardanapo? E uma caneta? – ela pediu para a caixa.

Sentou-se numa mesa e escreveu as primeiras quatro linhas da música. Voltou correndo para o estúdio e se colocou na frente do piano para terminar. Meia hora depois, Drivers License havia nascido. Vinda do lugar mais pessoal do coração de Lily, ela colocou todas suas dores e tristezas nela, e sabia que aquele seria seu primeiro single

 

James não ouvia falar de Lily fazia meses quando a música estourou. Estava tão ocupado gravando a última temporada de The Marauders que não tinha tanto tempo para olhar nas redes sociais. Almoçava em seu trailer quando Sirius entrou junto de Remus, o celular em sua mão.

— Cara, você já ouviu?

— Ouvi o quê?

— A nova música da Lily.

— Ela lançou? – James questionou genuinamente.

― Sim. E é sobre você.

Potter foi pegar seu celular, mas Sirius foi mais rápido. Com o seu que já estava em sua mão, colocou a música do Spotify para tocar. James prestava atenção na letra, sentindo o coração começar a bater mais rápido. Por isso nunca tinha se envolvido com cantoras antes: morria de medo de algo acontecer e ela expor detalhes sobre a relação dos dois. O pior de Lily era que só de escutar aquela música, ele sabia que ela estava mentindo. James nunca tinha prometido “para sempre”, nem escrito uma música sobre ela. 

— E cara, você já viu suas contas? Descobriram ser sobre você e olha, os comentários não estão bonitos – Remus avisou depois que a música acabou.

James pegou seu celular, já trêmulo, para ver o que eles estavam falando. Os comentários em suas fotos eram aterrorizadores e o que falavam sobre ele no twitter era pior ainda. Sua respiração começou a acelerar, assim como seu coração. E pelos próximos meses, continuou a piorar. Lily lançou mais dois singles, os dois falando mentiras sobre ele assim como o primeiro. A cada música lançada, mais comentários de ódio James recebia. Emmeline acabou recebendo também e isso acabava magoando o Potter mais ainda, já que aquela era sua namorada.

Quando Lily finalmente lançou seu álbum, a vida de James acabou. Não conseguia ir para lugares públicos sem ser xingado, pois, o sucesso da menina havia sido tanto que o mundo inteiro sabia quem ela era e, consequentemente, tinham tomado seu lado na “briga”. Até mesmo veículos de mídia, que antes eram apaixonados por ele, agora faziam matérias chamando-o de monstro e desumano. James começou a ter ataques de pânico e crises de ansiedade quase toda noite. Sua gravadora pensava o contrário: diziam para ele aproveitar a crise e lançar seu lado da situação, que seria ótimo para sua carreira. James sabia que aquilo não era verdade. Se lançasse qualquer coisa, seria mais massacrado do que estava sendo. Então, resolveu apenas sumir. Quando terminou as entrevistas para a última temporada de sua série, ele desapareceu. Abandonou as redes sociais, não queria mais gravar nada, desistiu completamente de sua carreira musical que tanto sonhara em seguir. 

Lily Evans havia destruído sua vida e James Potter nunca iria perdoá-la por isso.


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Notas finais do capítulo

prometo que o segundo capítulo sai até o final do ano kkk VEM AI A TRETA!!!!!!!!!
um beijooo ♥



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