P.O.V Da Sam

Depois de passar semanas pegando no pé da minha mãe, finalmente convenci ela a me deixar concluir o colegial em Paris, e fazer 6 meses de intercâmbio. Era algo que eu já tinha em mente já fazia algum tempo. Pam deixou e eu fiquei muito feliz.

Planejei com ajuda dela, acertamos tudo com o Programa de High School e conseguimos uma Host Family para me acolher na casa deles.

Preparamos tudo para a minha viagem, eu já ia concluir o terceiro ano em estilo estudando fora do país.

Faltava só 6 meses mesmo.

Existe coisa melhor?

— Vê se não apronta nada e nem pense em se engraçar pra cima do filho dos franceses lá. - Me alertou.

— O mais velho deve ter uns 13 anos, credo, mãe! - Fiz careta.

— Obedeça a nova família e não deixe as calcinhas penduradas no banheiro! - Lembrou.

Revirei os olhos.

— Seja educada e gentil com eles, ajude a mãe com as tarefas domésticas! - Minha mãe avisou.

— Tá, já entendi! - Concordei.

— E mais uma coisa...

— Já sei, se o homem tentar algo comigo, eu vou dar um chute nas bolas dele! - A interrompi.

— Boa garota! - Pam beijou minhas bochechas.

Limpei depressa, não queria ficar com marcas de batom.

Após nos despedirmos, eu embarquei.

Foram 15 horas de viagem.

Eu finalmente cheguei na minha Homestay.

Estava ansiosa para conhecer minha Host Family.

E finalmente conheci os Gerard. Quem me pegou no aeroporto foi a babá da família, Nora.

A família era composta por quatro membros.

Jacques e Florence Gerard e suas filhas René e Rosie de 13 e 9 anos.

Eu não sabia falar nada no idioma deles. Mas claro que iria aprender com o tempo.

Nora, a babá, era fluente em inglês.

— Estamos esperando o outro intercambista. - Contou.

— O quê? - Mais um?

— O motorista foi pegá-lo no aeroporto. - Contou.

Entramos com com os Gerard, Florence lembrava a minha mãe, alta e alegre. Seu marido era calado e se parecia com um daqueles Chefs de cozinha que vemos em programas de TV.

Então, eu teria um irmão que iria compartilhar comigo moradia e tudo mais... Até mesmo a atenção da Host Family.

Ouvimos a campainha, uma senhora foi atender a porta.

Ah, só pode ser um pesadelo.

— Puta merda! - Exclamei.

— Puckett? - O cara me encarou surpreso.

— Benson! - Falei com desgosto.

Aquele era Freddie Benson, o cara idiota da outra turma, do mesmo colégio que eu, presidente do Clube de Matemática, capitão do time de Esgrima, e o meu maior rival desde a infância.

Nossas mães se detestavam. Era rixa antiga. As duas pegaram o mesmo cara gostoso no colégio. Algo assim.

Crescemos com aquela rivalidade.

Aquele idiota tinha mesmo que aparecer para arruinar meu intercâmbio?