Gastronomia do Amor escrita por Julie Kress


Capítulo 3
Tentação


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Capítulo imperdível hahaha

Deliciosa leitura!!!



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No dia seguinte...

Sr. Benson era um homem muito legal, nunca me senti tão empolgada numa aula de culinária, conheci meus novos colegas, os estagiários que chegaram, eu era a única estrangeira ali, seu filho mais novo acompanhava a aula de perto fazendo anotações. As aulas técnicas duravam 2 horas, em pouco tempo eu iria aprimorar tudo que aprendi e muito mais.

Depois fomos colocar as mãos na massa, comecei meu expediente no restaurante.

Freddie, o caçula insuportável, não estava mais na escola. O garoto era nerd mesmo, ele iria iniciar a faculdade no ano seguinte. Só assim os coitados dos funcionários do pai dele teriam sossego.

Vincenzo trabalhava numa fábrica de enlatados, era operador de máquina. Dava para ver que seu pai tinha muito orgulho dele, vivia falando bem do filho mais velho.

Era noite de pizza, o restaurante estava bastante movimentado.

Foi a primeira vez que fiz uma pizza sozinha, uma mista, metade siciliana e metade portuguesa. Estava tão bonita, a massa ficou perfeita, com as bordas crocantes.

Eu já ia liberar o pedido.

— O que você pensa que está fazendo? - Me alarmei.

Eu havia me afastado rapidinho indo lavar as mãos.

Freddie cortou uma fatia da pizza, ele soprou e depois mordeu um pedaço.

— Hum... Muito boa. - Terminou de mastigar.

Calma. Calma. Calma...

— Garoto, você quer mesmo me ferrar aqui dentro? - Perguntei me controlando para não fazer uma besteira.

— Faça outra. Vou levar essa para os meus amigos. É melhor se apressar, os clientes da mesa 5 estão com fome. - Pegou a pizza e foi embora.

Claro que tive que preparar outra às pressas.

Eu não ia deixar aquele metidinho arruinar o meu estágio.

— Tenha paciência, o menino Freddie faz isso para chamar atenção... Às vezes não é por mal. - Dona Stefania disse.

— Isso é falta de surra, se o pai dele colocasse limites, ele não seria assim... - Falei abrindo outra massa.

Eu estava ali por amor à Gastronomia. Por dedicação e amor. Eu só queria fazer meu Tecnólogo.

[...]

Saí pela porta dos fundos, fui deixar o saco de lixo lá fora no latão.

Ouvi cochichos, risadinhas e sons familiares... Como gemidinhos e estalos de beijos.

E lá atrás, com pouca iluminação, flagrei um casal jovem na maior agarração.

Reconheci a camisa listrada. Só podia ser... Freddie pressionava uma moça contra a parede de tijolos vermelhos.

Fiz barulho batendo no latão, eles se assustaram.

A menina me olhou mortificada, ajeitou as alças do vestidinho florido e saiu correndo após ter sido pega no ato indecente.

— CECILIA! - Freddie chamou.

Mas ela sumiu pela rua de trás.

Essas meninas com fogo no rabo... Depois engravidam na adolescência e não sabem o porquê...

— Melhor dar um jeito nisso, Don Juan! - Apontei para o volume em sua calça.

— Você fez de propósito! - Tentou se cobrir.

— Que levasse a menina para o seu quarto... Que idade ela tem? 17 anos? Se ainda for virgem. Ninguém merece perder a virgindade nesse lugarzinho. - Olhei ao nosso redor.

— Isso não é da sua conta! - Ficou nervosinho

— Saquei a tua, moleque, você é acostumado a trazer garotas pra cá, né? Tá usando camisinha pelo menos? Seu pai não vai querer ser avô tão cedo! - Provoquei.

— Olha aqui, vai cuidar da sua vida! - Ficou irritado pra valer.

— Então, pare de atrapalhar meu serviço. Se continuar me atazanando, eu vou dizer tudo para o seu pai! - Ameacei.

Ele engoliu em seco.

— Toma vergonha na cara, moleque! - Dizendo isso, eu entrei.

Freddie ficou ali fora praguejando.

[...]

Dias depois...

— Ao invés de babar pelo meu irmão, por quê você não faz o seu serviço direito? - Continuava de novo pegando no meu pé.

Vincenzo conversava com o Paolo, estavam fazendo a contagem da mercadoria que tinha chegado bem cedo. Paolo era o auxiliar.

— Estou estudando. Não tá vendo? - Mostrei meu Laptop.

— Mentira... Você tá de olho no meu irmão... Está até babando aí e enrolando o cabelo... - Que garoto chato.

Bufei fechando meu Laptop.

— Vá brincar com seus amiguinhos e me deixe em paz. - Levantei.

— Já tenho 18 anos. Sou homem. Não sou mais criança. - Disse indignado.

— Aposto que você nem tem pentelhos. Tenho mais o que fazer, larga do meu pé! - Avisei.

— Algum problema aqui? - Vincenzo se aproximou.

Que gato... Deus caprichou.

— A Sam disse que não tem mais lição para fazer hoje. O papai já liberou ela, só vamos abrir o restaurante mais tarde. Ela quer conhecer a cidade e quer que você a leve! - Eu ia matar aquele garoto.

— Poxa, tô sem tempo. Por quê você não a leva, maninho? - Vincenzo sugeriu.

— Boa ideia, figlio, seu irmão está muito atarefado. Já que não tem nada para fazer, leve a Sam para conhecer a cidade. - Sr. Benson apareceu na cozinha carregando uma caixa cheia de tomates.

Minutos depois...

— Sobe aí, loirinha! - Me entregou o capacete.

Sua Lambreta era vermelha.

— Se por acaso você fazer a gente cair, eu vou te mandar direto para o necrotério! - Ameacei.

— Tá com medinho? - Achou graça.

Revirei os olhos e montei na garupa.

— Vê se não tira casquinha, eu sei que sou gostoso. Não é à toa que as meninas correm atrás de mim! - Se gabou.

Passei os braços ao seu redor, ele disparou comigo descendo a rua que era engraçada.

Eu pensando que Vincenzo era radical pilotando... Freddie o superava.

Ele fez uma curva arriscada, me agarrei a ele gritando e fechando os olhos.

Parecia que ele queria nos matar.

Quando o Benson caçula parou, eu tremia abraçada a ele que nem vara-verde.

— Vamos tomar um Gelato, medrosa. Agora já pode me soltar! - Avisou.

Eu finalmente iria poder provar aquela delícia cremosa italiana.

Os famosos sorvetes.

Tinha uns 100 sabores diferentes, fiquei doidinha quando entramos na sorveteria.

Pedi um Pistacchio Crocante e Freddie pediu um Nocciola.

Sentamos para desgustar os nossos Gelatos.

Tomei mais três sorvetes.

— Isso é muito bom, cara, é muito bom... - Creme de avelã com castanhas.

Freddie pegou um guardanapo de papel e limpou minha boca.

Seu toque delicado me fez sobressaltar.

— Parece criança se lambuzando toda. - Riu.

Senti minhas bochechas arderem.

[...]

Siena é uma charmosa cidade localizada na região de Toscana. Muito linda por sinal. Freddie me levou para conhecer alguns pontos turísticos.

Conheci a Torre del Mangia, um belo monumento antigo. Usei meu celular para tirar fotos, eu iria enviar para minha mãe e para os meus amigos em Seattle.

Fomos ao Palazzo Pubblico e ao Museu Cívico.

Até que ele não estava enchendo o saco. Pensei que ele fosse ficar boladinho por ter que mostrar a cidade para mim.

Ficou super empolgado me mostrando a Biblioteca Piccolomini. Claro, era a cara dele, nerds e sua paixão por livros.

Também conheci a famosa Cadetral, o que mais gostei foi da fonte Gaia. A beleza era impressionante.

Já estava na hora do almoço.

Paramos numa barraquinha, eu estava faminta, compramos Pesce Fritto al Cono e Arancini.

Era peixe frito servido num cone de papel, com arroz, molho de tomate e queijo. Sentamos ali nos banquinhos para comer.

— Cecilia é sua namorada? - Perguntei puxando assunto.

— Não. - Negou.

— Mas você gosta dela, né? - Indaguei.

— Ela é só uma menina com quem eu fico. - Disse com descaso.

— Estão se prevenindo? Que idade ela tem? - Perguntei.

— Ei, por quê quer tanto saber? Não tô perguntando nada sobre a sua intimidade! - Levantou indo descartar o cone na lixeira ali perto.

— Foi mal aí, nervosinho, é que parece que você não se abre com ninguém. Seu pai é um homem muito ocupado. E você e o seu irmão não são tão próximos... Talvez você precise de conselhos. Podemos ser amigos...

— Não, não podemos ser amigos... Vamos embora! - Caramba.

Perdi até o apetite. Ele pagou a conta.

[...]

— Fique aqui fora. - Ele parou em frente a um cemitério.

Apenas assenti retirando o capacete.

Ele entrou no cemitério me deixando sozinha.

Freddie estava demorando, resolvi entrar e procurar por ele.

Adentrei o cemitério, era bem antigo e com túmulos tradicionais. Pitoresco. Bonito até... Vi umas senhorinhas rezando com terços, velas acesas. Também havia um homem com uma enxada, campinando, o cemitério era bem cuidado.

Andei por alguns minutos até achá-lo.

Estava ajoelhado diante de um túmulo, chorando e falando em italiano.

Mamma, mi manchi...

Ele ouviu meus passos, se calou e olhou para trás.

— O que faz aqui? - Levantou.

— Estava demorando, eu vim...

— Era pra ficar me esperando lá fora! Não era pra vir aqui! Você é muito intrometida! - Brigou comigo.

Seus olhos estavam avermelhados.

— Sinto muito por sua mãe...

— Não, você não sente! Não a conheceu! Não preciso da sua pena! Não devia ter entrado aqui! - Ele me empurrou.

Caí sentada de bunda no chão.

Freddie saiu correndo.

Ele estava revoltado.

[...]

— Deixa eu chegar lá em casa, vou dar uns tapas naquele moleque! - Ainda bem que eu tinha o número do seu irmão.

Vincenzo foi me buscar.

Freddie havia me abandonado no cemitério.

— Ele não fez por mal, eu não devia ter atrapalhado o momento dele...

— Desde que a mamãe se foi, o meu irmão só tem dado trabalho. Se mete em confusão... Peguei ele fumando ontem. - Vincenzo me passou o capacete.

— Devia sentar e conversar com ele. - Falei.

— Mamãe faleceu ano passado. - Contou. - Foi um acidente... Estava pegando uma coisa no alto da prateleira, caiu da escada e bateu a cabeça... Freddie foi quem a socorreu... Ela faleceu no hospital. - Pobrezinha.

Vincenzo era muito legal.

— Sinto muito. - Fui sincera.

Ele me levou para a pensão, eu descansei.

Tinha que ir para o restaurante à noite.

Chegando no Marissa Cucina, eu me aprontei. Fui para a cozinha.

Freddie estava auxiliando a dona Stefania. Paolo havia faltado.

Lavei as mãos e fui cortar os legumes.

Ele nem se desculpou pelo ocorrido lá no cemitério.

Começou a encher minha paciência.

Sempre pegando no meu pé.

— Está muito movimentado hoje, temos 5 lasanhas para preparar. Ei, não pode usar fones aqui dentro. - Ele puxou os fones do meu iPod.

Decidi relevar.

Freddie continuou me atazanado.

Acho que ele queria fazer eu ser demitida...

Fatiei as cebolas.

— Você é folgada mesmo. Papai não admite moleza. Deixe esses legumes aí, vá preparar o recheio das lasanhas! - Estava me dando ordens.

Comecei a discutir não tolerando seu tom.

Gritei sentindo a dor aguda. Quase decepei meu dedo com a lâmina afiada.

Jorrava sangue do meu dedo. O golpe foi fundo.

Dona Stefania foi me socorrer.

Minutos depois...

— Teve chance de contar ao meu pai. Por quê livrou a minha cara? - Eu estava lá fora, pegando um ar puro.

— Ele tem preocupações maiores. Isso aqui... - Mostrei o dedo com o curativo. - Não é nada. - Falei.

— Não foi minha intenção... - Estava sem jeito.

— Sei disso... - Olhei para a rua.

— Desculpa... - Sua voz saiu baixa.

— O estágio é importante para mim... Estou longe de casa... Longe da minha família e dos meus amigos... Estou ralando duro... Você não entende. Eu preciso concluir meu curso... - Minha voz embargou.

Ele ficou em silêncio.

Me afastei respirando fundo, meus olhos estavam ardendo.

Eu não ia desistir do meu sonho.

— Não se preocupe... - Tocou meu ombro. - Não vou mais pegar no seu pé. - Prometeu.

A trégua durou apenas 3 dias.

Freddie passou a me atormentar, mas não da forma que fazia antes.

Aquele garoto queria mesmo ferrar comigo.

— Vim trazer Panna Cotta. - Apareceu na pensão.

Era sábado à noite.

Deixei ele entrar.

— Valeu. - Agradeci pegando os doces.

Eu estava usando uma regata sem sutiã, uma calça de moletom e usava minhas pantufas.

— Você que fez? - Estavam uma delícia.

— Sim. - Sorriu orgulhoso.

Sentei na cama.

Freddie sentou ao meu lado e do nada me agarrou.

— Para com isso! Ficou louco? - O empurrei.

— Você gostou dos doces, vi você me olhando ontem... Não sou criança... Vou te mostrar isso! - Me beijou novamente.

Ele era mais novo... Eu não devia ter deixado ele entrar.

A carne é fraca... Ele beijava bem.

Me deixei levar pelo momento.

Suas mãos apertaram meus seios ainda cobertos.

Freddie levantou minha regata e caiu de boca no meu seio direito.

Gemi agarrando seus cabelos macios.

Ele desceu a boca por minha pele... Lambeu minha barriga.

Desceu minha calça de moletom junto com minha calcinha.

Eu devia tê-lo parado.

Mas eu perdi a cabeça...

Sua língua me percorreu.

[...]

Freddie gemia rouco enquanto metia fundo em mim.

Tinha o corpo bonito, a pele levemente morena.

— Não goza dentro... - Pedi.

Gritei atingindo o ápice, afrouxei as pernas ao seu redor.

Ele se retirou e esfregou a glande inchada entre minhas pernas, pressionando meu clitóris até gozar me sujando toda.

Desabou ao meu lado.

Ninguém podia saber sobre aquilo.

Era errado...

Freddie era o filho mais novo do meu professor/patrão.

Chef Benson poderia me mandar embora.

Levantei da cama, fui ao banheiro e entrei debaixo do chuveiro.

— Agora você sabe do que sou capaz... - Safado e atrevido.

— Não vai se repetir. - Avisei.

Ele invadiu o box e me prensou contra os azulejos.

— Me enche de tesão, sabia? - Me fez virar. - Você não pode ter o meu irmão, ele já tem namorada e vai casar com ela... Se contenta comigo. A gente vai se divertir bastante... Ninguém precisa saber... - Já estava ereto de novo.

Ele se forçou para dentro de mim e eu empinei.

— Não tomo pílulas... - Lembrei.

— Quer dar para mim? - Apertou minha bunda.

Fiquei ainda mais molhada.

Eu não imaginava que ele fosse tão safado.

Benson caçula me deixou de pernas bambas.

E no dia seguinte, no restaurante, fingimos que nada havia rolado entre nós.


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Notas finais do capítulo

Eita, eita, eita... Sam falou tanto do Freddie que foi pagar com a língua.

Ele mostrou que não é criança...

As coisas começaram a esquentar...

Ele é novinho... Mas é experiente na coisa...

Onde será que a Sam foi se meter?

Agora não tem mais volta.

Tradução:

Mamma, mi manchi... : Mamãe, sinto sua falta...

Até o próximo. Bjs



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