Perseguição em Londres escrita por Julie Kress


Capítulo 5
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Encerrando mais uma Short.

Fiquem com esse final. Eu gostei.

Boa leitura!!!



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P.O.V Do Freddie

Sam descobriu toda a verdade, ela ficou bastante mal, eu a magoei. Deveria ter acabado com tudo, não fui honesto com ela, Sam não merecia aquilo. Ela soube da verdade da pior forma, meu celular estava sem senha, tive que retirar porque o aparelho estava travando muito, a porcaria estava com problemas, todo bugado.

Deletei tudo que tinha no celular, cada coisa que escrevi sobre ela. Chegando no hotel residencial, também deletei as coisas que salvei no meu notebook.

Voltei para L.A na manhã seguinte, cheguei em casa um caco. Não dormi nadinha, não conseguia parar de pensar na Sam... Ela confiou em mim. Eu a decepcionei.

A enganei, fingi ser alguém que não era. Tudo para conseguir a porra de uma matéria.

E no final das contas, fui descoberto, levei a pior. Sam devia estar me odiando. Disse que nunca mais queria me ver. Eu errei com ela.

Me apaixonar por aquela mulher não estava em meus planos. Mas fazer o quê? Simplesmente aconteceu.

Nem tive como evitar.

Nos conectamos de uma maneira indescritível, ela se entregou para para mim... A pior coisa foi ver a dor em seus olhos no momento em que me desmascarou.

Senti o chão se abrir...

Minha farsa, todas as mentiras... Todas aquelas merdas fizeram aquela mulher maravilhosa se afastar de mim, me repudiar...

[...]

Fui cedo para a Editora no dia seguinte, indo direto falar com o meu chefe.

Nevel Papperman me recebeu alegre.

— Meu Menino de Ouro, trouxe a preciosa matéria? Já posso ler agora antes de mandar para a revisão? - Perguntou super empolgado.

— Não terá matéria nenhuma sobre Sam Puckett. - Fiz seu sorriso sumir.

— Como assim? Você passou praticamente um mês perseguindo aquela mulher. Pare de palhaçada, eu exijo a matéria agora mesmo, Benson! - Engrossou pro meu lado.

— Sinto lhe informar, mas eu falhei. Consiga uma entrevista com o Wade Collins já que o senhor anda dando para ele! - Me irritei.

Wade Collins era um cantor que dava show de estrelismo. Vivia causando. Um ser insuportável. Muito exibido.

— Já entendi tudo... Ao invés de fazer o seu trabalho direito, você estava em Londres comendo aquela vadia louca, seu idiota? - Aquilo bastou para me enfurecer.

Sam não era vadia coisa nenhuma... Como ele se atrevia?

— Retire o que acabou de dizer sobre ela, você nem a conhece! - Esbravejei.

— Vadia louca. Piranha arrombada. Destruidora de lares... O quê mais? Ah, fiquei sabendo que ela costuma fazer o teste do sofá! Aquela atriz de quinta categoria, loira oxigenada. - Sorriu cínico.

Fui para cima dele sem pensar nas consequências.

O derrubei com um socão bem dado, meu chefe desabou no chão como um boneco de pano velho.

Sam era uma mulher incrível e não merecia ser ofendida.

Ele não sabia nada sobre quem ela era pra ficar falando merdas.

— Me demito! - Avisei.

Seu nariz sangrava, ele estava caído no escritório, chocado.

— SEGURANÇAS! - Berrou histérico.

Fui tirado da Editora antes mesmo de conseguir arrumar minhas coisas. Um colega meu pegou tudo para mim, limpando minha mesa.

— Valeu. - Peguei a caixa com minhas tralhas.

— Tá sabendo que ele vai te processar, né? - Scott perguntou.

— Não vai nada... Sei de todos os podres dele. Tchau, Scott. - Me despedi.

— Boa sorte, colega. Nos vemos por aí. - Era um cara legal.

E daí se mandei meu emprego para o espaço?

Só uma coisa me importava.

Ela tinha nome e sobrenome... E o sorriso mais lindo.

[...]

1 mês depois...

P.O.V Da Sam

— Se anima, amiga. Ou supera ou vá atrás dele! - Carly tentou me ajudar.

Era boa com conselhos.

Fomos à uma balada, ela me convenceu, eu precisava me distrair.

— Uau, tem dois gatinhos olhando para nós! - A morena sorriu, ela tinha o fogo e o pique de uma adolescente.

Revirei os olhos, beberiquei meu drink.

— Olha, loira, eles estão cochichando. Acho que gostou de nós. - Me fez virar.

Meu coração só faltou pular pela boca quando vi Freddie ali no bar. Estava acompanhado de um amigo.

Eram os tais gatinhos...

Travei na hora, minha boca ficou seca. Eu queria me mandar, porém, minhas pernas não me obedeciam.

Ele não havia mandado publicar a matéria. Também pouco me importava... O que rolou em Londres, ficou em Londres.

Carly sorriu e acenou para eles.

Apertei o copo em minha mão. Estava tremendo.

— Sam? - Ela me chamou alto.

— É ele... - Sussurrei.

Minha amiga fez leitura labial, não me ouvia por causa da música.

Acabei derrubando o copo com minha bebida, eu cambaleei para longe dela, para longe dele, para bem longe dali...

Saí da boate puxando o fôlego.

Meu coração martelava em meu peito.

— Sam! - Ouvi sua voz grave e rouca.

Eu tremia, minhas pernas estavam bambas.

Freddie me alcançou, me fez virar para ele e me segurou pelos ombros.

— Fale comigo, por favor... - Implorou.

O drink de pêssego com laranja pesou em meu estômago. Me curvei e vomitei em seus sapatos.

[...]

— Anda me perseguindo? - Aceitei a garrafinha de água.

— Não. De jeito nenhum. - Estávamos sentados na calçada.

Notei que seu topete estava maior, precisa aparar, ele também deixou a barba crescer.

— Me demiti... Ainda soquei meu ex-chefe. Ele é um babaca. - Contou.

— Sei que não publicou a matéria... - Levantei.

Carly havia sumido com o amigo dele, um tal de Scott, a traíra me deixou sozinha com o Benson.

— Será que um dia você vai conseguir me perdoar? - Perguntou.

Olhei para ele que tinha o semblante triste.

— Ouvi dizer que faz mal guardar rancor... Você me magoou e muito. Não quero passar o resto da vida com raiva. Não há mais mágoa. Eu só...

— Sei que deve doer... Eu sinto muito por tudo. - Lamentou.

— As pessoas erram... Sei que não fez por mal. Era o seu trabalho. Foi ideia do seu chefe. Você estava apenas cumprindo ordens. - Falei. - Está perdoado. Podemos recomeçar do zero... Sou Samantha Puckett. - Estendi a mão.

Freddie levantou segurando minha mão, seu toque familiar me causou frio na barriga e arrepios.

— Prazer em conhecê-la, sou Freddward Benson. - Apertou sorrindo de lado.

Eu havia gostado dele em Londres.

Poderia muito bem continuar gostando dele em Los Angeles.

Na verdade, eu nunca deixei de gostar daquele homem que tanto me encantou.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Freddie se demitiu. Gostaram dele batendo no Nevel?

O que foi esse final?

Foi o que imaginei, algo simples e fofo.

Espero que tenham amado a Short tanto quanto eu.

E nos vemos na terceira da coletânea. Bjs



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