Perseguição em Londres escrita por Julie Kress


Capítulo 4
A verdade machuca


Notas iniciais do capítulo

O título já diz tudo hahaha

Aqui está penúltimo capítulo.

Boa leitura!!!



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1 semanas depois...

P.O.V Da Sam

Conheci um cara incrível em Londres, um britânico legítimo. Lindo, muito charmoso, super atencioso, cavalheiro e inteligente... Tudo de bom. Parecia um príncipe. Um sonho de consumo. Liguei para a minha melhor amiga que é minha empresária/agente, colocamos a conversa em dia e contei a ela sobre Freddie Karl. Carly ficou super animada, ela nunca tinha me ouvido falar de um cara da forma que falei do Karl, eu estava super encantada com ele.

Eu havia passado a noite com ele logo no nosso primeiro encontro, o sexo foi bom demais. Eu mal esperava para repetir a dose, mas acontece que esqueci de salvar seu contato. Nem dei o meu número.

Que vacilo meu.

Pensei que o encontraria no parque onde tinha o lago cheio de patos, os dias foram passando, segui minha rotina, não esbarrei com ele em canto algum. Não teria como ele me evitar, teria?

Freddie sabia onde eu estava hospedada, ele poderia me visitar. Seria legal. Eu queria vê-lo de novo. Sair com ele. Ter mais um encontro incrível... Dormir com ele mais uma vez. Gostei tanto de conhecê-lo.

Com o passar dos dias, comecei a desanimar, fui ficando triste.

Me agasalhei, era uma terça-feira, saí para andar um pouco, não aluguei bicicleta.

Foi quando o vi, ele estava saindo de uma confeitaria.

Atravessei a rua depressa, alcancei a calçada, ele me viu e parou debaixo da fachada, tinha uma sacola pendurada no braço, segurava algo coberto com as duas mãos.

Parecia um bolo inteiro através do plástico transparente.

— Oi, sumido! - O saudei feliz por vê-lo.

— Oi. - Sorriu para mim. - Acabou de estragar a surpresa. Eu estava indo ao Venture Hostel te encontrar. - Admitiu.

Meu coração se aqueceu. Aquilo era algo bom. Ele não tinha me esquecido.

Pegamos um táxi, fomos para o hotel onde eu estava hospedada.

À caminho, Freddie me explicou que tinha andado muito ocupado. Claro que compreendi, ele tinha coisas para fazer, não dei uma de curiosa e nem de intrometida.

Eu peguei café na recepção, era de graça, fomos para o quarto, ele tinha comprado um bolo que estava com uma ótima aparência, na sacola tinha alguns quitutes, doces e salgados.

Tiramos nossos casacos e cachecóis, lavamos as mãos na pia do banheiro e fomos lancher.

Parti o bolo com as mãos, não havia talheres. Sentamos na cama rindo, uma toalha limpa forrando a colcha, eu adorava ouvir sua risada e seu sotaque.

O bolo era de laranja com uma calda deliciosa. Estava macio e bem molhadinho.

Comi alguns enroladinhos de salsicha. O café que serviam na recepção era gostoso.

Conversamos, rimos de coisas bobas e nos beijamos.

Sua companhia era extremamente agradável.

O sexo era sensacional. Eu não conseguia explicar... Me sentia nas nuvens com ele.

Seus beijos calientes, suas carícias... Ele dentro de mim. Tudo muito intenso.

A forma como nossos corpos se encaixavam.

Nossos gemidos se misturando.

Deitamos lado à lado, suados, puxando o fôlego, saciados.

Depois repetimos de novo e de novo até a exaustão nos dominar.

[...]

2 semanas depois...

Freddie apagou de vez, já estava anoitecendo, ele ressonava e até mesmo roncava, a boca entreaberta, arrumei as cobertas sobre ele, saí da cama de fininho.

Seu celular sobre o criado-mudo, começou a vibrar.

Me aproximei do aparelho. Alguém estava ligando.

No visor piscava o nome Chefe.

Por quê seu chefe ligaria se ele estava de férias?

E surpreendemente, notei que dava para desbloquear a tela e tudo mais.

Não havia senha.

Talvez fosse costume dos britânicos. Não eram como os americanos inserindo senha em tudo.

Eu não deveria, mas a curiosidade falou mais alto que eu.

Me tranquei no banheiro indo xeretar seu aparelho celular.

Logo descobri que algo não batia, aquele aparelho tinha o número e outros dados diferentes... O código era de Los Angeles?

O aplicativo de conversas estava lotado de mensagens trocadas com seu chefe... Quase todas envolvendo meu nome.

Acessei a caixa de entrada do seu e-mail.

Mais conversas a meu respeito.

Ele sabia o tempo todo que eu era uma celebridade.

Não era britânico porra nenhuma.

Estava em Londres me espionando. O tempo todo seguindo cada passo meu?

Que tipo de maluco era ele?

Acessei os arquivos em documentos, foi então que tudo foi esclarecido no momento...

Freddie estava escrevendo sobre mim... Tinha vários rascunhos com anotações.

Era pior que eu imaginava.

Ele estava em Londres à trabalho, e eu era o assunto da matéria em esboços que o canalha estava elaborando.

Aquele homem estava me enganando e me usando... O tempo todo se aproveitando de mim.

[...]

Esperei ele acordar, eu queria olhar bem nos olhos daquele safado quando fosse jogar minha descoberta na cara dele.

— Seu chefe não para de ligar e mandar mensagens, é melhor você retornar as ligações, o homem está pirando... - Mesmo com o fuso-horário, o chefe dele insistia em o incomodar.

Ele rapidamente sentou na cama alarmado.

— Devia colocar senha no celular, sabe, mas se não fosse esse descuido, eu não teria descoberto, Freddie Benson! - Falei com frieza.

— Merda! - Levou as mãos até a cabeça e praguejou baixinho. - Vai me processar? - Não havia mais sotaque, apenas preocupação no seu tom.

— Como pôde fazer isso comigo? - Eu queria gritar, bater nele e jogá-lo pela janela. - Se aproximou de mim com um único interesse. Me perseguiu. Me enganou, me usou... Eu confiei em você. E você estava esse tempo todo me observando, escrevendo coisas sobre mim. Coisas pessoais. E eu achando que você era um cara legal... Mas você não passa de um canalha mentiroso! E da pior espécie! Vai publicar uma matéria sobre mim? Sem a minha permissão? Quanto vai receber por isso? Espero que seja muito! Você se dedicou bastante e caprichou em tudo! Ah, só não esqueça de incluir na sua matéria que eu sou uma vadia burra que deu para você no nosso primeiro encontro! - Esbravejei raivosa.

Um bolo se formou em minha garganta... Eu estava tão decepcionada, muito magoada mesmo.

— Meu chefe não leu nada, ele não sabe sobre nós...

— Apenas saia. Some da minha frente! Você invadiu minha privacidade quando começou a escrever coisas pessoais sobre mim... Me sinto violada. - Meus olhos arderam.

Eu queria chorar, mas não faria aquilo na frente dele.

Freddie catou as roupas e se vestiu.

— Sam... - Tentou se aproximar.

— Vá embora! Não se aproxime nunca mais! Volte para Los Angeles, publique a porra da sua matéria naquela revista de merda! E quando os exemplares saírem, pegue um e enfie no rabo! Não vou te processar, sei que está apenas cumprindo ordens e fazendo o seu trabalho! - Eu disse irritada.

— Nunca foi minha intenção te magoar... Não dormi com você com a intenção de me aproveitar... Posso ter mentido sobre mim. Fingi ser outra pessoa para manter o disfarce... Mas saiba de uma coisa... O que eu sinto é real. Gosto de você. Admiro a mulher que você é... Tão humilde, generosa, tem um coração enorme... É engraçada, muito geniosa, e por mais que faça piadas, me coloque apelidos e deboche às vezes, é o que me encanta em você. O seu jeito de ser! E pode ficar tranquila, vou deletar tudo que escrevi... Sinto muito. - Sua voz embargou, seus olhos marejaram.

Ele passou por mim, saiu do quarto de hotel me deixando sozinha.

Assim que ele se foi, eu desabei em lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Uou, Sam descobriu sem querer... Ele devia ter contado logo.

Ela está tão magoada... Isso é de partir o coração.

As coisas que ela disse para ele... Freddie foi embora chorando tcs tcs

E agora???

Bjs



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