In Your Body escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Voltei com mais um capítulo!
Aproveitem!
Boa leitura!
Lakewood, às 19h:26min...
P.O.V Da Jade
Chegamos na casa do lago do pai do Oliver, o que era perfeita para o nosso esconderijo. Quais as chances da gangue chilena nos encontrar ali? Fizemos boas compras antes de cairmos na estrada, foram longas 5 horas de viagem. Beck me acordou quando chegamos, já havia anoitecido e eu estava faminta, me sentia mal pela mancada que dei, por minha culpa entramos naquela situação.
A moto do Oliver havia sido levada quando voltamos ao lugar onde deixei o veículo abandonado durante a minha fuga.
— Que lugar interessante. - Pulei para fora do carro.
Nossas coisas estavam no porta-malas, ele abriu o mesmo e começou a esvaziar o compartimento, retirando nossas bagagens e as sacolas de compras dali.
— Estaremos seguros aqui. - Fechou o porta-malas.
— Bom, assim eu espero... - Peguei minha mala.
— Nem meu pai sabe que estamos aqui. - Comentou.
Claro que não ficaríamos ali pelo resto de nossa vida, seria algo temporário, até a poeira abaixar e nos sentirmos seguros para voltarmos para casa.
Andamos até a casinha, carregando nossas bagagens e as sacolas cheias de mantimentos.
Lembrava uma casa de lenhador, bem rústica e com a varandinha bonitinha, estava escuro e ficando frio, Oliver deixou as coisas na varanda e abriu a porta.
Claro que ele entrou primeiro e acendeu as luzes, que por sinal funcionavam, achei que nem tivesse energia naquele lugar tão pacato.
A luz da lua refletia no lago escuro ali na frente.
Adentrei a casa, tinha uma sala com lareira das antigas e o assoalho de madeira, parecia ser feito de carvalho. Achei um charme.
— Aqui dentro está mais frio, precisamos de lenha. - Olhei para a lareira e vi teias de aranha.
Logicamente, o lugar precisava de uma boa faxina.
— Amanhã iremos arrumar tudo e dar um jeito, não vou sair para procurar lenha agora, acho que vai chover. - Foi só ele calar a boca que ouvimos uma forte trovoada.
Sobressaltei e ele riu do meu susto.
[...]
— Estou acostumada com fogões elétricos, como liga essa coisa? - Queria ferver água e fazer chocolate quente cremoso.
— É muita frescura mesmo... - Mexeu num pininho do botijão e depois virou o botão do fogão antigo.
Era de quatro bocas, todo enferrujado.
Coloquei a água no fogo e voltei a limpar o único armário que tinha na pequena cozinha, os cupins estavam comendo a madeira e tudo estava coberto de poeira.
Desarrumamos as compras, após eu limpar o armário, guardamos tudo.
Depositei duas canecas sobre a mesa, enchi com o chocolate quente pronto e o Oliver encheu uma tigelinha com bolachas, sentamos para jantar.
— Durmo no quarto e você na sala. - Falei após mastigar uma bolacha crocante.
Ele molhava as dele no chocolate.
— A cama é grande, cabe nós dois. - Disse com naturalidade.
— Você acha mesmo que vou dividir a cama com você? - O encarei.
Ele enfiou a bolacha molhada na boca e deu de ombros.
Revirei os olhos e beberiquei o chocolate.
Fomos nos ajeitar para dormir após jantamos, só havia um quarto na casinha do lago.
Estava tão frio, ele iria congelar na sala e para piorar, estava chovendo.
Troquei a colcha e as fronhas, afofei os travesseiros e quando fui me trocar no banheiro, dei de cara com uma aranha enorme descendo.
Gritei e quase tombei para trás.
Nunca tinha visto uma aranha daquele tamanho.
— O que houve, mulher? Quase me matou de susto! - Oliver rompeu pela porta.
— TIRA ELA DAQUI! - Apontei para a monstrenga.
— Porra! - Arregalou os olhos.
Se abaixou tirando o chinelo direito e tentou acertar a aranha.
Ela foi mais rápida e subiu pela teia que descia pelo teto de madeira escura.
— Seu palerma! - Empurrei ele.
— Já assustei ela, agora pode trocar de roupa, medrosa! - Sorriu cínico.
— E se ela voltar e me atacar quando eu tiver tomando banho? - Aquele bicho parecia venenoso.
— Se ela te morder, vai ser ela que morrerá envenenada. - Fez piada e riu sozinho.
— Idiota, cai fora daqui! - O expulsei do banheiro.
Bati a porta na cara dele.
Era apenas a primeira noite nossa ali na casa do lago.
A gente iria acabando se matando.
Quer dizer, eu iria acabar esganando o Oliver.
Quando enfim troquei de roupa, voltei para o quarto e vi que o engraçadinho já estava dormindo, estava até mesmo roncando.
Eu roncava daquele jeito mesmo?
Era bem sinistro ver o meu próprio corpo adormecido.
Me deitei ao seu lado e tentei dormir, era o que me restava a fazer.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam do capítulo?
Teremos muito Bade no próximo.
Será que eles vão colocar fogo na casa do lago?
Até. Bjs