Foto de aniversário - KuroKen escrita por aflmmart


Capítulo 1
Capítulo Único




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A música quase não se ouvia com o barulho das conversas pelo quintal. O time do Nekoma e mais alguns amigos estavam reunidos na casa de Kuroo em um churrasco para comemorar o aniversário do capitão. 

— Ei, ei, ei! Finalmente esse churrasco aconteceu. — Bokuto tinha os olhos brilhantes ao encarar a carne assando . 

— Cuidado Bokuto-san, ou vai acabar passando mal de novo de tanto comer. — Tsukishima não disfarçou a risada ao lembrar do drama que o Ace do Fukurodani havia feito no último churrasco.  

— Cala a boca Tsukishima. 

Enquanto os dois se alfinetavam próximos a churrasqueira, mais no canto Hinata tentava a todo custo tirar a atenção de Kenma do celular, mas sem qualquer resultado. 

— Kuroo me ajuda aqui! — O ruivo gritou assustando Sugawara e Yaku que estavam próximos. 

— E o que você espera que eu faça? Acha mesmo que eu consigo tirar isso dele? — Kenma levantou os olhos do jogo para encarar os dois à sua frente. Num gesto rápido ele mostrou a língua para ambos antes de voltar a jogar. 

— Qual a graça nesse jogo? É de vôlei? — Kuroo observou Hinata sentar ao lado de Kozume e em poucos segundos estava tão vidrado no celular quanto o outro. 

(...)

A noite seguiu agradável e com muita comida. Bokuto, Kageyama e Hinata se encarregaram de comer boa parte da carne enquanto Yamaguchi. Kei e Akaashi olhavam incrédulos o trio de esfomeados. 

Um por um os amigos começaram a ir embora até que Kenma percebeu estar sozinho com o aniversariante. 

— Você ao menos notou quando o pessoal foi embora? — O moreno se jogou no sofá ao lado do outro. 

— Claro. Eu observo tudo. 

— E pretende mesmo me trocar por esse celular, Kenma? — O loiro se virou e suspirou colocando o aparelho de lado para a alegria do mais velho. Kuroo abriu os braços o puxando para seu peito.

— Você é muito carente. — Apesar de bancar o desinteressado, Kozume se aninhou ainda mais inspirando o perfume na camiseta de Kuroo. 

— É meu aniversário e estamos sozinhos então não precisa bancar o inocente. — Ao erguer o rosto, Kenma sentiu os dedos de Kuroo acariciar seu queixo antes de puxá-lo para cima num beijo comedido. 

— Parece que não sou eu que estou me segurando por aqui. — Kenma voltou a beijá-lo agora com mais intensidade, saboreando os lábios macios de Kuroo que tanto gostava. Ao finalizar o beijo, deslizou o nariz pelo pescoço sentindo a pele do moreno se arrepiar sobre seu toque. — Ué Kuroo, ficou quieto? 

— Eu sei que você adora ouvir minha voz, mas no momento quero apreciar em silêncio cada toque seu. — A voz baixa e rouca causou arrepios no mais novo que recebeu um sorriso malicioso satisfeito de Kuroo. 

Sem falar nada os dois voltaram a se enroscar, as mãos impacientes procuravam tocar cada centímetro de pele exposta enquanto o fôlego se esvaía lentamente com o beijo. Quando se separaram buscando ar, as testas continuaram coladas e os olhos mantinham uma silenciosa conversa sobre as sensações afloradas naquele momento. 

Kuroo tomou a iniciativa tirando a própria camiseta sob o olhar felino de Kenma. O loiro não disfarçava o desejo que sentia e isso deixava o Kuroo ainda mais excitado. Ao sentir a ereção do namorado, Kozume se levantou do colo estendendo a mão para o mais velho e o guiando até o quarto do próprio. 

— Talvez queira saber que seu presente está ali em cima. — Kenma apontou para um pequeno embrulho em cima da cômoda. Kuroo agora estava dividido entre voltar a beijar o namorado ou ir até o presente e descobrir o que havia ali. — Não se preocupe, o presente não vai fugir, e para ser sincero prefiro que abra quando estiver sozinho. 

— E você vai? — O moreno mordiscou o lábio de Kenma o puxando para si. 

— Fugir de você? Jamais. 

O ar se tornava denso conforme a temperatura dos corpos subiam em meio a carícias e beijos. A respiração ofegante fazia ambos se moverem em sincronia e sabiam que tudo aquilo estava só começando. 


(...)
 

— Deveria passar a noite aqui. — Kuroo falou mais uma vez enquanto observava o namorado terminar de secar o cabelo após o banho. — Eu e você sabemos que se continuar insistindo você logo irá ceder. Então nos poupe tempo por favor. 

— Você é muito convencido sabia? — Kenma revirou os olhos. — Vou em casa buscar minhas coisas então. E não me olhe assim, somos vizinhos vai demorar menos de cinco minutos. 

— Tudo bem, tudo bem. Vou usar esse tempo para abrir o presente então. 

— Já volto. 

Assim que Kenma fechou a porta do quarto o moreno correu para a cômoda pegando o presente. Ao rasgar o papel encontrou um porta retrato pequeno com uma foto dos dois junto. Não conteve o sorriso, Kuroo sabia que aquela era uma das únicas fotos dos dois já que o loiro se recusava a posar em frente a qualquer câmera, mas além disso aquela foto era do dia que assumiram seus sentimentos. Estavam com medo, vergonha e ansiosos, não sabiam que era recíproco e ambos esperavam que após a declaração a amizade que vinha desde a infância se romperia. 

Todavia, no final daquele dia ambos sorriam felizes e aliviados em saber que não só a amizade permaneceria, mas como também um amor ainda maior se estabeleceria. 

— Eu não sabia ao certo o que te dar, então me lembrei dessa foto. Sei como é importante para você guardar coisas assim… — Kuroo levantou o rosto olhando para Kenma que entrava no quarto. 

— É perfeito. 

— Você realmente ficou feliz. — O loiro estava mesmo surpreso com a reação do namorado. 

— Claro que fiquei, é um presente seu e essa foto é muito significativa, para ser honesto achei que já teria apagado. 

— Por que eu faria isso? Não sou tão ruim assim. 

— Não? — Kuroo riu, lembrava-se com clareza da última vez que tentaram tirar uma foto juntos, teve que prometer um novo jogo como suborno. 

— Não mesmo. — Kenma pegou o celular e abriu a câmera. — Vem aqui, vamos tirar uma foto pelo seu aniversário. — Grudado no pescoço de Kuroo, o loiro tirou uma selfie. Não admitia de forma alguma, mas guardava cada foto com muito carinho e sempre que estava sozinho se permitia ficar olhando admirado.     — Viu só? 

— Claro, claro. Muita gentileza da sua parte. 

— Sempre.


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