Ele observava a lua cheia pela sacada do pequeno apartamento na Noruega. Lune esperava por seu senhor que havia saído para resolver um pequeno problema na rua e que não entrou em detalhes com seu subordinado.

Hades havia liberado seus espectros para passar aquele dia como bem entendiam. E ele, Lune de Balron, a Estrela Celeste da Eminência ficou a esperar. 

Enquanto tomava um chá na sacada do apartamento, o espectro decorava em sua mente o brilho do luar cheio refletindo sobre as águas salgadas daquele mar gélido. Era uma beleza ímpar!

 Por mais que gostasse do frio, Balron se cobria com um cobertor mesmo tendo a proteção de vidro que impedia o frio entrar.

Ainda observando a capital de seu país, Lune ouviu um barulho de porta sendo aberta. Não precisava olhar para saber quem entrava por ela. O aroma do perfume de seu senhor invadiu o recinto e ele sorriu. Minos se aproximou lentamente dele o tocou nos ombros, dizendo...

— Sente frio, Lune?

— Não! Apenas gosto de sentir meu corpo quente. Aliás My Lord, quer que eu faça um chá? 

— Eu estou bem.

— O que fazia na rua até essa hora? Isso se eu puder saber.

— Fui comprar algo. Para nós!

— Para nós?

— Isso. Somente para nós!

— E o que seria My Lord? - Dessa vez, Lune se voltou o homem que permanecia em pé atrás de suas costas.

— Isto! - Num gesto rápido, Minos virou a poltrona para si e se ajoelhou perante seu subordinado. - Eu não a melhor pessoa para lidar com palavras doces, mas Lune de Balron, minha Estrela Celeste da Eminência, Aceita ser meu para sempre? - Tirou do bolso do casaco uma pequena caixa aveludada de cor vermelha e abriu, exibindo um par de alianças em ouro branco. - Aceita se casar comigo?

— M-Minos... - Uma lágrima escorreu pelo rosto do espectro que sorria. - É claro que eu aceito!

Griffon secou a lágrima com o dedo e em seguida, pegou a mão esquerda do subordinado e colocou a aliança. Lune repetiu o gesto do outro norueguês. Colocando o pequeno objeto no dedo anelar de Griffon. Minos se levantou e puxou Lune para fazer o mesmo. O fino cobertor que enrolava o corpo de Balron foi ao chão quando ele ergueu os braços e enlaçou o pescoço do amante. A lua cheia era a única testemunha do beijo trocado carregado de amor. Ao se separarem, ambos se encaram e sorriem.

— Eu te amo! - A frase é dita por ambos. Minos puxa seu adorável Lune para o quarto, onde terminam embaixo dos lençóis, o que começou na sacada do pequeno apartamento sob aquele luar...