The Butterfly Effect escrita por PaxAtenna


Capítulo 1
Chapter I: The Greatest Gift


Notas iniciais do capítulo

γεια σας (Olá)! É a primeira vez que posto algo aqui, então estou nervosa.

Parte desse Plot, originalmente foi escrito pela @Abelhinha_Atarefada que gentilmente me ofereceu os direitos autorais.

Então espero que gostem. ♡

Tradução do título: "O melhor presente".



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Chapter I:

❝ The Greatest Gift❞

❝ Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de ninguém sem nenhuma razão.❞

 Chico Xavier

 

 

Universo 1:

Krypton-28 – 1990:

 

Eles não tinham tempo. Tudo estava desmoronando. Krypton estavam perecendo; e nada mais poderia ser feito para salvá-lo de seu triste destino iminente; todos estavam certos disto. Aquelas eram as consequências para todos os atos mesquinhos e imprudentes que por séculos a fio tomaram sem ponderar ou pensar melhor a respeito. O núcleo do planeta estava instável, os recursos que possibilitavam a existência da vida em seu solo estava escassos, não teriam muito tempo até que tudo deixasse de existir.

Porém em meio a toda dor e caos que assolavam o últimos momentos de Krypton; um fio de esperança surgia nos corações dos membros das casas de El. Poderia ser impossível a salvação de toda Krypton, todavia nem tudo estava perdido, ainda havia um último resquício de pureza e luz em meio a tanto egoísmo e escuridão. Havia uma nova vida chegada, que emanava luz, amor e esperança, uma vida que merecia ser salva.

Zor-El estava completamente ciente de sua grande parcela de culpa em tudo que os trouxe aquele terrível momento; e não isentava-se da culpa; havia aceitado seu destino; se tinha que perecer com seu povo, ele pereceria. Todavia não permitiria que este peso cruel caísse sobre os ombros de todos os membros de sua família, inclusive sua neta recém-nascida. Sabia que aquilo nunca seria justo. Rory não merecia aquele cruel e terrível fim; ela tinha uma bela e incrível vida pela frente, e teria que vivê-la ao máximo. Ela não suportaria saber que Kara e o esposo sofreriam a mesma dor massacrante que ele, Alura, Lara e Jor-El sofreriam. Não! Ele não iria permitir mais uma enorme injustiça com mais ninguém.

— Está tudo pronto, meus senhores. – Solene um guarda os avisou, fazendo seus interiores tremerem. Era a hora.

Todos no ambiente se entreolharam, e logo direcionaram seus olhares para Kara e seu esposo, Mon-El, príncipe de Daxam. Que seguravam bem protegida em suas mãos a filha ainda recém-nascida.

— Precisam serem fortes, queridos – Com os olhas enuviados pelas lágrimas, Alura encarou a filha e o genro, que apesar da dor translucida em seus rostos, se mantinham firmes.

— Eu sei... – Kara assentiu; sua voz estava embargada. E era possível avistar as lágrimas em seus olhos azuis – Eu...

— Será que podemos... – A voz quebrada do príncipe tomou o ambiente, carregada de dor.

— É claro – Astra assentiu e olhou para os demais que também concordaram, e saíram do recinto; deixando a pequena família a sós. Era claro que aquele era um momento mui doloroso para todos.

Assim que todos saíram da sala, Kara afundou-se no sofá com a filha em seus braços sentindo as lágrimas dolorosas e ferrenhas escorem por suas bochechas, tal qual o marido.

— Eu... Não sei se consigo – Soluçou trêmula, com a dor queimando em seu peito. Prestes a consumi-la – Eu não... – Resfolegou, buscando não emergir-se em seu próprio choro, enquanto acariciava o rostinho de Rory que dormia tranquilamente, não fazendo a mínima noção de tudo acontecia.

— Eu sei – Mon-El murmurou igualmente destruído – Eu também não – Confessou, enquanto lágrimas ácidas de dor desciam por seu rosto – Porém nós temos que dá-la a melhor chance... – Pegou delicadamente a mãozinha da filha, e deixou o choro se fazer audível e cheio de dor.

Enquanto Kara estremeceu. Oceanos de dor e pavor se formando em seu peito, afogando sem piedade seu coração quebrado, seus olhos azuis se encheram de lágrimas, suas bochechas estavam vermelhas e encharcadas. Ela não poderia. Ela não poderia. Porém um estrondo ecoou assustador, fazendo tudo estremecer. A porta se abriu.

— É a hora querida. Não temos tempo – Sua tia proferiu – Temos quer a pôr no pod agora.

 

{...}

 

Universo 2:

Terra-38 – 2017:

 

A televisão foi desligada no segundo exato que o tão esperado beijo aconteceria.

Kara bufou; jogando o controle remoto da poltrona. Era algo atípico, já que ela sempre adorou comédias românticas, casais improváveis que negavam de todas as formas estarem apaixonados por seu(a) melhor amigo(a), ou por seu vizinho pateta, ou ainda pela pessoa a quem mais odiavam. Clássico! E ela simplesmente adorava como aquilo parecia “real” de algum jeito, e como não importasse quantas coisas acontecessem, o destino procurava o modo imprevisível e insano de fazer aquilo dar certo.

Pena que na vida real as coisas eram zilhões de vezes mais complicadas que isto; e ela sabia bem a julgar pelo enorme repertório de namoros fracassados: Primeiro Kenny, depois James, Mon-El... Era incrível o quanto tudo era bom em dar errado em sua vida. Ou como ela simplesmente não poderia nunca estar cem por cento bem sua vida.

Porém foi tirada de suas lamúrias pelo toque do seu celular, que contra vontade e preguiçosamente esticou o braços para alcança-lo e atendê-lo, vendo o nome da irmã na tela.

— Kara? – Ela foi a primeira a falar – Preciso que venha para o DEO agora! – Conhecia aquele tom de voz; algo muito sério tinha acontecido.

E como um passe de mágica, toda a preguiça e a vontade de unir ao sofá para sempre, sumiram subitamente naquele momento. Afinal Supergirl era a única coisa que a fazia se sentir útil. E ela se ergueu do sofá e como um raio vestiu-se. E voou para a organização.

Tendo a confirmação de que as coisas estavam realmente sérias. O DEO estava em um ritmo frenético. Agentes andavam de um lado para o outro aflitos e apressados, trazendo pastas e tablets. Ela varreu o local com os olhos curiosos a procura de um rosto familiar, até que avistou a irmã caminhando em sua direção, enquanto ela desceu a escada e foi até ela.

— Supergirl, ainda bem que você chegou – Alex estava nervosa e aflita ao mesmo tempo, e daquela vez não conseguia esconder.

— O que está acontecendo? Por que estão todos assim? – A heroína olhou em volta, vendo o estado dos demais agentes.

— Bem – Alex respirou profundamente, o rosto estava tenso como quando ela ficava extremamente nervosa e preocupada – Aconteceu uma coisa... – Pigarreou nervosa – Mas preciso que fique calma, ok?

— Isso está um pouco difícil – Olhou a irmã com atenção – E você não está ajudando.

Alex respirou fundo, se culpando por aquilo.

— Eu sei, desculpa, é que...

— Com licença agente Danvers – Winn se aproximou delas – Os resultados dos exames acabou de sair; e indicam que está tudo normal com a bebê. E que estávamos certos, ela é mesmo uma Kryptoniana – O agente despejou sem ponderar – Mas...

Alex fechou os olhos, e contou até dez tentando se acalmar. Seu rosto ficou vermelho, claramente estava prestes a avançar em Winn.

— Agente Schott... – A ruiva sissibilou entredentes. Winn olhou para ela, sua expressão passou de confusa, a apavorada e surpresa em menos de cinco segundos.

— Ah, meu Deus! Kara... – Olhou para a loira paralisado – Desde quando você estava aí?

Kara estava em frente a eles. Sua expressão estava transbordando confusão. Ela mirava ambos completamente alheia a tudo. Krypton? Criança? Uma criança Kryptoniana? Tudo girava como um carrossel descontrolado.

— A... – Tentou sair de seu estado letárgico e altamente confuso para falar algo – Alguém pode me explicar do que estão falando? – Olhou Winn e a irmã que trocaram um olhar temeroso e aflito, engolindo em seco logo depois.

— Eu... Acho melhor irmos para um lugar mais calmo – A Danvers mais velha sugeriu nervosa.

Explicar tudo a Kara não foi algo tão fácil como deveria ser – afinal aquela não era a primeira vez que recebiam visitantes de outro planeta – de Krypton ou muito um bebê, isso já havia acontecido com Kara, Clark e Mon-El. Não deveriam estarem tão aflitos. O fato da pequena recém-chegada vir em um pod krypitoniano, e usar vestes com emblema da casa de El, não era algo novo como dito anteriormente, mas ainda sim levantava questões: Havia outra criança mandada para terra no mesmo dia que Kara e Clark. Outro bebê remanescente, havia outro pedaço de Krypton na terra?

— Ela... Ela é mesmo de Krypton? – Kara perguntou ainda trêmula e chocada com a informação. Observando a pequena bebê que estava na sala médica.

— Os exames que fizemos disseram que sim – Alex concordou ao lado a irmã.

— Eu... Eu não entendo, Alex – Kara negou completamente confusa – Como isso é possível? O holograma da minha mãe nunca mencionou algo sobre existir outra sobrevivente além de mim e Kal...

Alex suspirou fundo.

— Talvez ela não soubesse. – Sugeriu – E se algum outro membro estiver encontrado um jeito de mandá-la para cá no mesmo dia que vocês? Sem que seus pais e seus tios soubessem...?

— E ela também ficou presa na zona fantasma assim como Mon-El e eu... – A super constatou com dor e pesar. Se para ela o período naquele lugar vazio, escuro e frio fora horripilante, para a aquela doce e inocente criança que não compreendia nada, tudo fora ainda pior.

— Provavelmente – Alex respirou fundo e olhou para o lado, vendo lágrimas escorrem pelo rosto da irmã. Pela primeira vez em todos aqueles meses usando a postura da super-heroína austera, ela tinha visto Kara chorar – Mas pelo menos ela está segura agora, e tem a nós – Tentou confortá-la.

Kara assentiu limpando as sutis lágrimas.

— Alex, – olhou a irmã – será que eu... – apontou para a sala. A irmã concordou – Obrigada – Sorriu e foi correspondida. Se afastando logo em seguida.

Alex assistiu a irmã se distanciar, sabendo exatamente o que Kara sentia. Sabia como o período na zona fantasma fora doloroso e assustador para a irmã. Lembrava quantas vezes acordou com os gritos assustados de Kara, frutos de seus pesadelos com seu tempo naquele lugar. E saber que aquela bebê havia passado por isso sem sequer ter como expressar, mexia com ela também.

Com passos delicados e precisos ela caminhava até a ala médica, suas mãos suavam frias, seu coração batia rápido e sua respiração estava levemente descompassada. Ela avançou com cautela o local avistando metros à frente, uma das macas com um pequeno corpinho minúsculo deitado sobre ela. Seu coração disparou. Ela se aproximou mais, sentindo seus batimentos aumentarem. Era como se de alguma forma uma ligação estivesse começando.

Kara então a observou com clareza: Era tão pequena; menor do que Kal-El quando fora enviado a terra; Kara arriscava que possuísse um mês de vida. Tinha cabelos finos e castanhos cobrindo sua cabecinha, assim como um par minúsculos de brincos em formato de losangos dourados; e estava usando uma espécie de vestidinho vermelho, no qual em seu centro Kara pôde ver gravado o mesmo símbolo que estava gravado em alto relevo em seu traje. O símbolo da sua casa. Da casa de El.

Sua mente borbulhava em perguntas e antes que pudesse pensar mais afundo em qualquer uma delas, a pequena garotinha – até então adormecida – choramingou; fazendo ela voltar a realidade. Ela se aproximou mais da pequena. Seu coração aqueceu ao mesmo tempo que apertou, quando pensou em como aquela coisa tão linda e pequena, havia passado por tantas coisas sem ao menos ter ciência. Que tudo que ela mais queria no momento era a proteger de tudo.

— Tudo bem querida...– Kara parou a seu lado e levou as mãos ao seu rostinho adormecido e sereno – Você está segura agora. Eu vou cuidar de você, eu prometo. – Não sabia de onde aquele sentimento havia vindo, mas foi mais forte que ela. E já não importava a sua origem, ele estava em seu peito e ela o deixaria crescer daquela vez.

 

{...}

 

— Quando teve tanto jeito para bebês assim? – Alex questionou surpresa, mas ao mesmo tempo derretida com a cena que via – Sempre teve medo de carregar um.

— Oh, eu... Eu estou carregando errado?! – Kara virou-se para ela preocupada, e depois mirou a bebê – Minha nossa Alex. Eu...– Sua feição apavorada se dissipou ao ver um sorriso surgir na face da irmã.

— Não Kara. – A agente negou ainda sorrindo – Está indo bem. E ela é tão forte quanto você, não se preocupe com isso. – Garantiu.

— Será Alex? – Ainda estava insegura – Ela é tão pequena... – Olhou para a bebê.

— Pode ficar tranquila, ok? Não irá esmagá-la. – Alex sorriu – Ela é uma garotinha muito saudável e forte.

Kara sorriu e tornou a olhar a pequena. Seus olhos brilhavam com duas safiras reluzentes.

— Gostou mesma dela, não foi? – Alex perguntou com um sorriso leve. Não lembrava de ver a irmã tão apaixonada por alguém a não ser por uma certo príncipe daxamita.

— É... – Kara concordou sorrindo abertamente – Eu não consigo me afastar dela. Faz apenas oito horas que nos conhecemos e eu já a protegeria com unhas e dentes. É loucura? – Fitou a irmã.

Alex negou sorrindo.

— Não Kara. – Balançou a cabeça em negativa – Não é loucura. É amor. Amor maternal – A ruiva disse sorrindo – Acho que essa menininha já roubou seu coração.

Por incrível que parecesse, mesmo aquilo sendo rápido e insano demais, Kara não sentiu medo ou dúvidas, apenas olhou para irmã e sorriu.

— Tem razão. – Assentiu – Ela foi um presente de Rao. Ela é minha. – Sorriu – E eu quero ser mãe dela. Eu sou a mãe dela. – Disse com uma convicção inabalável.

Alex concordou, sorrindo emocionada. Apesar de estar sem dúvidas surpresas com a atitude da irmã, ela estava tão orgulhosa de Kara.

— Mas... Ela precisa de um nome – Olhou a mais nova – Já pensou em algum? – Perguntou curiosa.

— Bom... Eu sempre quis dar o nome da minha mãe se um dia tivesse uma filha. Mas agora... Não sei isso é realmente o que eu quero.

— Então já tem outro nome para ela? – Alex ergueu as sobrancelhas, confusa.

 — Sim – Kara sorriu levemente – Grace Louise Danvers.

— Eu adorei o nome.  – Winn chegou ali – Mas não acham que é um nome muito grande para uma pessoa tão pequena?

Kara e Alex se entreolharam e sorriram.

— Mas podemos chamá-la de Grace. – Ele sugeriu se aproximando da menininha no colo de Kara, e logo pegando sua mãozinha – Oi, Superbabygirl. Eu sou o tio Winn. E prometo que nós vamos fazer muita bagunças juntos. – Disse sorrindo e a bebê fixou o belo par de olhos verdes nele – Uh! Ela tem olhos verdes...

— É... De algum jeito eles se parecem com os minha da mãe – Kara sorriu olhando para a bebê.

— Talvez porque ela tinha os herdado da sua mãe – J’onn logo se juntou aos três. Os fazendo franzirem os cenhos – Acabei de voltar do laboratório. É bem agente Schott, como já dito nos primeiros exames, ela é mesmo meio daxamita.

— E...Espera... – Alex ergueu as sobrancelhas – ela é daxamita também?

— Como assim J’onn? – De todos Kara era mais confusa – Então... Se ela é daxamita o chumbo deveria afetar ela, não é? – Encarou o marciano.

— É... – Winn ajustou a postura e logo remanejou o tablet que tinha em uma das mãos – Também estávamos tentando entender isso quando em mais uma bateria de exames, descobrimos isso – ampliou a tela em mãos e mostrou-a para Kara, Alex se aproximou para ver também – As estruturas moleculares dela parecem serem mais fortes e consequentemente imunes ao chumbo. J’onn e eu não estávamos entendo isso, quando foi aí que lembrei da visita do Barry a essa terra, e como ele confirmou a existência do Multiverso, então foi aí que eu entendi. Possivelmente a Grace veio de outro universo, onde lá os daxamitas são imunes ao chumbo.

— Porém só vamos ter certeza disso se...

— Falarmos com o Barry – Kara pareceu ler os pensamentos de J’onn – Então é isso que vamos fazer. Vamos para terra-1.


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Notas finais do capítulo

Bom, esse foi o segundo capitulo. Espero que tenham gostado. ♡


Vou gostar muito de saber as opiniões de vocês... Irão me ajudar muito daqui para frente.




XOXOs, e até o próximo!♡



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