—Não precisa ser assim, Daenora. -implorou Aegon.

Ela não disse nada, arrumou tudo de seu pequeno Maegor e estava pronta para partir.

Seu filho foi despojado do que era dele simplesmente por ser filho de Aerion. Ninguém lhe deu uma chance de se provar, ele era um menino meigo e doce e nunca faria mal a uma mosca mas um bando de velhos arrogantes se achou no direito de negar sua corôa.

—Precisa sim! Você não tem vergonha de roubar a corôa de seu sobrinho? Ele não é só filho da sua prima, é filho do seu irmão mais velho também!

—Não fui eu quem decidi.

—Mas aceitou de qualquer maneira não é? Pois bem, se Westeros não acha meu filho bom o suficiente então Westeros não é bom o suficiente para mim. Me esqueçam e esqueçam o Maegor!

Com tudo pronto, ordenou aos criados que levassem as suas coisas.

—Saiba de uma coisa Aegon. Vocês tem medo do meu filho mas algo muito pior pode vir da sua linhagem. Talvez o fim dos Targaryen venham através do seu sangue e não do meu.

E então puxando o filho pela mão, ela deu às costas a Westeros e foi para Essos.

Lá ela viveu muitos anos de paz. Maegor cresceu e se tornou um homem bonito e forte. Casou-se com uma lyseni que era descendentes de Saera, a princesa ousada. E por coincidência também era descendente de Aegor Rivers e Calla Blackfyre.

E então ganhou dois netos, Rhaevarys e Viserra.

Enquanto ela vivia em paz, os escândalos causados pelos filhos de Aegon a faziam rir. Seu filho agia de forma perfeita e nunca lhe deu uma dor de cabeça. Era o príncipe perfeito que poderia levar Westeros ao auge. Mas eles perderam Maegor para sempre.

Maegor tinha jeito com os negócios e acabou ficando bem rico.

Estava tudo perfeito na vida de Daenora, até acontecer uma tragédia.

Um vizinho choroso contou sobre o ataque.

Maegor estava morto. Rhaevarys e a sua mãe capturados e levados no ataque inesperado.

—Por que? Por que? Quem fez isso? -ela gritou desesperada.

—Minha senhora... Eles... Eles eram de Westeros. As pessoas que atacaram sua família vieram de lá.

 Daenora foi tomada por ódio e desalento.

E então, durante anos, só lhe restou Viserra para cuidar e não teve notícias da nora ou de Rhaevarys, por mais que procurasse.

Quando Viserra ficou adulta, Illyrio Mopatis, um magíster, se interessou por ela.

Daenora permitiu o casamento, depois de fazer Illyrio prometer proteger Viserra a todo custo.

—Não se preocupe, minha avó por casamento. Serra estará segura comigo.

O tempo passou e ela adoeceu, não se sabe se de velhice ou tristeza.

Bem no fim da sua vida, finalmente reencontrou o neto.

Ele estava na beira de sua cama, enquanto Daenora sentiu sua vida ir embora.

—Rhaevarys? Meu neto?

—Sim, minha avó.

—O que houve com seu lindo cabelo, querido?

—Eu tive que raspar. -ele diz, segurando a mão dela.

—Oh meu querido como eu te procurei! Onde você esteve?

—Longe. Muito longe. Coisas aconteceram comigo vovó. Coisas indescritíveis.

Com lágrimas nos olhos, ela sentia sua vida ir.

—Tudo culpa de Westeros! Tudo culpa de Aegon!

Ela apertou sua mão.

—Me prometa meu neto. Prometa que você vai destruir todos eles! Prometa que vai transformar Westeros em cinzas até não restar mais nada! Me prometa, Rhaevarys!

—Eu prometo vovó!

E então, com a promessa do neto, Daenora finalmente fechou os olhos e se foi em paz.

Fim