−Pronto? — O Ômega gestante perguntou.

− Sim, estou pronto. — O Alpha afirmou convicto.

− No três? — Kiba abriu aquele sorrisão de caninos salientes que o namorado tanto amava e na sequência levantou o quadro com o símbolo do clã Aburame que trazia consigo.

− No três. − Shino concordou e logo depois ergueu o quadro que segurava entre suas mãos. Nele estava pintado o símbolo do clã Inuzuka. Clã que aprendeu a amar e do qual sentia imensa honra por poder fazer parte. 

− Um… dois… — O jovem casal começou a contagem. Havia expectativas e um quê de medo no olhar carinhoso que um dedicava ao outro − Três!

Ao concluir a contagem, Kiba e Shino colocaram em simultâneo os quadros na parede principal da sala. Só faltavam aqueles itens para a decoração da casinha deles ficar pronta, agora poderiam se mudar da casa de seus pais e viverem juntos como marido e marido.

Os dois objetos foram um presente de Shibi e Tsume, pouco tempo depois que os adolescentes lhes disseram que queriam cuidar dos filhos gêmeos, que nasceriam dali alguns meses, num cantinho que fosse só dos quatro. A princípio seus pais não concordaram por acharem que os dois eram muito novos para dar um passo tão grande, o Aburame com menos veemência que a Inuzuka. A mãe de KIba demorou mais para aceitar a decisão do filho caçula, de quem não se achava preparada para se afastar tão cedo. Foi uma surpresa para os dois, no dia em que seus amigos e familiares realizaram uma festa para presenteá-los com objetos para a casa e seus pais lhes darem de presente os quadros com os símbolos de suas famílias, pintados à mão.

Um gesto cheio de significado, mais do que isso, um gesto cheio de aceitação, que enquanto vivessem, Shino e Kiba jamais seriam capazes de esquecer.

− Ficou perfeito! — Kiba exclamou após se afastar da parede com as mãos apoiadas nos quadris, esticando cada vez mais o barrigão para frente.

− Sim, ficou.

− A gente vai ser muito feliz aqui, Shino.

Shino sorriu largo como poucas vezes sorria no cotidiano. Sabia que o esposo não se referia apenas à felicidade dos dois, mas também dos seus filhotes que em breve estariam dividindo aquele espaço com eles. Espaço que a partir daquele momento tinha nome e sobrenome:

Lar doce Lar. 

− Sim. Nós seremos muito felizes aqui, Kiba.− O Alpha puxou o Ômega pela mão e o trouxe para perto para abraçá-lo por trás, pousou as mãos em sua barriga e passou a acariciá-la devagarzinho. Pode sentir os bebês mexendo, como se concordassem com os pais. O Inuzuka riu. 

Os dois permaneceram abraçados por um longo tempo, apenas admirando a parede central da sala. Já não havia mais nenhuma ansiedade, preocupação ou medo do futuro passando por suas mentes. Estava claro para os adolescentes, que mais que itens de decoração, aqueles quadros eram o gesto concreto que seus pais fizeram para demonstra aos dois, que de modo incondicional, Shibi e Tsume estariam ao lado do casal e de seus filhotes para sempre.