Life's On 30's escrita por Any Sciuto


Capítulo 3
I Saw The Sunrise




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Callen sorriu quando viu Elisa entrar na OPS. Ele sabia que nem dois dias haviam se passado desde que ele prometera mostrar a ela a nova sala dela no prédio.

Mas um caso como aquele parecia ter mais reviravoltas que episódio de Magnum PI.

— Grisha, eu entendo que ontem eu não consegui ver minha sala, mas eu decidi tirar uma semana de folga da promotoria. – Elisa deixou a bolsa sobre a mesa dele. – Vamos?

— Sim, senhora. – Ele a vendou e Elisa deu uma risadinha fofa. – Deixe que eu te guie.

Entrando na sala, ele tirou a venda dos olhos dela e a viu sorrir. Tinha apenas de tudo um pouco. Mais uma coisa e talvez ela ganhasse uma sala ainda maior.

— Meu Deus, eu adorei. – Elisa viu que havia um pequeno banheiro com trocador de fraldas e um bercinho desmontável. – Talvez Hetty tenha feito tudo isso porque ela queira que eu vire fixa por aqui.

— Vindo dela, eu não duvido. – Callen beijou a esposa e olhou nos olhos dela. – Eu acho que sei porque eu te encontrei e viramos almas gêmeas.

Anos 1932.

A delegacia de polícia estava em frenesi desde a morte de Lord Dwayne. Um homem rico daquele jeito realmente era um cara que seria morto pela cidade inteira.

— Com licença. – Hector entrou na delegacia. – Gostaria de conversar com o delegado Deeks.

— Hector. – Eddie Deeks sorriu. – O que o tra aqui desta vez? Um gato perdido?

— Não. – Ele entregou uma foto ao delegado. – Eu gostaria de uma cópia dos documentos da morte de Lord Dwayne.

— Sabe que não podemos fazer isso. – Ele devolveu a foto. – Sinto muito.

— Filho, dê ao homem uma cópia, por favor. – Henrietta Longo disse ao filho. – Você sabe que esses homens não são bons o suficiente.

— Desculpe, mãe. – Deeks olhou para ela. – Mas não é assim que funciona.

— De qualquer forma, eu só tenho interesse porque a filha me contratou. – Hector disse. – Por favor.

Indo até um mimeógrafo, ele fez uma cópia de cada página.

— Não deixe no sol. – Ele recomendou e foi em direção ao escritório.

2021...

— Terra para Callen. – Elisa precisou chamar o marido de volta. – Onde diabos você estava?

— Tendo mais flashes de uma época que eu não era vivo. – Callen respondeu e sorriu. – Por que?

— Talvez porque já anoiteceu. – Elisa estava sentada na cadeira na mesa. – Você praticamente dormiu. Quase caiu como uma salsicha com pernas.

— Que você gosta. – Ele a beijou assim que ela se aproximou dele. – Vamos, está tarde e eu quero curtir com você.

Callen pegou as chaves e ligou o carro. Ele viu Elisa vestir o cinto de segurança e entrou na estrada, não notando o carro de faróis apagados atrás deles.

O motorista de trás não queria passar. Eric havia sido rejeitado por Elisa, dois meses antes do casamento. E tudo porque ele teve um caso com uma das ex-mulheres amigas dela. E agora ela estava casada com um cara e grávida.

Acelerando mais o carro, Eric literalmente deixou a gravidade fazer o resto.

Eles estavam perto de uma curva fechada. Eric acelerou e com tudo, bateu no carro de Callen e Elisa.

— ELISAAAA! – Callen gritou quando o carro começou a virar várias vezes.

— Grisha. – Elisa tocou a mão dele.

Deixando o carro lá, Eric dirigiu para casa.

Sam viu que Any estava pálida e de repente desmaiou. Ele a segurou antes que ela caísse no chão e ligou para o 911.

1932...

Sentindo um aperto no peito, a melhor amiga de Anne-Marie, Alisson deixou a bandeja de vidro que segurava cair no chão. Vincent seu noivo correu até ela antes que ela caísse no vidro.

Sem que nenhum dos dois soubesse, Anne-Marie e Hector estavam caídos no meio do jardim dos dois, duas ruas depois.

Vincent juntou Alisson do chão e a colocou sobre o sofá.

— Querida, por favor, acorde. – Ele não queria deixar a noiva sozinha.

Enquanto isso, Juan deixou a cena de crime que acabara de criar para trás enquanto jogava a arma no rio e fugia da cena.

Agora...

Hetty acordou com o coração batendo forte. Um celular tocando quase duas da manhã não era uma boa coisa. Especialmente para ela, que era responsável por todo um time.

— Sim? – Ela sentiu o nó ficar ainda mais sufocante.

— Hetty Lange? – Uma voz masculina perguntou.

— Sou eu. – Ela sentiu seus dedos doerem.

— Estou ligando do hospital universitário de Los Angeles. – O homem começou. – Temos duas pessoas aqui que tem você como seus respectivos contatos de emergência. Agente especial Grisha Callen e Elisa Pride-Callen.

— Oh meu Deus. – Agora Hetty tinha certeza que as coisas estavam piores. – O que aconteceu?

— Foi um acidente de carro. – Ele respondeu. – Um capotamento. Você precisa avisar aos pais do dois.

— Callen não tem seus pais vivos, mas vou avisar ao agente Pride e Linda que Elisa está aí. – Hetty desligou, não se importando com uma resposta.

Ela se vestiu e pegou uma de suas chaves. Ela discou o telefone de Pride e começou a dirigir.

— Hetty, algo está errado? – Pride bocejou olhando a hora. – Já passam das duas da manhã.

— Vocês precisam pegar o primeiro voo para Los Angeles. – Hetty sabia que Pride estava em choque. – Dwayne, é Elisa.

— Já estamos indo para aí. – Ele desligou o celular e olhou para Linda, que agora estava sentada. – Querida, aconteceu uma coisa com Elisa.

— Oh meu Deus. – Linda se sentou na cama e pegou suas coisas. – Eu estou indo.

Sam estava aguardando um médico descobrir o que Any tinha quando percebeu uma movimentação. Ele foi para fora e teve um vislumbre de seu colega Callen. Logo Elisa passou e ele sentiu um grande aperto.

— O que aconteceu com os dois? – Sam perguntou, assustado ao ver seus amigos.

— Acidente de carro. – Uma enfermeira disse. – A moça está grávida.

— Sim, ela está. – Sam viu o choque nos olhos da enfermeira. – Eu os conheço.

Kensi correu com Deeks para dentro do hospital e encontrou Nell e Eric. Eles estavam sentados nas cadeiras. Nell estava soluçando enquanto Eric tentava consolar a amada.

— Como eles estão? – Kensi perguntou, o medo tomando o corpo dela. – Callen E Elisa?

— Elisa foi transferida para o setor de UTI por causa da gravidez. – Eric explicou. – Callen está em cirurgia.

— Hetty. – Sam viu a gerente chegar, seu peito quase em brasa. – Fiquei preocupado.

Ela andou e abraçou Sam, que se ajoelhou na frente dela para que ela o abraçasse.

— Está tudo bem. – Ele sabia que ela e Callen tinham uma ligação de mãe e filho. – Eles vão ficar bem e vamos descobrir quem foi que fez isso.

— Grisha Callen e Elisa Pride-Callen? – Um médico os chamou e todos se viraram.

Kensi apertou um rosário que era de sua mãe e estava em sua mão. Qualquer proteção divina era bem-vinda.


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