Halloween escrita por Julie Kress


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Feliz Halloween!!!

Aproveitem!!!

Ótima leitura!!!



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P.O.V Da Sam

— AUSTIN! - Gritei chamando meu filho mais velho.

A criatura chegou resmungando, sem tirar os olhos do vídeo-game portátil.

Culpa do pai dele que o encheu de tecnologia. Homens e seus joguinhos.

— O que é, mãe? - Nem sequer me olhou.

Não foi a educação que dei.

— Como o que é? Fala direito comigo, menino! Cadê o Cody? - Fazia quase uma hora que eu estava procurando meu filho de 5 anos.

Era especialista em se esconder.

Austin tinha 11 anos, Cody tinha acabado de completar 5 anos. Também tinha a Belinda de 3 anos e a nossa caçulinha de 8 meses, Molly.

— Eu lá sei! - Deu de ombros, não dando a mínima.

Bufei frustrada.

Freddie saiu com a Belinda para comprar doces. Molly estava tirando uma soneca no berço, aquela ali só acordava quando a fome batia e olhe lá...

— Quando eu pegar aquele garoto, eu vou...

— Mamãe?  - Cody brotou como se tivesse saído do chão.

Pela cara de sapequinha, com a boca tingida de cor laranja e as mãos sujas, ele tinha claramente aprontado alguma.

— Onde você estava, filho? - Eu precisava manter a calma.

Não queria me estressar numa data tão legal. Era uma tradição a cumprir.

— Estava brincando com o Leleco. - Era o nosso gato de estimação.

Nem sei de onde as crianças arrumaram o nome para o pobre animal.

— Mamãe, o Leleco caiu na privada! - Claro que ele tinha aprontado alguma.

Corri já imaginando o bichano desesperado, só podia estar na privada do banheiro de visitas.

A zona estava feita. Um horror.

Papel higiênico espalhado por todo o canto. Se Freddie visse, com certeza infartaria. Os azuleijos estavam sujos, marcas alaranjadas de mãozinhas.

O pobre gato estava mesmo escorregando tentando sair do vaso sanitário.

Meu filho já tinha saído da minha barriga dando um show na hora do parto.

Ele quase matou a equipe médica e nós dois de susto quando se esgoelou chorando em plenos pulmões.

Nunca havíamos presenciado um bebê chorar daquele jeito. Foi assustador.

Cody começou a andar aos 9 meses, sendo que Austin só aprendeu a andar com 1 ano e 3 meses.

[...]

— Filho, vem aqui com a mamãe. Só vou te falar uma vez, acabei de dar banho no Leleco. Deixa o pobrezinho em paz. - Avisei séria.

Ele piscou os olhos azuis e sorriu inocentemente.

Eu seria presa se o amarrasse numa cadeira?

Um diabinho disfarçado de anjo... Melhor nem falar tudo o que ele apronta...

— Você comeu a torta de abóbora do seu pai, ele vai ficar triste. - O que explicava as manchas de comida.

— A gente faz outra! - Muito esperto.

— Não tenho tempo. Cody, senta aqui. Não levante, não toque em nada. Austin, fica de olho nele. Vou terminar a decoração. - Tinha tanta coisa para fazer.

As abóboras entalhadas que encomendei de um amigo chegaram.

— Dizem pela vizinhança que o Cody é o bebê da Rosemary! - Meu primogênito começou a rir.

— Mamãe! - Meu loirinho fez cara de choro.

Ai, senhor, dai-me paciência.

— Você quer ficar de castigo? - Encarei Austin.

Ele tinha olhos mais azuis que os do irmão e cabelo castanho-claro.

— Não... Vou levar o Snoopy para passear. - Ele levantou indo pegar o cachorro.

— Não saia do bairro. Sabe o número de casa de cor. Qualquer coisa liga. Peça ajuda. Grite. - O lembrei.

Austin assentiu.

— Posso ajudar? - Cody desceu do sofá.

Molly ainda estava num sono profundo.

— Tá bom... Coloque os morcegos dentro dessa caixa. - Mostrei os recortes.

[...]

— Até que enfim você chegou! - Olhei para o meu marido.

— Você nem imagina o sufoco, amor! Aqui está tudo que você colocou na lista. - Além da Belinda, ele carregava um monte de sacolas.

— Você acredita que a velha do 365 chamou o Austin de monstrinho? - Peguei as sacolas.

— Não me diga que fechou a porta na cara dela. - Adivinhou.

— Bem que você sabe. Eu devia era...

— Xixi, mamãe! - Ela estendeu os bracinhos me interrompendo.

As meninas eram a cara do pai, com seus meigos olhos castanhos e cabelos bem escuros.

Fui levar nossa filha para fazer xixi. A pobrezinha estava muito apertada.

Como tradição, fiz biscoitos com formato de insetos para dar para os nossos vizinhos mais próximos.

Também fiz Cupcakes com coberturas criativas.

Dei banho na Bel, ela estava com fome.

— Arrume as abóboras e leve o espantalho para o jardim. - Eu já tinha terminado de decorar nossa casa.

— O espantalho vai botar as crianças para correr! - Comentou.

Era o enfeite mais feio que já vi em toda a minha vida.

— Mas a ideia é essa! - Sorri maldosa.

Freddie ficou encarregado de organizar os saquinhos de doces já que muitas crianças lombriguentas bateriam em nossa porta.

Molly acordou faminta por volta das 15h, estava bravinha e quase machucou meus seios com sugadas desesperadas...

Com ela ainda agarrada em meu peito, fui apressar o moreno para ele acabar de empacotar os doces que seriam distribuídos.

Ele estava usando até uma régua.

O flagrei cortando uma barra de chocolate cuidadosamente em quadradinhos sob medida.

— Não acredito que está mesmo fazendo isso! - Fiquei incrédula.

Fui dar uma olhada, tinha um doce de cada em pequenos saquinhos, o que era uma vergonha... Ninguém merece.

— Assim rende mais! - Muita cara-de-pau.

— Você não tem jeito mesmo. - Ajeitei nossa filha para arrotar.

Ele colocou os pedacinhos de chocolate nos saquinhos.

— Foram quase 100 pratas em doces. - Mão-de-vaca.

— E daí? Você nem trouxe tudo! Cadê os chicletes com tatuagens? E as balas puxa-puxa? Nem caramelo você comprou. Ainda tinha as jujubas e os usinhos de gelatina...

— Caramba, Sam! Ensaca você, então! - Se irritou.

— Freddward, não me dê as costas! - Avisei.

Ele deu meia-volta, pegou a Molly e subiu com ela.

Todos os anos era a mesma coisa... Ele sempre foi tão pão-duro.

[...]

— Tô bonita, papai? - Belinda rodopiou fantasiada de borboleta.

Estava uma gracinha. Caprichei.

— Tá sim, meu amor. - Freddie ergueu a máquina fotográfica.

Foi seu presente de aniversário. Gastei uma grana naquilo.

— Cody? Vem aqui, filho. Deixa o papai te ver! - Freddie o chamou.

— Não quero! - O pequeno estava atrás do sofá.

— Saia logo daí, eu não passei 2 dias preparando sua fantasia à toa! - Avisei.

Cody obedeceu, ele estava fantasiado de pequeno Cowboy.

Austin caiu na gargalhada.

O pequeno soltou um grito estridente e começou a chorar.

Ele arremessou o chapéu e começou a fazer birra.

— Vou pegar a outra fantasia! - Freddie se apressou.

Cody ficou feliz da vida com a nova fantasia de esqueleto.

Vai entender...

Também fantasiei nossos Pets, vesti Leleco de morcego e o Snoopy de zebrinha. Eles ficaram umas gracinhas.

Foi um sacrifício colocar a roupinha na bebê.

— Quêm é a bruxinha mais linda da mamãe? - Cutuquei sua barriguinha.

Freddie tirou várias fotos das crianças.

Austin estava de Freddy Krueger.

Tudo estava pronto. A casa decorada. Nossos filhos preparados pra sair com o pai para pedir doces.

Nosso jardim ficou assustadoramente impecável.

Eu ficaria em casa distribuindo para a piralhada da vizinhança.

Meu moreno subiu para trocar de roupa. Retornou fazendo caras e poses.

— Elvis Presley? - Prendi o riso.

Ele soltou a voz cantando desafinado e se exibiu com uma dancinha.

— E aí? Não tô bonitão? - Passou a mão pelo topete avantajado.

— Você nem precisava de fantasia. Já é feio e cabeçudo! - Zombei. - Nem sei porque casei com você. - Amava zuar com a cara dele.

— Ah, é mesmo? E você morre de ciúmes do "feioso" aqui! Mais tarde vou te lembrar porque casou comigo! - Sorriu sacana.

— Vai se achando! Espere só para ver a minha fantasia. Fica de olho nas crianças! Nem tive tempo de tomar banho hoje! - Corri para me aprontar.

Tomei banho, me arrumei toda e caprichei na maquiagem.

Freddie quase caiu para trás quando me viu descendo a escada.

— Com certeza formamos um belo casal, baby. - Pisquei para ele.

Clichês? Mas e daí?

Eu estava fantasiada de Grace Kelly.

Com direito à vestido bonito e coroa.

— Uma verdadeira princesa! - Sorriu todo bobo.

— Feliz Halloween! - Dissemos em sintonia.

— Doces ou travessuras? - Indaguei.

— Com certeza travessuras! - Respondeu animadinho.

Rimos. Todos felizes.

Era mais um Dia das Bruxas com nossa família.

Uma das minhas datas preferidas.

Quando as crianças estiverem dormindo, faremos nossa própria festinha particular.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Curtiram???

Amei escrever a One!!!

Não esqueçam de comentar e favoritar!!! Bjs



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