Like a Vampire Extra: Untold Tales escrita por NicNight


Capítulo 10
Um plano perfeito




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2015

Filmes de terror e suspense te ensinaram que se sentir observada durante á noite com certeza não deve ser um bom presságio. 

E talvez eles estejam certos. Porém essa observação noturna signifique uma ameaça de morte.

—Eu não acredito que estou perdendo tempo aqui!- Kou bufou- Eu podia estar trabalhando! Ou melhor ainda, arrumando alguma garo…

—Ai, ninguém quer saber não!- Yuma brigou- Cala a boca!

Kou soltou uma arfada exasperada e indignada:

—Seu f…

—Dá pra vocês dois ficarem calados?- Ruki os encarou- Por favor?

Os dois irmãos do meio se entreolharam e calaram a boca numa bufada.

Azusa olhou pro irmão mais velho, que parecia ter o olhar focado.

—Você… consegue ver elas daí?- Azusa questionou.

Ruki pareceu frustrado:

—Não. Yuma, você tem certeza absoluta que esse foi o endereço que KarlHeinz nos deu?

—Claro que eu tenho!- Yuma cruzou os braços- Ele falou: As possíveis Eve moram em… aí ele falou o endereço.

—Eu pegava o papelzinho pra conferir, hein? Do jeito que o Yuma tem um neurônio a menos…

—Ah, esqueci que eu tava falando com a divindade da sabedoria!- Yuma brigou com Kou.

Ruki bufou. Azusa soltou um suspiro em pura empatia.

—Estranho. Por que KarlHeinz nos mandaria pra um lugar estranho? As tais irmãs Herbert não parecem morar aqui.

—Talvez… tenham ido… dormir na casa de uma am...iga.- Azusa sugeriu.

Ruki considerou por alguns segundos:

—E KarlHeinz não saberia disso? Impossível.

—Talvez ele tenha confundido as datas. Sei lá, acontece.- Yuma deu de ombros.

—Escutem.- Ruki se virou pros irmãos- KarlHeinz sabe o que está fazendo. E prometemos a nossa total lealdade e comprometimento com o Plano Eve. Pra isso, precisamos das Herbert.

—Elas são crianças, Ruki.- Yuma murmurou- Sabe o que vão achar se verem 4 marmanjos stalkeando crianças?

—Não são tão crianças assim.- Kou pensou- A mais velha tem dezesseis, né?

—E a mais nova tem doze!- Yuma retrucou- Enfim, bizarrão. Não gosto de ficar espionando crianças.

—As crianças podem ser sua futura esposa, Yuma.- Ruki o olhou de cima a baixo.

—...Como você conseguiu deixar a situação ainda mais bizarra vai além da minha compreensão.- Yuma fingiu que ia enfiar um dedo na garganta.

—Acho que tem um carro… se aproximando.- Azusa notou, claramente não se importando com os irmãos brigando.

Os três ficaram calados, encarando por cima da pequena montanha um carro preto que se aproximava da casa de porta vermelha.

Uma mulher mais velha saiu do banco do motorista, usando uma roupa branca larga. Tinha cabelos pretos bem longos, e o resto do seu rosto era quase um borrão pelo escuro.

—Ai, é casa de crente.- Yuma bufou- Ok, claramente não é uma das meninas. Quem é essa moça?

—Não sei…- Ruki pensou alto- KarlHeinz disse que as garotas eram órfãs de mãe.

—Pode ser a… madras...ta delas.- Azusa cogitou.

—Não, acho que o pai nunca casou de novo.- Ruki respondeu.

A mulher parou no banco de trás, conversando algo pela janela.

—Bem, então obviamente estamos na casa errada.- Kou suspirou- Algo a declarar, Yuma?

—Eu hein, culpa o KarlHeinz.- Yuma bufou- Ele que confundiu tudo e mandou a gente pra cá. Agora podemos ir? Já que passamos essa vergonha á toa?

—Que vergonha, Yuma? Ninguém viu.- Ruki estreitou os olhos na direção dos irmãos.

—Acho que… Yuma est...á desconfortável.- Azusa opinou.

Os três começaram a se afastar. Kou até deu alguns passos, mas sua curiosidade o atiçou e ele olhou pra trás.

Finalmente, a porta do banco do passageiro se abriu. Era claramente uma menina pelas curvas e o cabelo longo, mas não muito se via do seu rosto.

Ela abriu a porta de trás, e mais três garotas mais baixas saíram por lá. Bem, não dava pra ver mais nada além disso.

Kou sentiu uma leve vontade de assistir as garotas por um tempo. Depois notou como aquele pensamento não só era estranho como quase o fazia pensar em buscar tratamento.

—Kou, você tá planejando fazer um acampamento? Finalmente vai sair de casa?- Yuma brincou, mas ao mesmo tempo falando sério.

As meninas traziam sacolas nas mãos, atravessando a varanda conversando algo até a porta vermelha.

—Ai, já vou! Cara chato.- Kou brigou.

Ele seguiu os irmãos.

Na varanda, uma das garotas parou, olhando ao redor por cima do ombro.

—Daay? Você vem?- Uma das garotas, loira e dos olhos azul, voltou á porta pra chamá-la.

—Vou! Eu só senti que…- Ela tentou explicar, olhando ao redor.- Parecia que alguém tava…

Claramente não havia nada ao redor dela. A tal Daay respirou fundo:

—Quer saber? Acho que não era nada. Coisa da minha cabeça.


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