Às vezes não gosto da minha própria existência.

Às vezes não quero ser como sou.

Às vezes não gosto dos meus sentimentos.

Às vezes não quero agir como ajo.

Nessa droga aqui, parece que tudo sempre é um looping, não sou bom com probabilidades mas eu definitivamente vou descobrir um caminho para quebrar isso.

Não importa se precisarei caminhar pela escuridão. Estou acostumado, no fundo sempre estive caminhando por essa estrada depressiva e solitária. 

Esporadicamente me engano com emoções passageiras, que fazem me sentir acompanhado. Porém eu nunca estive acompanhado, a ausência da luz aqui dentro é visível com clareza.

Irônico? Tudo bem, também.

Sempre sozinho, no escuro eu estou, mesmo com medo, mesmo frustrado, mesmo irritado. E tenho medo de escuro, mas ainda estou aqui, por quê?

Eu sempre consigo encontrar uma forma de encontrar o caminho de volta.

Mesmo contando com toda essa solidão atemporal que me assola.

Venço-a deixando que meu coração seja minha chave guia.

Estou começando a aceitar o escuro como parte de mim.

Eu deveria ter medo da minha origem?

Eu deveria ter medo de mim?

Eu não sou bom.

Eu não sou.

Eu não.

Eu.

Está escuro demais aqui.

Eu.

Me ajuda.

São tantos questionamentos sobre esse caminho, são tantos sentimentos confusos, eu gostaria de fugir.

Eu gostaria de sair do escuro.

Mas não importa o quanto eu me esforce, é sempre em vão… Eu sou falho.

Eu sempre fracassei.

Mas você não.

Você é como se fosse gramas em um pote de litros, você é como uma onda e a mais pura e perfeita... não tem letra que descreve isso.

Você corre mais que eu, mas quer parar para me ajudar, o que eu fiz para merecer, não sei, porém como negar?

Eu sou uma tormenta.

Confusão.

Sinto que me aceitar é o mesmo que me perder por toda eternidade.