Every October 31 escrita por Foster


Capítulo 1
31 de outubro de 1971


Notas iniciais do capítulo

Oieee!!!
Não sou acostumada a escrever Jily, mas dessa vez quis arriscar! Estou morrendo de medo? Sim, afinal é jily no canon e tudo que me aventurei até agora foi como UA, mas pra tudo tem a primeira vez na vida, então bora lá.
Quero agradecer à Trice pelo companheirismo de sempre e pela betagem! Você salva minha vida demais, amiga!
Espero que gostem desse capítulo, que é mais focado nas relações de amizade que foram se construindo do que Jily de fato - afinal aqui eles possuem só 11 anos!
Vejo vocês nas notas finais!



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Aos 11 anos, James Potter não tinha muitas preocupações na vida. Só lhe interessava saber qual pegadinha ele e Sirius Black iriam aprontar na próxima semana e apostar se conseguiriam se livrar da detenção ou não. 

Os dois tinham como uma espécie de admirador Peter Pettigrew, um menino acuado que não havia tido muito sucesso em se enturmar com outras pessoas e que, naturalmente, também os acompanhava nas travessuras. 

Mesmo como primeiranistas, já tinham deixado a diretora da Grifinória, Minerva McGonagall, com os cabelos em pé mais vezes do que conseguiam contar nos dedos de todas as suas mãos juntas, assim, isso significava que Hogwarts, de certa maneira, estava sempre esperando pela próxima que o trio iria aprontar. E o Halloween era a oportunidade perfeita para fazer algo grande e inesquecível

Precisava ser perfeito, de modo que James e Sirius passaram boas semanas quebrando a cabeça sobre o que poderiam armar, enquanto Peter contribuiu com seu apoio moral de sempre, sem sucesso.

Até que, em um fim de tarde após a aula de Poções, Sirius ficou para trás para verificar o estoque do professor e tentar ter alguma ideia da pegadinha de Halloween. E então ele viu Remus Lupin ser covardemente agredido por terceiranistas da Sonserina. Sem pensar duas vezes, Sirius sacou a varinha e disse a primeira azaração que veio em sua cabeça. Em questão de segundos, os dois alunos mais velhos reagiram com nojo ao perceberem que tinham furúnculos crescendo por toda a pele. Foi distração o suficiente para que Sirius e Remus fugissem dali. 

Ao ouvir o relato, James soube exatamente o que planejar para o Halloween. Iria vingar Remus. O garoto tentou protestar, afinal não queria mais confusão e sequer era próximo de James, Sirius ou Peter. Mas se havia algo que o pequeno Lupin havia percebido era que, se algo entrava na cabeça deles, nada poderia fazer com que mudassem de ideia. Contudo, ele ainda poderia dizer não. E por isso o fez. 

Sirius e James não se deixaram abater. Se Remus não queria vingança, eles queriam. Até porque, não era exatamente um martírio caçar confusão com sonserinos asquerosos, muito pelo contrário. Peter naturalmente foi atrás.

E, desse modo, no Halloween, a Sonserina receberia o recado de que não deveriam mexer com grifinórios. E claro: precisava ser em grande estilo. 

 

 

Aos 11 anos, Lily Evans tinha muitas preocupações na vida. Por mais que já soubesse que era uma bruxa há certo tempo, não estava totalmente acostumada com o novo universo. E o fato de não ser vista com bons olhos apenas por conta de seu sangue não ajudava em nada. Tinha em Severus Snape o único amigo até o momento, mas a diferença de casas fazia com que os seus dias fossem mais solitários do que ela gostaria. 

Embora já estivesse acostumada com os olhares de repulsa e a frieza da irmã, era difícil percebê-los vindo de várias direções conforme andava nos corredores. Talvez fosse somente a sua mente imaginando coisas, porém, Lily não deixava de sentir que, todo dia, precisava provar o porquê de merecer estar ali. E isso já era preocupação o suficiente. Portanto, ela não conseguia entender como existiam pessoas tão desinteressadas e alheias ao fato de serem extremamente privilegiadas. 

Como Sirius Black e James Potter. 

Por isso que, quando soube que o Black azarou dois dos amigos de Snape, Lily já imaginou que algo maior estava por vir. Severus garantiu que fora um ataque gratuito e não havia muito motivo para que ela questionasse, considerando que até o momento, Potter e Black vinham fazendo palhaçadas pela escola sem razão alguma. Era uma questão de tempo para que atacassem fisicamente um aluno apenas porque podiam. 

Assim, Lily não teve outra opção a não ser manter os olhos neles, odiando cada minuto daquela missão, porque tinha preocupações demais, no entanto, precisava deter qualquer pessoa que ousasse magoar o seu amigo ou os amigos dele - apesar de Lily precisar assumir que não tinha certeza se esses garotos da Sonserina eram de fato confiáveis, estava apenas se guiando pelo julgamento de Snape.  

Na manhã de Halloween, Lily notou que Sirius Black levantou extremamente cedo, o que não era nada comum para o menino que não funcionava bem até, pelo menos, dez da manhã - o que automaticamente o tornava quase um zero à esquerda em metade das aulas, conforme observou Lily naqueles primeiros meses de aula. 

Ao persegui-lo, com a maior discrição possível pelo castelo, a garota o viu entrar e sair de um armário de vassouras nas Masmorras. Esperou alguns instantes e foi verificar. Ao abrir a porta, soube que seu instinto estava certo. 

 

 

James, Sirius e Peter tinham tudo planejado. Iriam invadir a Sala Comunal da Sonserina e explodir uma bomba de bosta no quarto dos terceiranistas que haviam agredido Remus e, de quebra, iriam dar o recado para os alunos dos demais anos também. A quantidade de bombas exigida era absurda, mas os três juntaram galeões o suficiente para comprar quase todo o arsenal de dois alunos do sétimo ano da Grifinória que vendiam artigos clandestinos dentro da escola. 

Debaixo da capa de invisibilidade que James tinha, não seriam vistos e, graças às habilidades de conversação de Sirius, que obtivera a senha com uma segundanista da Sonserina, não teriam muitos problemas em invadir a Sala Comunal.

Pouco antes do jantar de Halloween acabar, Peter causou uma distração ao fingir um mal estar convincente o bastante graças a um artefato extra que Sirius conseguiu do acervo clandestino. O trio então se retirou da mesa da Grifinória, alegando que iriam se dirigir à enfermaria. Como parte do álibi, Peter de fato ficou na enfermaria enquanto James e Sirius se esgueiravam até as Masmorras. 

Ao alcançarem o armário de vassouras em que Sirius havia escondido as bombas, ouviram o barulho da tranca e o som agudo do que parecia ser um apito ou uma sirene soar. Entreolharam-se nervosos e imediatamente James escondeu a capa de invisibilidade debaixo das vestes. Seriam pegos, com toda certeza, e a última coisa que James iria querer era ter a sua capa confiscada. 

Não demorou muito para que a porta fosse aberta, revelando uma Minerva McGonagall desgostosa e uma Lily Evans satisfeita. Como a garota havia descoberto, nem Sirius nem James faziam ideia, contudo, Potter não deixava de pensar que ela havia sido extremamente sagaz e observadora. E, pela intensidade nos olhos verdes da garota, ela estava ciente de sua própria genialidade. 

A versão de 11 anos de James Potter não soube definir o que sentiu diante daquilo. Um tanto de admiração, porquanto a Evans havia armado o esquema do apito e da tranca da porta. Ela era uma primeiranista como ele e, mais ainda, uma nascida trouxa! Não que isso a diminuísse em algo, não, isso nunca sequer lhe ocorreu. James apenas estava surpreso que Lily estivesse muito mais avançada em magia do que ele, que respirou isso durante toda a sua pouca vida até então. Não havia, portanto, como não ficar admirado. 

Em meio à admiração, porém, James não deixou de se sentir irritado. Lily os havia entregado. De maneira genial, ele precisava admitir, mas ainda sim os dedurou sem dó. E ele desconfiava que o motivo fosse o amiguinho seboso dela. Por Merlin, se Lily ao menos soubesse o quanto estava sendo injusta.

Mas, ao tentar falar, foi interrompido por McGonagall, que ordenou que Potter e Black a acompanhassem para a sala do Diretor. Ambos a seguiram, não sem antes  lançarem olhares irritados para Lily, que não se deixou abalar. 

Ao passarem pela estátua de Gárgula e entrarem na sala de Albus Dumbledore, no entanto, os dois tiveram uma surpresa. Remus Lupin estava parado diante do Diretor e virou-se para encarar a Professora e os dois colegas de classe. 

Minerva pareceu horrorizada ao ouvir a confissão de Remus de que fez parte de tudo aquilo, já que James e Sirius não teriam armado a confusão com os alunos da Sonserina se não fosse por ele. A situação não ficou melhor quando Peter apareceu acuado, sendo arrastado pela Enfermeira-Chefe que logo descobriu o motivo do “mal-estar” do garoto. 

Os quatro receberam detenções e perderam pontos para a Grifinória, no entanto, apesar dos castigos, não se importaram porque, depois daquela semana, viraram um quarteto de verdade. Finalmente puderam bolar um plano - menos megalomaníaco, mas ainda sim épico -, e se vingaram propriamente dos sonserinos. 

James automaticamente buscou os olhos de Evans quando os alunos que agrediram Remus apareceram em uma manhã aleatória com os cabelos vermelhos e dourados. A garota tentava manter o semblante sério, mas era evidente que havia achado graça na pegadinha. Quando os olhos verdes dela capturaram os castanhos de James, entretanto, Lily se recompôs e eliminou qualquer rastro de sorriso que pudesse existir. Aquilo só fez com que o sorriso de James se alastrasse ainda mais. 

Aquele foi o primeiro Halloween que James Potter notou Lily Evans de uma maneira diferente, muito embora ainda não fizesse ideia do que isso viria a significar. 


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Notas finais do capítulo

Eu gosto de pensar que os marotos meio que viraram amigos de verdade no Halloween e quis colocar o Remus assumindo uma culpa que nem era dele como uma forma de homenagear um pouco a cena que se desenrola com o trio de ouro. Aiai a nostalgia!
Podem considerar os alunos do sétimo ano que venderam as coisas pro Sirius como se fossem versões do Fred e do George! Aproveito pra jogar na roda que Fabian e Gideon Prewett eram só alguns anos mais velhos que os marotos e por mais que eles possivelmente não tenham chegado a conviverem juntos na mesma época em Hogwarts, nada impede que nossa imaginação vá longe!
No mais, eu queria tentar passar a ideia de que o James logo viu a Lily com bons olhos e grande admiração, embora ela tenha melado os planos dele hahaah mas ele é somente um menino de 11 anos que quer saber de explodir bombas de bosta por aí, então mesmo que um leve interesse tenha surgido, não acho que ele tenha sido capaz de identificar muito claramente hahah
Espero que tenham gostado ♥ Lembrando que a ideia é que seja um capítulo por dia, mas caso aconteça algum imprevisto, eu posto dois no mesmo dia!
Beijos e até amanhã!



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