Heal My Scars escrita por Julie Kress


Capítulo 33
Seguindo em frente - Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Enfim, depois de anos, lhes trago o fim dessa história.

A mais emocionte e marcante que já escrevi até agora...

Espero que gostem deste final, é um epílogo simples e merecido para a nossa protagonista, não só ela, né?

Agradeço a cada um de vocês, leitores. Por todo apoio, mensagens, carinho e comentários incríveis.

E por terem acompanhado desde a primeira temporada.

Milena Puckett Benson, amei a super recomendação. Cada palavra que encheu meu coração de ternura. Amei mesmo.

Muito obrigada!!!

E esse desfecho é dedicado a todos vocês.

Escrevi com muito carinho!!!



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Meses depois...

P.O.V Da Sam

Nosso filho nasceu por volta das 23h, foram longas horas em trabalho de parto. E por fim, o nosso garotinho veio ao mundo berrando em plenos pulmões, foi o maior bebê que nasceu naquele dia, e o mais bonito segundo as enfermeiras, eu já estava exausta, achei até que uma cesariana fosse necessária, mas no final, só tive que levar 3 pontos lá embaixo e tudo ocorreu bem... Meu marido, nossos amigos e os avós corujas estavam felizes pela chegada do nosso menininho. Balões azuis, presentes e muitos mimos estavam espalhados pelo quarto hospitalar, eu só queria fechar os olhos e me render ao sono profundo, mas o nosso bebê faminto estava mamando tão forte fazendo o bico do meu peito direito dar fisgadinhas com suas sugadas.

Era doloroso, mas eu não me importava.

Não mesmo.

Meu filho estava bem, seguro em meus braços, aquecido e sendo alimentado pela primeira vez.

— Ele é tão lindo. - Carly sorriu completamente encantada.

Alice estava aos cuidados de Victoria.

Ela e o noivo Bryan, seriam os padrinhos do nosso filho.

— Puxou a mim. - Freddie tinha os olhos marejados e não parava de sorrir, todo bobo e orgulhoso.

E sim, o pequeno tinha os seus olhos pequenos, levemente puxadinhos e castanhos. Um castanho lindo e brilhante, naquele tom que lembra chocolate quente.

Não só os olhos, os lábios finos também foram herdados do pai, e sua boquinha entortava praticamente formando o sorrisinho de lado do Freddie. O sorriso que eu tanto amava. O sorriso mais fofo e bonito de todos.

Do homem que amo.

— Já decidiram o nome? - Minha mãe perguntou.

Julian também havia ficado aos cuidados de Victoria, Bryan também amava as crianças e os consideravam como seus sobrinhos.

Freddie e eu nos entreolhamos, tínhamos feito uma lista de nomes, embora a gente não tivesse escolhido nenhum, acabamos ficando bastante indecisos depois.

Olhei para o pequeno ainda agarrado ao meu peito, abrindo e fechando os olhinhos, ficando sonolento.

— Escolha você, amor. - Me virei para ele que estava ao meu lado esquerdo, admirando o nosso anjinho.

— Gosto de Dylan. - Sempre foi o seu preferido.

O primeiro que ele havia sugerido meses atrás.

— Foi seu pai quem escolheu o seu nome, espero que goste, amorzinho. - Beijei sua cabecinha tão macia.

Dylan Puckett Benson.

Soava muito bem. A escolha foi aprovada por todos.

Perfeito.

Carly e mamãe saíram nos deixando à sós, Chaz e seus pais estavam aguardando na sala de espera.

— Não quero mais ter filhos tão cedo... Dois já é um bom número. - Falei rouca e muito cansada.

Meu moreno riu pegando o bebê adormecido.

Cobri meu seio e bocejei.

— Dois? Que tal pararmos no terceiro? Gosto da ideia de termos uma família grande. - Não estava brincando.

— Só daqui há 5 anos... - Fechei os olhos.

Eu só queria dormir.

— Te amo. - Ouvi ele dizer.

— Também te amo. - Respondi sonolenta.

[...]

— Te deram alta cedo demais, não acha? - Estava preocupado.

— Foi um parto normal, nosso filho e eu estamos perfeitamente bem. - Expliquei ajeitando o bebê na cadeirinha.

Freddie era extremamente cuidadoso e preocupado com tudo.

Outras mães também foram liberadas no dia seguinte pela parte da tarde.

Quando Alice nasceu, ficamos dois dias no hospital por precaução.

— Hum, não está com dores lá embaixo? - Se referia aos pontos.

— Não... - Mas eu sentia um certo incômodo na região, comecei a rir.

— O que foi? - Me olhou confuso.

— Culpa sua ele ter nascido tão grande. - Falei brincando.

Freddie fez uma careta engraçada.

— O que quer dizer? Tá chamando o nosso filho de cabeçudo? - Me fez rir ainda mais.

— Não! - Neguei. - Graças a Deus ele não é... - Mordi o lábio.

— Ele e eu temos o mesmo formato de cabeça. O menino é minha cópia. Admita. - Resmungou.

— Vamos embora, amor. Estou com saudades da nossa princesinha. - Mudei de assunto.

Freddie dirigiu com todo o cuidado do mundo, e demoramos um pouco para chegarmos em casa.

Ele abriu a porta do carro para mim e colocou o nosso pequeno no bebê-conforto após tirá-lo da cadeirinha.

Também pegou a bolsa do bebê, e eu fui na frente carregando a minha.

Bryan e Victoria ficaram na nossa casa, cuidando das coisas.

Quando entramos, fomos recebidos pelas crianças e sua alegria contagiante.

Alice e Julian abraçaram minhas pernas, afaguei as cabecinhas deles evitando me abaixar.

— Meu Deus, ele é muito lindo... - Victoria se aproximou para ver o bebê.

— Obrigada. - Agradeci.

— Um dia teremos várias crianças correndo por nosso jardim, minha linda. - Disse Bryan com o seu sotaque britânico bem charmoso.

A morena sorriu toda derretida.

Eles eram tão apaixonados, e mereciam toda a felicidade do mundo.

— Mama! — Minha filha puxou a barra do meu vestido.

— Também senti sua falta, bonequinha. - Passei a mão por seu cabelo macio.

Seus olhos azuis estavam ficando cada vez mais lindos.

Como o oceano pacífico.

E o cabelo castanho-escuro deu uma clareada indo para o tom de mel.

Freddie a pegou no colo e encheu suas bochechas de beijos, ele também fez a mesma coisa com o nosso sobrinho.

Julian estava cada vez mais parecido com a Melanie, exceto pelos olhos verdes. Bryan e Victoria ficaram paparicando o novo bebê da casa, ele não era tão calminho como a irmã.

O peguei quando ele choramingou parecendo aborrecido.

— O que foi, anjinho? Já está com fome? - Perguntei.

Agradecemos aos nossos amigos e eles se despediram, levaram o Julian já que passariam pela casa da minha mãe. Quando mamãe decidiu ficar com a guarda dele, foi a melhor decisão de todas.

Ela seria uma mãe-avó incrível que já havia mudado bastante, faria pelo neto o que não foi capaz de fazer pelas próprias filhas.

Todos nós havíamos mudado.

Fazer terapia por poucos meses me fez bem, e eu ainda queria retornar ao grupo de apoio assim que meu filho ficasse maior. Ainda era muito cedo para voltar.

Perder minha única irmã foi doloroso demais para mim, e pensar que ela foi tirada de nossas vidas pelas mãos do meu agressor sexual, era terrível e desolador ao extremo.

Como eu iria conseguir perdoar Edward Benson?

Algum dia eu conseguiria? Seria capaz mesmo?

Nunca achei que algo do tipo aconteceria comigo.

Eu era uma sobrevivente.

Lutando diariamente contra meus traumas.

Carregando a dor de uma ferida sem fim. Uma cicatriz interna. E minha filha era fruto de algo que mudou minha vida para sempre.

Mas eu amava aquele anjinho inocente mais que tudo. E lembrar que um dia pensei em abortar, me fez pedir perdão durante minhas preces por tantas vezes, eu era nova e imatura demais, estava tão transtornada e machucada de todas as formas possíveis.

Conhecer Freddward Benson virou meu mundo de ponta cabeça. Ele me trouxe luz, amor, carinho e proteção. Ele me tirou de tantos pesadelos, amenizou minha dor da forma que podia, me estendeu a mão e me segurou firme. E me salvou de mim mesma quando eu estava desistindo de tudo.

Ele não desistiu de lutar ao meu lado mesmo sofrendo por causa do próprio irmão.

Benson foi a minha tábua de salvação, o meu porto seguro.

Um verdadeiro anjo em minha vida.

Foi o primeiro homem que amei. E incondicionalmente.

Assumiu minha filha como se fosse dele. Cuidou de nós duas.

Nos deu um lar.

E Freddie me amou mesmo eu estando tão quebrada por dentro, mesmo eu querendo mantê-lo afastado diversas vezes.

Me colocou acima de tudo.

E ele foi a cura para algumas das minhas feridas.

Embora não seja a cura completa. Ele sempre será o meu melhor remédio.

Só eu posso trabalhar no meu perdão. 

Sou a única que talvez possa tentar curar a mim mesma daquilo que mais me arruinou.

Agora casada e mãe de dois filhos, com um marido maravilhoso que sempre vai me apoiar.

Tenho tanto para me orgulhar.

Vitórias e grandes conquistas.

Sei que ainda tenho um longo caminho a percorrer.

E eu, Samantha Puckett Benson, sobrevivi a um estupro, dei a volta por cima e continuarei seguindo em frente.

Sempre.

Não estou sozinha nessa luta. Aliás, nunca estive.

E nunca vou permitir que os traumas do passado possam arruinar o meu futuro com a minha família.


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Notas finais do capítulo

E esse foi o fim.

Satisfeitos? Gostaram do epílogo?

Final super merecido para eles, né?

Logo volto com novidades, galera.

Vou lançar Fire On Fire e essa fic promete tanto porque será um Crossover daqueles.

Teremos uma história muito marcante, emocionante e cheia de diversas emoções.

Essa realmente promete!!!

Teremos até uma lista com trilha sonora para cada personagem e casais.

iCarly e Victorious... #FireOnFire

E mais uma vez agradeço por tudo. Amo vocês!!!

E não deixem de comentar no epílogo. Quero saber o que acharam. Bjs



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