Problems and Solutions escrita por Cintia


Capítulo 4
Chegada ao Brasil




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Roberta narrando:

Eu não suporto isso, morar com  a  Eva é  o fim do mundo, ele não me deixou saída. Qualquer coisa até morar com ela é  melhor que convento. Odeio ser colocada contra parede, primeira coisa que  pensei foi numa forma de ser expulsa poxa, mas tudo bem vou agitar aquele colégio de qualquer jeito. Começo a chorar muito- O pior castigo é  morar com a mulher que nunca olhou na minha cara, vive pra carreira e umbigo dela.

Narração Off

Vila Lene:

Teresa: Aí meu Deus do céu dai me paciência- Respira fundo.

Carla: Porque tia? Um colégio tão careta justo esse e ditador?- Fala nervosa.

Teresa: Porque o Elite Way é  um dia melhores colégios do Rio de Janeiro. Lá voce terá uma ótima educação, ensino de qualidade. Sem contar que tu tá muito rebelde,  revoltada pro meu gosto.

Carla: Então é  isso? Quer me punir? Que merda hein Dona Teresa- Fala nervosa

Teresa: Você me respeita menina, não me tira do sério  Não Carla,  quero que tu aprenda ser menos revoltada! Tenha um bom ensino. Chega dessa conversa você vai e ponto final! Vai pro seu quarto de castigo só por esse show, não te devo satisfação então não banca a mais velha aqui se coloque no teu lugar- Fala nervosa.

Narração Carla On:

—Não acredito que vou estudar nesse colégio, entro no quarto nervosa. Sou Carla, essa é  minha tia Teresa, moro com ela desde que meu pai desapareceu por conta de drogas eu só tinha 7 anos, meu mundo desabou naquele momento. Só era eu, minha irmã mais nova que na época tinha 9 meses Isabela fruto do acaso do meu pai com minha mãe, que aliás nem posso chamar de mãe, tentou me abortar sem meu pai saber os dois já tinham se separado, não deu certo – começo chorar, eu nasci, meu pai me amou desde o início, anos mais tarde ele teve uma recaída e  veio ela tão linda, fofa, mas veio com uma deficiência síndrome de down ela rejeitou 3 meses depois Dona Fátima ficou muito doente, acabou tendo um AVC morreu. Ainda tenho a doida da minha irmã mais velha 31 anos, inteligência não é o forte dela, parece uma adolescente mal vejo ela, só vejo  quando vou pro interior do RJ ver minha tia Lúcia. Apesar desse jeito brava da minha tia, ela é  tudo de bom, amorosa, amiga. É a mãe que  eu não tive, ela decidiu criar eu e Isabela quando o irmão dela sumiu. Amo minha tia, minhas irmãs são  tudo pra mim! Já perdi a esperança de encontrar meu pai, mas se um dia acontecer não sei se estou preparada pra tal coisa.

15 dias depois as 10h50

Ricardo: Chegamos.

Roberta: Ao inferno- Fala irritada .

Ricardo: Vai começar?

Roberta senta num banco do colégio e toma seu suco de uva. Ela tava vestida de  preto, tachas, maquiagem escura, sombra preta e  lentes e mechas vermelhas.

Jonas: Bom dia, sejam bem vindos ao Elite Way- Sorri é cumprimenta

Ricardo: Bom dia

Pilar percebe a movimentação e se esconde.

Roberta: Bom onde?

Ricardo: Roberta- Ele repreende ela- Me desculpe por ela, tá na fase revoltada da vida.

Jonas: Super entendo. Tenho uma adolescente  também. Vamos entrando, por favor me acompanhe- Ele sorri.

Ricardo: Roberta vai ficar ai?

Roberta: Vou pai.

Ricardo e Jonas saem.

Pilar: Olhaaaa, a revoltada- Sorri batendo palmas.

Roberta: Garota me erra.

Pilar: Aqui não é  lugar de gente revoltada! Lugar de gente revoltada fica no sanatório já ouviu falar?- cai na risada.

Roberta: Você não me conhece, tô mandando você parar garota – Ela levanta nervosa.

Pilar: Eu sou a filha do  diretor e você? Quero ver se tem nome de peso pra me encarar- Diz seriamente.

Roberta cai  na risada.

Roberta: Como você é  ridícula, é  só isso que sabe usar contra? Ser  filha do diretor? Pensei que fosse mais inteligente, inteligência não é  seu forte né – Sorri.

Pilar: Não admito que fale assim comigo- Ela levanta o braço pra bater nela.

Roberta  é  mais rápido pega o braço dela enfurecida entorta o braço.

Pilar: Para sua louca, eu vou contar pro meu pai- Fala furiosa.

Roberta empurra ela cai no chão. 

Roberta: Conta, mas conta com gosto tá bom- Ela ri e  joga o suco  de uva  na cara dela.

Casa da Alice:

Eva: Gente vai chover Alice cedendo- Ela ri

Alice: Não cedi nada tá Eva, eu me conformei é  diferente  de aceitar ela aqui dentro de casa.

Eva: O conformismo já  é  um caminho pro aceitamento.

Alice: Vai sonhando- Revira os olhos.

Vila Lene:

Teresa: Olha Carla quem vê nem pensa que tem síndrome de Down, tão esperta, inteligente. Essa menina vai  longe viu- Fala olhando pra ela assistindo Tv.

Carla:  Acredito que seja pelo grau que é  leve.  Ela vai mesmo estudar naquela escola que você falou?

Teresa: Ali tem um preparo melhor, tem crianças iguais e até com outros tipos de deficiência.  

Carla: Olhando por esse lado é  até bom né. Pelo menos tem esse sistema  de bolsa que você conseguiu vai pagar bem menos do que uma bolsa comum.

Teresa: Verdade. Vou precisar sair, fica com ela por favor. Resolver uns assuntos da casa que vou alugar pra uma moradora aqui perto da Vila.

Carla: Tá legal, eu fico. Fica tranquila.

Teresa: Só vou pegar minha bolsa, já saio.

Pingo: Dona Teresa a senhora chega antes do almoço?

Teresa: Como? Você acordou faz 15 minutos como pode já pensar no almoço? Tenha dó né Pingo. Depois quer emagrecer só que não sei como. Acorda, come até pelos pensamentos, fala sério ne- Sai indignada.

Carla cai na gargalhada

Carla: Desculpa Pingo, mas querido tu tá bem esfomeado hein. Já acorda pensando no almoço, qualquer dia você vai enlouquecer minha tia sério.- Fala rindo.

Pingo: Assim não vale e minha resposta?

Carla: Pingo melhor ouvir ela tá? Toma seu café que é  melhor. Na hora do almoço, se ela não chegar à tempo a gente faz um lanche qualquer coisa até porque temos uma esfomeada aqui também, a Isabela- Fala séria.

Eles conversam.

Casa do Tomas:

Ofélia: Você me deve obediência- Fala nervosa.

Tomas: Na conta de quem? Você pode fazer o que quiser eu não vou falar onde esta minha mãe ouviu bem?

Ofélia: Tomas, isso não é  certo.

Tomas: Exatamente por isso não vou te falar minha querida- Sobe nervoso.

Ofélia: Esse garoto tá me saindo de um jeito- Fala furiosa.

Silvia: Deixa o garoto tia. Ele só quer proteger a mãe- Ela disfarça.

Ofélia: Por acaso sou bruxa pra Leila precisar  de proteção? Tenha santa paciência.

Silvia: Se não é  bruxa, tá quase- Ela ri.

Ofélia: Silvia  você não tem nada de importante pra fazer não? Vai procurar o que fazer me deixa em paz- Se enfurece


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