Solaris ficou calada, não queria falar e parecer um dos idosos tartamudos de seu povo, apenas olhou o pingente. Ele também não falou nada, esperou por uma resposta dela.

— Eu não sei. Cresci ouvindo que me transformaria num monstro gigante de pedra que nem os que tem nos nossos templos.

Aquela foi a primeira vez que Solaris o viu rir.

— Os livros do meu povo fala que viramos um gigante verde que destrói tudo.

Solaris permitiu-se rir.

— Não acredito que crêem nisso.

— Nem eu que acredita em virar pedra.

— Ei, não acredito — ela reclamou, rindo.

— Por que o medo então?