nada contra (ciúme) escrita por noora


Capítulo 1
U: sei que te mandei passear...


Notas iniciais do capítulo

oieeee!
ebaaa meu primeiro jilytober!!! muito feliz que deu certinho a data, eu ouvi essa música e tava louca pra escrever uma fic com ela, daí anunciaram o mês e fiquei "puts é com eles que tem que ser". É bem curtinha, bem bobinha do jeito que o povo gosta kkk
anyways, o dia de hoje também é muito especial porque é o aniversário de uma gostosa! karouziquinha não sei se você já se enfiou no meio do mato e não vai ler isso até segunda, mas parabéns amiga!!!! te amo muito ♥ obrigada por ser minha amiga por todos esses anos, e pelos próximos que virão. covid vá embora quero dar rolê por sp com minha amiga!! um beijo linda ♥
espero que gostem!!



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Todos em Hogwarts sabiam que James Potter era completamente apaixonado por Lily Evans. Desde os 11 anos, quando a encontrou pela primeira vez no vagão do trem para a escola, ele fazia de tudo para conquistá-la. Lily chegava no recinto, James logo empertigava-se e tentava chamar a atenção da ruiva.

Lily odiava isso.

Evans, por muitos anos, referia-se a ele para as amigas como “O Imbecil”. Tinha certeza de que o Potter era o homem mais idiota e arrogante que ela já tinha conhecido. Havia perdido a conta de quantas vezes tinha o mandado passear. Os seus olhos doíam de tanto revirar toda vez que James fazia algo estúpido para chamar a sua atenção, ou seja, em quase todos os dias dos últimos 6 anos.

Mas, no sétimo ano, ele simplesmente parou.

Quando eles se cruzaram no trem para Hogwarts, ao invés de parar e tentar puxar assunto com ela, James apenas passou reto como se a Evans nem existisse. Quando se sentaram perto na hora do jantar, não tentou conversar com ela. E, de noite, quando estavam todos no Salão Comunal, não pulou ao lado de Lily no sofá e ficou contando sobre as suas férias sem ela perguntar. Não fez isso no dia seguinte. Nem no próximo. Nem na semana seguinte. Ou no mês seguinte. Era como se ela não existisse mais.

Lily deveria ter ficado feliz. Agradecido aos céus que aquele chato finalmente havia parado de encher o seu saco. Mas ela não ficou. Por sinal, sentiu-se até ofendida que James não falava mais com ela. Honestamente, desde o quinto ano Lily não o considerava tão insuportável como costumava. Isso teve muito a ver com Snape. Desde que aquele imundo tinha a chamado de sangue-ruim, Lily não conseguia nem olhar para o seu rosto sem querer vomitar. Depois disso, toda vez que o Potter mexia com ele, a Evans se sentia um pouco vingada.

Os dois haviam “acidentalmente” se encontrado durante as férias – na verdade, Sirius e Marlene queriam muito se ver e acabaram arrastando os amigos para não chamar de encontro – e, pela primeira vez em anos, Lily e James tiveram uma conversa normal. Ela até riu de algumas piadas dele e estava pronta para começar a tratá-lo como uma pessoa normal, porém James não se dirigia mais a ela.

Além de ofendida, ela estava puta. Porque, mesmo não falando com ela, a mesma regra não estava se aplicando a outras meninas. Teve a loira da Corvinal com quem ele ficou conversando na aula de Transfiguração que fez Lily rasgar o pergaminho com a pena de tanta raiva que sentiu assistindo os dois. Também quase intoxicou a sala inteira colocando um ingrediente a mais na poção por estar muito ocupada prestando atenção em James recebendo ajuda de uma de suas colegas da Grifinória. Emmeline teve que salvar a sua planta de ser afogada já que Lily mantinha todo o seu foco no Potter e a morena da Lufa-Lufa dando risadas na aula de Herbologia.

Ela estava com ciúmes, obviamente. Mas não iria admitir com facilidade.

A cada garota que Lily via conversando com James, mais cheia de ciúmes ela ficava. O que minimamente acalmava o seu coração era saber que nunca via ele conversando mais de duas vezes com qualquer uma daquelas meninas, então era provável que nada estava acontecendo. O problema começou lá para o início de outubro. Lily não sabia o nome dela, contudo sabia que James andava dando atenção demais para uma certa garota da Grifinória. A cada dia ela ficava mais nervosa por não saber nada sobre a outra, até ver Marlene conversando com ela. Aproveitou a deixa para perguntar, como quem não queria nada.

— Lene – questionou, no café da manhã. – Quem é aquela ali conversando com o Potter?

Marlene, que estava focada em passar geleia sobre toda a superfície do pão, virou a cabeça para onde Lily estava olhando, balançando os cachos loiros. Demorou um pouco para localizar os dois, mas assentiu ao reconhecer a menina.

— É a Poppy! Ela entrou agora no time da Grifinória, é a nova apanhadora. Muito boa, por sinal. E muito simpática também – Marlene voltou a olhar para Lily. – Por quê? Ficou interessada? Não sei se ela gosta de mulher, mas posso descobrir.

Lily riu, negando. Emmeline, ouvindo a conversa, apoiou os cotovelos na mesa e se inclinou para conversar com as duas.

— Na verdade, acho que é no outro que ela está interessada...

Marlene arregalou os olhos, colocando a mão na boca. Lily sentiu o seu rosto esquentar, sabendo que estava ficando corada.

— Não acredito! Achei que você o odiasse!

— E eu odeio – Lily respondeu com rapidez. – Não sei de onde Emmeline tirou isso.

— A sua planta diria o contrário – Emmeline relembrou a aula de Herbologia.

Naquele momento, Dorcas apareceu esbaforida de correr para o Salão Principal. Antes mesmo de se sentar, pegou um scone da mesa e comeu sem nem passar nada nele.

— E aí gente, o que eu perdi? – ela perguntou, ainda com a boca cheia de comida.

— Lily está apaixonada pelo Potter – Marlene anunciou.

Quase berrando, Evans respondeu:

— Não estou não!

— Finalmente! – Dorcas exclamou, engolindo o bolinho. – Será que agora podemos discutir o quão bonito ele é?

Lily queria morrer.

― Gente, pelo amor de Merlin!

— Que foi? Lily, não tem como negar que ele é o cara mais gostoso do nosso ano! Até eu que não gosto de homem tenho que admitir isso – Emmeline explicou. – Todas nós achamos, só nunca falamos porque você o odiava e como somos suas amigas tínhamos que odiá-lo também.

Lily olhou para as amigas, que concordavam com Emmeline. Marlene inclinou o corpo, apoiada nos cotovelos.

— Mas agora você está apaixonada por ele, e claramente morrendo de ciúmes, podemos falar sobre isso!

Não estou apaixonada e não estou com ciúmes – vendo o olhar das amigas, Lily se encolheu um pouco – certo, talvez eu esteja com um pouco de ciúmes.

Marlene bateu palminhas, animada com a situação. Por anos, secretamente, as amigas de Lily torciam para que ela pelo menos começasse a achar ele legal. Todas gostavam de James, que sempre havia sido muito simpático e educado com elas. Mary, que até aquele momento só estava observando, pronunciou-se pela primeira vez.

— Lene, você acha que ele está dando em cima dessa Poppy?

— Então, não sei. Pelo que eu observei, os dois se deram muito bem nos testes e vem conversando bastante nos últimos dias. Mas olha, é de James que estamos falando. Ele bate papo com muita gente.

— De novo, James que estamos falando – Emmeline pontuou – já tiveram várias vezes em que eu achava que ele era só amigo de uma garota e quando vi... Lá estavam os dois.

Lily afundou o rosto nas mãos. Suspirou, estressada. Não aguentava mais ouvir aquelas coisas.

— Não importa com quem ele está falando! O que importa é que ele não está falando comigo. Quer dizer, importa sim com quem ele está falando, mas... Argh!

Dorcas segurou a mão da amiga, sentindo pena dela.

— Se ele não falar com você, vá falar com ele! Sabe o que você devia fazer? Ir para cima dele na festa de Halloween. Ir com uma fantasia que te deixe bem gostosona, o Potter não vai saber o que o atingiu.

As suas amigas concordaram, ficando animadas com a ideia. Pelo resto do dia, discutiram ideias do que Lily poderia vestir. Acabaram chegando no consenso de que ela deveria ir fantasiada de membro da banda trouxa Abba, já que era uma fantasia divertida e que podia ser sexy ao mesmo tempo. Reviraram a loja de fantasias de Hogsmeade à procura de roupas similares às da banda, até finalmente encontrarem. O ponto principal da fantasia era a parte de cima, com um decote tão profundo que era impossível de conversar com Lily sem olhar para os seios dela.

Marlene prometeu para a amiga que iria ficar de olho em toda interação que James tinha com Poppy, preparada para “sem querer” atrapalhar os dois se algo maior estivesse acontecendo. De acordo com ela, os dois conversavam apenas como amigos, no entanto Lily queria morrer toda vez que os via juntos. O tempo parecia passar devagar até demais, mas finalmente o dia da festa chegou. As meninas ajudaram Lily a se arrumar e Emmeline até convenceu uma de suas amigas da Sonserina a fazer a maquiagem da ruiva. Todas tiveram que afirmar várias vezes para a Evans que ela estava linda e que iria dar certo, já que Lily estava surtando.

Os professores haviam se empenhado na arrumação daquele ano: a decoração parecia que estava viva, dando sustos em vários alunos distraídos. As mesas do Salão haviam sumido e, em seus lugares, havia um palco para a banda e uma grande pista de dança. No canto, a mesa de comes e bebes. Desde o quarto ano, Sirius dava um jeito de colocar bebidas alcóolicas naquela mesa e, todos os anos, os professores tentavam impedir, porém Sirius sempre conseguia. Ninguém sabia como ele fazia, mas as festas sempre acabavam com alguns adolescentes passando mal nos banheiros.

Lily, junto de Marlene, deu uma rondada pelo salão até avistar James. Ele estava maravilhoso: parecia algum cantor de rock que ela não reconhecia, contudo não importava. Aquela calça de couro estava fazendo milagres para ele. Depois de discutir uns minutos com Marlene, Lily foi empurrada em direção ao Potter e marchou até ele no impulso, antes que desistisse. James estava de costas para ela e a música um pouco alta, então precisou chamá-lo 3 vezes antes que ele percebesse a sua presença.

— Oi Evans – ele sorriu e Lily começou a ficar mais nervosa. James olhou-a dos pés à cabeça e abriu um sorriso maior ainda. – Gostei da fantasia. É daquela banda trouxa que você gosta? Abba?

— Sim! Gostei da sua também. Só não sei em qual banda você deveria estar.

Ele riu, bagunçando o cabelo. Lily havia reparado pelos anos que ele sempre fazia isso quando estava conversando com ela e o seu coração acelerou.

— Eu também não sei. Sirius não conseguia se decidir qual banda nós seríamos, então a fantasia é de “rockstar”.

Lily concordou, enquanto James tomava um gole de sua bebida. Ela se deu conta de que nunca havia tido uma conversa de verdade com ele na sua vida inteira que não envolvesse insultos, então se encontrou sem assunto. Os dois ficaram num silêncio constrangedor, James esperando Lily falar alguma coisa já que havia sido ela quem tinha o chamado. Evans não sabia o que falar, assim apenas disse tchau e voltou em direção às amigas. Marlene e Dorcas estavam paradas perto das bebidas e ficaram animadas quando viram a amiga se aproximando:

— Como foi?

— Bem, ele elogiou minha fantasia, eu elogiei a dele e depois ficamos em silêncio. Então, estou assumindo que deu tudo certo!

— Lily, como assim – Dorcas questionou. – Você tem que falar com ele! Puxa assunto!

— Tirando essas férias agora, nós dois nunca conversamos direito. Era sempre ele enchendo o meu saco e eu ignorando. Quer que eu fale o quê? “Ei, eu vi que você está de papinho com essa garota aí e estou morrendo de ciúmes! Você deveria estar comigo e não com ela”?

Marlene e Dorcas se entreolharam.

— Sim!

— Não posso falar isso para ele, vai achar que estou maluca!

Dorcas suspirou e olhou para a mesa atrás de si. Avistou uma das garrafas que Sirius avisava para todos que era a de whisky de fogo e a pegou, junto com um copo. Encheu até quase a boca e entregou para Lily.

— Sóbria você não vai. Bebe aí.

Lily olhou para o copo, depois para Dorcas e por fim, para Marlene. A loira deu de ombros. A ruiva suspirou e pegou o copo da mão da amiga, virando quase o conteúdo inteiro num gole só.

— Eu vou precisar muito mais do que só isso para ir falar com ele de novo.

Depois de 3 copos e meio, uma conversa muito interessante com Remus sobre dragões, muita dança e quase puxar Sirius e Marlene para um canto para dizer que os dois deviam parar de enrolar e namorar logo, Lily estava bêbada o suficiente para ficar desinibida o bastante e ir tirar satisfação com James. Bufou quando viu que ele estava conversando com Poppy e andou até os dois, perdendo um pouco do equilíbrio no caminho.

— Oiii gente – ela interrompeu os dois, dando um susto na menina que conversava com James. – Poppy, querida, posso falar com o Potter rapidinho? Amei a sua fantasia, por sinal.

Lily não deixou Poppy responder, só saiu puxando a mão de James. Ele nem conseguiu protestar, de tão confuso que ficou. Foi arrastado para um canto meio vazio e nem disse nada, já que Lily foi logo falando:

— Por que você anda me ignorando?

― Não estou te ignorando. Estamos nos falando, bem nesse exato momento.

— Nem vem – ela fez uma careta – Desde que entramos no trem em setembro, você não falou comigo nem uma vez. Nenhum “e aí, Evans?”, “Como foram suas férias, Evans?”. E daí você vai e fica conversando com todas essas garotas, especialmente com ela.

Lily apontou para Poppy. James não entendia o que estava acontecendo. Sem nem dar a possibilidade de ele se justificar, Lily continuou:

— Quer dizer, nada contra ela, inclusive, até faria! Mas... Acho quem caberia bem melhor sou eu.

— Caberia onde?

— Com você!

A ruiva continuou a reclamar, mas James parou de ouvir depois da resposta. Não conseguiu evitar o sorriso que surgiu em seu rosto.

— Evans – ele a interrompeu.

— O quê?

— Cala a boca.

Lily, desde que o conheceu, nunca se imaginou beijando James Potter. Mas, agora que o tinha feito, nunca mais queria parar. Ele segurava o seu rosto com tanta delicadeza, como se Lily fosse feita de porcelana. As suas pernas pareciam que cederiam quando se separaram e James sorriu com todos os dentes para ela.

— Acredite, foi tão difícil para mim parar de falar com você quanto foi para você.

— Então por que fez isso?

— Porque... Foram tantos anos sendo ignorado que eu só queria desistir. Mas eu não consigo. Sempre vai ser você, Lily. Eu tentei negar, mas não consigo. Você é inegável, Evans.

Ela sorriu, sentindo o seu peito ficar quentinho. Colocou as mãos no pescoço dele, aproximando-se.

― Potter.

— Sim?

— Cala a boca.


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Notas finais do capítulo

quem pegou a referência a The OC pegou quem não pegou vá assistir, tem na globoplay!
espero que tenham gostado, um beijo a todas, vejo vocês nos comentários ♥ e feliz jilytober!!