Abigail Sciuto, ou para os íntimos apenas Abby era cientista da NCIS há anos. Do alto de seus saltos plataformas, marias chiquinhas e visual gótico a jovem guardava muito mais que um exterior diferente.

— Bom dia, está é a rádio WUKO. – A voz do rádio começou a tocar assim que a hora mudou de 04:59 para 05:00 da manhã. – São cinco da manhã. É hora de pessoas acordarem para trabalhar e serem novamente brilhantes.

Abby bateu a mão sobre o rádio relógio, soltando as cobertas para o lado longe da cama.

— Querida, tem que acordar agora? – A voz um pouco irritada de Tim falou. – São cinco da manhã.

— Sinto muito, mas tenho que ir trabalhar cedo. – Ela tomou uma ducha, escovou os dentes e logo deu um beijo em Tim antes de pegar uma maçã e sair.

Caminhando devagar pela garagem, Abby segurou suas chaves e apitou o alarme de seu Ford coupé. Era um carro da década de 30 e ela o adorava. Seu estilo funerário chamava a atenção de todos que viam o carro.

Ligando o rádio, ela encontrou uma estação de música clássica e sorriu, colocando o cinto de segurança.

Abby caminhou pelo bullpen, em direção as escadas que levavam para o laboratório. Ligando a luz, ela entrou.

Mergulhada no trabalho, Abby ouviu a música ser desligada.

— Ei, quem diabos desligou? – Ela viu Gibbs ali parado com Tony ao seu lado. – Eu disse que você não poderia fazer isso.

— Eu sei, mas estava alto. – Gibbs assinou com a mão. – Você deveria ter abaixado isso, Abby.

— Eu sei que já disse isso, mas é indelicado da parte de vocês fazerem isso quando obviamente todo mundo aqui ouve bem. – Tony ficou emburrado.

— Desculpe, Tony. – Abby sorriu e deu um beijo na bochecha do agente. – Tenho os resultados do sangue enviado. Deixe-me dizer que a moça poderia ter morrido seis vezes e mesmo assim foi morta com a arma.

— Tão forte assim? – Tony olhou para a tela. – Caramba, ela estava tipo muito drogada.

— É por isso que não é suicídio. – Abby escreveu na folha, deixando Gibbs sorrir. – Parabéns, você pode prender o Suboficial Grayson por isso.

— Obrigado, Abby. – Ele deu a ela um bombom e saiu pronto para buscar seu suspeito.

Subindo para a sala principal em busca de Timothy, Abby sorriu para outros agentes, todos retornando seus sorrisos e olhares felizes.

— Oi, querida. – Tim se levantou quando ela chegou. – Que bom que chegou.

— Sim, estou ansiosa por aquela salada que você vai me dar. – Abby olhou para ele com um sorriso. – E talvez eu te de algum doce.

— Pelo menos, de esse doce lá fora. – Gibbs brincou. – Não tenho idade para ter safadezas aqui.

— Sim, chefe. – Abby puxou Tim pela mão e o levou para o elevador.

Mas ao invés de os dois irem direto para o almoço, eles tropeçaram para dentro do apartamento de Abby e caíram no chão, fazendo sexo no chão do apartamento de Abby.

— Hum, acho que estou com fome. – Abby sorriu para Tim e se levantou, correndo até a cozinha e se escondendo. – Venha me pegar, tigre.

— Eu vou, sim. – Ele correu para ela e levantando Abby no ar, a beijou com carinho a colocando contra a parede. – Não está realmente acabado.

Mas naquele momento, o celular de Tim e Abby tocaram ao mesmo tempo, fazendo os dois gemerem.

Abby deixou suas coisas sobre sua cadeira no laboratório enquanto ligava o espectrômetro de massa. Eles haviam pego um novo caso e ela já estava de volta em seu mood de cientista.

— Algo para mim, Abigail? – Ducky sorriu vendo uma foto dela e de Tim na tela do computador. – Se quer meu conselho, vocês fazem um bom par.

— Sim, Ducky. – Ziva deixou mais uma caixa. – Mas se ele te machucar, ele vai se ver comigo.

— Obrigada, Ziva. Ducky, é sempre um prazer. – Abby colocou a foto do cadáver do Suboficial Hanson na tela – O que vê na foto?

— Alguém que levou um tiro na cabeça. – Ziva pegou o mouse e aproximou a foto. – Ferimento de entrada?

— Saída, na verdade. – Abby ampliou ainda mais a foto. – Acho que sabemos agora que Hanson foi morto pelas costas.

— Parece uma .44. – Ziva olhou para a foto. – Muito estrago.

— Sim. – Abby imprimou a parte desejada e viu Gibbs, Tony e Tim entrando. – Seu homem foi morto pelas costas.

— O que seria da gente se você não existisse, Abbs? – Tony a abraçou. – Ziva, está pronta?

— Quase. – Ela piscou para Abby, dando um beijo na bochecha dela. – Até depois, querida.

— O que está rolando aqui? – Abby olhou para Tim e ele apenas balançou os ombros.

— Abby, eu gostaria que você desligasse os seus equipamentos e fosse para casa. – Jenny disse. – Você também, agente McGee.

— Bom final de semana, diretora. – Abby foi puxada para os braços de Tim assim que ela se levantou. – O que está acontecendo?

— Ainda não posso dizer. – Tim abriu a porta do carro e colocou uma venda nela. – Mas acredite, você vai amar.

— Ah, está bem. – Abby sentiu o cinto ser puxado sobre ela e sabia que Timothy nunca iria machucar ela.

McGee parou na frente da casa de Gibbs e assim que a porta foi aberta e Abby tinha tirado o cinto, ele a puxou para os braços, sorrindo para ela, mesmo que ela estivesse de venda.

Ele não tinha se esquecido do aniversário dela.

— Tim, a gente já chegou? – Abby se sentiu tocando o chão.

Assim que a venda foi tirada, ela viu a luz se acender e todos gritarem feliz aniversário para ela. Era simples. Bolo de chocolate, docinhos, brigadeiros, pasteizinhos e maçã do amor.

— Feliz aniversário, Abby. – Todos sorriram quando ela apagou as velas do bolo, fazendo um pedido. Ela só queria todos sempre unidos.

Taylor Swift tocava no som, deixando Gibbs um pouco confuso, mas quando Elvis começou a tocar, todos os casais presentes dançaram juntos.

— Eu acho que foi um feliz aniversário. – Abby sorriu. – Na verdade, eu tenho certeza. Eu achei que todos haviam esquecido.

— Nunca ousaríamos. – Tim a beijou. – Vem comigo. Faltou um presente.

Eles saíram da casa de Gibbs e foram para o jardim, onde havia uma toalha estendida no chão. Tim pegou um ramo de flores e se ajoelhou na frente dela, a deixando em choque.

— Abigail Sciuto, eu esperei o dia que você veio ao mundo para pedir isso. – Ele pegou a caixinha do bolso e a abriu na frente dela. – Abby, quer ser minha mulher para a eternidade? Até que a última estrela se apague?

— Com certeza, Tim. – Abby o beijou e sorriu para a intimidade do momento.

Eles voltaram para dentro, totalmente felizes por terem um momento a sós mesmo com todos os amigos. Então era possível que Ziva e Jenny tenham visto o anel no dedo de Abby e gritado de paixão.