As memórias secretas de Elliot Thompson escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 7
6 Capitulo: Amor incondicional


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos ao ultimo capitulo de As memórias secretas de Elliot Thompson.
Desde já, gostaria de agradecer a todos que me acompanharam durante a trajetória dessa história. Sem vocês ela não existiria, muito obrigada por me acompanharem até aqui, vocês são os melhores leitores do mundo.
❤️❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️❤️
Sem mais delongas, fiquei com o ultimo capitulo.



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—Bom, acho que já terminamos. - Lira disse suave fechando seu caderno de couro marrom caramelo no colo, antes de tampar a caneta prateada em suas mãos. -Vou digitar tudo e até a semana que vem, teremos um esboço do livro das suas memórias.

—Ainda não terminei Lira Angélica. - alertei suave e ela me olhou confusa, parando de guardar suas coisas para me ver.

—Mas achei que já tínhamos terminado. Afinal, de acordo com o nosso cronograma o último assunto que seria abordado já foi escrito, pai. - ela explicou confusa e balancei a cabeça negando, pois ainda havia um assunto a ser tratado.

Um dos mais importantes por sinal.

—Ainda, não filha, existi um em especial que merece ser contado também.

—Que seria? - ela questionou com a sua costumeira curiosidade de escritora no olhar e sorri carinhoso para minha caçula.

—Você. Seus irmãos estão nas memórias do seu pai e você também deve estar, porque não tivemos três filhos e sim quatro. Aceitam uma xícara de café e um pedaço de bolo de chocolate? - Leah questionou entrando na sala com uma bandeja nas mãos, colocando-a em seguida em cima da mesa.

—Mas é claro que sim, querida. - disse animado pensando no sabor do bolo e do café sem igual da minha esposa, fazendo as duas rirem.

—Obrigada, mãe. - Lira disse amorosa aceitando a xicara e um pires com um generoso pedaço de bolo de chocolate, antes da minha esposa me entregar o mesmo enquanto nossa filha voltava sua atenção para mim. - Pai, tem certeza que quer me colocar no livro? Afinal, nem sou filha biológica de vocês.

Sem dizer uma palavra, deixei minha xicara e meu pires em cima da mesa e segurei a mão da minha filha olhando sem seus olhos, para que soubesse que estava falando a verdade.

—Lira, meu amor, você pode não ter o nosso sangue, mas isso não a faz menos nossa filha do que seus irmãos mais velhos. Você é nossa filha porque a escolhemos e você nos escolheu, para nós o amor é o mesmo querida. - disse sincero e Leah balançou a cabeça concordando, antes de Lira nos abraçar com carinho me fazendo relembrar o dia em que a vimos pela primeira vez.

Flashback on:

Depois de um ano tumultuado, no qual meus filhos mais novos tiverem seus imprinting, enfrentaram inúmeros desafios para ficarem com eles, se casaram e me darem netos maravilhosos, finalmente pude me dedicar a promessa que havia feito a madre Angélica antes de morrer de cuidar do orfanato.

Após muito pensar, consegui achar uma solução para cuidar do orfanato onde cresci, iria incorporá-lo ao departamento de obras sociais do Conglomerado, que incluíam a fundação de música e a bolsa universitárias para os órfãos, os quais não foram adotados e saiam do orfanato assim que atingiam a maior idade, permitindo que tivessem uma educação superior além de uma bolsa financeira, lhes ajudando enquanto estivessem vinculados ao curso.

Mas convencer o conselho da empresa, em investir uma generosa soma no Orfanato Solaria não foi fácil, pois eles não queriam se arriscar em mais uma social que não daria retorno aos cofres, mesmo tendo a maioria das ações não podia decidir nada sem o consentimento dos outros associados e quando achei que estava perdendo a batalha, Silvestre intercedeu por mim me deixando surpreso.

—Sei que é um investimento arriscado, pois não sabemos as condições financeiras, estruturas e humanas desse orfanato, mas se meus avôs estivessem aqui eles fariam de tudo para ajudar essas crianças. Se não fosse por aquele orfanato ou pelas freiras dessa instituição, meu primo não estaria aqui assim como nenhum de nós teria a vida confortável e despreocupada de agora, porque senhores se não se lembram, essa pequena empresa familiar só se tornou a potencia que é hoje, graças ao Elliot. Por isso, eu voto sim para incorporamos o Orfanato Solaria ao nosso programa de obras sociais. - meu primo disse sério, desviando os olhos dos outros acionistas para me ver e o agradeci emocionado enquanto ele dava de ombros.

—Vou perguntar novamente. Levantem a mão, quem concorda em incorporamos o Orfanato Solaria ao nosso programa de obras sociais? - questionei sério novamente, olhando para todos que estavam sentados na mesa de reunião.

Logo todos os acionistas se entreolharam, enquanto meu coração batia acelerado à espera da resposta deles, sem dizer uma palavra todos levantaram as mãos e sorri emocionado, por saber que finalmente poderia retribuir todo amor, cuidado, dedicação e carinho que havia recebido no Orfanato Solaria durante toda a minha vida.

Após a votação demos entrada no processo de incorporação do orfanato ao programa de obras sociais, para isso minha nora Cíntia, contadora chefe do Conglomerado, junto com a sua equipe começou a levantar toda a documentação administrativa do local, afim de descobrir a real situação financeira da instituição que parecia não estar nada boa.

Quitamos todas as dívidas em nome do orfanato, antes de contratar engenheiros para fazerem uma vistoria no local, detectando possíveis problemas na estrutura do prédio que já era muito antiga. Depois dessa investigação, demos início as obras de reparo e ampliação dando assim maior conforto para as crianças que viviam ali.

Enquanto o orfanato estava em obras, alugamos uma casa fora do centro de Nova York com bastante espaço, para que todos ficassem acomodados enquanto estávamos reformando a instituição. Aproveitamos também, para fazer uma força tarefa e examinar todas as crianças, para sabermos se estavam bem de saúde ou se possuíam alguma condição médica especial, algo que descobrimos em poucas crianças, mas uma em especial nos deixou preocupados.

Era uma bebê de apenas um mês de vida, que havia chegado ao orfanato semanas antes de assumirmos o controle da instituição. Após um exame mais detalhado, descobrimos que ela estava com pneumonia algo muito grave para um bebê tão pequeno, por isso fiz questão de transferi-la para o hospital, onde teria todo o suporte e cuidados necessário para a sua recuperação.

Durante todo tempo em que a bebê ficou internada na UTI neonatal, Leah e eu, fizemos questão de estar ao lado dela, dando um pouco do nosso carinho de pais para a nossa pequena guerreira, que lutava pela vida bravamente mesmo tão nova.

—Vamos lá, minha pequena, você precisa reagir. Por favor, não desista, sei que é mais forte do que pensa. -Leah sussurrou com preocupação olhando para a bebê conectada a vários aparelhos hospitalares, mas que segurava seu dedo indicador com força sem desviar os olhos dela enquanto lutava para respirar.

—Ela vai ficar bem, meu amor. Ela é mais forte do que pensa. - assegurei suave acariciando os cabelos pretos ralos daquela bebê que nos olhava com tanta gratidão, por estamos com ela naquele momento tão difícil que meu coração se encheu de amor por ela.

Um amor tão grande e incondicional, que meus olhos se encheram de lágrimas porque só havia sentindo algo assim três vezes, quando soube que seria pai e peguei meus filhos pela primeira vez no colo. Foi quando entendi, o que meu coração já me dizia desde que olhei para aquela garotinha linda e frágil, ela era a minha filha.

Ela podia não ter nenhum parentesco sanguíneo comigo, mas o meu coração já a havia escolhido para ser a minha filha e não poderia mais fingir que não compreendia o amor e preocupação que sentia. Não me importava se teríamos muito ou pouco tempo juntos, lutaria pela minha filha com toda a minha força, para que ela pudesse ter a chance de crescer saudável e cercada de amor.

—Leah, não podemos entregá-la para o orfanato. - disse sério desviando os olhos da minha filha de coração para olhar minha esposa, que ficou surpresa diante das minhas palavras.

—Elliot, tem certeza disso? - ela questionou com cuidado e respirei fundo, desviando meus olhos da minha esposa para olhar a minha pequena guerreira.

—Tenho. Amor, não posso entregá-la para o orfanato, porque ela não pertence mais aquele lugar. Sei que não devia tomar uma decisão dessas sem conversar com você, mas...- comecei a explicar nervoso, torcendo para que Leah aceitasse minha justificativa para adotarmos a nossa pequena, mas antes que pudesse concluir a minha fala ela me interrompeu.

—Você sentiu no fundo do seu coração que ela é sua, desde a primeira vez que a viu?! Que não consegui mais se imaginar sem tê-la por perto, sem ouvir suas risadas, seus choros ou seu ressonar suave enquanto dorme?! Que ela é a pessoa que faltava, para completar ainda mais a nossa família e a nossa felicidade?! Você não consegui mais imaginá-la com outra família, que não seja a nossa?! Porque eu senti tudo isso, assim que coloquei meus olhos nessa pequena guerreira. - Leah disse entre lágrimas e sorri concordando.

— Sim. Então, isso quer dizer? - questionei esperançoso e minha esposa sorriu concordando.

—Ela é a nossa filhotinha, Elliot, e vamos ficar com ela não importa o tempo que seja. -Leah assegurou séria entre lágrimas e sorri agradecido por minha esposa compartilhar dos mesmos sentimentos que eu, por nossa pequena guerreira. - A nossa filhotinha, precisa de um nome, não é meu amor?

E assim que ouviu a voz da minha esposa, a nossa pequena sorriu amorosa para nós, como se compreendesse tudo que estava acontecendo ao seu redor e agradecesse, por estarmos ali ao seu lado todo aquele tempo e a escolhermos para ser a nossa filha, assim como ela parecia ter nos escolhido para sermos seus pais.

—Sim, talvez, possamos seguir a mesma linha do nome da Ária...- disse pensativo desviando meus olhos de Leah para ver nossa filha, que segurava meu dedo indicador com força me fazendo sorri com carinho para ela, enquanto um nome em especial surgia em minha mente.- Que tal, Lira...Lira Angélica. Lira, além de ser um instrumento musical também significa aquela que acalma com a sua melodia, algo que ela faz apenas com o olhar e o sorriso. E Angélica, seria em homenagem a madre que foi como uma mãe pra mim. O que acha, amor?

—Lira...Lira Angélica...Eu adorei e acho que combina muito com ela. Você gostou da novidade, meu amor? A partir de hoje, você será a nossa filha...A nossa caçulinha, Lira Angélica. - Leah sussurrou brincando com a nossa filha que sorriu suave para nós.

Enquanto nossa filha lutava pela vida, vencendo a cada dia a pneumonia conversei com toda a nossa família, sobre o desejo de adotarmos a nossa pequena guerreira e todos foram de acordo, além de ficarem imensamente felizes com a chegada da nova integrante da família.

Como havíamos nos mudado definitivamente para La Push, Benjamin e Mel que moravam por lá, fizeram questão de se encarregarem da decoração do quarto e de todo enxoval que seria da nossa filha, assim que ela saísse do hospital. Enquanto isso, pedi a Sebastian que se encarregasse de todo o processo de adoção de Lira o quanto antes.

Um mês depois que deu entrada no hospital, Lira teve alta e pode ir conosco para a sua nova casa já que a reforma do orfanato havia acabado e todas as crianças haviam voltado para o local, nos liberando de ficar mais tempo em Nova York fiscalizando as obras.

Como o orfanato estava sob a administração do Conglomerado, designei um administrador e contador da minha confiança, para auxiliarem as irmãs nos afazeres burocrático, evitando assim que o local passasse por outra crise financeira da qual havia saído.

Enquanto isso, Lira crescia como qualquer outra criança saudável, sendo sapeca e feliz, distribuindo amor e carinho por todo lugar que passava, completando a nossa felicidade.

E vê-la se formando em literatura inglesa, seu sonho desde que começou a ler, encheu meu coração de pai de orgulho, por ver que a minha caçulinha havia ultrapassado todas as dificuldades, se tornando uma mulher incrível, destemida, corajosa e doce como a sua mãe.

Flashback off:

—Porque nunca me contaram essa história nos mínimos detalhes? - Lira questionou entre lágrimas, me fazendo voltar para o presente.

—Porque não queríamos que sentisse que foi adotada, por estarmos compadecidos com a sua situação. Filha, nós amamos você como nossa desde a primeira vez que a vimos, mas precisávamos passar um tempo ao seu lado para entendermos o que nosso coração já dizia. Você era nossa filha, Lira, mesmo que tenha nascido de outra pessoa. - Leah explicou suave sentada ao meu lado, olhando para nossa filha com carinho. - Por favor, não fique chateada conosco, tudo que fizemos foi por amor a você.

—Sua mãe, tem razão. Para nós não existe diferença entre você ou seus irmãos mais velhos, os quatros são nossos filhos e ponto final, não importa se tenham ou não o nosso sangue. Você é a nossa pequena guerreira, nossa Lira Angélica e a amamos muito. - disse suave sem desviar os olhos da minha filha que sorriu amorosa para nós, antes de se levantar e nos abraçar com carinho.

—Eu também amo muito vocês, obrigada por serem os melhores pais do mundo. - ela disse amorosa e sorrimos carinhosos, antes de enchê-la de beijos.

Três meses depois, minhas memórias haviam finalmente sido publicadas com o titulo de Recomeçar, atingido a lista dos livros mais vendidos no país deixando o nome de Lira entre os melhores autores de best seller já publicados, possibilitando a minha filha um contrato para mais livros.

Quanto a mim, saber que minha história havia se tornado conhecida por todos me deixou com a sensação de dever cumprindo, tendo a certeza que além de emocionar e divertir, minha vida poderia ajudar outras pessoas a passarem por dilemas que já havia enfrentado no passado.

Além de tudo isso, pude finalmente ter a certeza de que o meu amor por Leah seria eterno, existindo além de nós, todas as vezes em que alguém leria a nossa história mesmo que não estivéssemos mais aqui.

Porque o amor, não importa em que forma ele seja, vale mais do que qualquer tesouro material. Se você possui amor e respeito daqueles que o cercam, você é a pessoa mais rica do mundo e eu era uma dessas pessoas, por isso agradecia sempre a Deus por tudo que vivi até aqui ao lado do grande amor da minha vida, Leah Thompson.


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Notas finais do capítulo

Por essa ninguém esperava, não foi?
Até eu fiquei surpresa com essa novidade e espero que todos tenham gostado.
Um beijo a todos e até qualquer dia, em outra história minha.
❤️❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️❤️



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