Ele entrou sorrateiro naquela biblioteca. Seu foco: encontrar o juiz interino de belos olhos violáceos.

Lune arrumava alguns livros que estavam fora de ordem. Na verdade, haviam pilhas e mais pilhas espalhadas pela biblioteca da Primeira Prisão. O norueguês se quer notou a presença dele ali. E quando notou, o outro homem afastou os cabelos da nuca e depositou um pequeno beijo.

— Precisa de ajuda, Lune?

— A-Aiacos-Sama?

— Eu mesmo e o mais lindo dos Três Juízes do Submundo!

— Convencido! — Balron deu um pequeno sorriso de canto. — Qual o motivo da sua visita?

— Senti saudades de você! Nada demais.

— Nada demais? Aliás, Aiacos-Sama como o senhor entrou aqui? Minos-Sama não gosta quando eu estou ocupado e fico recebendo visitas.

— Minos não se encontra. Então eu aproveitei para lhe ver.

— Mesmo? - Lune parou o que fazia e se virou para o intruso.

— E também.. senti saudade de seus beijos.

— Sentiu saudades de meus beijos?

— Senti! Mas e você? Sentiu falta dos meus beijos? —Aiacos aproveitou a aportunidade e enlaçou sua cintura com os braços.

— Até que não! — Lune riu da carinha magoada que ele fez.

— Ah vamos! Eu beijo muito melhor que Minos, não é mesmo?

— Não sei. Nunca beijei o Minos-Sama.

— Lune tapou os próprios lábios com as mãos e começou a rir.

— Mesmo?

— Não! — Lune riu um pouco mais. — Gosto dos seus beijos e também dos beijos do Minos-Sama.

— Então.. se me permite... — Aiacos prendeu Lune contra uma estante que estava sem livros, e tomou os lábios de Lune num beijo delicioso.

Balron agarrou os cabelos azuis escuros do nepalês e correspondeu. Garuda segurou uma das pernas do norueguês e a puxou na sua direção, levantando a mesma. Lune não estava se preocupando muito, pois tinha a estante nas suas costas e o homem que lhe segurava firme.

Aiacos enfiava a mão esquerda por debaixo do manto que o mais novo usava na Primeira Prisão. Ele usava uma calça fina por baixo mas isso não impedia que Balron sentisse os toques ousados do amante. Aquela brincadeira começava a esquentar quando um cosmo poderoso se aproximava da biblioteca. O casal não percebeu que esse mesmo cosmo se aproximava.

Minos entrou no cômodo forrado por altas estantes e livros e vira um casal aos beijos. Griffon se apoiou no batente e ficou encarando os dois. Ninguém percebeu sua presença.

— Bonito! Muito bonito!

— Hmm... M-Minos-Sama...

— O próprio! Posso saber o que se passa aqui? — O mais velho cruzou os braços e encarava os dois sem expressão alguma em sua face.

— Eu vim fazer uma visita ao Lune.

— Você sabe que eu detesto quando resolvem fazer uma visita ao meu subordinado! Dera ordens aos subordinados inferiores para não incomodar Lune, pois o mesmo estava ocupado.

— Ele está ocupado! Comigo.

—Ora seu...

— Hei.. por favor! Não briguem! Minos-Sama, porque não vem aqui? — Griffon encarou o casalzinho por um tempo e sorriu, se aproximando sorrateiramente de Lune. 

— O que eu preciso fazer para você me obedecer?

— My Lord, está tudo bem. Eu continuo mais tarde! - Balron sorriu e abraçou o juiz sem soltar do outro. — Eu te amo! Aliás, eu amo os dois!

— Eu também te amo Lune! — Os dois juízes falaram ao mesmo tempo e se encararam. Depois começaram a rir.

Lune deu um jeito em sua postura, aproximou-se de Minos de forma safada e beijou seus lábios com pura malícia. Enquanto beijava o outro norueguês, ele sentiu seu pescoço ser acariciado pelos lábios de Aiacos e gemeu durante o ósculo. Como amava aqueles dois. Não saberia escolher entre um e outro. Lune aceitou o cortejo dos dois e hoje, os três vivem bem assim.

— Huumm... por que não vamos para o meu quarto? — Lune falou manhoso sendo apertado pelos juízes por um de cada lado, e em seguida gemidos se entregando as carícias mais íntimas.

— Eu acho uma boa ideia. — Disse Aiacos excitado.

— Vamos logo! — Confabulou Minos com os lábios inchados pelos beijos do subordinado.

O juiz interino começou a rir e tomou as mãos de ambos os juízes do Submundo e foi os conduzindo para seu quarto. Aquela tarde prometia...