Wild Hearts - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 7
Kentucky City


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, pessoal.

Ótima leitura!!!



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5 dias depois...

— Para onde vai? - Benson estava todo arrumado e perfumado.

— Vou até à cidade, preciso fazer uma coisa importante. - Respondeu apressado.

— O quê? Posso ir com você? - Indaguei.

Eu estava doida para me conectar e entrar em contato com os meus amigos. Deviam estar loucos querendo saber o meu paradeiro.

— Vou participar do Torneio. Sou peão de rodeio. Quero muito me tornar o Tricampeão. O prêmio é de 20 mil dólares. Já dá para dar uma boa entrada naquele terreno que te mostrei, o pai da Valerie vai me patrocinar. Por isso ela veio aqui naquele dia. - Explicou.

— Mas não é perigoso? Vi na TV que muitos já caíram e se machucaram gravemente, ficaram paraplégicos e alguns até perderam a vida! - Me preocupei. - E se o touro te derrubar e pisotear você? - Aquilo me assustava.

— Sam, ano passado ganhei o primeiro lugar assim como no ano retrasado, já sou um competidor experiente e sei dos riscos que corro. Ganhei 15 mil ano passado, parte desse dinheiro foi para a conta do meu pai e a outra parte foi para a minha conta, também temos que juntar dinheiro para construir a nossa casa, meu pai já conversou com o proprietário do terreno. - Contou com calma.

— E quando custa o terreno? - Perguntei.

— 45 mil. Você viu como é enorme, vale cada centavo. Muita terra para cultivo. Dá para construir um rancho e criar animais. Meu pai e eu não queremos passar o resto da vida trabalhando para os seus tios! - Mandou a real.

— Entendo que queiram subir de vida. E isso é ótimo. Torço por vocês. - Fui sincera. - E se eu arranjar o dinheiro que falta para comprar o terreno? Tenho 5 mil na minha conta. Posso conseguir mais com...

— De jeito nenhum! Eu jamais aceitaria isso! Não quero o seu dinheiro! - Recusou, parecia até ofendido.

— Aceite como um empréstimo, por favor. Me deixe ajudar. - Ofereci de coração.

— Isso está mesmo fora de cogitação. Vou competir e dar o meu melhor, mesmo que eu não ganhe o primeiro lugar, posso ficar em segundo levando 10 mil para casa. - Como era orgulhoso.

— Tudo bem... - Fiquei triste por ele ter recusado minha ajuda.

— Quer ou não conhecer a cidade? - Mudou de assunto.

— Vou só trocar de roupa. - Avisei.

[...]

Kentucky City, às 10h:22min...

— É aqui que fica a sede do KFC. - Disse o que eu nem poderia imaginar.

— Jura? Que legal!  A gente pode almoçar um balde de frango frito? - Me animei.

— Claro. - Concordou. - Tem uns lugares bem bacanas, quero te levar para conhecer. - Estacionou a Picape do pai.

Kentucky não era só uma cidadezinha de origem indígena, também era um lugar incrível e cheia de curiosidades. Com paisagens lindas.

Ele me deixou numa lanchonete, para que eu pudesse usar o Wi-Fi do estabelecimento. Foi se inscrever no Rodeio. As competições eram anuais. Pedi um sanduíche de peru defumado com bastante maionese caseira e um copo de suco de laranja.

Rapidamente acessei minha galeria de fotos e postei as que tirei na fazenda, claro que só as melhores onde eu parecia estar numa colônia de férias, coloquei legendas divertidas.

Também dei uma fuçada nas postagens da galera.

Recebi uma chuva de comentários legais e elogios.

Meus chats de conversas estavam lotados, tratei de responder meus amigos.

Logan Simons, o meu ex-namorado, curtiu todas as minhas fotos e comentou em cada uma.

Ele era bonito, charmoso e legal. Um futuro engenheiro.

Até hoje nem sei explicar porque não demos certo.

Meu ex me chamou no WeChat.

"Quando volta para Beverly Hills? Tô louco para te ver, gata. Sinto sua falta. E aí? Rola da gente relembrar velhos momentos e bater um papo gostoso?"

Ui... Super objetivo.

"Talvez daqui à dois meses... Veremos até lá."

Mensagem enviada.

Acho que o Benson demorou quase 1 hora para me buscar.

Nesse tempo, matei um pouco da saudade dos meus amigos e até conversei com a minha mãe por uma chamada de vídeo que durou 10 minutos.

— Pronta para conhecer o que temos em Kentucky City? - Estendeu a mão.

— Já nasci pronta, baby. - Respondi.

[...]

Benson me levou para conhecer o Kentucky Horse Park, nos divertimos com as atrações turístas, desfiles de cavalos, apresentações de Hipismo e até mesmo corridas.

Amei tudo.

Depois fomos ver o Aquário local, o Newport Aquarium era um lugar impressionante, cheio de vida e parecia mágico.

Também fomos ao zoológico, batemos várias fotos nossas e dos animais assim como fizemos nos outros pontos em que visitamos.

Acabamos indo almoçar umas 2 horas no KFC.

Pedimos dois Burgers Chicken duplo, um balde de frango frito bem grande, salada e uma garrafa de Pepsi de 1,5ml.

Contamos piadas, rimos muito e conversamos bastante, estávamos nos conhecendo melhor.

Andamos de mãos dadas e trocamos beijos.

O moreno cursou Agronomia na Kentucky University.

Falei para ele que tranquei meu curso de Administração.

Passeamos mais um pouco, o moreno comprou raspadinhas de groselha e fomos ao National Corvette Museum, foi então que descobri sua paixão por carros. Ele tinha o sonho de possuir uma Chevrolet S10 com cabine dupla.

Decidi não contar sobre minha Mercedes nova. Ele poderia achar que eu estava me gabando.

Já se passava das 17h quando decidimos voltar para a fazenda.

[...]

— Está namorando o Freddie? - Amy perguntou.

— O quê? De onde tirou essa ideia? - Me fiz de desentedida.

— Vi vocês se beijando atrás do celeiro. - Ai, caramba.

— Só estamos ficando. - Contei a ela.

Ficar escondendo seria pior.

— Prima, só toma cuidado para não pegar barriga! — Seu sotaque era engraçado.

— Como assim "pegar barriga"? - Não entendi.

— Oh, você sabe... Ter um bebê. - Eu quis rir, porém, me segurei.

— Tomo pílulas, não se preocupe. - Sorri para ela.

— Seus pais com certeza iriam enlouquecer se você chegasse buchuda em casa... - Ainda estava falando sobre bebês?

— Vira essa boca pra lá! Sou muito nova para ser mãe! - Avisei.

— A mamãe teve o Colton aos 16 anos. E a vovó teve o papai aos 15 anos. Nem sei como a Aubrey ainda não engravidou... Ela vivia se encontrando com os garotos da cidade desde os 13 anos. - Relatou.

Amy só tinha 17 anos e sua irmã, 19.

— Chega de falar sobre bebês, está bem? Sei me prevenir! - Falei torcendo para ela deixar o assunto de lado.

— Só vai ter bebês quando casar com o Freddie? - Oh, meu Deus!

— A gente ainda está se conhecendo. Nos curtindo. Decidimos ficar e deixar rolar. Só tenho 20 anos, eu não penso nessas coisas agora! - Esclareci.

— Mas eu sim. Pretendo me casar com o Timmy J e ter 5 filhos. - Socorro!

Minha prima era uma romântica sonhadora.

[...]

— Você é bem dedicado e caprichoso no serviço, mas deixa a desejar na organização do próprio quarto, hein? Não sobra tempo para arrumar as suas coisas? - Perguntei.

— Não acredito que você está mesmo dobrando minhas roupas! - Estava surpreso.

— Só estou te fazendo um favor. - Dei de ombros.

— E desde quando você sabe fazer certas tarefas domésticas? - Me observava atencioso.

— Olha aqui, você só sabe julgar e criticar? Não sou uma inútil. Quando não faço algo, é por preguiça! - Me defendi.

— Calminha, ôh, nervosinha... É que pensei... Deixa pra lá. - Se encolheu.

— Ah, o que tem aqui? Objetos de colecionador? - Achei uma caixinha no fundo da última gaveta.

— Nada de importância, acho que são...

— Acho que são de importância sim. - Sentei na cama. - Veja isso, são fotografias reveladas. É a sua mãe? - Peguei uma foto cuidadosamente. - Ela era linda. - Elogiei.

— Obrigado. - Sorriu olhando para a mulher de brilhantes olhos verdes e cabelos castanhos-acajú.

Seus olhos cor de chocolate cintilaram. Estava emocionado.

— Você devia ter um álbum. Assim protege mais. Elas ficam desgastadas com o tempo... Nossa! - Me deparei com uma outra foto.

Era a mais recente de todas.

— É a sua ex? - Franzi o cenho.

— É sim. Me dá isso aqui. - Tomou a fotografia e guardou junto com as outras.

Estava incomodado?

— Por quê diabos você ainda tem uma foto com a sua ex? - Indaguei confusa.

— Não era nem para você estar bisbilhando as minhas coisas! E aliás, eu nem sabia que isso ainda existia! - Até parece.

— Existe porque com certeza você deve ter guardado com muito carinho. - Falei.

— Não posso negar, a Valerie foi especial para mim e...

— E pelo visto você ainda gosta dela! - Acusei.

— Faz tempo que terminamos. Não estou mais apaixonado por ela... Peraí, é isso mesmo? Você está com ciúmes, marrentinha? - Sorriu.

— Marrentinha? Ciúmes? Eu? Claro que não! - Negaria até a morte.

— Está sim. Quase dando chiliques aí só porque viu uma foto nossa. Sério mesmo, fui eu que terminei com ela. Não tenho culpa se a Val ainda não me superou! - Se explicou.

— Val... Você ainda a chama pelo apelido. - Merda, qual era o meu problema?

Ele nem era nada meu.

— Olha só. Toma! - Me entregou aquela porcaria. - Pode rasgar se quiser! - Aquilo era sério?

— Mas também não é pra tanto. - Larguei sobre a cama.

— Não faz essa carinha para mim. - Me agarrou.

Virei meu rosto e ele beijou minha bochecha direita.

— Deixa de ser marrentinha. - Eu não era patricinha?

Desceu a boca para o meu pescoço.

— Para, Troncho... Seu pai tá em casa. - O lembrei.

[...]

No dia seguinte...

— Está tudo bem, querida? - Tia Grace me abordou na cozinha.

— Tudo sim. Só vim pegar um pouco de limonada. - Falei.

— Mãe, mãe, mãe! - Phoebe entrou afobada na cozinha, era a mais nova das meninas e a mais tímida também, já ia fazer 15 anos.

— O que aconteceu, filha? - Sua mãe se preocupou.

— A Marie está parindo. Papai mandou pedir ajuda, a pobrezinha está com dificuldades. Sr. Benson e o Freddie estão tentando ajudar, mas eles ainda precisam da senhora. Estão todos nervosos! - Avisou depressa.

Marie era a vaca que estava prenha.

— Miranda cuide do almoço. - Pediu para a nora. - Ajude ela, Amy. Venha comigo, Aubrey. Aqueles homens são nervosos por natureza, vão acabar machucando a pobre Marie! - Pendurou o avental.

— Mas, mãe, eu acabei de arrumar as unhas. Vim só pegar um copo de suco. Não sou parteira de bicho! - Claro que ela não iria ajudar.

— Vou com a senhora, tia! - Me ofereci.

— Então, vamos querida! Vamos rápido! - Me apressou.

Minutos depois...

A pobrezinha da vaca estava sofrendo, eu podia sentir a sua agonia, o bezerrinho estava pela metade e ela já não conseguia mais empurrar o filhote.

Tia Grace era a única que mantinha a calma diante de toda a situação, eu já estava aflita. Tio Mark, Sr. Benson e o filho suavam as camisas, meus outros primos tinha ido para a cidade.

Estendi o pano grande no chão, a vaca estava dando à luz dentro do curral, o pano iria servir para limpar o bichinho.

Com o trabalho árduo em equipe, eles ajudaram Marie a dar à luz, foi o Benson que aparou o bezerrinho no colo e o colocou no chão com todo o cuidado.

Marie estava esgotada e mesmo assim acolheu o filhote que era frágil demais e mal se aguentava em pé. As patinhas ainda estavam fracas e trêmulas.

— É uma fêmea! - Meu tio anunciou feliz.

— Ela precisa de um nome, papai! - Phoebe disse animada.

— Gostaria de escolher, Sam? - Seu pai me olhou, meu tio era muito legal e me tratava como uma filha.

— Posso mesmo? - Me empolguei.

— Claro, querida. - Foi Tia Grace quem respondeu.

Olhei para a bezerrinha, era muito fofa.

— Estrela. - Seus olhos escuros eram bem brilhantes.

Lembravam um céu estrelado.

— Estrela é um nome bonito. - Phoebe sorriu.

Todos concordaram, Benson e eu trocamos olhares.

Estávamos todos felizes por Marie e sua cria, a pequena Estrela. Elas estavam bem.

[...]

— Você faz de tudo mesmo. É um rapaz bem esperto e capacitado. Ajudou bastante lá no curral, aquilo foi emocionante. A Estrelinha é muito linda. - As crianças estavam encantadas com a bezerrinha.

— Sou pau para toda obra. - Me fez sorrir.

Nos beijamos, acariciei sua nuca e ele abraçou a minha cintura.

— Seu pai sabe sobre nós? - Perguntei.

— Sabe. Ele perguntou. Contei a ele. - Foi franco comigo.

— Menos mal. Meus tios ainda não sabem sobre nós. A Amy viu a gente se beijando atrás do celeiro. - Sentei em seu colo, estávamos no banco atrás do casebre.

— Acho que não será nenhum problema. Seus tios gostam de mim, me tratam como parte da família. Sou muito grato à eles. - Afagou meus cachos.

— Como vai ser agora com o seu pai dormindo no quarto ao lado? Vou ter que ir de fininho te encontrar no seu quarto? - Apertei seus ombros e me ajeitei em seu colo.

Era mais confortável dormir em seu quarto.

— Bom... A gente pode ficar no celeiro. Lá teremos mais privacidade. - Sugeriu.

— Hum... Safadinho! - Dei tapinhas em seus ombros.

Nos encaramos... Ele agarrou minha cintura, me beijando afoito.

— Você tem camisinhas? - Perguntei um pouco ofegante.

— Tenho. - Confirmou.

— Nunca fiz num celeiro. - A ideia me excitava.

O moreno sorriu malicioso, acariciando minha cintura.

— Também não. - Me surpreendeu.

— Então, no celeiro? - Eu só queria confirmar.

— Só se você quiser. - Segurou meus quadris.

Apenas assenti confirmando.

Após as luzes apagarem no casebre, nós iríamos no encontrar no celeiro.


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Notas finais do capítulo

Sam foi boa com a escolha do nome da bezerra?

Gostaram de Seddie se divertindo em Kentucky City???

Parece que no próximo o celeiro vai pegar fogo hehehe

Até. Bjs