Um dia Bella estava fazendo compras em um supermercado de Seattle para abastecer a casa, pois a filha e o genro comem demais - quer dizer, Jacob come demais, Renesmee prefere caçar.  Em meio a esses pensamentos ela ouve uma voz familiar lhe chamar:

— Bella! Bella!

— Oi! – cumprimenta educadamente porém não recorda quem seja a pessoa, pois não lembra ter ouvido essa voz desde que renasceu. Então se vira para ver quem é:

— Lembra de mim? – pergunta a moça.

Pensa por alguns instantes

— Angela! – imediatamente liga a voz à pessoa. – Angie!

— Que boa memória!

— Eu nunca vou esquecer você.

— Nem eu.  Propósito você está linda! O casamento lhe fez muito bem. Como está Edward? Não os vejo desde o casamento.

— Ah ele está muito bem, ficou em casa cuidando da nossa filha!

— Oh! Nem parece que você já é mesmo mãe. Quantos anos tem a pequena?

— Renesmee tem sete anos.

— Eu sabia que você não casou grávida como Jessica pensava.

— Obrigada por acreditar em mim.

De qualquer maneira Bella não estava grávida naquele dia do casamento, ela sabia que muitos pensariam nisso. Jéssica tinha certeza que iria, mas tentar envenenar Ângela é demais. ainda bem que não conseguiu. Por qual outro motivo casaria logo? Por amor sim, mas as pessoas imaginariam outra coisa. Deixe pensarem o que quiserem.

— Que nome original!

— É francês antigo, mistura os nomes de nossas mães e o segundo nome Carlie o dos nossos pais.

— Que linda homenagem!

— E você ainda está com o Ben?

— Sim, nós nos casamos quando acabamos a faculdade faz cinco anos.

— Vocês sempre formaram um belo casal, eu sabia que ficariam juntos.

— Obrigada!

— Vocês já tem filhos?

— Temos um casal de gêmeos que nasceram a quatro anos.

— Oh! Como eles chamam?

— Angélica e Vicktor

— Que nomes lindos.

— Obrigada! Eu escolhi o do menino e o Ben escolheu o da menina.

— Em sua homenagem é claro!

— Está assim tão óbvio?

— Para quem sabe o seu nome é fácil perceber a ligação. E eu também escolhi o nome da minha filha por causa de alguém. Muitos, na verdade.

— Você mora aqui?

— Não mais, só viemos visitar alguns parentes.

— Ah, bom.

— Mas podemos nos falar pela internet. Você tem instagram ou facebook?

— Tenho sim. Vou procurar seu nome.

— Eu vou esperar o convite.

— Desculpe atrapalhar suas compras!

— Na verdade eu já estou terminando e você?

— Eu também estou saindo só passar no caixa.

— Então vamos juntas?

— Vamos!

Angela passa primeiro:

— Aceita que eu pague para você?

Não é porque ela é rica que tem de se aproveitar dela.

— Obrigada Bella, não quero abusar de você.

— Não tem problema, é um presente meu.

— Se não se importa, não é necessário se incomodar.

— Então tudo bem.

Bella volta para dentro do mercado sem Ângela perceber e volta com um embrulho enorme:

— Sua vez amiga.

— Primeiro esse – passa a caixa enorme.

— O que é isso? – indaga Ângela.

— Você já vai descobrir. É um presente meu para você.

— Não precisava se incomodar.

— Imagine! Não é incômodo algum.

— Não é uma televisão de 50 polegadas, é?

— Abra e veja. Já paguei.

As compras de Bella passam rápido antes que Ângela terminasse de abrir o pacote.

— Ah! Um jogo de mesa. Obrigada Bella!

Um faqueiro de prata importado.

Agora ela pode entender perfeitamente a vontade que Edward sempre teve de lhe dar presentes caros. Sempre queremos dar o melhor para as pessoas que amamos de verdade.

— Meu presente de casamento para você e Ben.

Levam as compras até os carros:

— Até mais Bella, mande um abraço para o Edward.

— Pode deixar e mande lembranças para Ben.

— Claro.

As duas amigas se abraçam longamente antes de partir. Se Ângela percebeu a temperatura de Bella não disse nada.

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