Confusão? Embrulha para Presente! escrita por ShiroiChou
Notas iniciais do capítulo
Olá, pessoinhas :3
Arrisquei e trouxe uma Sannami dessa vez. Espero que gostem.
Boa leitura!
A porta abriu devagar, fazendo todos virarem a cabeça na direção do barulho, apenas para respirarem aliviados ao verem que era apenas Zoro entrando no quarto das mulheres.
— Quanta demora, Zoro. O Chopper te chamou já faz meia hora, não me diga que se perdeu dentro do navio de novo? — perguntou Nami, segurando a risada.
— Podiam ter começado sem mim, eu estava treinando.
— Qual a graça de uma reunião escondida do Sanji sem todo mundo aqui? — perguntou Luffy, virando a cabeça.
— Que seja. Qual é a da reunião?
A comoção começou logo pela manhã, quando Nami contou para Robin seu plano e pediu sua ajuda. A morena logo concordou, começando a convocar cada um dos membros para uma reunião “secreta” no quarto das duas, horas antes do almoço.
O café da manhã aconteceu normalmente, sem ninguém abrir o bico. Luffy, Chopper e Usopp foram informados depois, talvez por isso a informação não vazou durante a primeira refeição do dia. Pouco a poucos, todos foram chegando e se acomodando, tirando Zoro que teve que ser chamado uma segunda vez, até resolver aparecer.
— Estamos todos reunidos aqui porque eu quero a ajuda de vocês para planejar uma festa.
— FESTA? — gritaram todos os homens, menos Zoro.
— Calados! Vão estragar a surpresa.
— Então, estamos aqui para uma suuuuper festa surpresa… Suponho que seja para o Sanji — Franky sorriu, fazendo um joinha com a mão.
— Por que para o Sanji-san? — perguntou Brook.
— Porque o aniversário dele é amanhã — explicou Nami. — Amanhã ele vai sair para fazer compras na ilha, é o momento perfeito para organizarmos tudo!
— Parece divertido — Luffy riu.
— Não estou interessado — murmurou Zoro, encostado na parede.
— Ou você ajuda, ou fica sem bebida durante a viagem toda, até a próxima ilha — Nami ameaçou.
— Bruxa…
— A ideia é ótima, Nami. Porém, temos um problema… E as decorações? — perguntou Robin.
— É aí que entram nossos dons artísticos. Ontem andei pela ilha inteira atrás de decorações de aniversário, o máximo que achei foram velas, balões coloridos, barbante e papéis decorativos. Não tinha nada de específico…
— Pode deixar que eu vou fazer a melhor decoração desse mundo com esses papéis — disse Usopp. — Eu já contei para vocês sobre o dia em que eu decorei minha vila inteira sem ajuda, para um festival?
— Oh! Incrível, Usopp! — Chopper sorriu, com os olhos brilhando.
— Vamos precisar distrair o Sanji-san… Posso ir com ele ao mercado amanhã — sugeriu Brook, tomando um gole de chá.
— Ótimo ideia, Brook. Eu e Robin cuidaremos das comidas, deixo a decoração na mão de vocês — disse, olhando para os demais.
— Vai ser uma SUPER DECORAÇÃO! — Franky levantou-se, fazendo sua famosa “super pose”.
— Não grita, Franky!
— Isso vai ser divertido — Robin riu.
— O ALMOÇO ESTÁ PRONTO! — ouviram Sanji gritar.
— Não digam nada, por favor.
— Sim, senhora!
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Dia seguinte.
— Estamos saindo — anunciou Sanji.
— Ainda é tão cedo — disse Nami, sorrindo carinhosa.
— Quanto antes irmos, antes voltamos, meu amor.
— Concordo… Mas não tenham pressa, pesquisem bem os preços.
— Pode ficar tranquila.
— EI! QUANDO PODEMOS COMEÇAR A FAZER A SUR… — Luffy começou a gritar, fazendo todos arregalarem os olhos, mas Franky interrompeu a tempo.
— A SUPER Aventura vai ficar para mais tarde, Capitão — Franky sorriu, torcendo para que Luffy entendesse.
— Esperar é entediante…
— Esse idiota, só pensa em aventura… — murmurou Sanji. — O almoço já está pronto, não precisam nos esperar.
— Pode ficar tranquilo — disse Nami, querendo que ele saísse rápido. — Melhor irem logo, o começo da feira tem mais variedade.
— Você tem razão — sorriu, aproximando-se da ruiva e lhe dando um selinho. — Te amo, Nami-swan!
— Eu também te amo, Sanji-kun — riu, enquanto o via girar para fora do navio.
Nami esperou até que não pudesse mais ver a dupla, para só então virar-se na direção do Capitão.
— LUFFY!
— Desculpa, eu não vi que ele ainda estava aqui… — disse, fazendo um biquinho.
— Ok! Muito bem, hora do trabalho.
— OBA! — gritou animado, descendo para onde ficava a oficina de Franky.
— Alguém fica de olho nele, por favor.
— Não precisa de preocupar, Nami. Nós estaremos lá também — Chopper acenou com a cabeça, sendo acompanhado por Usopp.
— É isso o que me preocupa — sussurrou.
— Acho que devemos começar nossos preparativos também — Robin sorriu.
— Vamos, não podemos perder tempo.
A cozinha estava organizada, assim como Sanji sempre deixava. A ruiva não perdeu tempo em começar a olhar os armários, procurando tudo o que usaria para fazer o bolo, enquanto isso, Robin foi até a geladeira, em busca de ingredientes para fazer alguns salgados.
— Peguei as receitas mais simples que encontrei — Nami tirou vários papéis do bolso do shorts.
— Não parece tão difícil… Você tem alguma experiência com comidas de festa?
— O bolo e só…
— Dizem que o bolo é a parte mais difícil, então creio que vamos nos dar bem — sorriu confiante.
Devagar e com paciência, as duas mulheres foram seguindo o passo a passo de cada receita. Nami tinha escolhido receitas comuns de festas de aniversário, pelo menos para as pessoas do East Blue. Alguns salgadinhos diversos, tortas, sanduíches e o bolo.
A parte difícil começou quando tiveram que multiplicar os ingredientes, afinal, cem salgados não preenchiam nem o buraco do dente de Luffy. Mesmo com todas as mãos de Robin, as duas começaram a se perder em meio a tantas coisas para fazer.
A tarefa deixou-as tão ocupadas que nem sequer perceberam as horas passando e a sujeira que foram fazendo pelo caminho.
— E ainda tem coragem de nos chamar de bagunceiros — disse Zoro, entrando na cozinha com todos atrás.
— Esse é o bolo? — perguntou Luffy, olhando para a tigela que nos braços de Nami.
— É só a massa… Acabaram tão rápido assim? — Nami olhou para todos os adereços que criaram.
— Já é quase hora do almoço. Estou com fome.
— Tenha paciência. Capitão. Já vou esquentar o almoço — disse Robin, começando a pegar as panelas.
— Viemos encher as bexigas — Chopper sorriu, falhando ao encher a primeira.
O chão da cozinha logo foi preenchido com várias formas recortadas. Tinha bandeirinhas presas no barbante, uma faixa escrita “Happy Birthday”, círculos coloridos que seriam espalhados pelas paredes e um arco de arame, onde colocariam várias bexigas.
— Nossa — Nami arregalou os olhos.
— Eu não disse? Não tem o que temer com nossas habilidades em decoração — Usopp sorriu orgulhoso.
— A parte mais divertida foi cortar o cotonete — disse Luffy, tentando roubar um pouco do frango que Robin estava desfiando.
— É confete o nome, Luffy…
— Vocês varrendo depois, não tenho nada contra — Nami riu da cara de descontente dos ouvintes. — Onde vão colocar?
— Nesse pedaço de papelão — explicou, mostrando o que tinha em mãos. — Vou dobrar e colocar o confete no meio, depois é só colar acima da porta da cozinha, com uma ponta do barbante no papelão e outra parte na maçaneta. Quando o Sanji abrir, vai cair na cabeça dele.
— Oh! Que divertido — Chopper pulou animado.
— Isso não vai ser necessário — Franky abriu a porta da cozinha, saiu e voltou, trazendo consigo uma máquina pequena e quadrada, com um funil no topo. — Contemplem a Super Máquina Lançadora de Confete.
— INCRÍVEL! — Luffy desistiu do “furto” de comida, para poder olhar a máquina mais de perto.
— O almoço já está quente — disse Robin, acabando com a comoção pela pequena máquina.
— Au! Acabou com meu momento, Nico Robin — Franky olhou-a desapontado.
— Podemos testar depois — sugeriu Chopper.
— Boa ideia, Doutor!
— Não pense que eu fico feliz em ser chamado de Doutor, babaca — sorriu envergonhado.
— Se vocês continuarem enrolando, vão passar fome. O Luffy já está atacando tudo — alertou Nami.
— LUFFY! — gritaram todos os homens, tentando afastar o Capitão das panelas para poderem se servir também.
— Isso vai demorar mais do que eu esperava…
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— Finalmente, o bolo está pronto — Nami sorriu aliviada.
A cozinha já estava toda enfeitada. As bandeirinhas foram colocadas próximas ao teto, atravessando todo o local. O arco com balões faltava pouco para ser finalizado e a máquina de confete já estava abastecida com os papéis picados.
A mesa foi preenchida com os pratos finalizados e alguns docinhos feitos de última hora, tudo sendo fortemente vigiado por Franky que impedia Luffy de pegar algo antes da chegada do aniversariante.
— Ficou bonito — disse Robin, vendo o bolo ser colocado no centro da mesa.
— Obrigada — Nami olhou para sua obra de arte com orgulho.
O bolo era simples, com recheio de morangos com chantilly. A decoração mostrava todo o amor e empenho da navegadora para que ficasse bonito e delicado.
— Quanta demora — resmungou Zoro, terminando de encher a última bexiga, sob ameaça de Nami que não o deixou cochilar até terminarem o arco. — Eu poderia estar dormindo.
— Nem criança dorme tanto — Usopp sussurrou, recebendo um aceno de Luffy.
— Eles estão vindo! — alertou Chopper, entrando correndo na cozinha.
— Vou acender as velas, apaguem as luzes — pediu Nami, acendendo um fósforo.
O silencio reinou no local, assim que a luz foi apagada. Cada um escondeu-se onde pôde, tentando ficar o mais quieto possível. Não demorou muito para ouvirem os sons de passos no gramado.
— Quanto silêncio — ouviram a voz de Sanji.
— É tão estranho — Brook fingiu não saber de nada.
— Luffy, você está pisando no meu pé — sussurrou Zoro.
— Desculpa — pediu, no mesmo tom, deslocando-se para o lado.
— Ai! Luffy, está me presando na parede — dessa vez quem reclamou foi Usopp.
— Desculpa, Usopp. Eu não estou vendo nada!
— Sinto algo frio encostado em mim — Chopper olhou ao redor assustado.
— Sou eu — respondeu Franky.
— Vocês estão muito juntos, vou para o outro lado — anunciou Luffy.
O que aconteceu em seguida, ninguém conseguiu evitar. De alguma forma, Luffy tropeçou em Zoro, que acabou se desequilibrando e caindo sobre Chopper. Na hora do susto, a pobre rena agarrou a primeira coisa que achou, no caso o arco de balões.
O arco caiu para a frente, na cabeça de Usopp. O atirador pulou para o lado, achando que fosse um ataque, nisso tropeçou em Franky que derrubou Nami e Robin ao mesmo tempo. Não satisfeito com sua “mudança de lugar”, Luffy tentou se levantar, mas acabou caindo de novo ao ter a perna enroscada em um dos barbantes com bandeira que acabou caindo.
A porta abriu logo em seguida, fazendo a máquina de confetes soltar os papéis coloridos em Sanji, enquanto ele acendia a luz.
— SURPRESA?! — gritou Luffy em dúvida, olhando para sua tripulação toda caída no chão.
— O que está… — Sanji parou de falar ao ouvir o som de um canhão.
— A Marinha — disse Brook.
— Temos que sair daqui. Franky! — Nami deixou a festa de lado, correndo para o leme.
— Pode deixar comigo — Franky recuperou a compostura, pronto para abastecer o Sunny com Cola.
A festa foi esquecida. Fugir era a prioridade.
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— Espera, hoje é meu aniversário? — perguntou Sanji, finalmente entendendo a situação.
Sunny Go agora navegava tranquilamente pelo mar, longe de qualquer perigo causado por marinheiros sedentos. Todos estavam reunidos na cozinha, aguardando alguma reação do cozinheiro.
O arco foi erguido para o lugar certo e as bandeirinhas descartadas. Por sorte, nada do que estava na mesa foi afetado, apenas as velas se apagaram.
— É um idiota mesmo — resmungou Zoro.
— O que disse, cabeça de mato?
— Você me ouviu, sobrancelha de pirulito!
— Sanji-kun — chamou Nami, sabendo que acabaria com a possível briga apenas ao chamá-lo.
— Sim, Mellorine?
— Fica aqui — puxou o homem para ficar em frente ao bolo. — Ótimo, agora podemos cantar os parabéns!
O barulho a seguir foi estranho e, ao mesmo tempo acolhedor. Cada um cantou em um ritmo diferente, Sanji pôde até jurar que alguém esqueceu a letra e enfiou palavras aleatórias na cantoria, mas ele não se importou. Sentia-se querido e amado naquele momento.
Depois das velas apagadas, a festa começou ao melhor estilo mugiwaras. Alguns bebiam, outros dançavam e Brook cantava animado. A bagunça começou na cozinha e terminou no convés, onde colocaram a mesa para poderem aproveitar melhor ao ar livre.
Pouco depois da meia-noite, a maioria deitou-se no gramado do Sunny, tomados pela embriaguez.
— Uma festa surpresa, em? — Sanji sorriu, abraçando Nami. Os dois estavam sentados no banco em frente ao leme do navio.
— Pena que não saiu como o esperado…
— Não seria a gente se tudo saísse como o planejado.
— É verdade… Sanji-kun?
— Sim?
— Feliz aniversário! — sussurrou, próximo a boca do cozinheiro.
Automaticamente, como se já estivessem programados para isso, os rostos foram se aproximando pouco a pouco até quase se encostarem.
— O FOGÃO ESTÁ PEGANDO FOGO! — Luffy gritou, saindo da cozinha, interrompendo o casal e acordando os que estavam dormindo.
— Esse é meu presente? Minha cozinha em chamas? — perguntou Sanji ao nada.
— Você tinha razão, querido. Não seria a gente se tudo saísse como o planejado — a ruiva sorriu ao repetir a fala do amado. — Vamos, aniversariante. Temos que salvar sua cozinha.
— E o que faremos depois? — perguntou rindo, já sabendo qual seria a resposta.
— Depois? A gente se prepara para a próxima confusão!
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Até a próxima história!