August. escrita por Jones


Capítulo 1
were you never mine?


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Venho por meio desta publicar minha última fanfic do pride ♥ Ainda to aqui escrevendo os próximos capítulos de don't fuck it up pra ver se eu consigo terminar semana que vem, mas oficialmente essa era a última e foi a última que eu inscrevi, apesar de ter sido a primeira que eu pensei em escrever. Vai entender!

Queria agradecer às meninas do Pride! As lindas organizadoras que eu já agradeci das outras vezes, mas nunca é demais. Obrigada Red, Violet, Noora e Prongs ♥

à Tess que fez minha capa maravilhosa ♥

à Taylor e o Jack que escreveram essa música que é a minha favorita do Folklore, essa bridge é maravilhosa.

à todos que acompanham minhas fanfics e comentam e favoritam. Obrigada galera! Espero que vocês gostem dessa songfic simples e de coração ♥



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O ano era 2011, o mês era agosto. 

 

Remus tinha dezessete anos e um emprego de verão no shopping local, nada glamuroso. As únicas frases possíveis em seu vocabulário nas últimas semanas desde julho eram: Posso te ajudar? Ou Você já tem o cartão da nossa loja? Só hoje você consegue 10% de desconto para pagar em oito vezes com o primeiro pagamento só em novembro, leva cinco minutinhos e só precisamos do seu CPF. 

Ele se lembrava de tudo: de como estava exausto, com o rosto dolorido de tanto sorrir falsamente. De como os alto falantes do quiosque da praia atrás do shopping tocavam incessantemente Party rock is in the house tonight, everybody just have a good time… De como o ar cheirava a sal e algo enferrujado. De como os cabelos negros e ondulados dele balançavam com o vento quando ele o viu pela primeira vez. 

Sirius Black. Até o nome dele parecia sair direto de uma obra ficcional. Não que Remus Lupin pudesse dizer algo a respeito também, podiam fundar juntos a associação dos nomes anormais, ANA. Entendam, Remus Lupin gostava de divagar. Era um pouco distraído demais e talvez hiper romântico… Do tipo que acreditava em coisas como destino e que coincidências eram na verdade a vida se tratando de te colocar no caminho certo, e naquele início de agosto, a vida o apresentou a alguém que fez seu coração se acelerar à primeira vista. 

Ele era alto, tinha o corpo atlético, mas não daquela maneira musculosa participante de reality da MTv, era apenas não tão magrelo e esquisito quanto Remus, que parecia ter mais ossos que as pessoas normais. Tinha os cabelos até os ombros e um sorriso branco nos lábios cheios e avermelhados. A Terra, que até então girava normalmente, parecia ter parado pela primeira vez quando os olhos de ambos se encontraram. Olhos de azuis cinzentos encaram os de cor de âmbar. Um sorriso maior se fez e a partir dali, Remus achou que não precisava de mais nada. 

Sirius não sabia ainda o que o fizera beijar Remus pela primeira vez, já que acreditou que gostava apenas de garotas a vida inteira, tinha até uma namorada. Ao que Remus perguntou: namorada? E ele respondeu: não de verdade, na verdade é complicado. Uma coisa arranjada. Um faz-de-conta. 

 

— Tem certeza? - Remus sussurrou em uma ocasião, quando arrastara Sirius para o seu quarto na casa vazia dos pais. 

— Nunca tive tanta certeza de algo. - ele suspirou, tirando todas as suas peças de roupa. 

 

Sirius estava de férias na casa de veraneio do melhor amigo, James, ali em Brighton. Remus tentava manter isso em sua memória, enquanto via o corpo bronzeado de Sirius de bruços na areia depois de seu expediente. Queria de alguma forma eternizar o garoto como se fosse dele e não como o namoro de verão mais excitante de sua vida. Me encontre atrás do Shopping, ele dizia e Remus cancelava todos os planos que um dia já tinha feito, não importava com quem fosse.

 

— Você vai me ligar quando voltar para a escola? - era algo que ele uma vez perguntou com medo da resposta. 

— Claro, Moonbeam. — Sirius respondia. - Daqui a dez anos vamos fazer aquela viagem de trem por toda a Europa. Vamos lembrar desse momento aqui, eu e você. Nós. 

 

Remus pensava que um dia ele tinha o tido. Talvez fossem as noites nos karaokês com James e sua namorada quando desafinavam You and I da Lady Gaga ou ouviam a versão bebada de James e Lily de Last Friday Night da Katy Perry. O olhos cheios de orgulho de Sirius quando Remus provava que sabia todo o rap de Super Bass, mas naquela altura naquele ano, quem não conhecia qualquer coisa que a Nicki Minaj cantava?

— Você é cheio de surpresas. - Sirius dizia, e ele corava, se sentindo a pessoa mais triunfante do mundo por fazê-lo sorrir, como se fosse uma conquista pessoal, uma copa do mundo de futebol, uma medalha olímpica ou dez. 

Remus estava apaixonado. 

Mas assim como a garrafa de vinho que ele pegava escondido dos pais para beber num lual arranjado na praia, agosto escorregou entre os seus dedos como um momento perdido na timeline da sua vida. Com o fim de agosto, acabaram os fins de tarde com milkshake na saída do trabalho, os abraços calorosos e os lençóis enrolados em seus corpos. Os luais, os karaokês… Sirius Black. 

Ele nunca mais ligou, obviamente. Porque ele nunca fora de Remus para que Remus pudesse perdê-lo. Mesmo que o coração de Remus não entendesse essa parte. 

Dez anos depois ele não esperava vê-lo. Precisara de muito convencimento e persuasão da sua melhor amiga, Alice (née Fortescue e agora Longbottom) para fazer aquela viagem que tinha brincado de planejar com Sirius Black, mas um dia levara tão a sério que começara a pesquisar preços, tickets, albergues e train passes. Ele dizia ser algo muito depressivo de se fazer sozinho, já que ele era do tipo que não ia nem ao cinema sem alguma companhia para comentar o filme com ele, Alice dizia que vai que ele conhecia alguém interessante no caminho. 

 

Por isso se via ali, em agosto de 2021 em uma cabine de trem. O primeiro percurso seria de Amsterdã a Paris, tinha passado dois dias maravilhosos na Holanda. Conhecera museus, passeara de balsa e bicicleta… Agora iria a Paris, uma jornada de trem que levaria entre quatro e cinco horas, já que ele não queria um trem de alta velocidade. Sirius vivia dizendo que Paris era maravilhosa no verão (Mas não era nisso que deveria estar pensando!) ficaria três noites em Paris e embarcaria no trem para Nice, mais sete horas de trem. De Nice decidiria se iria para Espanha ou para Itália. 

O plano original era Espanha, mas não sabia se queria ser tão fiel aos planos de adolescente que fizera com Sirius há dez anos. Mentira, queria ser sim. Estava mergulhado da cabeça aos pés na nostalgia.  

Enfim, era uma cabine até luxuosa e espaçosa. Por um minuto desejou que a outra pessoa que a ocuparia não embarcasse naquele trem e ele pudesse ter aquele espaço amadeirado com assentos aveludados só para si, mas lembrou-se de Alice dizendo que talvez ele conhecesse alguém legal, fizesse uma nova amizade. Tivesse uma companhia. 

Embora não colocasse tanta fé em suas habilidades sociais, esperou pelo melhor enquanto colocava sua pequena mala de rodinhas no compartimento de bagagens. 

E quando estava de costas aconteceu. 

Era possível voltar no tempo e sentir o mesmo cheiro de água salgada e maresia misturado ao infame shampoo esnobe de maçã que ainda o assombrava ou deliciava seus pesadelos? Era possível reconhecer alguém que você não vê há tanto tempo pelo perfume? 

Suas mãos começaram a suar e seus joelhos a tremer. Mas ele seria firme e seguraria a onda. Talvez Sirius Black não fosse o tipo de pessoa que guardava fisionomias ou que tivesse tanta dificuldade de deixar as memórias de um agosto que aconteceu há dez anos para trás.

Quando descobriu que pelo menos uma das alternativas estava incorreta, não soube o que fazer com o seu coração acelerado. 

— Remus? 

Fingiu que não ouviu a princípio. Que papelão era estar nervoso por falar com um rapaz que ‘namorou’ por um mês há dez anos. Falar? Deixe de ser ridículo, você só ouviu a voz dele e virou geléia. 

— Remus Lupin? 

Porra. E agora? E agora? E agora? 

— Sim. - ele se virou e o viu de fato. E antes não tivesse visto. 

O cabelo mais curto, a barba escura mesmo que rala em seu rosto anguloso. O corpo esculpido, o sorriso branco e os lábios cheios. Era ele mesmo, Sirius Black em carne e osso. E beleza. Muita beleza. 

— Sou eu, Sirius Black! - ele disse empolgado, ainda que reticente já que o rosto de Lupin permanecia isento de emoções. No you can't read my poker face. 

— Sirius? Nossa! - como se ele não soubesse. - Quanto tempo?! Deve fazer o que? Uns 10 anos? 

— Exatamente dez anos. - ele mordeu o lábio inferior. - Eu não sei nem o que dizer. 

Que tal por que você nunca me ligou mesmo prometendo que ia manter contato? Ou por que você me esqueceu mesmo dizendo que jamais esqueceria? Ou por que você não arranjou uma barriga de cerveja e uma calvície e ainda parece um maldito astro de Hollywood? 

— Nem eu. Uau. - Remus mentiu. Estava especialista nisso hoje. 

— Indo para Paris? 

— É para onde esse trem vai, não é? - brincou, fingindo desespero. Ou vivendo o desespero. 

Sirius riu.

Riu não, gargalhou. E nem era uma grande piada. 

Talvez ele também esteja nervoso. Afinal essa era a viagem que os dois tinham planejado na adolescência… Não tinha outro motivo para encontrá-lo em Amsterdã. 

— E como foi sua estadia aqui em Amsterdã ? - Sirius perguntou, se ajeitando no assento à frente de Remus, cruzando suas pernas grossas e longas em suas calças justas e escuras. Tirou a jaqueta de couro e a dobrou no colo. Remus fingiu não estar assistindo a tudo o que acontecia enfeitiçado. 

— Maravilhosa. - ele sorriu timidamente. - É mesmo uma cidade encantadora. Toda a Holanda é incrível. 

— Sim. - Sirius sorriu e apertou os lábios em seguida, parecia que queria dizer algo ou perguntar algo. 

Remus queria perguntar várias coisas também, mas eles passariam as próximas quatro horas ou mais juntos e tudo poderia ser constrangedor demais. Quer dizer, o que ele queria saber de verdade é porque eles não tinham tentado ficar juntos, porque Sirius não quis ficar com ele. 

— E a sua estadia? 

— Eu achei ótima. Meio solitária se eu for falar a verdade. - ele encolheu os ombros. - Não sou muito fã de viagens sozinho, mas meu melhor amigo me disse que talvez fosse o que eu precisasse fazer para-

— James? - Remus perguntou sem conseguir segurar sua língua. Queria se fingir de legal e não mostrar que lembrava de todos os detalhes e nuances que Sirius compartilhara com ele. Porque isso seria patético. 

— Isso! Não acredito que você se lembra dele. Ele vai ficar louco quando souber que eu te encontrei novamente e aqui de todos os lugares! 

— Não era tão impossível me encontrar. - ele murmurou. - Nascido e criado e nunca "saído" de Brighton. Amsterdã é o primeiro lugar fora da Inglaterra que eu visito. 

— Você vivia dizendo que queria estudar fora. 

— Querer não é poder. - ele disse de maneira meio amarga e sorriu em seguida. - Meu pai morreu, minha mãe ficou doente… Pareceu errado ser mais um a abandoná-la.

— Entendo. - ele olhou para os pés de Remus que balançavam incessantemente. 

Dizer que Remus estava nervoso era quase um eufemismo, uma amenizada leve e feliz da situação. Remus estava quase tendo um ataque cardíaco: ali estava o amor da sua vida. Ele não estava exagerando. Aquele era o único rapaz que já tinha amado na vida, amado mesmo naquela maneira avassaladora que fazia que seu corpo doer e o rosto sorrir involuntariamente apenas com a lembrança de uma coisa que não existia mais. Tudo bem que esse sentimento poderia não ser o mesmo hoje em dia e que talvez ele não estivesse apaixonado por ele naquele momento, mas não podia negar o seu coração batendo acelerado e a voz no fundo do seu cérebro que gritava algo como: DESTINO! ELE ESTAR AQUI É DESTINO! 

Vozes cantavam em àrabe Maktuuuuuuuuuub. 

— Derrubei os ânimos falando sobre minha família. - Remus se desculpou e tentou se sentar sobre as pernas dobradas para segurar seus pés ansiosos. - O que você tem feito? 

— Algo aqui e ali. - ele riu. - Estou entre empregos, entre lares e enfim, procurando um novo cenário para me estabelecer. E você? 

— Eu estou tirando as primeiras férias em anos. - Remus riu, pensando na pilha de trabalho em sua mesa para quando voltasse em menos de um mês. - Alice, minha amiga insistiu que eu fizesse essa viagem que nós- 

— Planejamos há dez anos. - Sirius completou quando Remus lembrou-se do seu plano de segurar sua língua. - Eu achei que seria coincidência demais que estivéssemos fazendo realmente o mesmo trajeto. Já tem seus tíquetes para Nice? 

— Eu não acredito que você se lembra. - Remus disse embasbacado. 

Remus o encarou. 

Ele se lembrava da viagem. Por que não se lembrou de me procurar? 

— Por que você não me pergunta o que quer me perguntar? - Sirius o tirou de seu concurso de olhares fixos. 

— Como assim? 

— Você está me olhando com esse tique nervoso que você faz de inflar e desinflar o nariz e se você morder mais os lábios é capaz de sangrar. 

— Ah e você se lembra de tudo sobre mim, não é? 

— Pelo menos eu não fingi que não te reconhecia quando te vi. 

— E você queria que eu fizesse o que? Me jogasse aos pés do grande Sirius Black que sumiu por dez anos da minha vida?

— Não é como se você tivesse tentado aparecer na minha também. 

— Eu não acredito que você está me dizendo isso. - Remus o olhou com os olhos semicerrados. - Foi você quem foi embora. Foi você que prometeu me ligar e me escrever e que no próximo feriado iria me ver e fui eu que acreditei. 

Sirius ficou em silêncio. Remus sabia que não seguraria a onda por muito tempo mesmo. E diria o que queria dizer.

— Eu pareço tão patético dizendo isso, mas eu tinha esperanças, sabe. - Remus olhou para os dedos polegares se enrolando. - Eu achava que querer era o suficiente. Que um dia você ia aparecer de novo… Porque era tão real para mim e eu achava que tinha sido para você também. 

— Foi real para mim também. - ele disse com a voz baixa. 

— Por uns verões eu achei que você ia aparecer atrás do shopping. - Remus riu triste. - Nostálgico e patético. Era amor de verão, coisa de adolescente…  E você não era meu para que eu pudesse te perder como eu passei os anos dizendo que perdi. 

— Eu… - Sirius começou. 

Mas Remus estava perdido na sua cabeça, morrendo de vergonha. Vermelho dos pés à cabeça, com vontade de morrer ou de tomar dois litros de vodka de uma vez e ter um coma alcoólico. Era um homem de 26 anos, quase vinte e sete, tirando satisfação com um cara com quem esteve por um mês há dez anos. 

Um mês maravilhoso e cheio de descobertas, mas que passou tão depressa que parecia fora de proporção estar assim. Parecia apenas. 

Não sabia o quanto era projeção da sua mente, mas fora o mês mais feliz da sua vida. 

— Sinto muito. - Ele terminou de dizer e Remus ouviu, no fundo de sua mente. O despertando para a conversa tensa que puxara. - Eu achei que se eu aparecesse em Brighton depois de tudo, você não ia querer me ver. 

Remus já tinha falado demais, resolveu encostar a cabeça no assento e deixar que ele falasse. Quer dizer, não é porque aquele agosto tinha sido tudo para ele que, que tinha sido o mesmo para Sirius. 

— Quando o verão acabou, a minha vida desmoronou. - ele começou a explicar. - Meus pais encontraram as fotos da viagem, nós dois juntos e… E me expulsaram, me tiraram tudo e eu fiquei em um lugar terrível da minha mente. James e os pais deles que me receberam e me deram uma casa. E por mais que eu pensasse em você e quisesse te ver… eu também não consegui. Era como se uma voz na minha cabeça dissesse que se nem meus pais me suportavam, uma hora eu ia ser demais para você… Uma hora você não ia querer mais me ver. E eu não queria ser rejeitado por você também, eu achei que eu fiquei tanto tempo tentando colocar minha cabeça no lugar que quando eu consegui, mais ou menos eu diria, já era tarde demais. Você ia estar com outra pessoa e nunca me perdoaria. 

— Você foi tão idiota. - Remus deixou escapar. - Quer dizer, eu sinto muito pelas coisas que aconteceram com você e ainda bem por James. 

— Ainda bem por James! - Sirius sorriu pela primeira vez desde esse papo pesado. - E eu sinto muito pelo seu pai… 

— E pela minha mãe. - Remus emendou. 

— Que droga. - ele murmurou em simpatia. - Eu queria ter estado… enfim, sinto muito. 

— Sentimos muito, nós dois. - ele riu e girou os olhos. - Por mais que você tenha sido o que ficou com meu número, endereço e etc. Eu poderia ter te procurado também… Eu só achei que como você não me ligou, você não queria mais…

— Eu queria. - Sirius, sempre o mais sincero dos dois, disse.

— Queria? 

— Quero. - ele confessou, lançando um sorriso nervoso. Sirius Black está nervoso. — Nunca deixei de querer. Por nenhum minuto nos últimos dez anos. 

— Você acha que estarmos nós dois, em um trem no mês de agosto, quase exatamente dez anos depois de nos conhecermos, quer dizer alguma coisa? - Remus mordeu o lábio. - Algum aviso do universo? 

— Uma segunda chance talvez? 

— Você acha que devemos ter uma segunda chance?

— Você quer me dar uma segunda chance? 

— O que você faria com essa chance? - Remus resolveu morder enfim a isca. 

—  Te levar para conhecer Paris. - ele disse com expectativa. - Passar as próximas horas nesse trem recuperando o tempo perdido ou te vencendo no Uno. 

— São propostas interessantes. - Remus falou, abrindo espaço ao seu lado no trem. - Menos a parte do Uno. Já que sabemos que eu nunca perco. 

— Não, porque quando você perde você diz que eu trapaceei. 

— Trapaceiro. - ele girou os olhos. 

Sirius o olhou e atravessou o pequeno espaço, se aconchegando ao lado dele na cabine. 

— Eu não acredito que te encontrei aqui. - ele sorriu perto do pescoço de Remus. - Vou mandar uma cesta de chocolate para James e Lily que insistiram que eu deveria vir e que depois eu deveria te encontrar. 

— Eles se casaram? 

— E entraram nas estatísticas de gravidez não planejada tendo um filho do qual eu sou padrinho. - ele sorriu, tirando o celular do bolso e mostrando o plano de fundo dele com um menino de mais ou menos cinco anos, cabelo preto desengonçado e olhos verdes brilhantes atrás de um óculos infantil do Sonic. 

— Uau, ele é enorme! - Remus sorriu. - Eu sinto falta de Jily. 

— Eles vão adorar te ver. - Sirius sorriu nervosamente e olhou por tempo demais para os olhos castanhos de Remus.

— O que foi? - Remus olhou para seu sorriso hesitante. 

— Eu gostaria de te beijar. - ele mordeu o lábio. - E te pedir para voltar a namorar comigo, dessa vez por mais de um mês, nesse vagão de trem… Lembra quando eu te disse que a gente ia fazer essa viagem e se lembrar daquele momento? Meu coração está batendo tão acelerado quanto naquele dia. 

— O meu também. - Remus colocou a mão de Sirius no seu coração e mão em sua nuca encostando os lábios timidamente aos de Sirius. - Eu sei que somos pessoas diferentes agora, mas eu mal posso esperar para te conhecer novamente. 

— Você ainda é cheio de surpresas, Moonbeam. — Sirius sorriu nos lábios de Remus. 

— E eu ainda sei a letra de Super Bass. 

— Mentira. 

This one is for the boys with the booming system, top down, AC with the cooler system, when he come up in the club he be blazin up, got stacks on deck like he savin up. And he ill, he real, he might gotta deal… 

Sirius riu e Remus se derreteu para sempre, sabendo que aquele som era o que lhe motivaria dali para frente. Que diferente daquele agosto de 2011, esse novo agosto não escorregaria por entre seus dedos como um momento perdido no tempo ou uma garrafa barata de vinho. 

Aquele seria o primeiro agosto do restante de uma vida. Juntos. 


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