Preconcepção escrita por RMJ50


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Estamos aí de volta



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/802807/chapter/7

Rapunzel descia as escadas vinda do seu dormitório, acabava de ter o desagradável encontro com Zelador Bolor, era por volta da meia noite e ia para a ala hospitalar. Teve que usar a cartada de ter uma autorização da monitora chefe para quebrar o toque de recolher, cortesia do capitão da sonserina. Logo que chegou ao andar certo percebeu uma presença não muito longe dela.


— Estamos indo para o mesmo lugar, Bolor está no quarto andar - olhava para sombra de um corredor recebendo passos como resposta é concluiu só para ela - que palpite certo - deu uma risada baixa.


 Se aproximou dela aparecendo na luz das tochas, Astrid usando uma capa surrada para se misturar nas sombras da madrugada. As duas foram andando lado a lado até a ala hospitalar


— Fique a vontade, vou olhar como a Isla está - e foi até outro lado da sala verificar a garota do segundo ano que também foi achada estuporada, ela é Soluço eram os únicos que dormiam naquela enfermaria.

— Boa noite Milady - Astrid não tinha percebido que Soluço estava acordado até que tivesse falado com a voz baixa e cansada


— Pensei que você acordaria nesse horário - falava baixo enquanto tirava o cabelo dele da testa e parando uma das mãos na bochecha - vou resolver esse assunto, pode descansar.


— Ótimo - logo fechou os olhos se desligando do mundo.


— Boa noite - se aproximava depositando um beijo na bochecha do garoto, assim que levantou o olhar deu de cara com Rapunzel assistindo a cena fixamente do outro lado da sala com sorriso conhecedor - e... eu - gaguejava com rosto em chamas, se virou e foi em direção a porta

 
— Por Merlin, tão adoráveis - a loira exclamava para si mesma quando ficou sozinha com os pacientes.

....

— Você não devia estar na aula de poções ? - Soluço questionava encostado na cama rabiscando algo no seu caderno


— Te acertam na cabeça e você não esquece do meu horário - debochava Jack sentado na cama ao lado - sem nenhum interesse na aula do Breu hoje.


— Como esqueceria? Seu ensino e minha maior preocupação - sarcasticamente respondia


— Mesmo se te matarem você não larga o sarcasmo? - perguntava retoricamente.


 Se ouviam vozes do lado de fora da porta, Jack pula para debaixo da cama antes de um grupo de adultos entrarem na ala hospitalar


— Professor Breu, eu posso acompanhar a chefe do Departamento de Execução das Leis Mágicas - Diretor Norte dispensava o professor da maneira mais educada que conseguia - sua turma do quarto ano te espera nas masmorras - a muito contra gosto o professor se retira sem dizer uma palavra.


— Não estou aqui representando só o ministério, mas também o conselho de pais da escola - Elinor se aproximava da cama do garoto - Capitão Maximus, pode começar fazendo perguntas para a outra garota - o auror que a acompanhava foi até o outro lado da sala onde a outra lufana lia um livro na cama.


— Bom dia Senhora DunBroch - Soluço iniciava com simpatia


— Tudo bem querido ? - levava mão ao cabelo do garoto - melhor ? 


— Sim, pronto para sair daqui - última parte com um pouco de frustação


— Enfermaria da escola está mais eficiente que o St.mungos - se virava para o diretor - estuporados dois dias depois como se nada tivesse acontecido.


— O conjurador do feitiço pode ser incompetente também - soltava com pouco de desespero recebendo o olhar dos dois - Quero dizer... e...


 Gaguejava até ser interrompido pela estrondosa gargalhada do diretor - Tudo bem meu jovem - dava palmadinhas na perna do garoto - acostumado com frases assim do seu padrinho - piscava um dos olhos para o garoto - Senhora DunBroch, quer terminar seus questionamentos na minha sala ? Vai começar a hora do almoço e os corredores vão ficar lotados ...


 Enquanto resto da sala estava distraída, Jack mudava de esconderijo indo para a cama mais próxima da porta até que dois dos três adultos vem na mesma direção conversando baixo


— Como alunos fazem isso sem deixar pista alguma ? - Elinor falava com diretor - muito bem articulado até para alunos inteligentes, qual imagino não seja o caso


— Também suspeito que não seja tão simples como implicância de alunos com pais intolerantes - respondia recebendo olhar de horror - mas não são mais que suspeitas.


— Maximus, já terminou com o Haddock ? - levantava voz questionando o auror que conversava com o garoto que se despediu e foi em direção a superior


— Esse Haddock e o filho da magizoologista ? - em tom baixo para chefe de departamento 


— Sim - secamente respondeu abrindo a porta - espero que tenha sido discreto.


— Claro senhora, mas isso pode ser um agravante - os três saíram da ala hospitalar deixando as vozes distantes e abafadas, Jack saiu de onde se escondia e voltou até a cama do amigo


— Conhece ele ? - com a cabeça apontava para porta


— Não - deu de ombros - mas pelo sobrenome dever ser o pai da Cassandra da Corvinal


— Deve ser - se apoiava na cama - ele e chefe dos aurores - rosto de Soluço se enrugava em dúvida - por mais que a mãe da Merida te adore, a chefe do Departamento de Execução das Leis Mágicas e o capitão dos aurores por causa de dois alunos estuporados não é um exagero ? Quando aconteceu no começo do ano só veio um secretário do ministério 


— Não sei - começava a gesticular - está virando algo recorrente, pode estar os preocupando


— Mais... - parou quando a porta se abriu e entrou Astrid com uniforme lufano carregando duas cestas pequenas - Hofferson - dizia em tom provocativo


— Gelinho - passava pelos dois indo a outra lufana da sala e trocando algumas palavras e voltando para cama de Soluço - almoço - jogava a cesta no colo do garoto enquanto puxava uma cadeira para se sentar ao lado da cama


— Delicada como uma carcereira de Azkaban - comentava Jack sorrindo


— Não tem algo melhor pra fazer do que mencionar minhas numerosas qualidades? - dando sorriso provocativo concluiu - porque eu tenho todo tempo do mundo para recitar as suas 


— Na verdade tenho que ver uma ruiva constrangida pela mãe - os dois lufanos riam imaginando, Jack foi andando para saída - mais tarde volto para ver meu segundo casal favorito.


— JACK... - fechou a porta abafando o restante das possíveis ofensas


 A tarde passou dentro do normal, com Merida um pouco mais furiosa que o comum pela zombaria da derrota do time somada a alguns constrangimentos causados pela mãe antes de ir embora. Mesmo durante a aula de Herbologia com a emblemática Professora Gothel, Jack não tirava o que ouvira na ala hospitalar da cabeça.


 Depois do fim das aulas daquela tarde enquanto os outros faziam suas lições Jack foi até quem podia te tirar as dúvidas que vieram a cabeça


— É você Jack ? - perguntava professora Tothiana Àlfur enquanto se debruçava nos pergaminhos encima da sua mesa - o que você está aprontando dessa vez ? 


— Nada Tothi, só queria conversar.


 A professora ia chamar a atenção dele novamente sobre a informalidade dentro da escola, mas deixou passar e balançou a cabeça para ele continuar


— O que está acontecendo para a própria chefe do Departamento de Execução das Leis Mágicas vir a escola? - Thotiana parava suas anotações - estão com medo de algo - garoto se sentava encima de uma mesa em frente da professora


— Por enquanto nada Jack.


— Se for para me dar voltas como o Norte eu não perguntaria para você - em tom de brincadeira


— É complicado Jack - pensava nas palavras que diria - pessoas tem medo da volta de uma época sombria da nossa história recente - o garoto deixava a confusão estampada na face - na época que isso tudo acabou foi antes de você ir morar com Norte. E uma ferida recente 


— Não vejo ninguém falando sobre isso
— Vocês e seus amigos são muito novos para lembrar disso Jack, mesmo alguns tendo marcas profundas dessa época.


 Professora se levantava e pensava um pouco seguida pelos olhos azuis do garoto


— Essas idiotices de pureza de sangue, a não muito tempo eram bem mais graves que palavras para magoar - via o entendimento no rosto do garoto - ataques, atentados... são pessoas que sonham com fim do estatuto internacional de sigilo em magia, em subjugar os sem sangue mágico.


— É você acha que esses ataques a alunos possam estar relacionados a isso ? 


— Sim Jack. Todos eram nascidos trouxa ou mestiços assim como os que sofriam ataques anos atrás.


— Mas porque agora ? - a dúvida estampava a feição dele - e o chefe dos aurores deixou escapar algo sobre a mãe do Soluço


— Não devia estar escutando conversa dos outros - começou a reprende-lo. 


— Foi acidental - recebia um olhar que expressava "vou deixar passar".


— O último grande ataque foi ao beco diagonal, onde ouve muitos mortos entre seres e bruxos sem pureza de sangue - Thotiana se apoiava na mesa em frente ao garoto - apesar de não acharem vestígio algum do corpo, Valka Haddock foi uma das vítimas. Na época ela era uma figura já conhecida por seus estudo de criaturas e métodos bem mais ... humanos que os tradicionais.


— Porque foi o último ? 


— Foi a partir daí que muitos fatos foram revelados - professora olhava para vazio como se olhasse para o passado diante dos olhos - pela primeira vez se conseguiu prender um dos bruxos culpados foi pego, Stabbignton


— O PROFESSOR DE VOOU ? - saltou do lugar com os olhos arregalados.


— Não, o irmão dele que está em Azkaban - aguardou Jack se tranquilizar e continuou - repercussão foi enorme principalmente por uma criança ter sido poupada mas vítima de um feitiço de memória mal executado que depois se descobriu ser o seu amigo Haddock. Você deve imaginar a repercussão no Profeta Diário


— Não sabia que tinha sido desse jeito que ele tinha perdido a mãe - falava sem graça.


— É algo delicado, e foi ali que tudo acabou. Stabbignton para fugir da pena de morte entregou nome do maior financiador dos ataques e do ideal supremacista o Ministro da Magia Runeard Arendelle. Foi um escândalo!


— Arendelle ? - olhava com incredulidade.


— Sim, o avô de Anna e Elsa - Thotiana voltava a se levantar - só te contei tudo isso porque algum outro adulto te contaria, provavelmente de maneira bem... 


— Descuidada ? - abria um sorriso brincalhão para professora 


— Exatamente senhor Frost - fingia uma voz séria - me acompanha para o jantar? 


— Claro professora Thotiana - se juntou a ela na caminhada para o grande salão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Preconcepção" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.