Preconcepção escrita por RMJ50
Jantar daquela noite de janeiro já estava da metade para o fim no grande salão, ainda muitos estudantes comendo e conversando.
Anna olhava pelo salão não muito discreta, principalmente para mesa da soserina do outro lado do salão
— Como você esconde esse romance com o bostinha? - Merida sentada ao lado dela bufava - e discreta como um troll.
— Elsa já subiu - passava o braço envolta do amiga sorrindo - Soluço já está no sétimo sono numa hora dessa.
— Anna, estamos em Hogwarts - apertava a ponte do nariz - eles não precisam ver para descobrir.
— Eles não são fofoqueiros - gesticulava com a mão como se não fosse importante.
— Sério? Sua irmã e uma "simpática" monitora - fazia aspas com os dedos e olhava incrédula para outra ruiva - pessoas fariam questão de fofocar de você na frente dela se tivessem algo.
— Não se preocupe - viu algo perto das portas e se levantou - te vejo mais tarde no quarto.
Saiu antes de ouvir a resposta cansada da amiga, e subiu as escadarias, aí chegar no segundo andar quando passava por um corredor foi puxada para dentro de uma sala.
— Oi Hans - sorria para o sonserino mais velho
— Acho que precisamos conversar sobre descrição - ainda a segurava bem próximo.
— Sinto que já escutei isso hoje - fechou a cara apesar de bem humorada.
— Sempre engraçadinha princesa - sorria enquanto apoiava a mão na parede atrás da garota.
— Está difícil te achar depois do natal - fazia beicinho para ele.
— Ocupado, muitas coisas acontecendo - colocou a outra mão na bochecha dela - sinto muito em não dar a atenção que você merece desde que tudo aconteceu.
— Está tudo bem, sei que sua família não é muito fã da minha - riu sem graça - a carta que mandou já me fez muito bem naquele dia.
— Fico feliz que ajudou - segurou no queixo e beijou a ruiva - tenho que me preparar para aula astronomia, te vejo depois - saiu deixando a ruiva mais nova na sala vazia.
...
No sétimo andar próximo a torre de astronomia Elsa se encostava no corredor lendo um livro aparentemente distraída.
— Pensei que a torre da corvinal ficasse do outro lado do castelo - voz veio do corredor junto de passos silenciosos.
— É eu que as masmorras ficassem no subsolo - respondeu no mesmo ritmo - o que faz aqui?
— Podia te perguntar o mesmo - quando os cabelos brancos eram visíveis nas sombras do corredor parou de andar e manteve distância - mas eu já sei a resposta nesse caso
— Claro, não me importa o que você acha que sabe - tirou os olhos do livro - por favor vá embora
— Relaxe - acenou com a mão - bostinha que você está esperando ainda não subiu.
— O que você quer Frost? - tentou voltar atenção para o livro.
— Te ajudar - riu do olhar incrédulo dela - ajudar na sua nobre empreitada em busca de informações, que só alguém como você pode conseguir.
— Frost não sei do que... - Foi interrompida pelo albino
— Antes da fala ensaiada me deixe terminar - falou em tom sério pouco usual dele - eu percebi que você está mais distante que o normal das poucas pessoas que você e próxima
Ela fechou o livro e deu toda atenção para o garoto mais novo que se aproximou um pouco mais
— Sua irmã já está acostumada a não questionar suas estranhezas como ela mesmo diz, Soluço provavelmente deve estar remoendo alguma culpa sem sentido pela morte do pai de vocês duas - deu sorriso conhecedor - e olhando de perto você está um pouco fora do personagem, se aproximando lentamente de pessoas que não chegariam perto de você se não fosse neta de quem é
— Aonde você quer chegar com isso ? - voz já demonstrando cansaço daquela conversa
— Que achei um bom plano, as questões de sangue dividem essa escola mais que as próprias casas - gesticulou para a loira platinada - e você além de estar disposta ultrapassar essas barreiras e a pessoa certa para isso
— Qual é seu interesse nisso ? - perguntava com rosto em branco
— Mesmo que o seu, até o motivo familiar e parecido - riu sem graça - boa sorte com sua vítima - se virou e saiu desaparecendo nas sombras do corredor
— Eu não disse que concordava - disse voltando atenção ao livro
— Não ligo - ecoou já distante pelo corredor junto do som esbaforida que a garota soltou com a resposta
Depois do sonserino mais novo a deixou no corredor silencioso, Elsa ficou presa em seus pensamentos com o livro aberto distraidamente até ouvir passos da outra extremidade do corredor
— Boa noite Arendelle - ruivo sonserino do seu ano carregando alguns materiais a cumprimentou
— Boa noite Westergaard - acenou para ele - já tão cedo aqui para aula de astronomia ?
— Dependendo da companhia o tempo pode voar - isso causou uma risada contida da garota.
— Não posso discordar da sua lógica - colocou o livro de baixo do braço e deu alguns passos se afastando da parede - algo que você procure aqui tão cedo ?
— Você pode me dizer se encontrei - sorria convencido para ela
— Mesmo parecendo direto - ficou ao lado do ruivo - da voltas sem chegar onde quer
— Só quero saber o que está diferente - ficou de frente olhando diretamente para as frias orbes azuis da garota.
— Percepção de mundo! - no mesmo tom linear e frio habitual - desperdiçar sangue mágico com seres inferiores, morrer por isso não vale a pena. Meu avô mesmo inepto como era estava certo.
— Se realmente pensa assim - sorria e invadia o espaço pessoal dela - posso te ajudar.
— Aí está um dos seus vários enganos - interrompeu o avanço dele segurando seu queixo com a mão - única que pode ajudar alguém aqui sou eu.
— Mas... - se calou com dedo indicador dela pressionado nós seus lábios enquanto ela sorria divertida
— Eu sou a primogênita Arendelle, o que dispensa apresentações, você apenas o décimo terceiro de uma família que mantém o status sanguíneo e financeiro aos trancos e barrancos - se aproximou do ouvido dele e concluiu - você vai ter que se esforçar mais para merecer minha ajuda, e só aí ser útil para mim.
Se virou e começou a andar - tenha uma boa noite Hans - e rapidamente saiu da vista do sonserino.
...
— Punzel, deixa sua lagartixa longe de mim por favor - a garota de olhos castanhos e cabelo preto acinzentado curto reclama enquanto jogava Pascal no ombro da loira.
— Um pouco de bom humor não te mataria Cassandra - acariciava seu camaleão enquanto as duas iam pelos corredores para torre da corvinal
— Mais? Já ando com você que é praticamente um raio de sol ambulante bem humorado - fez cara de desgosto - que já é excessivo para mim.
— Também te amo Cas - abraçou de lado a contragosto da garota mais velha
— Assim vou ficar com ciúmes Punzel - menino albino aparecia no sentido contrário do corredor.
— Cobrinha gelada aqui em cima, boa coisa não é - Jack ria do comentário de Cassandra.
— Bom te ver também, melhor capitã de quadribol de Hogwarts - fazia uma referência exagerada, sorriso divertido nunca deixando rosto.
— Namorado larápio dela não vai gostar de escutar isso - Cassandra dava um pequeno sorriso maldoso
— CAS! - olhava exasperante para colega de casa enquanto o sonserino gargalhava.
— Ok - voltava assunto ao albino - pensei que cobras se rastejam pelas passagens.
— Passagens secretas desses andares altos são esquisitas até para mim, e porque eu perderia a chance de esbarrar em vocês? - piscou para as corvinas.
— Jack, prefiro me manter ignorante de quais desastres seus passeios noturnos podem causar - deu abraço rápido no garoto antes de ir - vamos que já está quase na hora do toque de recolher.
— Você que me prendeu lá em baixo até agora - reclamava enquanto resistia ao puxão da loira - não vou me apressar.
— Até mais - Jack logo desapareceu da vista das duas, que continuaram rumo ao salão comunal.
Ao chegar a porta tinha acabado de ser aberta pela monitora do quinto ano Elsa, que ao perceber a presença delas segurou a porta
— Obrigado - reparou o olhar meio vago e enojado da aluna mais velha - tudo bem Elsa ?
— Sim, obrigado por perguntar - e assim foi para as escadas dos dormitórios deixando as duas no salão comunal movimentado de fim de noite.
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Obrigado por ler, demorei um pouco por estar com dificuldades de escrever o capítulo 18